Fastfen (50 mcg/mL) (Bula do profissional de saúde)
CRISTÁLIA PRODUTOS QUÍMICOS FARMACÊUTICOS LTDA.
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Fastfen®
citrato de sufentanila
Injetável 75 mcg/mL (equivalente a 50 mcg/mL)
Medicamento similar equivalente ao medicamento de referência.
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Solução injetável
Embalagens contendo 10 ampolas de 5 mL (indicado para uso intravenoso); ou 25 ampolas de 1 mL (indicado para uso intravenoso e epidural1); ou 30 ampolas de 2 mL em estojos esterilizados (indicado para uso epidural1).
USO EPIDURAL1 E INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Cada mL de Fastfen® 50 mcg/mL contém:
citrato de sufentanila (equivalente a 50 mcg de sufentanila) | 75 mcg |
veículo q.s.p. | 1 mL |
Veículo: água para injetáveis e cloreto de sódio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2
INDICAÇÕES
Uso Adulto
Fastfen® (citrato de sufentanila) administrado por via intravenosa é usado tanto como agente analgésico3 em associação com óxido nitroso/oxigênio quanto como anestésico único em pacientes ventilados. Ele é particularmente útil para procedimentos mais longos e para intervenções mais dolorosas onde um analgésico3 potente é necessário para ajudar a manter a boa estabilidade cardiovascular.
Fastfen® também é indicado para administração epidural1 em anestesia4 espinhal.
Fastfen® quando utilizado pela via INTRAVENOSA é indicado:
- como um componente analgésico3 durante indução e manutenção de anestesia4 geral balanceada;
- como um agente anestésico para indução e manutenção da anestesia4 em pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos de grande porte.
Fastfen® quando utilizado pela via EPIDURAL1 é indicado:
- para o manejo da dor pós-operatória após cirurgia geral, torácica, ou procedimentos ortopédicos e cesariana;
- como analgésico3 associado à bupivacaína epidural1 para analgesia em parto vaginal.
Uso em crianças
O uso intravenoso de sufentanila é indicado como agente analgésico3 durante indução e/ou manutenção de anestesia4 geral balanceada em crianças com idade acima de 1 mês.
O uso epidural1 de sufentanila é indicado em crianças com idade igual ou superior a 1 ano para manejo da dor pós-operatória após cirurgia geral, torácica ou procedimentos ortopédicos.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Pacientes Adultos
Administração intravenosa: Foi realizado um estudo randomizado5, duplo-cego, em 45 pacientes internados submetidos a cirurgia de grande porte, a fim de comparar a duração do efeito analgésico3 de doses equipotentes de sufentanila intravenosa (IV) (0,4 mcg/kg), fentanila (4 mcg/kg) e morfina (0,4 mg/kg), como suplementos de opioides para anestesia4. A anestesia4 foi induzida com anestésico relaxante óxido nitroso/oxigênio e, imediatamente após a intubação, os pacientes receberam uma dose IV em bolus6 do narcótico designado. Foram administradas doses suplementares de 0,1 mcg/kg de sufentanila, 1 mcg/kg de fentanila ou 1 mg/kg de morfina, conforme necessário. O estudo confirmou que a sufentanila apresenta curta duração, com duração do efeito consistente e significativamente mais curta do que a da morfina em doses equipotentes.
Foi realizado um estudo randomizado5, ativo-controlado, para medir e comparar as respostas cardiovasculares durante a indução anestésica com sufentanila-O2 e com fentanila-O2, durante a intubação endotraqueal e em outros momentos específicos durante a cirurgia, em pacientes submetidos a cirurgia de revascularização miocárdica (RM). Quarenta pacientes foram randomizados para receber sufentanila IV (300 mcg/min, 20 pacientes) ou fentanila IV (400 mcg/min, 20 pacientes). O tempo médio de indução foi significativamente menor no grupo da sufentanila em comparação ao grupo da fentanila (p <0,01). Os pacientes apresentaram alguma rigidez da parede torácica7 ao final da indução em ambos os grupos de tratamento. Houve uma diminuição pequena, transitória, mas significativa da pressão arterial sistólica8 após a indução com ambos os medicamentos, mas não houve mudanças significativas na pressão arterial sistólica8 ou pressão arterial9 média após incisão10 da parede torácica7 nos pacientes tratados com sufentanila. Os autores concluíram que a sufentanila foi mais eficaz do que a fentanila em pacientes submetidos a cirurgia de revascularização miocárdica.
Administração epidural1: Foi realizado um estudo randomizado5, duplo-cego, ativo-controlado e com variação de dose, para avaliar a eficácia, resposta à dose e reações adversas da sufentanila quando administrada como analgésico3 peridural11 pós-operatório para parto cesárea, e comparar os resultados com a administração peridural11 de sulfato de morfina. Quarenta mulheres sadias foram randomizadas em 4 grupos (10 pacientes em cada grupo) e receberam sufentanila (30 mcg, 45 mcg ou 60 mcg) ou sulfato de morfina (5 mg) através de cateter peridural11. As pacientes do grupo da morfina apresentaram um tempo médio significativamente maior até início do alívio de 90% da dor (90 minutos) em comparação a todos os grupos da sufentanila (30 minutos para todas as três doses de sufentanila, p <0,05).
