DACARB
EUROFARMA
DACARB
dacarbazina
Pó liófilo injetável
Formas Farmacêuticas e Apresentações de Dacarb
Embalagens com 1frasco-ampola contendo 100 mg ou 200 mg de dacarbazina.
Embalagens com 1 ou 10 frasco(s)-ampola(s) contendo 200 mg de dacarbazina.
USO INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 (DOIS) ANOS DE IDADE
- COMPOSIÇÃO:
Cada frasco-ampola de Dacarb® (dacarbazina) 100 mg contém:
dacarbazina............................................................................. 100 mg
excipientes* q.s.p..................................................................... 1 frasco-ampola
*Excipientes: ácido cítrico anidro, manitol.
Cada frasco-ampola de Dacarb® (dacarbazina) 200 mg contém:
dacarbazina............................................................................. 200 mg
excipientes* q.s.p..................................................................... 1 frasco-ampola
*Excipientes: ácido cítrico anidro, manitol.
Informações Técnicas Aos Profissionais de Saúde1 de Dacarb
1. Indicações de Dacarb
DACARB® (dacarbazina) é indicada no tratamento de melanoma2 maligno metastático. Além disto, DACARB® (dacarbazina) é indicada na doença de Hodgkin3, como uma terapia de segunda linha, quando em combinação com outros agentes eficazes.
- 2. RESULTADOS DE EFICÁCIA:
- Melanoma2 maligno:
A eficácia da dacarbazina no tratamento do melanoma2 metastático foi avaliada em vários estudos clínicos. Segundo a revisão de Serrone e cols1, a monoterapia com dacarbazina determina uma taxa de resposta objetiva de aproximadamente 20%, com uma duração de resposta mediana de 5 (cinco) a 6 (seis) meses e taxas de resposta completa de 5%.
No estudo de Middleton e cols.2, a dacarbazina na dose inicial de 250 mg/m2/dia durante 5 (cinco) dias a cada 21 (vinte e um) dias foi administrada a 149 (cento e quarenta e nove) pacientes ≥ 18 (dezoito) anos de idade portadores de melanoma2 metastático avançado cirurgicamente irresecável. Os pacientes deveriam ter doença mensurável e performance status (OMS) 2. Foram excluídos pacientes que já haviam recebido tratamento prévio para doença metastática4 (exceto radioterapia5 local), ou que apresentavam metástases6 em sistema nervoso central7 (SNC8). Na população com intenção de tratamento (ITT), o tempo de sobrevida9 mediano foi de 6,4 meses e o tempo de sobrevida9 livre de progressão mediano foi de 1,5 meses. Resposta completa (RC), parcial (RP) e estabilização da doença foram observadas, respectivamente, em 2,7%, 9,4% e 15,8% dos pacientes tratados. Dentre os pacientes respondedores (RC e RP), o tempo de sobrevida9 global mediano foi de 20 (vinte) meses.
Vários estudos avaliaram regimes de quimioterapia10, ou bioquimioterapia, contendo dacarbazina. Legha e cols.3 analisaram a atividade antitumoral e a toxicidade11 do regime, contendo cisplatina (20 mg/m2/d por 4 (quatro) dias), vimblastina (1,6 mg/m2/d por 4 (quatro) dias) e dacarbazina (800 mg/m2 IV no dia 1 (um)) em combinação com interferon alfa (5 x 106 U/m2/d SC por 5 dias) e interleucina-2 (9 x 106 UI/m2/d IV por infusão contínua, por 4 (quatro) dias), repetidos a intervalos de 21 (vinte e um) dias, em 53 (cinquenta e três) pacientes portadores de melanoma2 metastático com lesões12 mensuráveis, performance status (ECOG) 2 e sem metástases6 sintomáticas em SNC8. A resposta foi avaliada após dois ciclos, e os pacientes que responderam continuaram o tratamento até um total de seis ciclos. Onze pacientes (21%) alcançaram RC e 23 (vinte e três) pacientes (43%) alcançaram RP, totalizando 64% de resposta objetiva global, a qual teve duração mediana de 6,5 meses. Considerando-se todos os pacientes, o tempo mediano para progressão da doença foi de 5 (cinco) meses e a sobrevida9 mediana foi de 11,8 meses.
