

LOTENSIN
NOVARTIS
Forma Farmacêutica e Apresentações de Lotensin
Comprimidos revestidos. Frascos com 14, 30 ou 60 comprimidos de 5 mg ou 10 mg.Composição de Lotensin
Cada comprimido revestido contém: 5 ou 10 mg de cloridrato de benazepril; excipiente (dióxido de silício coloidal, celulose, óleo de rícino hidrogenado, lactose1, amido de milho, polivinilpirrolidona, hidroxipropilmetilcelulose, óxido de ferro amarelo, polietilenoglicol, talco, dióxido de titânio) q.s.p. 1 comprimido.Informação ao Paciente de Lotensin
LOTENSIN deve ser protegido do calor e da umidade. O frasco deve ser fechado imediatamente após o uso do produto. O prazo de validade está impresso no cartucho. Não utilizar o produto após a data de validade.Informe ao seu médico se estiver grávida, amamentando ou se ocorrer gravidez2 durante o tratamento.Os comprimidos devem ser ingeridos com um pouco de líquido. Siga corretamente as instruções do médico quanto ao uso do produto, não interrompendo ou modificando o tratamento sem antes consultá-lo.
LOTENSIN é geralmente bem tolerado. Porém, principalmente no início do tratamento e dependendo da sensibilidade de cada paciente, ocasionalmente podem ocorrer reações desagradáveis, tais como dores de cabeça3, tontura4, sintomas5 de gripe6, cansaço, tosse, problemas de estômago7 e intestino, vermelhidão da pele8, sensibilidade à luz, aumento da freqüência urinária, coceira, palpitação9 e queda de pressão. Essas reações devem diminuir ou desaparecer com a continuidade do tratamento. Caso ocorra qualquer reação desagradável, avise ao seu médico: ele lhe dará a orientação adequada.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Antes do início do tratamento com LOTENSIN, o paciente deve informar ao médico se está tomando qualquer outro medicamento ou se tiver qualquer outra doença. O paciente não deve tomar outro medicamento juntamente com LOTENSIN sem orientação ou conhecimento do médico.
Contra-indicações : LOTENSIN está contra-indicado a pacientes que apresentem alergia10 ao produto ou história de angioedema11 associado ao uso anterior de outros inibidores da ECA. Está também contra-indicado durante a gravidez2 e a amamentação12.
Precauções : Avise imediatamente ao seu médico se durante o tratamento ocorrer inchaço13 no rosto ou nos lábios, dificuldade de respirar ou vermelhidão na pele8. Pacientes com doença nos rins14 devem ser cuidadosamente acompanhados pelo médico durante as primeiras semanas de tratamento e logo depois, a intervalos periódicos. Pacientes que apresentarem tontura4 ou problemas de concentração com o uso de LOTENSIN deverão evitar operar máquinas, dirigir veículos ou efetuar tarefas que exijam atenção.
NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DE SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA SUA SAÚDE15.
Informação Técnica de Lotensin
Farmacodinâmica de Lotensin
Classe terapêutica16: Inibidor da enzima17 conversora de angiotensina.LOTENSIN (cloridrato de benazepril) é uma pró-droga que, após hidrólise para a substância ativa benazeprilato, inibe a enzima17 conversora de angiotensina (ECA) e, conseqüentemente, bloqueia a conversão de angiotensina I para angiotensina II. Assim sendo, reduz todos os efeitos mediados pela angiotensina II - por ex. vasoconstrição18 e produção de aldosterona, que promove a reabsorção de sódio e água nos túbulos renais - e eleva o débito cardíaco19. LOTENSIN diminui o aumento simpático20 reflexoinduzido na freqüência cardíaca, que ocorre em resposta à vasodilatação.Hipertensão21:
Como outros inibidores da ECA, LOTENSIN também inibe a degradação do vasodilatador bradicinina22 pela quininase. Essa inibição pode contribuir para o efeito anti-hipertensivo.