Um estudo duplo-cego12, randomizado13, ativo-controlado, investigou os efeitos da sufentanila peridural11 adicionada à bupivacaína 0,125% na qualidade da analgesia durante o trabalho de parto. As pacientes receberam bupivacaína peridural11 12,5 mg com epinefrina 12,5 mcg, com 10 mcg de sufentanila (grupo sufentanila) ou sem sufentanila (grupo controle). Um total de 695 mulheres foi randomizado13 em dois grupos: sufentanila (n=348) ou controle (n=347). A qualidade da analgesia foi significativamente melhor no grupo da sufentanila, com menos pacientes (1,1%) relatando analgesia insuficiente, comparado com 8,4% no grupo controle (p <0,001). A analgesia também durou mais tempo nas pacientes do grupo da sufentanila em comparação ao grupo controle (p <0,01). Os autores concluíram que a injeção14 peridural11 de sufentanila adicionada à bupivacaína 0,125% com epinefrina, melhorou a qualidade da analgesia durante o trabalho de parto e diminuiu a incidência15 de partos fórceps.
Pacientes pediátricos
Administração intravenosa: Dois estudos randomizados e controlados avaliaram a eficácia da sufentanila durante a indução da anestesia4 em crianças. Num estudo randomizado5, duplo-cego, controlado por placebo16, 165 crianças saudáveis de 3 a 9 anos foram alocadas para receber 1 de 3 doses de sufentanila (0,1, 0,2 ou 0,3 μg/kg) ou solução salina normal (controle) durante anestesia4 com propofol e vecurônio. Foram incluídas na análise 160 crianças (40 em cada grupo). Com exceção do grupo de sufentanila 0,3 mcg/kg, a intubação traqueal causou aumentos significativos na pressão arterial9 e frequência cardíaca em comparação com os valores basais. A pressão arterial9 e a frequência cardíaca após indução da anestesia4 foram significativamente menores em todos os 3 grupos de sufentanila em comparação com o grupo controle. Quando utilizada como parte da indução de anestesia4 com propofol e vecurônio em crianças, a administração em bolus6 de sufentanila resultou em atenuação da resposta cardiovascular à intubação relacionada à dose. Um segundo estudo avaliou a segurança e eficácia de sufentanila e fentanil em 60 indivíduos pediátricos (idade média de 5.22 anos, intervalo, 4 meses-1 ano) submetidos a correção de defeito cardíaco congênito17. Anestesia4 foi induzida com sufentanila 1 mcg/kg ou fentanil 2 mcg/kg e tiopental 2 mg/kg seguido de atracúrio 0,6 mg/kg. Posteriormente, foi administrado 0,5 mcg/kg de sufentanila ou 1 mcg/kg de fentanil por via intravenosa antes da incisão10 da pele18, esternotomia mediana e circulação19 extracorpórea e após saída de circulação19 extracorpórea. Após a intubação traqueal, todos os parâmetros hemodinâmicos no grupo de sufentanila permaneceram abaixo dos valores basais. Após a incisão10 cutânea20 e a esternotomia, ambos os grupos tiveram um aumento nas variáveis hemodinâmicas acima dos valores basais (exceto a pressão arterial sistólica8 média e a frequência cardíaca no grupo sufentanila). Não houve diferença significativa no tempo médio de despertar da anestesia4 entre os dois grupos. A sufentanila em baixa dose proporcionou anestesia4 satisfatória e um tempo razoável até a extubação em indivíduos pediátricos submetidos a correção cirúrgica de defeitos cardíacos congênitos21.
Administração epidural1: Dois estudos avaliaram a eficácia de sufentanila epidural1 para a analgesia pós-operatória em crianças. Em um estudo, 15 crianças (faixa etária 4-12 anos) receberam uma injeção14 de 0,75 mcg/kg de sufentanila em 2 mL de solução salina isotônica22 através de um cateter peridural11 ao final da cirurgia urológica, quando ocorreu dor de grau 2 (dor expressa verbalmente espontaneamente, com choro ou agitação). O início da analgesia (definida como ausência de dor) ocorreu 3,0 ± 0,3 min (intervalo, 1-5 min) após injeção14 epidural1 de sufentanila; A duração foi de 198±19 min (intervalo, 90-240 min). A sufentanila epidural1 proporcionou analgesia rápida e efetiva em crianças. Durante a primeira hora após administração de sufentanila peridural11, ocorreu depressão do controle ventilatório, o que demandou monitoramento de perto das crianças que recebem sufentanila epidural1 por mais de 1 hora. O segundo estudo comparou sufentanila epidural1 caudal (com bupivacaína mais adrenalina23), bupivacaína mais adrenalina23 e morfina (com bupivacaína mais adrenalina23). Um total de 102 crianças, de 2 a 11 anos, foram randomizadas para receber 1 de 3 soluções: bupivacaína 0,125% 1 mg/kg e sufentanila 0,75 μg/kg (n=35); bupivacaína 0,125% 1 mg/kg (n=41); ou bupivacaína 1 mg/kg e morfina 50 μg/kg (n=26). Não houve necessidade de analgesia adicional em nenhum indivíduo por até 5 horas de pós-operatório, sendo todos os indivíduos classificados como grau I (analgesia adequada). Observou-se diferença significativa às 6 horas de pós-operatório, com mais queixas de dor no grupo da bupivacaína apenas do que nos outros 2 grupos (p <0,03). Nenhum grupo apresentou depressão respiratória. No entanto, a frequência de náuseas24, vômitos25, prurido26 e retenção urinária27 grave foi significativamente maior no grupo da morfina do que nos outros 2 grupos (p <0,05). A sufentanila epidural1 com bupivacaína proporcionou melhor analgesia do que a bupivacaína isolada.
Referências bibliográficas
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CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
A sufentanila é um analgésico3 opioide altamente potente (7 a 10 vezes mais potente do que a fentanila no homem) e com elevada taxa de segurança (DL50/DE50 = 25211 com o nível mais baixo de analgesia) em ratos, em comparação com a fentanila (277) e com a morfina (69,5).