Eton e cols.4 realizaram um estudo clínico de fase III para comparar os efeitos da quimioterapia10 com cisplatina, na dose de 20 mg/m2, nos dias 1- 4 e 22-25, vimblastina na dose de 2 mg/m2 nos dias 1-4 e 22-25 e dacarbazina 800 mg/m2 nos dias 1 e 22 (CVD), com aqueles da bioquimioterapia sequencial, que consistia no regime CVD (com vimblastina na dose de 1,5 mg/m2) mais interleucina-2 administrada como infusão contínua em 24 (vinte e quatro) horas, na dose de 9 MUI/m2, nos dias 5-8, 17-20 e 26-29 e interferon alfa-2b, na dose de 5 MU/m2 SC, nos dias 5-9, 17-21 e 26-30. Cada curso de tratamento consistia de dois ciclos de 21 (vinte e um) dias de quimioterapia10 dados em um período de 6 (seis) semanas. Os pacientes foram avaliados a cada 6 (seis) semanas e aqueles com evidência de redução tumoral repetiam o tratamento. Dentre os 190 (cento e noventa) pacientes incluídos, 91 (noventa e um) foram avaliáveis para o regime de bioquimioterapia e 92 (noventa e dois) para o regime de quimioterapia10. As taxas de resposta foram de 48% para a bioquimioterapia e 25% para a quimioterapia10 (p=0,001), enquanto o tempo para progressão mediano foi de 4,9 e 2,4 meses, e a sobrevida9 mediana foi de 11,9 e 9,2 meses, respectivamente. Naqueles pacientes que apresentaram RC ou RP ao tratamento, a sobrevida9 mediana foi de 18,7 meses no grupo que recebeu bioquimioterapia e 15,4 meses no grupo que recebeu quimioterapia10.
Atkins e cols.5 randomizaram 395 (trezentos e noventa e cinco) pacientes portadores de melanoma2 metastático progressivo com doença mensurável e com performance status (ECOG) < 2 para receber o regime CVD (cisplatina 20 mg/m2/d nos dias 1-4; vimblastina 1,2 mg/m2/d nos dias 1-4; dacarbazina 800 mg/m2 no dia 1; n=195) isoladamente, ou em combinação com interleucina-2 (9 MUI/m2 nos dias 1-4) e interferon alfa-2b (5 MU/m2 nos dias 1-5, 8, 10 e 12; n=200) a cada 21 (vinte e um) dias por um máximo de quatro ciclos. A resposta tumoral foi avaliada após os ciclos 2 (dois) e 4 (quatro) e, a seguir, a cada 3 (três) meses. A taxa de resposta foi de 19,5% no grupo que recebeu bioquimioterapia, e 13,8% no grupo CVD (p =0,140). A sobrevida9 livre de progressão mediana foi significativamente mais longa com o regime de bioquimioterapia que com o regime CVD (4,8 versus 2,9 meses; p = 0,015), embora isso não tenha se traduzido em vantagem na sobrevida9 global mediana (9,0 versus 8,7 meses), ou na porcentagem de pacientes vivos após 1 (um) ano (41% versus 36,9%).