A administração de LOTENSIN a pacientes com qualquer grau de hipertensão21 resulta na redução da pressão arterial23 nas posições sentada, supina ou em pé. Na maioria dos pacientes, a atividade anti-hipertensiva se inicia aproximadamente 1 hora após a administração de uma dose oral única, e a redução máxima de pressão arterial23 é alcançada dentro de 2 a 4 horas. O efeito anti-hipertensivo persiste pelo menos 24 horas após a administração. Durante a administração repetida, a redução máxima da pressão arterial23 com cada dose é geralmente obtida após 1 semana e persiste durante o tratamento a longo prazo. Os efeitos anti-hipertensivos são mantidos independentemente de raça, idade ou atividade basal da renina plasmática. Os efeitos anti-hipertensivos de LOTENSIN não diferem muito em pacientes com dietas com baixo ou alto teor de sódio.
Não foi observada elevação rápida da pressão arterial23 após retirada abrupta do benazepril. Em estudo conduzido com voluntários sadios, doses únicas de LOTENSIN produziram um aumento no fluxo sangüíneo renal24 e não afetaram a taxa de filtração glomerular.
Os efeitos anti-hipertensivos de LOTENSIN e dos diuréticos25 tiazídicos são sinérgicos. O uso concomitante de LOTENSIN e outros fármacos anti-hipertensivos, inclusive diuréticos25, beta-bloqueadores e antagonistas do cálcio, geralmente leva a uma redução adicional na pressão arterial23.
Insuficiência cardíaca congestiva26:
A administração de benazepril em pacientes pré-tratados com digitálicos e diuréticos25 resultou num aumento do débito cardíaco19 e da tolerância ao exercício, assim como numa diminuição da pressão capilar27 pulmonar, na resistência vascular28 sistêmica e na pressão arterial23. A freqüência cardíaca foi levemente reduzida. O tratamento com LOTENSIN de pacientes com insuficiência cardíaca congestiva26 resultou também em melhora da fadiga29, de estertores, edema30 e da classificação NYHA. Ensaios clínicos31 demonstraram que a melhoria nas variáveis hemodinâmicas persiste por 24 horas com dose única diária.
Insuficiência renal32 crônica progressiva:
Em um estudo multicêntrico, duplo-cego, controlado com placebo33 e com duração de três anos, 583 pacientes com doença renal24 de várias etiologias e creatinina34 sérica variando entre 1,5 a 4 mg/dl35 ( clearance de creatinina34 entre 30 e 60 ml/min), com ou sem hipertensão21, foram randomizados para placebo33 ou LOTENSIN 10 mg, uma vez ao dia. Para se atingir o controle da pressão arterial23 foram administrados agentes anti-hipertensivos adicionais, de acordo com a necessidade dos pacientes, em ambos os grupos. O grupo tratado com LOTENSIN teve 53% de redução no risco relativo de atingir o objetivo do estudo, definido como sendo a duplicação da creatinina34 sérica ou a necessidade de diálise36. Esses efeitos benéficos foram acompanhados pela redução da pressão arterial23 e por uma pronunciada redução na proteinúria37. Pacientes com doença renal24 policística não apresentaram redução na perda da função renal24 quando tratados com LOTENSIN; entretanto, o produto pode ainda ser utilizado no tratamento da hipertensão21 em tais pacientes.
Farmacocinética de Lotensin
Absorção e concentrações plasmáticas:No mínimo 37% de uma dose oral de cloridrato de benazepril são absorvidos. A pró-droga é então rapidamente convertida ao metabólito38 farmacologicamente ativo, o benazeprilato. Após a administração do cloridrato de benazepril, com estômago7 vazio, os picos de concentração plasmática do benazepril e do benazeprilato são alcançados, respectivamente, após 30 e 60 a 90 minutos.
A biodisponibilidade absoluta do benazeprilato, após a administração oral do cloridrato de benazepril, é de aproximadamente 28% da biodisponibilidade obtida após a administração i.v. do metabólito38 isolado. A administração dos comprimidos após as refeições retarda a absorção, mas não afeta a quantidade absorvida e convertida a benazeprilato. LOTENSIN pode, portanto, ser ingerido com ou sem alimentos.