A sufentanila administrada por via intravenosa apresenta um rápido início de ação. O acúmulo limitado e a rápida eliminação dos tecidos permitem uma rápida recuperação. A profundidade da analgesia é dose-dependente e pode ser ajustada de acordo com o nível de dor do procedimento cirúrgico.
Como ocorre com outros analgésicos28 opioides, a sufentanila, dependendo da dose e da velocidade de administração, pode causar rigidez muscular, assim como euforia, miose29 e bradicardia30.
Os pacientes que receberam sufentanila não apresentaram potencial de liberação de histamina31.
Todas as ações da sufentanila são imediata e completamente reversíveis quando administrado um antagonista32 opioide específico.
Administração epidural1: Quando utilizado por via epidural1, sufentanila produz uma analgesia espinhal de início rápido (5 a 10 minutos) e de duração moderada (geralmente 4 a 6 horas).
População pediátrica: O tempo médio para o início de ação e de duração da analgesia foi de, respectivamente, 3,0 (± 0,3) e 198 (± 19) minutos após administração epidural1 de 0,75 mcg/mL de sufentanila em 15 crianças com idades de 4 a 12 anos.
Sufentanila por via epidural1 foi administrada apenas em um número limitado de crianças com idades de 3 meses a um ano, em dose única em bolus6 de 0,25 – 0,75 mcg/kg para controle da dor pós-operatória.
Em crianças com idade acima de 3 meses, uma dose epidural1 em bolus6 de 0,1 mcg/kg de sufentanila seguida de uma infusão epidural1 de 0,03 – 0,3 mcg/kg/h combinada com um anestésico local tipo amida, forneceu uma analgesia pós-operatória efetiva por até 72 horas em pacientes após cirurgia sub-umbilical.
Propriedades Farmacocinéticas
A sufentanila é um opioide sintético com efeitos farmacológicos µ agonista33.
Distribuição: Em estudos com doses intravenosas de sufentanila variando de 250 a 1500 mcg, o que permite amostragem sanguínea e dosagens do medicamento prolongadas, os seguintes resultados foram encontrados: meias-vidas sequenciais de distribuição de 2,3–4,5 minutos e 35–73 minutos; volume de distribuição do compartimento central (Vc) de 14,2 litros; e volume de distribuição no estado de equilíbrio (Vdss) de 344 litros. As meias-vidas de distribuição sequencial, e não a meia-vida de eliminação (variando de 4,1 hora após 250 mcg até 10-16 horas após 500-1500 mcg), determinam o declínio das concentrações de sufentanila plasmática dos níveis terapêuticos para os de recuperação. A farmacocinética da sufentanila é linear dentro da variação de dose estudada.
Com o uso epidural1, os picos de concentração plasmática são alcançados em 10 minutos e são 4 a 6 vezes menores do que aqueles observados após a administração intravenosa. Quando associada à epinefrina (50 a 75 mcg) observa-se uma redução da absorção rápida inicial de 25 a 50%. Após uma dose epidural1 única de 75 µg de sufentanila em pacientes em pós-operatório, o volume de distribuição médio no estado de equilíbrio Vdss foi 9,5 ± 1,8 L/kg. A meia vida (t1/2) de eliminação terminal média após uma dose epidural1 única de 75 µg variou de 4,6 horas a 5,9 horas.
A ligação de sufentanila às proteínas34 plasmáticas é de cerca de 92,5%. A ligação às proteínas34 plasmáticas em crianças é menor quando comparada aos adultos e aumenta com a idade. Em recém-nascidos, a sufentanila é cerca de 80,5% ligada às proteínas34 quando comparado a 88,5% em bebês35 e a 91,9% em crianças.
Metabolismo36: Os principais locais de biotransformação são o fígado37 e o intestino delgado38. A sufentanila é metabolizada principalmente através da isoenzima 3A4 do citocromo P450 humano.
Eliminação: A meia-vida de eliminação terminal média de sufentanila é de 784 (656–938) minutos. Devido às limitações dos métodos de detecção, a meia-vida de eliminação da sufentanila foi significativamente mais curta (240 minutos) após uma dose de 250 mcg do que após uma dose de 1500 mcg. A depuração plasmática é de 917 mL/minuto. Aproximadamente 80% da dose administrada é excretada em 24 h, e apenas 2% da dose é eliminada de forma inalterada.
Populações especiais
Insuficiência hepática39: O volume de distribuição é levemente aumentado e a depuração total é levemente reduzida em pacientes cirróticos quando comparado aos controles. Isso resulta em um prolongamento significativo da meia-vida em cerca de 30%, o que requer um período maior de vigilância pós-operatória (vide “Advertências e Precauções”).
Insuficiência renal40: O volume de distribuição no estado de equilíbrio, a depuração total e a meia-vida terminal de eliminação em pacientes em diálise41 e que se submeteram a transplante renal42 não são diferentes daqueles em controles saudáveis. A fração livre de sufentanila na população não é diferente daquela em pacientes saudáveis.
População pediátrica: As informações sobre a farmacocinética em crianças são limitadas.
A. ADMINISTRAÇÃO INTRAVENOSA
A ligação de sufentanila às proteínas34 plasmáticas em crianças é menor quando comparado com adultos e aumenta com a idade. Em recém-nascidos, a sufentanila é cerca de 80,5% ligada às proteínas34 plasmáticas comparado a 88,5% em bebês35, 91,9% em crianças e 92,5% em adultos.