- Doença de Hodgkin3:
A eficácia da dacarbazina, como parte do regime ABVD, foi avaliada em vários estudos clínicos, no tratamento da Doença de Hodgkin3. Duggan e cols6 compararam o regime que alterna os esquemas MOPP (mecloretamina, vincristina, procarbazina e prednisona) e ABV (MOPP/ABV) com o regime ABVD (doxorrubicina 25 mg/m2, bleomicina 10 mg/m2, vimblastina 6 mg/m2 e dacarbazina 375 mg/m2 nos dias 1 e 15) isoladamente em portadores de Doença de Hodgkin3 avançada. Um total de 856 (oitocentos e cinqüenta e seis) pacientes com doença histologicamente confirmada nos estádios III2A, IIIB, ou IV, ou que haviam experimentado recidiva13 após radioterapia5 foram randomizados para uma das duas modalidades de tratamento. As taxas de remissão completa (76% versus 80%), sobrevida9 livre de falência em 5 (cinco) anos (63% versus 66%) e sobrevida9 global em 5 (cinco) anos (82% versus 81%) foram semelhantes entre os grupos ABVD e MOPP/ABV, respectivamente. Uma vez que o regime MOPP/ABV foi associado com maior incidência14 de toxicidade11 aguda pulmonar e hematológica (efeitos adversos de outras drogas antineoplásicas), síndrome15 mielodisplásica e leucemia16, os autores concluíram que o regime ABVD deveria ser considerado o regime padrão no tratamento da doença de Hodgkin3 avançada.
Straus e cols7 tiveram como objetivo determinar se a combinação de quimioterapia10 e radioterapia5 (terapia combinada17) era superior à quimioterapia10 isoladamente em portadores de Doença de Hodgkin3 nos estádios IA, IB, IIA, IIB e IIIA sem massa tumoral. Os pacientes foram randomizados para receber seis ciclos do regime ABVD a cada 28 (vinte e oito) dias isoladamente ou seguido de radioterapia5 (3600 cGy). Dos 69 (sessenta e nove) pacientes avaliáveis em cada grupo, 94% alcançaram remissão completa. Em 60 (sessenta) meses, a duração da remissão completa e sobrevida9 global no grupo de terapia combinada17 versus ABVD isoladamente foram 91% versus 87% e 97% versus 90%, respectivamente, não se evidenciando diferenças estatisticamente significativas entre as duas modalidades de tratamento.
Bonadonna e cols8 compararam o tratamento com quatro ciclos do regime ABVD seguido por irradiação nodal subtotal, ou por radioterapia5 da área envolvida em 136 (cento e trinta e seis) pacientes, com doença de Hodgkin3 nos estádios IA, IB e IIA. Remissão completa foi alcançada em 100% e 97% dos pacientes, e as taxas de sobrevida9 global foram de 96% e 94%, respectivamente. Os autores concluíram que o regime ABVD seguido por radioterapia5 da área envolvida pode ser considerado uma modalidade de tratamento efetiva e segura na Doença de Hodgkin3 inicial.
Engert e cols9 compararam a terapia combinada17 (dois ciclos de ABVD seguidos por radioterapia5 estendida) com a radioterapia5 estendida isoladamente em 650 (seiscentos e cinquenta) pacientes com Doença de Hodgkin3 recém-diagnosticada nos estádios IA a IIB. Após um período de observação mediano de 87 (oitenta e sete) meses, não houve diferenças entre os dois grupos de tratamento, na taxa de RC (95% e 94%, respectivamente) e na sobrevida9 global (92% e 94%, respectivamente); porém, houve mais recidivas18 nos pacientes tratados apenas com radioterapia5 (22%) em relação aos que receberam terapia combinada17 (3%), o que demonstrou que esta última é mais eficaz que a radioterapia5 isolada.
Os resultados do tratamento para Linfoma19 de Hodgkin em pediatria com esquemas quimioterápicos que incluem a dacarbazina tem se mostrado animadores.
Weiner et al10 conduziram um estudo randomizado20 empregando 8 ciclos de MOPP (mostarda nitrogenada, vincristina, procarbazina e prednisona) e ABVD (doxorrubicina, bleomicina, vimblastina e dacarbazina), associado ou não a radioterapia5 em baixas doses, em 183 crianças e adolescentes com estadio IIB, IIIA2, IIIB e IV. A remissão completa foi obtida em 90% dos casos após o término dos oito ciclos de quimioterapia10. A sobrevida9 livre de eventos e a sobrevida9 global estimadas em 5 anos foi de 79% e 92%, respectivamente. A sobrevida9 livre de eventos em 5 anos para o grupo que recebeu apenas quimioterapia10 foi de 79%, enquanto para aqueles que receberam também radioterapia5 foi de 80%, sugerindo que, com o advento da quimioterapia10 MOPP-ABVD, a radioterapia5 em baixas doses não melhora a SLE e a SG nesses pacientes.