No intervalo de dose de 5 a 20 mg, a área sob a curva (AUC39) e o pico das concentrações plasmáticas de benazepril e benazeprilato são aproximadamente proporcionais à dose. Desvios pequenos, mas estatisticamente significativos, da proporcionalidade da dose são observados no intervalo de dose mais amplo, de 2 a 80 mg. Isso pode ser causado pela ligação saturável do benazeprilato à enzima17 conversora de angiotensina.
A cinética40 não se altera durante doses múltiplas (5 a 20 mg uma vez ao dia). O benazepril não se acumula. O benazeprilato se acumula apenas em extensão mínima, sendo a AUC39 no steady-state aproximadamente 20% mais elevada do que a observada no primeiro intervalo de dose de 24 horas. A meia-vida efetiva de acumulação do benazeprilato é de 10 a 11 horas. Os níveis de steady-state são alcançados após 2 a 3 dias.
Distribuição:
Cerca de 95% do benazepril e do benazeprilato se ligam a proteínas41 plasmáticas humanas (principalmente a albumina42). A ligação não é afetada pela idade. O volume de distribuição do benazeprilato no steady-state é de cerca de 9 litros.
Biotransformação:
O benazepril é extensivamente metabolizado, sendo seu principal metabólito38 o benazeprilato. Supõe-se que essa metabolização ocorra principalmente no fígado43, por hidrólise enzimática. Os outros dois metabólitos44 são os acilglicuronídeos conjugados do benazepril e do benazeprilato.
Eliminação:
O benazepril é eliminado principalmente por clearance metabólico. O benazeprilato é eliminado por via renal24 e biliar, sendo a excreção renal24 a principal via em pacientes com função renal24 normal. O clearance metabólico do benazeprilato disponível sistemicamente é de importância secundária. Na urina45, o benazepril corresponde a menos de 1% e o benazeprilato a cerca de 20% de uma dose oral. A eliminação plasmática do benazepril é completa após 4 horas. A eliminação do benazeprilato é bifásica, com uma meia-vida inicial de cerca de 3 horas e uma meia-vida terminal de cerca de 22 horas. A fase de eliminação terminal (de 24 horas adiante) sugere uma forte ligação do benazeprilato à enzima17 conversora de angiotensina.
Populações de pacientes especiais - Pacientes hipertensos : As concentrações plasmáticas de benazeprilato no steady-state se correlacionam com a dose diária.
Pacientes com insuficiência cardíaca congestiva26:
A absorção do benazepril e sua conversão a benazeprilato não são afetadas. Porque a eliminação é um pouco mais lenta, as concentrações plasmáticas do benazeprilato no steady-state tendem a ser maiores nesse grupo de pacientes, quando comparado a voluntários sadios ou a pacientes hipertensos.
Idade, insuficiência renal32 leve a moderada, síndrome nefrótica46 e disfunção hepática47:
As cinéticas48 do benazepril e do benazeprilato não são grandemente afetadas por idade, insuficiência renal32 leve a moderada ( clearance de creatinina34 de 30 a 80 ml/min) ou por síndrome nefrótica46. A cinética40 e a biodisponibilidade do benazeprilato não são afetadas em pacientes com disfunção hepática47 causada por cirrose49, não sendo necessário o ajuste de dose em tais pacientes.
Insuficiência renal32 severa e doença renal24 em estágio final:
A cinética40 do benazeprilato é substancialmente afetada pela insuficiência renal32 severa ( clearance de creatinina34 < 30 ml/min), sendo necessária a redução da dose como resultado da eliminação mais lenta e maior acúmulo. O benazepril e o benazeprilato são eliminados do plasma50 mesmo em pacientes com doença renal24 em estágio final, sendo a cinética40 similar àquela de pacientes com insuficiência renal32 severa. O clearance não-renal24 (ex., biliar ou metabólico) compensa parcialmente o clearance renal24 deficiente.
Hemodiálise51:
A hemodiálise51 regular, que se inicia ao menos duas horas após a administração do cloridrato de benazepril, não afeta significativamente as concentrações plasmáticas de benazepril e benazeprilato, o que significa não ser necessária a administração de dose adicional após a hemodiálise51. Apenas uma pequena quantidade do benazeprilato é removida do organismo pela diálise36.
