Clorpromaz (Injetável)
UNIÃO QUÍMICA FARMACÊUTICA NACIONAL S/A
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Clorpromaz®
cloridrato de clorpromazina
Injetável 5 mg/mL
Medicamento similar equivalente ao medicamento de referência.
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Solução injetável
Embalagem contendo 50 ampolas de 5 mL
USO INTRAMUSCULAR
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS
COMPOSIÇÃO:
Cada ampola de Clorpromaz® contém:
cloridrato de clorpromazina (equivalente a 25 mg de clorpromazina base) | 27,85 mg |
veículo q.s.p. | 5 mL |
Veículo: ácido ascórbico, sulfito de sódio, cloreto de sódio, citrato de sódio, metabissulfito de sódio e água para injetáveis.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Este medicamento é destinado ao tratamento de: quadros psiquiátricos agudos, ou então no controle de psicoses de longa evolução.
Clorpromaz também é indicado em manifestação de ansiedade e agitação, soluços incoercíveis (soluço que não para), náuseas1 (enjoo) e vômitos2 e neurotoxicoses (aceleração da respiração e convulsão3 com os olhos4 dilatados) infantis; também pode ser associado aos barbitúricos (medicamento depressor do sistema nervoso central5) no tratamento do tétano6.
Em analgesia (elimina ou diminui a dor) obstétrica e no tratamento da eclampsia7 (séria complicação da gravidez8 caracterizada por convulsões) e nos casos em que haja necessidade de uma ação neuroléptica (diminui a excitação e a agitação), vagolítica (interrupção dos impulsos transmitidos pelo nervo vago), simpatolítica (efeito oposto à atividade produzida pelo estímulo do sistema nervoso9 simpático10), sedativa (diminui a ansiedade e tem efeito calmante) ou antiemética (diminui o enjoo e vômito11).
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
Clorpromaz tem como princípio ativo o cloridrato de clorpromazina, que é um medicamento que age no sistema nervoso central5 controlando os mais variados tipos de excitação. É, portanto, de grande valor no tratamento das perturbações mentais e emocionais.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Clorpromaz não deve ser utilizado caso você apresente:
- glaucoma12 de ângulo fechado (aumento da pressão intraocular13);
- risco de retenção urinária14 (urina15 presa), ligado aos problemas uretroprostáticos (uretra16 e próstata17). Clorpromaz não deve ser utilizado com levodopa (medicamento utilizado no tratamento das síndromes apresentadas na doença de Parkinson18) (ver “Interações medicamentosas” no item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
Clorpromaz também não deve ser utilizado caso você apresente: comas barbitúricos (coma19 temporário provocado por uma dose controlada de medicamento barbitúrico) e etílicos (coma19 provocado por ingestão de álcool); sensibilidade às fenotiazinas (medicamento tranquilizante); doença cardiovascular (do coração20) grave; depressão severa do sistema nervoso central5.
Além disso, Clorpromaz não deve ser utilizado junto com álcool, lítio e sultoprida (ver “Interações medicamentosas” no item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
O médico vai avaliar se você deve usar Clorpromaz caso você apresente: discrasias sanguíneas (alteração nos elementos do sangue21); câncer22 da mama23; distúrbios hepáticos (no fígado24); doença de Parkinson18; distúrbios convulsivos; úlcera péptica25 (ferida no estômago26).
Clorpromaz deverá ser administrado com cautela em pacientes idosos e/ou debilitados.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes idosos que tenham retenção urinária14 por problemas de próstata17 ou uretra16.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Em caso de febre27 o tratamento com Clorpromaz deve ser suspenso e o médico comunicado. A febre27 sem causa aparente pode ser um dos elementos da Síndrome28 Maligna (palidez, febre27 e distúrbios vegetativos como tremores, palpitação29, sudorese30 entre outros) que tem sido descrita com o uso de medicamentos neurolépticos31.