Estudo retrospectivo21 brasileiro avaliou 69 crianças entre 2 e 18 anos (mediada de 11 anos) com doença de Hodgkin3. Até 1996, a terapia utilizada era adriamicina, bleomicina, vimblastina e dacarbazina / vincristina, procarbazina, prednisona e adriamicina (ABVD/OPPA). Após 1996, a terapia utilizada foi ABVD. A sobrevida9 global com resposta completa foi de 94,2%, a SLE foi de 87% e a duração mediana de seguimento de 82 meses (12-332 meses)14.
A tabela abaixo compila os resultados do tratamento do linfoma19 de Hodgkin em pacientes pediátricos com esquemas utilizando dacarbazina15.
3. Características Farmacológicas de Dacarb
- Farmacodinâmica
Embora o mecanismo de ação exato da dacarbazina seja desconhecido, existem três hipóteses prováveis:
1 - inibição da síntese de DNA pela ação como um análogo de purina;
2 - ação como um agente alquilante;
3 - interação com grupos SH.
- Farmacocinética
Após administração intravenosa de dacarbazina, o volume de distribuição excede o conteúdo total de água corpórea, o que sugere a localização em alguns tecidos corpóreos, provavelmente o fígado22. A curva de desaparecimento no plasma23 é bifásica, com uma meia vida inicial de 19 (dezenove) minutos e uma meia-vida terminal de 5 (cinco) horas. Em um paciente com disfunções hepática24 e renal25, as meias-vidas foram aumentadas para 55 (cinquenta e cinco) minutos e 7,2 horas, respectivamente.
A excreção cumulativa média de dacarbazina inalterada na urina26 é 40% da dose injetada em 6 (seis) horas. A dacarbazina está mais sujeita à secreção tubular renal25 do que à filtração glomerular. Em concentrações terapêuticas, a dacarbazina não se liga apreciavelmente às proteínas27 plasmáticas. No homem, a dacarbazina é amplamente degradada. Além da dacarbazina inalterada, 5-aminoimidazol-4-carboxamida (AIC) é o maior metabólito28 da dacarbazina excretado na urina26.
4. Contraindicações de Dacarb
O uso deste medicamento é contraindicado em caso de hipersensibilidade conhecida à dacarbazina e/ou aos demais componentes da formulação.
5. Advertências e Precauções de Dacarb
A depressão hematopoiética é a toxicidade11 mais comum com dacarbazina e envolve primariamente os leucócitos29 e plaquetas30, embora anemia31 possa ocorrer algumas vezes. Leucopenia32 e trombocitopenia33 podem ser suficientemente graves, para causar a morte. Uma depressão da medula óssea34 requer cuidadosa monitorização das contagens de leucócitos29, eritrócitos35 e plaquetas30.
A toxicidade11 hematopoiética pode justificar uma suspensão temporária, ou interrupção da terapia com DACARB® (dacarbazina). Toxicidade11 hepática24 acompanhada por trombose36 da veia hepática24 e necrose37 hepatocelular, resultando em morte foi relatada. A incidência14 de tais reações foi baixa, aproximadamente 0,01% dos pacientes tratados. Esta toxicidade11 foi observada principalmente quando a dacarbazina foi administrada concomitantemente, com outras medicações antineoplásicas; entretanto, foi também relatada em alguns pacientes tratados somente com dacarbazina. Pode ocorrer anafilaxia38 após administração de DACARB® (dacarbazina).
Hospitalização não é sempre necessária; porém, exames laboratoriais adequados devem estar disponíveis. O extravasamento subcutâneo39 da medicação durante a administração I.V. pode resultar em dano ao tecido40 e dor de forte intensidade. Dor local, sensação de ardência e irritação no local de injeção41 podem ser aliviados por aplicação local de compressa quente.