Após a administração intravenosa em bolus6 de sufentanila de 10–15 mcg/kg em pacientes pediátricos que se submeteram a cirurgia cardíaca, a farmacocinética de sufentanila pode ser descrita por uma curva tri-exponencial assim como em adultos (Tabela 1). A depuração normalizada ao peso corpóreo demonstrou ser maior em bebês35 e em crianças comparado com adolescentes, nos quais as taxas de depuração foram comparáveis àquelas em adultos. Em recém-nascidos, a depuração foi significativamente reduzida e exibiu grande variabilidade (intervalo de 1,2 a 8,8 mL/min/kg e um valor anormal de 21,4 mL/min/kg). Os recém-nascidos apresentaram um volume de distribuição maior no estado de equilíbrio e uma meia-vida de eliminação prolongada. As diferenças farmacodinâmicas devido a diferenças nos parâmetros farmacocinéticos podem ser maiores se levada em consideração a fração não ligada.
Tabela 1. Média dos parâmetros farmacocinéticos de sufentanila em crianças após a administração de 10–15 mcg/kg de sufentanila em dose única intravenosa em bolus6 (N = 28).
Faixa etária |
N |
Vdss |
T1/2β |
Depuração |
Recém-nascidos (1 a 30 dias) |
9 |
4,15 (1,01) |
737 (346) |
6,7 (6,1) |
Bebês35 (2 a 23 meses) |
7 |
3,09 (0,95) |
214 (41) |
18,1 (2,8) |
Crianças (3 a 11 anos) |
7 |
2,73 (0,50) |
140 (30) |
16,9 (3,2) |
Adolescentes (13 a 18 anos) |
5 |
2,75 (0,53) |
209 (23) |
13,1 (3,6) |
Cl = depuração, normalizada para o peso corpóreo;
N = número de pacientes incluídos na análise;
SD = desvio padrão;
T1/2β = meia-vida de eliminação;
Vdss = volume de distribuição no estado de equilíbrio. Os intervalos de idade estabelecidos são aqueles das crianças estudadas.
B. ADMINISTRAÇÃO EPIDURAL1
Após a administração epidural1 de 0,75 mcg/kg de sufentanila em 15 crianças com idades de 4 a 12 anos, os níveis plasmáticos avaliados 30, 60, 120 e 240 minutos após a injeção14 variaram de 0,08 (± 0,01) a 0,10 (± 0,01) ng/mL.
Em crianças com idades entre 5 e 12 anos recebendo sufentanila em bolus6 a 0,6 mcg/kg seguida de infusão epidural1 contínua contendo 0,08 mcg/kg/h de sufentanila e bupivacaína 0,2 mg/kg/h por 48 horas, as concentrações máximas foram alcançadas em aproximadamente 20 minutos após a injeção14 por bolus6 abaixo do limite de quantificação (< 0,02 ng/mL) a 0,074 ng/mL.
CONTRAINDICAÇÕES
Sufentanila é contraindicado em pacientes com intolerância conhecida aos componentes do medicamento ou a qualquer outro opioide. O uso intravenoso no parto, ou antes do clampeamento do cordão umbilical43 durante cesariana, é contraindicado devido à possibilidade de depressão respiratória no recém-nascido.
Entretanto, para uso epidural1, doses de até 30 mcg de sufentanila não influenciam na condição da mãe ou do recém-nascido.
Como ocorre com outros opioides administrados por via epidural1, sufentanila não deve ser dado em presença de: hemorragia44 ou choque45 graves; septicemia46; infecção47 no local da injeção14; distúrbios da hemostase tais como trombocitopenia48 e coagulopatias; ou na presença de tratamento anticoagulante49 ou de qualquer outro tratamento medicamentoso ou outra condição médica concomitante onde seja contraindicada a utilização da técnica por via epidural1.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Depressão respiratória
Como para com todos os opioides potentes, pode ocorrer depressão respiratória dose-dependente, mas que pode ser revertida pelo uso de um antagonista32 opioide específico; entretanto, doses repetidas do antagonista32 podem ser necessárias porque a depressão respiratória pode durar mais tempo do que o tempo de ação do antagonista32 opioide. Depressão respiratória importante acompanha a analgesia profunda. Ela pode persistir no período pós-operatório, e, se a sufentanila foi dada por via intravenosa, ela pode até mesmo recorrer. Assim, os pacientes devem permanecer sob observação apropriada. Os tratamentos de reanimação e antagonistas opioides devem estar prontamente disponíveis. A hiperventilação durante a anestesia4 pode alterar a resposta do paciente ao CO2 e assim afetar a respiração no período pós-operatório.
Risco do uso concomitante de depressores do sistema nervoso central50 (SNC51), especialmente benzodiazepínicos ou medicamentos relacionados
O uso concomitante de sufentanila e depressores do sistema nervoso central50 (SNC51), especialmente benzodiazepínicos ou medicamentos relacionados, em pacientes com respiração espontânea, pode aumentar o risco de sedação52 profunda, depressão respiratória, coma53 e morte. Se for tomada a decisão de administrar sufentanila concomitantemente com um depressor do SNC51, especialmente um benzodiazepínico ou medicamento relacionado, deve ser administrada a menor dose eficaz de ambos os medicamentos, durante o período mais curto de utilização concomitante. Os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados quanto a sinais54 e sintomas55 de depressão respiratória e sedação52 profunda. Portanto, é altamente recomendável informar os pacientes e seus cuidadores para que estejam cientes desses sintomas55 (vide “Interações Medicamentosas”).
Dependência de drogas e potencial para abuso
Tolerância, dependência física e dependência psicológica podem se desenvolver com a administração repetida de opioides. Os riscos aumentam em pacientes com histórico pessoal ou familiar de abuso de substâncias (incluindo abuso ou dependência de drogas ou álcool) ou doença mental (por exemplo, depressão maior). Portanto, é possível que uma dose maior de sufentanila seja necessária para produzir o mesmo resultado.
A dependência física pode resultar em sintomas55 agudos de abstinência após descontinuação abrupta ou redução significativa da dosagem de opioides.