Co-medicações:
As propriedades farmacocinéticas do cloridrato de benazepril não são afetadas pelos seguintes fármacos: hidroclorotiazida, furosemida, clortalidona, digoxina, propranolol, atenolol, nifedipina, amlodipina, naproxeno, aspirina ou cimetidina. Do mesmo modo, a administração do cloridrato de benazepril não afeta substancialmente a farmacocinética dessas medicações (a cinética40 da cimetidina não foi estudada).
Dados de segurança pré-clínica
Estudos de toxicidade52 na reprodução53:
Não foram observados efeitos adversos no perfil de reprodução53 em ratos machos e fêmeas tratados com cloridrato de benazepril em doses de até 500 mg/kg/dia.
Não foram observados efeitos embriotóxicos, fetotóxicos ou teratogênicos54 diretos em camundongos tratados com até 150 mg/kg/dia, em ratos tratados com até 500 mg/kg/dia e em coelhos tratados com até 5 mg/kg/dia
Mutagenicidade:
Em uma série de estudos in vitro e in vivo, não foi detectado potencial mutagênico.
Carcinogenicidade:
Não foi observada evidência de efeito carcinogênico quando o cloridrato de benazepril foi administrado a ratos em doses de até 150 mg/kg/dia (250 vezes a dose máxima recomendada para humanos). Não foi observada evidência de carcinogenicidade quando o cloridrato de benazepril foi administrado a camundongos por 104 semanas nas mesmas doses.
Indicações de Lotensin
· Tratamento da hipertensão arterial55. · Tratamento adjuvante da insuficiência cardíaca congestiva26 (pacientes classe II-IV da NYHA).Contra-Indicações de Lotensin
Hipersensibilidade conhecida ao benazepril ou às substâncias relacionadas. História de angioedema11 associada a tratamentos anteriores com inibidores da ECA. Gravidez2 (vide "Advertências").Advertências de Lotensin
Reações anafilactóides e relacionadas: Presumivelmente, pelo fato de os inibidores da ECA afetarem o metabolismo56 dos eucosanóides e polipeptídeos, inclusive a bradicinina22 endógena, os pacientes tratados com inibidores da ECA (incluindo-se LOTENSIN) podem experimentar uma variedade de reações adversas, algumas delas graves.Angioedema11:
Angioedema11 da face57, lábios, língua58, glote59 e laringe60 foi relatado em pacientes tratados com inibidores da ECA, inclusive LOTENSIN. Em tais casos, LOTENSIN deve ser imediatamente descontinuado e deve-se prover ao paciente a terapia adequada e acompanhamento até a resolução completa e sustentável dos sinais61 e sintomas5. Nos casos em que o inchaço13 estiver limitado à face57 e aos lábios, a condição geralmente se resolve tanto sem tratamento como com a administração de anti-histamínicos. O angioedema11 com edema30 de laringe60 pode ser fatal. Nos casos em que a língua58, a glote59 ou a laringe60 estão envolvidas, a terapia adequada deve ser adotada imediatamente, ex., injeção subcutânea62 de adrenalina63 1:1000 (0,3 - 0,5 ml) e/ou medidas para assegurar a desobstrução das vias aéreas do paciente.
A incidência64 de angioedema11 durante o tratamento com inibidores da ECA tem sido relatada como sendo maior em pacientes negros de origem africana do que em pacientes não-negros.
Reações anafilactóides durante dessensibilização65:
Dois pacientes que passavam por tratamento de dessensibilização65 com veneno de Hymenoptera , enquanto recebiam inibidores da ECA, sofreram reações anafilactóides com risco de vida. Nesses mesmos pacientes, as reações foram evitadas quando a administração do inibidor da ECA foi temporariamente interrompida, mas reapareceram com nova exposição ao fármaco66.
Reações anafilactóides durante a exposição a membranas:
Têm sido relatadas reações anafiláticas67 em pacientes dialisados com membrana de diálise36 de alto fluxo, sob tratamento com um inibidor da ECA. Foram também relatadas reações anafilactóides em pacientes submetidos a aférese de lipoproteínas de baixa densidade com absorção de sulfato de dextrano.