Informe ao seu médico caso você tenha doença de coração20, fígado24, rim32 ou Parkinson, ou se estiver fazendo uso de outros medicamentos.
Casos de tromboembolismo33 venoso, incluindo casos de embolismo34 pulmonar, algumas vezes fatal, e casos de trombose venosa profunda35, foram reportados com medicamentos antipsicóticos (classe que o princípio ativo de Clorpromaz pertence). Portanto, Clorpromaz deve ser utilizado com cautela em pacientes com fatores de risco para tromboembolismo33 (obstrução de um vaso sanguíneo por um coágulo36 de sangue21).
Hiperglicemia37 (nível alto de açúcar38 no sangue21) ou intolerância à glicose39 foram relatadas em pacientes tratados com clorpromazina. Os pacientes com diagnóstico40 estabelecido de diabetes mellitus41 ou com fatores de risco para desenvolvimento de diabetes42 que iniciaram o tratamento com Clorpromaz devem realizar monitoramento glicêmico (controle do nível de açúcar38 no sangue21) apropriado durante o tratamento (ver item “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
Clorpromaz deve ser usado com cautela caso você apresente fatores de risco de acidentes vasculares43 cerebrais (derrame44).
Clorpromaz também deve ser utilizado com prudência em pacientes parkinsonianos, que necessitem de um tratamento neuroléptico45, em geral devido à sua idade avançada (hipotensão46 e sedação47), nos casos de afecção48 cardiovascular (hipotensão46) ou de insuficiência renal49 e hepática50 (risco de superdose).
Assim como com outros neurolépticos31 (classe do Clorpromaz), foram relatados casos raros de prolongamento do intervalo QT (alteração observada em eletrocardiograma51 e que está relacionada aos batimentos do coração20) com a clorpromazina.
Neurolépticos31 fenotiazínicos podem potencializar o prolongamento do intervalo QT, o que aumenta o risco de ataque de arritmias52 (descompasso dos batimentos do coração20) ventriculares graves do tipo torsades de pointes (tipo de alteração grave nos batimentos cardíacos), que é potencialmente fatal (morte súbita). O prolongamento QT é exacerbado, em particular, na presença de bradicardia53 (diminuição da frequência cardíaca), hipopotassemia54 (redução dos níveis de potássio no sangue21) e prolongamento QT congênito55 ou adquirido (exemplo: fármacos indutores). Se a situação clínica permitir, avaliações médicas e laboratoriais devem ser realizadas para descartar possíveis fatores de risco antes do início do tratamento com um agente neuroléptico45 e conforme necessidade durante o tratamento (ver item “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
Nos primeiros dias de tratamento, principalmente se você é hipertenso (tem pressão alta) ou hipotenso (tem pressão baixa), é necessário que você se deite durante meia hora em posição horizontal, sem travesseiro, logo após a tomada do medicamento. Esta precaução deve ser rigorosamente seguida quando se administra o Clorpromaz injetável. A vigilância clínica e, eventualmente eletroencefalográfica, deve ser reforçada em pacientes epilépticos, devido à possibilidade de diminuição do limiar epileptógeno. Recomenda-se evitar o tratamento prolongado se você pretende engravidar.
É desaconselhável o consumo de bebidas alcoólicas durante o tratamento.
Em tratamentos prolongados, é recomendável controle oftalmológico (dos olhos4) e hematológico (do sangue21) regular.
Precauções específicas da via parenteral
- em caso de hipovolemia56 (diminuição do volume líquido circulante nos vasos sanguíneos57), deve-se instalar rapidamente perfusão EV;
- o doente deve ser mobilizado rapidamente e colocado em decúbito dorsal58 na eventualidade de hipotensão46 (pressão baixa) arterial;
- as mudanças de posição do paciente devem ser efetuadas com cautela por causa do risco de hipotensão46 ortostática (queda significativa da pressão arterial59 após assumir a posição de pé).
A solução injetável contém sulfitos que podem eventualmente causar ou agravar reações do tipo anafilática (alérgica).