O uso abusivo de sufentanila pode ocorrer de maneira semelhante a outros agonistas opioides. O abuso ou uso indevido intencional de sufentanila pode resultar em superdosagem e/ou morte. Mesmo pessoas sob risco aumentado de abuso de opioides podem ser adequadamente tratadas com sufentanila.
Síndrome56 de abstinência neonatal
Caso mulheres utilizem opioides cronicamente durante a gravidez57, há risco de seus bebês35 recém-nascidos apresentarem a síndrome56 de abstinência neonatal (veja “Gravidez (Categoria B)”).
Rigidez muscular
A indução de rigidez muscular que também pode envolver os músculos respiratórios58 torácicos pode ocorrer, mas pode ser evitada se forem seguidas as seguintes medidas: injeção14 intravenosa lenta (geralmente suficiente para doses baixas), pré-medicação com benzodiazepínicos e o uso de relaxantes musculares.
Movimentos (mio) clônicos não-epilépticos podem ocorrer.
Doença cardíaca
Bradicardia30 e possivelmente parada cardíaca podem ocorrer se o paciente tiver recebido uma quantidade insuficiente de anticolinérgicos ou quando sufentanila é combinado com relaxantes musculares não-vagolíticos. A bradicardia30 pode ser tratada com atropina.
Os opioides podem induzir hipotensão59, especialmente em pacientes hipovolêmicos. Medidas apropriadas de manutenção de uma pressão arterial9 estável devem ser tomadas.
Condições especiais de administração
O uso de injeções de opioides em bolus6 rápido deve ser evitado em pacientes apresentando acometimentos intracerebrais; em tais pacientes uma queda transitória da pressão arterial9 média foi ocasionalmente acompanhada de uma redução na pressão de perfusão cerebral de curta duração.
Pacientes em tratamento crônico60 com opioides ou com uma história de abuso de opioides podem necessitar de doses maiores.
É recomendada a redução da posologia em pacientes idosos e em pacientes debilitados. Os opioides devem ser titulados com precaução em pacientes com qualquer uma das seguintes condições: hipotireoidismo61 não controlado; doença pulmonar; reserva respiratória diminuída, alcoolismo; insuficiência renal40 ou hepática62. Tais pacientes também necessitam acompanhamento pós-operatório prolongado.
Com a administração epidural1, deve-se ter cuidado na presença de depressão respiratória ou comprometimento da função respiratória e na presença de sofrimento fetal. A paciente deve ser monitorada cuidadosamente por pelo menos 1 hora após cada dose, pois depressão respiratória precoce pode ocorrer.
Hiperalgesia63 induzida por opioide
Hiperalgesia63 induzida por opioide (HIO) é uma resposta paradoxal64 a um opioide, particularmente com altas doses ou uso crônico60, na qual há aumento na percepção da dor apesar de exposição estável ou crescente ao opioide. Difere da tolerância, na qual são necessárias doses mais altas de opioide para obter o mesmo efeito analgésico3 ou tratar a dor recorrente. A HIO pode se manifestar como níveis aumentados de dor, dor mais generalizada (isto é, menos localizada) ou dor a estímulos comuns (isto é, não dolorosos) (alodinia65) sem evidência de progressão da doença.
Quando houver suspeita de HIO, a dose de opioides deve ser diminuída ou reduzida gradativamente, se possível.
População pediátrica
Devido à alta variabilidade dos parâmetros farmacocinéticos em recém-nascidos, existe um risco de superdose ou de subdose de sufentanila por via intravenosa no período neonatal.
A segurança e a eficácia da administração epidural1 de sufentanila em crianças com menos de 1 ano de idade não foram estabelecidas.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
Os pacientes só devem dirigir veículos ou operar máquinas se um período de tempo suficiente depois da administração de sufentanila tiver transcorrido.
Gravidez57 e Lactação66
A segurança do uso intravenoso da sufentanila em gestantes humanas não foi bem estabelecida, apesar dos estudos em animais não demonstrarem nenhum efeito teratogênico67. Como ocorre com outros medicamentos, o risco deve ser pesado contra os potenciais benefícios para o paciente.
O uso crônico60 de um opioide durante a gravidez57 pode causar dependência da droga no neonato68, levando à síndrome56 de abstinência neonatal. Se o uso de opioide for necessário por um período prolongado em uma mulher grávida, informe ao paciente o risco de síndrome56 de abstinência neonatal causada por opioide.
Estudos clínicos controlados durante o trabalho de parto demonstraram que sufentanila associado à bupivacaína epidural1 numa dose total de até 30 mcg não provocou sofrimento fetal ou qualquer efeito deletério sobre a mãe, mas o uso intravenoso é contraindicado no trabalho de parto. Sufentanila atravessa a placenta. Após administração epidural1 de dose total não excedendo 30mcg, a média da concentração plasmática detectada na veia umbilical foi de 0,016ng/mL. Um antídoto69 para a criança deve estar sempre disponível.
Sufentanila é excretado no leite humano. Deve-se ter cuidado quando se administra sufentanila a mulheres que estejam amamentando.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Este medicamento pode causar doping.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Depressores do Sistema Nervoso Central50 (SNC51)
Medicamentos tais como barbitúricos, benzodiazepínicos ou medicamentos relacionados, neurolépticos70, anestésicos gerais e outros depressores não seletivos do SNC51 (por exemplo: álcool) podem potencializar a depressão respiratória dos opioides. Quando os pacientes tiverem recebido tais substâncias depressoras do SNC51, a dose de sufentanila deverá ser menor que a usual. O uso concomitante de sufentanila em pacientes que respiram espontaneamente pode aumentar o risco de depressão respiratória, sedação52 profunda, coma53 e morte (vide “Advertências e Precauções”).