Hipotensão68 sintomática69:
Assim como com outros inibidores da ECA, a hipotensão68 sintomática69 foi observada em casos raros, tipicamente em pacientes com depleção70 de sal ou de volume, como resultado de terapia diurética prolongada, dieta com restrição de sal, diálise36, diarréia71 ou vômitos72. A depleção70 de volume e/ou de sal deve ser corrigida antes do início do tratamento com LOTENSIN. Se ocorrer hipotensão68, o paciente deve ser colocado em posição supina e, se necessário, receber solução salina fisiológica73 i.v. O tratamento com LOTENSIN pode ser continuado assim que a pressão arterial23 e o volume tenham retornado ao normal.
Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva26 grave, a terapia com inibidores da ECA pode causar hipotensão68 excessiva, que pode estar associada a oligúria74 e/ou azotemia e, raramente, com insuficiência renal32 aguda. Em tais pacientes, a terapia deve ser iniciada sob supervisão médica rigorosa, eles devem ser acompanhados durante as duas primeiras semanas do tratamento e sempre que houver aumento da dose do diurético75 ou do benazepril.
Agranulocitose76 / neutropenia77:
Outro inibidor da ECA, o captopril, tem demonstrado causar agranulocitose76 e depressão da medula óssea78. Tais efeitos ocorrem com maior freqüência em pacientes com insuficiência renal32, especialmente se apresentarem também doença vascular28 de colágeno79, tal como lúpus80 eritematoso81 sistêmico82 ou escleroderma. Não há dados suficientes, a partir dos estudos clínicos com benazepril, para demonstrar se este causa incidência64 semelhante de agranulocitose76. O acompanhamento da contagem das células83 brancas sangüíneas deve ser considerado em pacientes com doença vascular28 de colágeno79, especialmente se a doença estiver associada com função renal24 prejudicada.
Hepatite84 e insuficiência hepática85:
Há relatos raros de hepatite84 predominantemente colestática e casos isolados de insuficiência hepática85 aguda, algumas delas fatais, em pacientes tratados com inibidores da ECA. O mecanismo não está esclarecido. Pacientes em tratamento com inibidores da ECA que desenvolverem icterícia86 ou elevação acentuada das enzimas hepáticas87 devem interromper o uso do inibidor da ECA e receber acompanhamento médico apropriado.
Morbidade88 e mortalidade89 fetal/neonatal:
Os inibidores da ECA podem causar morbidade88 e mortalidade89 fetal e neonatal quando administrados a mulheres grávidas. Há vários relatos na literatura mundial. Quando for constatada a gravidez2, o inibidor da ECA deve ser descontinuado o mais breve possível.
A utilização de inibidores da ECA durante o segundo e o terceiro trimestres de gravidez2 tem sido associada com dano fetal e neonatal, incluindo-se hipotensão68, hipoplasia90 neonatal do crânio91, anúria92, insuficiência renal32 reversível ou irreversível e morte. Oligoidrâmnio, presumivelmente pela insuficiência93 da função renal24 fetal, foi também relatado. O oligoidrâmnio nesses casos tem sido associado a contratura fetal dos membros, deformação craniofacial e desenvolvimento de pulmão94 hipoplástico. Prematuridade, retardo no crescimento intra-uterino e ductus arteriosus95 persistente foram também relatados, entretanto não está clara a correlação com exposição a inibidores da ECA.
Esses efeitos adversos parecem não ter ocorrido após exposição intra-uterina a inibidores da ECA durante o primeiro trimestre de gravidez2. Isso deve ser exposto a mulheres que utilizaram inibidores da ECA somente durante o primeiro trimestre. Se uma paciente engravidar durante o tratamento, o médico deve descontinuar o benazepril o mais breve possível.