Fertilidade, Gravidez8 e Lactação60
O uso de Clorpromaz durante a gravidez8 ou período de amamentação61 deve ser orientado pelo seu médico, que avaliará a relação risco-benefício. Caso você engravide durante ou logo após o tratamento com Clorpromaz seu médico deve ser avisado para a orientação adequada. Informe ao seu médico se estiver amamentando. O aleitamento é desaconselhável, uma vez que a clorpromazina passa para o leite materno.
Os seguintes efeitos adversos foram relatados (em experiência pós-comercialização) em recém-nascidos que foram expostos a fenotiazínicos durante o terceiro trimestre de gravidez8:
- diversos graus de desordens respiratórias variando de taquipneia62 (respiração rápida e anormal) a angústia respiratória, bradicardia53 e hipotonia63 (flacidez muscular), sendo estes mais comuns quando outros medicamentos do tipo psicotrópicos64 ou antimuscarínicos forem concomitantemente administrados;
- íleo65 meconial (obstrução intestinal do recém-nascido), retardo da eliminação do mecônio66 (primeiras fezes eliminadas pelo recém-nascido), dificuldades iniciais de alimentação, distensão abdominal, taquicardia67 (aceleração do ritmo cardíaco);
- desordens neurológicas tais como síndrome28 extrapiramidal (alteração neurológica que leva a distúrbios do equilíbrio e da movimentação, hipertonia68, distonia69 orofacial, mioclonias, trismo, opistótono70, parkinsonismo), sonolência e agitação.
Converse com o seu médico sobre a necessidade de monitoramento e tratamento adequado do recém-nascido de mães tratadas com Clorpromaz, uma vez que estes procedimentos são recomendados.
Devido à interação com os receptores de dopamina71, a clorpromazina pode causar hiperprolactinemia (aumento da concentração sanguínea do hormônio72 prolactina73, que estimula a secreção de leite), que pode ser associada a um comprometimento da fertilidade nas mulheres.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Populações especiais
Pacientes idosos com demência74: pacientes idosos com psicose75 relacionada à demência74 tratados com medicamentos antipsicóticos estão sob risco de morte aumentado.
Hepatotoxicidade76 severa (dano ao fígado24), resultando em algumas mortes, foram relatadas com a utilização da clorpromazina. Os pacientes devem ser orientados a relatar imediatamente, sinais77 como astenia78 (fraqueza), anorexia79 (perda de apetite), náusea80, vômitos2, dor abdominal ou icterícia81 (disfunção do fígado24 caracterizada pela coloração amarelada da pele82) a um médico. Investigações incluindo avaliação clínica e biológica da função hepática50 devem ser realizadas imediatamente.
Não se recomenda o uso de Clorpromaz em crianças com menos de 2 anos de idade.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Medicamento-medicamento
O uso de Clorpromaz é contraindicado em associação com o medicamento levodopa. Em caso de síndrome28 extrapiramidal induzida pelos neurolépticos31, não tratar o paciente com levodopa (os receptores dopaminérgicos são bloqueados pelos neurolépticos31), mas utilizar um anticolinérgico.
Nos parkinsonianos tratados pela levodopa, em caso de necessidade de tratamento por neurolépticos31, não é lógico continuar a terapia com levodopa, pois isso pode agravar as alterações psicóticas e a droga não pode agir sobre os receptores bloqueados pelos neurolépticos31.
O uso de Clorpromaz é desaconselhado em associação com:
- lítio: em associação com Clorpromaz pode ocorrer: síndrome28 confusional, hipertonia68 (rigidez muscular) e hiper-reflexia (reflexos elevados);
- sultoprida: em associação com Clorpromaz pode apresentar risco aumentado de alterações do ritmo ventricular (do coração20).