Efeitos de Fastfen® em outros medicamentos
Após a administração de sufentanila, a dose dos outros depressores do SNC51 deverá ser reduzida. Isto é particularmente importante após uma cirurgia, pois a analgesia profunda é acompanhada por depressão respiratória acentuada, que pode persistir ou reaparecer no período pós-operatório. A administração de depressores do SNC51, como benzodiazepinicos ou medicamentos relacionados, durante este período pode aumentar desproporcionalmente o risco de depressão respiratória (vide “Advertências e Precauções”).
Inibidores do citocromo P450 3A4 (CYP3A4)
A sufentanila é metabolizada principalmente via isoenzima 3A4 do citocromo humano P450. No entanto, não tem sido observada inibição in vivo por eritromicina (um conhecido inibidor da isoenzima 3A4 do citocromo P450). Embora dados clínicos não estejam disponíveis, dados in vitro sugerem que outros inibidores potentes da isoenzima 3A4 do citocromo P450 (por exemplo: cetoconazol, itraconazol e ritonavir) podem inibir o metabolismo36 da sufentanila. Isto pode aumentar o risco de depressão respiratória prolongada ou tardia. O uso concomitante de tais fármacos requer cuidado especial e observação do paciente; em particular, pode ser necessário reduzir a dose de sufentanila.
Inibidores da monoamina oxidase (IMAO71)
Geralmente, recomenda-se que seja interrompido o uso de inibidores da monoaminoxidase72 duas semanas antes de qualquer procedimento anestésico ou cirúrgico.
Medicamentos serotoninérgicos
A coadministração de sufentanila com um agente serotoninérgico, como os inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRSs), os inibidores de recaptação da serotonina e norepinefrina (IRSNs) ou os inibidores da monoamina oxidase (IMAOs), pode aumentar o risco de síndrome serotoninérgica73, uma condição potencialmente fatal.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Conservar o produto em temperatura ambiente, entre 15 e 30°C, protegido da luz. Evitar o congelamento. O produto deve ser protegido da luz após diluição.
O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem. O produto não contém conservantes.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
solução límpida incolor, essencialmente livre de partículas visíveis.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Sufentanila é uma solução aquosa isotônica22, estéril, sem conservantes, contendo citrato de sufentanila equivalente a 5 ou 50 mcg de sufentanila por mL, para uso intravenoso e epidural1. Se necessário, sufentanila pode ser misturado em infusões de soro74 fisiológico75 ou soro74 glicosado. Tais diluições são compatíveis com equipamentos de infusão de plástico, e devem ser utilizados no máximo até 24 h após a preparação e protegido da luz durante todo esse período.
Posologia
A posologia de sufentanila deve ser individualizada de acordo com a idade, o peso, o estado físico, patologias subjacentes, o uso de outras medicações e o tipo de procedimento cirúrgico e a anestesia4. O efeito da dose inicial deve ser levado em conta para a determinação das doses suplementares.
A. ADMINISTRAÇÃO INTRAVENOSA
Para evitar bradicardia30, uma pequena dose intravenosa de um agente anticolinérgico pode ser administrada imediatamente antes da indução anestésica.
- Uso como agente analgésico3: Em pacientes submetidos a cirurgia geral, doses de sufentanila de 0,5–5 mcg/kg proporcionam uma analgesia intensa, reduzindo a resposta simpática ao estímulo cirúrgico e preservando a estabilidade cardiovascular. A duração da ação é dose-dependente. Uma dose de 0,5 mcg/kg pode durar 50 minutos. Doses suplementares de 10 a 25 mcg devem ser individualizadas de acordo com as necessidades de cada paciente e de acordo com o tempo previsto de duração da operação.
- Uso como agente anestésico: Quando usado em doses maiores ou iguais a 8 mcg/kg, sufentanila provoca sono e mantém um nível profundo, dose-dependente, de analgesia sem o uso de agentes anestésicos adicionais. Assim, as respostas simpáticas e hormonais ao estímulo cirúrgico são atenuadas. Doses suplementares de 25–50 mcg geralmente são suficientes para manter a estabilidade cardiovascular durante a anestesia4.
Populações especiais
Idosos (65 anos de idade ou mais): Como com qualquer outro opioide, a dose deve ser reduzida em pacientes idosos e em pacientes debilitados.
População pediátrica
- Crianças < 1 mês (recém-nascidos): Devido à grande variabilidade dos parâmetros farmacocinéticos em recém-nascidos, não podem ser feitas recomendações posológicas (vide “Advertências e Precauções” e “Propriedades Farmacocinéticas”). Sendo assim, não é recomendado o uso de sufentanila nessa população.
- Crianças > 1 mês: Recomenda-se pré-medicação com um anticolinérgico como atropina para todas as doses (a menos que haja contraindicações a anticolinérgicos).
Indução de anestesia4
Sufentanila pode ser administrado através de uma injeção14 lenta em bolus6 de 0,2–0,5 mcg/kg por 30 segundos ou mais em combinação com um agente de indução anestésico. Para cirurgia de grande porte (por exemplo: cirurgia cardíaca), podem ser administradas doses de até 1 mcg/kg.
Manutenção de anestesia4 em pacientes ventilados
Sufentanila pode ser administrado como parte de uma anestesia4 balanceada. A posologia depende da dose de agentes anestésicos concomitantes, tipo e duração da cirurgia. Uma dose inicial de 0,3 – 2 mcg/kg administrada por injeção14 lenta em bolus6 em pelo menos 30 segundos pode ser seguida por administrações adicionais em bolus6 de 0,1 – 1mcg/kg, conforme recomendado, num total máximo de 5 mcg/kg em cirurgia cardíaca.