Precauções de Lotensin
Função renal24 reduzida:Podem ocorrer alterações da função renal24 em pacientes susceptíveis. Em pacientes com insuficiência cardíaca96 grave, em que a função renal24 depende da atividade do sistema renina-angiotensina-aldosterona, o tratamento com inibidor da ECA pode-se associar a oligúria74 e/ou azotemia progressiva e (raramente) insuficiência renal32 aguda. Em um pequeno estudo de pacientes hipertensos com estenose97 da artéria renal98 unilateral ou bilateral, o tratamento com LOTENSIN esteve associado com aumento do nitrogênio uréico sangüíneo e creatinina34 sérica e tais incrementos foram revertidos com a descontinuação de LOTENSIN, da terapia diurética ou de ambos. Se tais pacientes são tratados com inibidores da ECA, a função renal24 deve ser monitorada durante as primeiras semanas da terapia. Alguns pacientes hipertensos, com doença vascular28 renal24 preexistente não-aparente, desenvolveram aumento do nitrogênio uréico sangüíneo e dos níveis de creatinina34 sérica (usualmente leve ou passageira), especialmente quando LOTENSIN foi administrado com um diurético75. Essa ocorrência é mais provável em pacientes que tenham insuficiência renal32 preexistente. Pode ser necessária a redução da dose de LOTENSIN e/ou a descontinuação do diurético75. A avaliação do paciente hipertenso deve sempre incluir a verificação da função renal24 (vide "Posologia").
Tosse:
A tosse persistente não-produtiva tem sido relacionada à utilização de inibidores da ECA, presumivelmente pela inibição da degradação de bradicinina22 endógena. Essa tosse desaparece com a interrupção da terapia. A tosse induzida por inibidores da ECA deve ser considerada no diagnóstico99 diferencial de tosse.
Cirurgia/anestesia100:
Antes de cirurgias, o anestesista deve ser informado se o paciente está utilizando um inibidor da ECA. Durante a anestesia100 com agentes que induzam a hipotensão68, os inibidores da ECA podem bloquear a formação da angiotensina II secundária à liberação compensatória de renina. A hipotensão68 decorrente desse mecanismo pode ser corrigida por expansão de volume.
Hiperpotassemia:
Durante o tratamento com inibidores da ECA pode-se observar, em raras ocasiões, a elevação do potássio sérico. Não foram relatadas interrupções do uso de LOTENSIN, em ensaios clínicos31 em hipertensão21, pela ocorrência de hiperpotassemia. Os fatores de risco para o desenvolvimento de hiperpotassemia podem incluir insuficiência renal32, diabetes mellitus101 e o uso concomitante de agentes para tratamento de hipopotassemia102 (vide "Interações"). Em um estudo que envolvia pacientes com doença renal24 crônica progressiva, alguns pacientes descontinuaram o tratamento em função da hiperpotassemia. Em pacientes com doença renal24 crônica progressiva, o potássio sérico deve ser monitorizado.
Estenose97 mitral ou aórtica:
Assim como com todos os outros vasodilatadores, indica-se cuidado especial em pacientes que sofram de estenose97 mitral ou aórtica.
Efeitos Sobre a Habilidade de Dirigir Veículos e/ou Operar Máquinas de Lotensin
Assim como com outros medicamentos anti-hipertensivos, recomenda-se cautela ao dirigir veículos ou operar máquinas.Gravidez2 e Lactação103 de Lotensin
O uso de LOTENSIN é contra-indicado durante a gravidez2 (vide "Advertências - Morbidade88 e mortalidade89 fetal/neonatal " e "Contra-indicações").O benazepril e o benazeprilato são excretados no leite materno, mas as concentrações máximas obtidas corresponderam a apenas 0,3% das concentrações encontradas no plasma50. A fração de benazeprilato que atinge a circulação104 sistêmica da criança pode ser negligenciável. Entretanto, embora qualquer efeito adverso na criança seja pouco provável, não é recomendada a utilização de LOTENSIN pelas mães durante o período de amamentação12.