A carcinogenicidade da dacarbazina foi estudada em ratos e camundongos. Lesões12 endocárdicas proliferativas, incluindo fibrocarcinomas e sarcomas, foram induzidas pela dacarbazina em ratos. Em camundongos, a administração de dacarbazina resultou na ocorrência de angiosarcomas do baço42.
É recomendado que DACARB® (dacarbazina) seja administrado sob supervisão de um médico qualificado com experiência, no uso de agentes quimioterápicos. No tratamento de cada paciente, o médico deve estudar cuidadosamente a possibilidade de atingir o benefício terapêutico contra o risco de toxicidade11.
A dacarbazina demonstrou ser teratogênica43 em ratos quando administrada, em doses 20 (vinte) vezes a dose diária humana no 12º dia de gestação. A dacarbazina quando administrada em doses 10 (dez) vezes superiores a humana em ratos machos (2 (duas) vezes por semana por 9 (nove) semanas) não afetou a libido44; contudo, as fêmeas acasaladas tiveram maior incidência14 de reabsorção que os controles. Em coelhos, doses diárias de dacarbazina 7 (sete) vezes a dose diária humana administrada nos 6º - 15º dias de gestação resultaram em anormalidade no esqueleto45 do feto46. Não existiram estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. A dacarbazina somente deve ser usada durante a gravidez47 se o benefício justificar o risco potencial para o feto46. Não se sabe se este fármaco48 é excretado no leite humano. Devido a vários medicamentos serem excretados no leite humano e ao potencial para tumorigenicidade demonstrada pela dacarbazina em estudos em animais, deve ser tomada uma decisão entre continuar a amamentação49, ou descontinuação do fármaco48, levando-se em conta a importância da medicação para a mãe.
Uso na gravidez47
Categoria de risco D: O fármaco48 demonstrou evidências positivas de risco fetal humano; no entanto, os benefícios potenciais para a mulher podem, eventualmente, justificar o risco, como por exemplo, em casos de doenças graves, ou que ameaçam a vida, e para as quais não existam outras drogas mais seguras.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas, sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez47.
A dacarbazina pode influenciar a habilidade de dirigir ou operar máquinas devido a seus efeitos sobre o sistema nervoso central7 e por seu potencial de causar náuseas50 e vômitos51.
6. Interações Medicamentosas de Dacarb
Existem relatos de que a dacarbazina, bem como outros antineoplásicos, podem afetar o comportamento de vários fármacos, incluindo: digoxina, anticoagulantes52 orais, fenitoína, suxametônio, diminuição de resposta a vacinas. A dacarbazina reduz os efeitos da levodopa. Por meio de efeito sinérgico, a dacarbazina aumenta o risco de depressão da medula óssea34, quando administrada concomitantemente com placlitaxel, teniposídeo, topotecana e vinorelbina. Recomenda-se cautela quando dacarbazina for administrada com algum desses medicamentos. A dacarbazina é metabolizada pelo citocromo P450 (CYP1A1, CYP1A2 e CYP2E1), o que deve ser levado em consideração se outras drogas metabolizadas por essas enzimas hepáticas53 forem co-administradas. Também deve ser evitado o consumo de erva de São João durante o tratamento com dacarbazina (pode causar fotossensibilidade).
7. Cuidados de Armazenamento de Dacarb
Conservar sob refrigeração (temperatura entre 2º a 8ºC). A solução deve ser protegida da luz.
Após reconstituição com água para injeção41, o produto se mantém estável durante 8 (oito) horas se armazenado em temperatura ambiente (15ºC – 30ºC) e durante 36 (trinta e seis) horas se armazenado sob refrigeração (2ºC – 8ºC). A solução deve ser protegida da luz.
Após reconstituído, o produto poderá ser diluído em soro54 fisiológico55 0,9% ou soro54 glicosado 5%. Após diluição com soro54 fisiológico55 0,9% ou soro54 glicosado 5%, o produto se mantém estável por 8 (oito) horas se armazenado em temperatura ambiente (15ºC – 30ºC) e durante 24 (vinte e quatro) horas se armazenado sob refrigeração (2ºC – 8ºC). A solução deve ser protegida da luz.