B. ADMINISTRAÇÃO EPIDURAL1
A localização adequada da agulha ou do cateter no espaço epidural76 deve ser verificada antes de sufentanila ser injetado.
Uso para manejo da dor pós-operatória: Uma dose inicial de 30 a 50 mcg deve provavelmente promover um alívio adequado da dor por até 4 a 6 horas. Doses adicionais em bolus6 de 25 mcg podem ser administradas se existirem evidências de superficialização da analgesia.
Uso como agente analgésico3 durante o parto: A adição de sufentanila 10 mcg à bupivacaína epidural1 (0,125%–0,25%) proporciona uma maior duração e uma melhor qualidade da analgesia. Se necessário, duas injeções subsequentes da combinação podem ser dadas. Recomenda-se não exceder uma dose total de 30 mcg de sufentanila.
Populações especiais
Idosos (65 anos de idade ou mais): Assim como para outros opioides, a dose deve ser reduzida em pacientes idosos e em pacientes debilitados.
População pediátrica: A sufentanila deve ser administrada por via epidural1 em crianças apenas por anestesiologistas especificamente treinados em anestesia4 pediátrica epidural1 e no manejo dos efeitos da depressão respiratória provocada por opioides. Equipamento apropriado de reanimação, incluindo dispositivos de manutenção das vias aéreas e um antagonista32 opioide devem estar prontamente disponíveis.
Pacientes pediátricos devem ser monitorados para sinais54 e sintomas55 de depressão respiratória por pelo menos 2 horas após administração epidural1 de sufentanila.
Dados limitados estão disponíveis para o uso epidural1 de sufentanila em pacientes pediátricos.
- Crianças < 1 ano: Não existem dados disponíveis para a administração epidural1 de sufentanila em recém-nascidos e bebês35 com menos de 3 meses de idade, e são limitados os dados disponíveis em crianças entre 3 meses e 1 ano de idade (vide “Propriedades Farmacodinâmicas”).
A segurança e a eficácia de sufentanila em crianças com menos de 1 ano de idade não foram estabelecidas (vide “Advertências e Precauções” e “Propriedades Farmacodinâmicas”). Não podem ser feitas recomendações posológicas para crianças nesta faixa etária. Sendo assim, não é recomendado o uso de sufentanila nessa população.
- Crianças ≥ 1 ano: Uma dose única em bolus6 de 0,25 – 0,75 mcg/kg de sufentanila administrada no intra-operatório resultou em alívio da dor por um período que variou de 1 a 12 horas nos estudos clínicos. A duração da analgesia efetiva é influenciada pelo procedimento cirúrgico e uso concomitante de anestésico local epidural1 do tipo amida.
Modo de usar
- Use luvas ao abrir a ampola.
- Mantenha a ampola entre o polegar e o indicador, deixando a extremidade da ampola livre.
- Com a outra mão77, segure a extremidade da ampola colocando o indicador contra o pescoço78 da ampola, e o polegar na parte colorida em paralelo aos anéis de identificação coloridos.
- Mantendo o polegar na parte colorida, quebre rapidamente a extremidade da ampola enquanto segura firmemente a outra parte da ampola com a mão77.
Exposição dérmica acidental deve ser tratada através da lavagem da área afetada com água. Evite o uso de sabonete, álcool e outros materiais de limpeza que possam causar abrasões químicas ou físicas à pele18.
REAÇÕES ADVERSAS
Ao longo desta seção, as reações adversas são apresentadas. As reações adversas são eventos adversos considerados razoavelmente associados ao uso de sufentanila com base na avaliação abrangente da informação disponível sobre eventos adversos. Uma relação causal com a sufentanila não pode ser estabelecida de forma confiável em casos individuais. Além disso, como os ensaios clínicos79 são conduzidos sob condições muito variadas, as taxas de reações adversas observadas nos ensaios clínicos79 de uma droga não podem ser comparadas diretamente às taxas nos estudos clínicos de outra droga e podem não refletir as taxas observadas na prática clínica.
Dados de estudos clínicos
A segurança de sufentanila foi avaliada em 650 indivíduos que receberam sufentanila e que participaram de 6 estudos clínicos. Destes, 78 indivíduos participaram de 2 estudos para a administração intravenosa de sufentanila como agente anestésico para indução e manutenção da anestesia4 em indivíduos submetidos a procedimentos cirúrgicos de grande porte (ponte de safena ou cirurgia cardíaca a céu aberto). Os 572 indivíduos remanescentes participaram de 4 estudos para a administração epidural1 de sufentanila como analgésico3 pós-operatório ou como analgésico3 adjuvante à administração epidural1 de bupivacaína durante o trabalho de parto ou parto normal. Estes indivíduos receberam pelo menos uma dose de sufentanila e produziram dados de segurança. Reações adversas que foram relatadas por ≥1% dos indivíduos que receberam sufentanila nestes estudos estão apresentados na Tabela 2.
Tabela 2. Reações adversas relatadas por ≥ 1% dos indivíduos que receberam sufentanila em 6 estudos clínicos de sufentanila.
Classe de Sistema/Órgão |
sufentanila |
Distúrbios do Sistema Nervoso80 |
|
Sedação52 |
19,5 |
Tremor neonatal |
4,5 |
Tontura81 |
1,4 |
Cefaléia82 |
1,4 |
Distúrbios Cardíacos |
|
Taquicardia83 |
1,8 |
Distúrbios Vasculares84 |
|
Hipertensão85 |
4,9 |
Hipotensão59 |
3,2 |
Palidez |
1,4 |
Distúrbios Respiratórios, Torácicos e do Mediastino86 |
|
Cianose87 neonatal |
2,0 |
Distúrbios Gastrintestinais |
|
Náusea88 |
9,8 |
Vômito89 |
5,7 |
Distúrbios da Pele e Tecido Subcutâneo90 |
|
Prurido26 |
15,2 |
Descoloração da pele18 |
3,1 |
Distúrbios Musculoesqueléticos e do Tecido Conjuntivo91 |
|
Contração muscular |
2,0 |
Distúrbios Renais e Urinários |
|
Retenção urinária27 |
3,2 |
Incontinência urinária92 |
1,5 |
Distúrbios Gerais e Condições do Local da administração |
|
Pirexia93 |
1,7 |
As reações adversas adicionais que ocorreram <1% dos indivíduos que receberam sufentanila em 6 estudos clínicos estão listadas na Tabela 3.