Interações Medicamentosas de Lotensin
Os pacientes sob tratamento com diuréticos25 ou os que apresentam perdas de líquido podem, ocasionalmente, sentir uma redução excessiva da pressão arterial23 após o início da terapia com inibidores da ECA. A possibilidade de efeitos hipotensivos em tais pacientes pode ser minimizada ao se descontinuar a terapia com o diurético75 por 2-3 dias antes de se iniciar o tratamento com LOTENSIN (vide "Posologia" e "Advertências").O uso concomitante de diuréticos25 poupadores de potássio (ex.: espironolactona, triamtereno e amilorida), suplementos de potássio ou substitutos do sal que contenham potássio, não são recomendados para pacientes105 tratados com inibidores da ECA, uma vez que podem conduzir a aumentos significativos no potássio sérico. Entretanto, se a co-medicação for considerada necessária, aconselha-se o acompanhamento freqüente do potássio sérico.Foram relatados níveis séricos de lítio aumentados e efeitos de toxicidade52 do lítio em pacientes que utilizavam inibidores da ECA, durante tratamento com lítio. Esses fármacos devem ser administrados com cautela quando o forem simultaneamente e recomenda-se a monitorização freqüente dos níveis séricos de lítio. Se for também utilizado um diurético75, o risco de toxicidade52 do lítio pode igualmente ser aumentado.
Foi também demonstrado que o efeito hipotensivo dos inibidores da ECA pode ser reduzido quando esses são administrados concomitantemente com a indometacina. Em um estudo clínico controlado, a indometacina não interferiu com o efeito anti-hipertensivo de LOTENSIN.
Reações Adversas de Lotensin
Estimativas de freqüência: muito rara < 0,01%, rara 0,01% a < 0,1%; incomum 0,1% a < 1%; comum 1% a < 10%; muito comum 10%.LOTENSIN é um produto bem tolerado. As reações adversas associadas a LOTENSIN e a outros inibidores da ECA estão indicadas a seguir:
Sistema cardiovascular106
Comuns: palpitações107 e sintomas5 ortostáticos. Raras: hipotensão68 sintomática69, dores no peito108, angina109 pectoris e arritmias110. Muito rara: infarto do miocárdio111.
Trato gastrintestinal
Comuns: distúrbios gastrintestinais não específicos. Raras: diarréia71, constipação112, náusea113, vômito114 e dores abdominais. Muito rara: pancreatite115.
Pele8
Comum: rash116 cutâneo117, vermelhidão, prurido118, fotossensibilidade. Rara: há relatos raros de pênfigo em pacientes sob tratamento com inibidores da ECA. Muito rara: síndrome de Stevens-Johnson119.
Fígado43 e duto biliar
Raras: hepatite84 (predominantemente colestática) e icterícia86 colestática (vide "Advertências").
Sistema urogenital120
Comum: micção121 freqüente. Raras: aumento do nitrogênio uréico sangüíneo e aumento da creatinina34 sérica. Muito rara: função renal24 prejudicada (vide "Precauções").
Trato respiratório
Comuns: tosse e sintomas5 no trato respiratório.
Sistema nervoso central122 (SNC123)
Comuns: cefaléia124, vertigens125 e fadiga29; Raras: sonolência, insônia, nervosismo e parestesia126.
Sangue127
Muito raras: anemia hemolítica128 e trombocitopenia129 (vide "Advertências").
Órgãos dos sentidos
Muito raras: zumbido e distúrbios do paladar130 (disgeusia131).
Reações alérgicas e imunes
Raras: angioedema11 e edema30 dos lábios e/ou da face57 (vide "Advertências").
Sistema musculoesquelético
Raras: artralgia132, artrite133 e mialgia134.
Achados laboratoriais
Assim como com outros inibidores da ECA, uma pequena elevação do nitrogênio uréico sangüíneo (BUN) e da creatinina34 sérica, reversível com a descontinuação da terapia, foi observada em menos de 0,1% dos pacientes com hipertensão21 essencial tratados com LOTENSIN em monoterapia. A probabilidade de ocorrência é maior nos pacientes tratados concomitantemente com diuréticos25 ou naqueles com estenose97 arterial renal24 (vide "Precauções").