O uso de Clorpromaz exige cuidados quando usado em associação com:
- antidiabéticos (medicamentos que tratam a diabetes42): em doses elevadas (100 mg/dia de clorpromazina) pode ocorrer elevação da glicemia83 (nível de açúcar38 no sangue21). O paciente deve reforçar a autovigilância sanguínea e urinária. Eventualmente, o médico deverá adaptar o modo de usar do medicamento antidiabético durante o tratamento com neurolépticos31 e depois da sua interrupção;
- gastrointestinais de ação tópica (medicamentos para tratar problemas no estômago26 e intestino tais como, óxidos e hidróxidos de magnésio, de alumínio e de cálcio): podem causar a diminuição da absorção gastrointestinal dos neurolépticos31 fenotiazínicos. O paciente deve usar os medicamentos gastrointestinais e neurolépticos31 com intervalo de mais de 2 horas entre eles;
- inibidores do citocromo P450 isoenzima1A2 (fortes como: ciprofloxacina, enoxacina, fluvoxamina, clinafloxacina, idrocilamida, oltipraz, ácido pipemídico, rofecoxibe, etintidina, zafirlucaste; e moderados como: metoxalen, mexiletina, contraceptivos orais, fenilpropanolamina, tiabendazol, vemurafenibe e zileutona): conduzem a um aumento da concentração plasmática de clorpromazina. Com isto os pacientes ficam sujeitos às reações adversas dose-dependentes da clorpromazina.
A administração de Clorpromaz junto com amitriptilina, pode levar a um aumento nos níveis plasmáticos (quantidade de medicamento no sangue21) da amitriptilina. Os pacientes devem ser monitorados com relação a reações adversas dose-dependente associadas com amitriptilina.
O uso de Clorpromaz deve ser considerado se usado em associação com:
- anti-hipertensivos (medicamentos que tratam a pressão alta): pode ocorrer a diminuição da pressão arterial59 do paciente e aumento do risco de hipotensão46 ortostática;
- atropina e outras substâncias atropínicas: antidepressivos imipramínicos, anti-histamínicos H1 sedativos, antiparkinsonianos anticolinérgicos, antiespasmódicos atropínicos, disopiramida podendo ocorrer: adição dos efeitos indesejáveis atropínicos, como retenção urinária14 (urina15 presa), obstipação84 intestinal (evacuação difícil ou pouco frequente), secura da boca85;
- outros depressores do sistema nervoso central5: antidepressivos sedativos, derivados morfínicos (analgésicos86 e antitussígenos), anti-histamínicos H1 sedativos, barbitúricos, ansiolíticos, clonidina e compostos semelhantes, hipnóticos, metadona e talidomida podendo ocorrer aumento da depressão central. A alteração da vigilância pode se tornar perigosa na condução de veículos e operação de máquinas;
- guanetidina: pode ocorrer a inibição do efeito anti-hipertensivo (causar a diminuição da pressão arterial59) da guanetidina.
Medicamento-substância química
O uso de Clorpromaz é desaconselhado em associação com:
- álcool: os efeitos sedativos (de sonolência) dos neurolépticos31 (classe de medicamentos a qual o Clorpromaz pertence) são acentuados pelo álcool. A alteração da vigilância pode se tornar perigosa na condução de veículos e operação de máquinas. Evitar o uso de bebidas alcoólicas e de medicamentos contendo álcool em sua composição.
Informe seu médico ou cirurgião-dentista se você estiver fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde87.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de conservação
Manter o produto em sua embalagem original e conservar em temperatura ambiente (15–30°C); proteger da luz e da umidade.
O prazo de validade é de 24 meses após a data de fabricação (vide cartucho).
Depois de aberto, este medicamento deve ser utlizado imediatamente. Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Aspecto físico: solução límpida, incolor a levemente amarelada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
A solução injetável deve ser administrada por via intramuscular.
Clorpromaz deve ser administrado profundamente no músculo. Como a solução é irritante, a administração intramuscular superficial deve ser evitada, de forma a minimizar reações locais.