O prazo de validade do medicamento é de 24 (vinte e quatro) meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Este produto apresenta-se sob a forma de pó liofilizado56 branco, isento de partículas estranhas.
Após reconstituição, apresenta-se sob a forma de solução incolor a levemente amarelada isenta de partículas estranhas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
- 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR:
Os frascos ampolas de 100 mg e 200 mg devem ser reconstituídos com 9,9 ml e 19,7 ml, respectivamente, de água para injeção41 USP (volumes finais de 10 ml e 20 ml, respectivamente). A solução resultante apresenta pH de 3 a 4 e contém dacarbazina na concentração de 10 mg/ml. A dose calculada da solução é retirada com uma seringa57 e administrada somente por via intravenosa. A solução reconstituída pode ser diluída posteriormente, com 200 a 500 mL de , soro54 glicosado a 5% ou soro54 fisiológico55 0,9% e administrada como uma infusão IV, durante um período de 30 (trinta) a 60 (sessenta) minutos. Infusões rápidas podem causar irritação venosa. A concentração da solução de dacarbazina infundida não pode ser maior do que 10 mg/mL.
Procedimento para o manuseio adequado e utilização de drogas antineoplásicas devem ser considerados. A solução de dacarbazina é quimicamente incompatível com heparina, hidrocortisona e L-cisteína.
A dacarbazina não deve ser administrada por via oral, subcutânea58, ou intramuscular, pois pode causar lesões12 e dor intensa nos locais de aplicação59.
A reconstituição e o manuseio da dacarbazina devem ser feitos por pessoal especializado na manipulação de drogas antineoplásicas, que deverão usar vestimenta apropriada, como aventais, gorros, máscaras e luvas descartáveis. Deverá ser designada uma área para reconstituição (preferivelmente sob um sistema de fluxo laminar vertical) e a superfície de trabalho deverá ser protegida com papel absorvente descartável. Todos os itens utilizados para reconstituição, administração, ou limpeza deverão ser classificados de alto risco, devendo ser colocados em sacolas fechadas e incinerados. Funcionárias grávidas deverão ser excluídas da manipulação com esta droga. Se houver contato do produto com a pele60, lavar imediatamente com água e sabão. Se houver contato com membranas mucosas61, lavar a região com água.
Posologia de Dacarb
- Melanoma2 maligno:
A dosagem recomendada é de 2 a 4,5 mg/kg/dia IV por 10 dias. O tratamento pode ser repetido em intervalos de 4 (quatro) semanas. Uma dosagem recomendada alternativa é de 250 mg/m2 dia IV por 5 (cinco) dias. O tratamento pode ser repetido a cada 3 (três) semanas.
- Doença de Hodgkin3:
A dosagem recomendada de dacarbazina no tratamento da Doença de Hodgkin3 é 150 mg/m2 por 5 (cinco) dias, em combinação com outras drogas eficazes. O tratamento pode ser repetido a cada 4 (quatro) semanas. Uma dosagem recomendada alternativa é de 375 mg/m2, em combinação com outras doses eficazes, nos dias 1e 15 do curso de tratamento. O tratamento deve ser repetido a cada 4 (quatro) semanas, contando a partir do dia 1 de tratamento.
Populações Especiais de Dacarb
Em pacientes com insuficiência renal62 ou hepática24 leves, não é necessário ajuste de dose. Em pacientes com insuficiência renal62 e hepática24 combinadas, a eliminação da dacarbazina é prolongada; no entanto, não há reduções de doses validadas.
Uso em Pacientes Idosos de Dacarb
DACARB® (dacarbazina) pode ser usada por pessoas acima de 65 (sessenta e cinco) anos de idade desde que sejam observadas as precauções comuns ao produto.