Posologia de Lotensin
Hipertensão21 A dose inicial recomendada para pacientes105 que não estejam recebendo um diurético75 tiazídico é de 10 mg uma vez ao dia. A dose pode ser aumentada para 20 mg diários. A dose deve ser ajustada de acordo com a resposta da pressão arterial23, geralmente a intervalos de 1 a 2 semanas. Em alguns pacientes o efeito anti-hipertensivo pode diminuir ao final do intervalo de dose. A dosagem total diária deve, nesses casos, ser dividida em duas doses iguais. A dose diária máxima de LOTENSIN recomendada em pacientes hipertensos é de 40 mg, administrados em dose única ou em duas doses.Se LOTENSIN isoladamente não produzir uma redução suficiente da pressão arterial23, um outro anti-hipertensivo pode ser administrado concomitantemente, por ex., um diurético75 tiazídico ou um antagonista135 de cálcio (inicialmente em baixa dose). Em caso de tratamento diurético75 prévio, o mesmo deverá ser descontinuado por 2 a 3 dias antes de se iniciar o tratamento com LOTENSIN e administrado subseqüentemente, se necessário. Se não for possível descontinuar o diurético75, a dose inicial de LOTENSIN deve ser reduzida (5 mg ao invés de 10 mg) de modo a se evitar a hipotensão68 excessiva (vide "Advertências").
A dose usual de LOTENSIN é recomendada para pacientes105 com clearance de creatinina34 30 ml/min.
Pacientes com clearance de creatinina34 < 30 ml/min:
A dose inicial é de 5 mg. A dose pode ser aumentada até 10 mg/dia. Para alguma redução adicional na pressão arterial23 pode ser adicionado um diurético75 não-tiazídico ou outro agente anti-hipertensivo.
Insuficiência cardíaca congestiva26 (ICC)
A dose inicial recomendada é de 2,5 mg ao dia. Pelo risco de redução substancial da pressão arterial23, em resposta a primeira dose, pacientes recebendo LOTENSIN pela primeira vez, devem ser mantidos sob rigorosa supervisão médica (vide "Advertências"). A dose pode ser aumentada para 5 mg ao dia após 2 a 4 semanas, se os sintomas5 de insuficiência cardíaca96 não tiverem sido adequadamente aliviados, desde que o paciente não tenha desenvolvido hipotensão68 sintomática69 ou outras reações adversas inaceitáveis. Dependendo da resposta clínica, a dose pode ser aumentada para 10 mg e finalmente para 20 mg ao dia, a intervalos de tempo apropriados.
A dose única diária é geralmente eficaz. Alguns pacientes podem responder melhor a um regime de duas doses diárias. Ensaios clínicos31 controlados demonstram que pacientes com insuficiência cardíaca96 mais grave (classe IV da NYHA), usualmente necessitam de doses menores de LOTENSIN que pacientes com insuficiência cardíaca96 leve a moderada (classes II e III da NYHA).
Em pacientes com ICC e clearance de creatinina34 < 30 ml/min, a dose diária pode ser aumentada para 10 mg, mas a menor dose inicial administrada (2,5 mg ao dia) pode ser a dose ótima (vide "Farmacocinética").
Crianças
A segurança e a eficácia de LOTENSIN em crianças não foram estabelecidas.
Pacientes idosos
As recomendações de dosagem e os cuidados com os idosos são os mesmos dos adultos (vide "Farmacocinética").
Superdosagem de Lotensin
Sinais61 e sintomas5Embora não haja relatos de superdosagem com LOTENSIN, o principal sinal136 esperado é uma acentuada hipotensão68.
Tratamento
Se a ingestão for recente, deve-se induzir o vômito114. Embora o metabólito38 ativo, benazeprilato, seja pouco dialisável, a hemodiálise51 deve ser considerada em pacientes com superdosagem e insuficiência renal32 agravada, de modo a manter-se a eliminação normal (vide "Precauções"). Em caso de hipotensão68 pronunciada, administrar solução salina normal endovenosa.
ATENÇÃO: ESTE É UM NOVO MEDICAMENTO E EMBORA AS PESQUISAS REALIZADAS TENHAM INDICADO EFICÁCIA E SEGURANÇA QUANDO CORRETAMENTE INDICADO, PODEM OCORRER REAÇÕES ADVERSAS IMPREVISÍVEIS AINDA NÃO DESCRITAS OU CONHECIDAS. EM CASO DE SUSPEITA DE REAÇÃO ADVERSA, O MÉDICO RESPONSÁVEL DEVE SER NOTIFICADO.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
LOTENSIN - Laboratório
NOVARTIS
Av. Prof. Vicente Rao, 90 - Brooklin
São Paulo/SP
- CEP: 04706-900
Tel: 55 (011) 532-7122
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