Uso intramuscular (adultos)
Usado em pacientes internados, é preconizada88 uma dose inicial de 25 a 100 mg, repetida dentro de 1 a 4 horas, se necessário, até o controle dos sintomas89. Em pacientes idosos ou debilitados, doses mais baixas são geralmente suficientes para o controle dos sintomas89 (1/2 a 1/3 da dose de adultos). A administração por via oral deve ser introduzida quando os sintomas89 estiverem controlados.
Uso intramuscular (crianças acima de 2 anos)
Deve-se usar o esquema de aumento gradativo de dose, sendo usualmente utilizada uma dose inicial de 1 mg/kg/dia, dividida em 2 ou 3 tomadas. O total da dose diária não deve exceder 40 mg, em crianças abaixo de 5 anos, ou 75 mg, em crianças mais velhas. Devendo-se passar para via oral tão logo os sintomas89 estejam controlados.
Não há estudos dos efeitos da clorpromazina administrada por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via intramuscular, conforme recomendado pelo médico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
De modo geral, Clorpromaz é bem tolerado. Como reações adversas, você pode apresentar:
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Distúrbios do metabolismo90 e nutrição91: ganho de peso, às vezes, importante.
- Distúrbios do sistema nervoso9: sedação47, sonolência, síndrome28 extrapiramidal [alteração neurológica que leva a distúrbios do equilíbrio e da movimentação, hipertonia68, distonia69 orofacial, mioclonias, trismo (contração do músculo responsável pela mastigação), opistótono70, parkinsonismo] que melhora com a administração de antiparkinsonianos anticolinérgicos, efeitos atropínicos [secura da boca85, obstipação84 intestinal (prisão de ventre)].
- Distúrbios vasculares43: hipotensão46 ortostática (queda significativa da pressão arterial59 após assumir a posição de pé).
- Distúrbios musculares: discinesias tardias (movimentos incontroláveis que ocorrem após uso de medicamento por longo período) que podem ser observadas, assim como para todos os neurolépticos31, durante tratamentos prolongados (nestes casos os antiparkinsonianos não agem ou podem piorar o quadro).
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Distúrbios do coração20: prolongamento do intervalo QT (alteração observada em eletrocardiograma51 e que está relacionada aos batimentos do coração20).
- Distúrbios do sistema nervoso9: convulsões (contrações súbitas e involuntárias dos músculos92, secundárias a descargas elétricas cerebrais).
- Distúrbios endócrinos: hiperprolactinemia e amenorreia93 (ausência de menstruação94).
- Distúrbios do metabolismo90 e nutrição91: intolerância à glicose39 (ver item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
Reações cujas frequências são desconhecidas
- Distúrbios do coração20: houve relatos isolados de morte súbita, com possíveis causas de origem cardíaca (ver item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”), assim como casos inexplicáveis de morte súbita, em pacientes recebendo neurolépticos31 fenotiazínicos.
- Distúrbios endócrinos: galactorreia95 (produção de leite excessiva ou inadequada) e ginecomastia96 (aumento das mamas97 em homens).
- Distúrbios do metabolismo90 e nutrição91: hiperglicemia37 (nível alto de açúcar38 no sangue21) (ver item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”), hipertrigliceridemia (nível aumentado de triglicérides98), hiponatremia99 (diminuição da concentração de sódio no sangue21) e secreção inapropriada do hormônio72 antidiurético.
- Distúrbios do sistema nervoso9: efeitos atropínicos [retenção urinária14 (urina15 presa)].
- Distúrbios gastrointestinais (do aparelho digestivo100): colite101 isquêmica (inflamação102 no intestino grosso103 por problemas de circulação104), obstrução intestinal, necrose105 gastrointestinal (morte de células106 do estômago26 e do intestino), colite101 necrosante107 (algumas vezes fatal) (inflamação102 do intestino grosso103 com morte de células106), perfuração intestinal (algumas vezes fatal).