Uso Pediátrico (Acima de Dois Anos de Idade de Dacarb
A dosagem recomendada de dacarbazina no tratamento da Doença de Hodgkin3 na população pediátrica é de 375 mg/m2, em combinação com outras doses eficazes, nos dias 1e 15 do curso de tratamento. O tratamento deve ser repetido a cada 4 (quatro) semanas, contando a partir do dia 1 de tratamento.
- 9. REAÇÕES ADVERSAS:
As reações tóxicas mais frequentemente observadas são sintomas63 de anorexia64, náusea65 e vômito66. Mais de 90% dos pacientes são afetados com as doses iniciais. Os vômitos51 persistem por 1 (um) – 12 (doze) horas e são atenuados com fenobarbital e/ou proclorperazina. Raramente, em casos de náusea65, ou vômito66, houve necessidade de descontinuação da terapia. É muito rara a ocorrência de casos de diarreia67. Propõe-se a restrição ao paciente da ingestão de alimentos por 4 (quatro) – 6 (seis) horas, antes do tratamento. A rápida tolerância a esses sintomas63 sugere que um mecanismo do SNC8 possa estar envolvido, e geralmente estes sintomas63 diminuem após o primeiro, ou segundo dia. Alguns pacientes experimentam sintomas63 semelhantes à gripe68, com febre69 a 39°C, mialgias70 e mal-estar. Estes sintomas63 geralmente ocorrem após administração de uma dose única elevada; podem persistir por vários dias e podem acontecer com tratamentos sucessivos. Alopécia71, rubor facial e parestesia72 facial foram observados. Foram relatados poucos casos de anormalidades nos testes de função renal25 (Achado anormal de exame químico do sangue73, não especificado), ou hepática24 em seres humanos, após a administração de DACARB® (dacarbazina). Raramente, podem ocorrer reações de fotossensibilidade. Entretanto, estas anormalidades foram constatadas mais frequentemente nos estudos, em animais. Eritemas74 e exantema75 urticariforme foram observados com menor frequência, após administração de DACARB® (dacarbazina).
Os efeitos adversos da dacarbazina são apresentados em ordem de gravidade decrescente na tabela abaixo:
Em casos de eventos adversos, notifique ao sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
10. SUPERDOSE:
A superdose de dacarbazina caracteriza-se por sintomas63 semelhantes aos eventos adversos causados por este medicamento, porém de intensidade mais grave: reações alérgicas, depressão da medula óssea34, náuseas50 e vômitos51, diarreia67, anorexia64, alopecia71, rubor facial, parestesias76 cutâneas77. O tratamento da superdose deve ser feito com terapia de suporte e monitorização da contagem das células sanguíneas78. O tempo para ocorrência das contagens mais baixas de leucócitos29 e plaquetas30 é de 4 (quatro) semanas.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
M.S.: 1.0043.0636
Responsável Técnico: Dra. Sônia Albano Badaró – CRF-SP 19.258
EUROFARMA LABORATÓRIOS LTDA
Av. Vereador José Diniz, 3.465 - São Paulo - SP
CNPJ: 61.190.096/0001-92
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USO RESTRITO A HOSPITAIS.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
Esta bula foi aprovada pela ANVISA em 28/06/2010.
Referências Bibliográficas:
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3. Legha SS, Ring S, Eton O, Bedikian A, Buzaid AC, Plager C, Papadopoulos N. Development of a Biochemotherapy Regimen With Concurrent Administration of Cisplatin, Vinblastine, Dacarbazine, Interferon Alfa, and Interleukin-2 for Patients With Metastatic Melanoma2. J Clin Oncol 16:1752-9, 1998
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5. Atkins MB, Hsu J, Lee S, Cohen GI, Flaherty LE, Sosman JA, Sondak VK,Kirkwood JM. Phase III Trial Comparing Concurrent Biochemotherapy With Cisplatin, Vinblastine, Dacarbazine, Interleukin-2, and Interferon Alfa-2b With Cisplatin, Vinblastine, and Dacarbazine Alone in Patients With Metastatic Malignant Melanoma2 (E3695): A Trial Coordinated by the Eastern Cooperative Oncology Group. J Clin Oncol 26:5748-54, 2008
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