Tabela 3. Reações adversas relatadas por <1% dos indivíduos que receberam sufentanila em 6 estudos clínicos de sufentanila.
Classe de Sistema/Órgão Reação Adversa |
Infecção47 e Infestação94 |
Rinite95 |
Distúrbios do Sistema Imunológico96 |
Hipersensibilidade |
Distúrbios Psiquiátricos |
Apatia97 |
Nervosismo |
Distúrbios do Sistema Nervoso80 |
Ataxia98 |
Discinesia neonatal |
Distonia99 |
Hiperreflexia100 |
Hipertonia101 |
Hipocinseia neonatal |
Sonolência |
Distúrbios Oftalmológicos |
Distúrbios visuais |
Distúrbios Cardíacos |
Arritmia102* |
Anormalidade no eletrocardiograma103 |
Bloqueio atrioventricular |
Bradicardia30 |
Cianose87 |
Distúrbios Respiratórios, Torácicos e do Mediastino86 |
Broncoespasmo104 |
Tosse |
Disfonia105 |
Soluço |
Hipoventilação |
Distúrbios Respiratórios |
Distúrbios da Pele18 e do Tecido Conjuntivo91 |
Dermatite106 alérgica * |
Pele18 seca |
Hiperidrose107 |
Erupção108 cutânea20 |
Erupção108 cutânea20 neonatal |
Distúrbios Musculoesqueléticos e do Tecido Conjuntivo91 |
Dor nas costas109 |
Hipotonia110 neonatal |
Rigidez muscular * |
Distúrbios Gerais e Condições do Local da Administração |
Calafrios111 |
Hipotermia112 |
Diminuição da temperatura do corpo |
Dor no local da injeção14 * |
Reação no local da injeção14 |
Dor |
Laboratoriais |
Aumento da temperatura do corpo |
*Reações adversas relatadas provenientes apenas de estudos nos quais a sufentanila foi administrada por via intravenosa como agente anestésico.
Dados de pós-comercialização
As reações adversas inicialmente identificadas durante a experiência de pós-comercialização com citrato de sufentanila estão apresentadas a seguir.
As reações adversas estão apresentadas por frequência da categoria baseada nas taxas de relatos espontâneas.
Reação muito rara (< 1/10.000), incluindo relatos espontâneos:
- Distúrbios do Sistema Imunológico96: choque anafilático113, reação anafilática114, reação anafilactoide115;
- Distúrbios do Sistema Nervoso80: coma53, convulsão116, contrações musculares involuntárias;
- Distúrbios Oftalmológicos: miose29;
- Distúrbios Cardíacos: parada cardíaca (vide “Advertências e Precauções”);
- Distúrbios Vasculares84: choque45;
- Distúrbios Respiratórios, Torácicos e do Mediastino86: parada respiratória, apneia117, depressão respiratória, edema pulmonar118, laringoespasmo (vide “Contraindicações” e “Advertências e Precauções”);
- Distúrbios da Pele18 e do Tecido Subcutâneo119: eritema120;
- Distúrbios Musculoesqueléticos e do Tecido Conjuntivo91: espasmo121 muscular (vide “Advertências e Precauções”).
População pediátrica
É esperado que a frequência, o tipo e a gravidade das reações adversas em pacientes pediátricos sejam os mesmos daqueles em adultos.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
Uma superdose de sufentanila manifesta-se como uma extensão de suas ações farmacológicas. Pode ocorrer depressão respiratória, que pode variar de bradipneia a apneia117.
Tratamento
Na presença de hipoventilação ou apneia117, deve ser administrado oxigênio e a respiração deve ser assistida ou controlada conforme indicado. Um antagonista32 opioide específico deve ser usado como indicado para controlar a depressão respiratória. Isso não exclui a utilização de medidas mais imediatas. A depressão respiratória pode durar mais do que o efeito do antagonista32; doses adicionais podem ser assim necessárias.
Se a depressão respiratória é associada com rigidez muscular, um bloqueador neuromuscular intravenoso pode ser necessário para facilitar a respiração assistida ou controlada.
O paciente deve ser observado cuidadosamente; a temperatura corporal e a infusão adequada de líquidos devem ser mantidas. Se a hipotensão59 é grave ou persistente, a possibilidade de hipovolemia122 deve ser considerada e, se presente, deve ser controlada com administração apropriada de líquidos por via parenteral.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
USO RESTRITO A HOSPITAIS
ATENÇÃO: PODE CAUSAR DEPENDÊNCIA FÍSICA OU PSÍQUICA
MS nº 1.0298.0216
Farm. Resp.: Dr. José Carlos Módolo - CRF-SP nº 10.446
Registrado por:
CRISTÁLIA - Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
Rodovia Itapira-Lindóia, km 14 - Itapira - SP
CNPJ nº 44.734.671/0001-51
Indústria Brasileira
Fabricado por:
CRISTÁLIA - Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
Av. Nossa Senhora da Assunção, 574 - Butantã - São Paulo - SP
CNPJ nº 44.734.671/0008-28
Indústria Brasileira
SAC 0800-7011918