- Distúrbios da pele82 e tecidos subcutâneos: fotodermias (reações na pele82 de sensibilidade à luz) e pigmentação da pele82, angioedema108 (inchaço109 em região subcutânea110 ou em mucosas111, geralmente de origem alérgica) e urticária112 (erupções na pele82, geralmente de origem alérgica, que causa coceira).
- Distúrbios oculares: crises oculógiras (convulsão3 nos olhos4) e depósito pigmentar no segmento anterior do olho113.
- Distúrbios hepatobiliares114 (do fígado24 e da bile115): foi observada icterícia81 (deposição de pigmentos biliares na pele82 dando uma cor amarela intensa) por ocasião de tratamentos com clorpromazina, porém, a relação com o produto é questionável. Casos de lesões116 hepatocelulares, lesão117 hepática50 mista (das células106 do fígado24) e colestática (coloração amarelada da pele82 e mucosas111), às vezes resultando em morte, foram relatadas em pacientes tratados com clorpromazina.
- Distúrbios do sistema imunológico118: lúpus119 eritematoso120 sistêmico121 (doença multissistêmica devido à alterações no sistema imune122) foi relatado muito raramente em pacientes tratados com clorpromazina. Em alguns casos, anticorpos123 antinucleares (anticorpos123 encontrados em doenças autoimunes124) positivos podem ser encontrados sem evidência de doença clínica.
- Distúrbios do sangue21 e do sistema linfático125: excepcionalmente leucopenia126 (redução de células106 brancas no sangue21) ou agranulocitose127 (diminuição acentuada de alguns tipos de células brancas do sangue128), e por isso é recomendado o controle hematológico nos 3 ou 4 primeiros meses de tratamento.
- Distúrbios do sistema reprodutivo: impotência129, frigidez (distúrbios do desejo sexual). Em pacientes tratados com clorpromazina foi relatado raramente priapismo130 (ereção131 persistente e dolorosa).
- Distúrbios vasculares43: casos de tromboembolismo33 venoso (obstrução de um vaso sanguíneo por um coágulo36 de sangue21), incluindo casos de embolismo34 pulmonar venoso (obstrução de um vaso sanguíneo por um coágulo36 de sangue21 no pulmão132), algumas vezes fatal, e casos de trombose venosa profunda35 (formação ou presença de um coágulo36 sanguíneo dentro de uma veia), foram reportados com medicamentos antipsicóticos (ver item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
- Distúrbios musculares: discinesias (movimentos incontroláveis) precoces [torcicolo133 espasmódico (enrijecimento dos músculos do pescoço134), trismo, etc., que melhoram com a administração de antiparkinsoniano anticolinérgico].
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Os principais sintomas89 de intoxicação aguda por cloridrato de clorpromazina são: depressão do sistema nervoso central5, hipotensão46 e sintomas89 extrapiramidais (diversos transtornos do movimento) e convulsões (contrações súbitas e involuntárias dos músculos92 secundárias a descargas elétricas cerebrais). Recomenda-se nestes casos lavagem gástrica135 precoce, evitando-se a indução do vômito11; administração de antiparkinsonianos (medicamentos específicos que tratam a doença de Parkinson18) para os sintomas89 extrapiramidais e estimulantes respiratórios (anfetamina, cafeína com benzoato de sódio), caso haja depressão respiratória.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA
Registro MS – 1.0497.0155
Farm. Resp.: Florentino de Jesus Krencas CRF-SP n° 49136
Registrado por:
UNIÃO QUÍMICA FARMACÊUTICA NACIONAL S/A
Rua Coronel Luiz Tenório de Brito, 90
Embu-Guaçu – SP – CEP 06900-095
CNPJ 60.665.981/0001-18
Indústria Brasileira
Fabricado na unidade fabril:
Av. Pref. Olavo Gomes de Oliveira, 4.550
Bairro Aeroporto
Pouso Alegre – MG – CEP: 37561-100
CNPJ: 60.665.981/0005-41
Indústria Brasileira
Ou
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Anovis Industrial Farmacêutica Ltda Taboão da Serra – SP
SAC 0800 011 1559