

Predsim (Comprimido 40 mg) (Bula do profissional de saúde)
COSMED INDUSTRIA DE COSMETICOS E MEDICAMENTOS S.A.
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Predsim®
Prednisolona
Comprimido 40 mg
APRESENTAÇÕES
Comprimido
Embalagens contendo 4,7 ou 10 comprimidos.
VIA ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÕES
Cada comprimido contém:
prednisolona | 40 mg |
excipientes q.s.p | 1 comprimido |
(lactose1 monoidratada, amido, povidona e estearato de magnésio)
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2
INDICAÇÕES
Predsim® é indicado para o tratamento de doenças endócrinas, osteoarticulares e osteomusculares, reumáticas, do colágeno3, dermatológicas, alérgicas, oftálmicas, respiratórias, hematológicas, neoplásicas4, e outras, que respondam à terapia com corticosteroides. A terapia com corticosteroide hormonal é complementar à terapia convencional5.
Distúrbios alérgicos
Controle de condições alérgicas graves ou incapacitantes, não tratáveis com terapia convencional5, como rinite6 alérgica sazonal ou perene; pólipo7 nasal; asma8 brônquica (incluindo estado de mal asmático); bronquite; dermatite9 de contato; dermatite9 atópica (neurodermatite); reações medicamentosas ou por soro10.
Distúrbios respiratórios
Sarcoidose11 sintomática12; síndrome13 de Loeffler, sem resposta aos tratamentos convencionais; beriliose14; tuberculose15 pulmonar disseminada ou fulminante, quando utilizado concomitantemente à quimioterapia16 antituberculosa apropriada; pneumonite17 por aspiração.
Distúrbios reumáticos e osteomusculares
Como terapia complementar para administração no curto prazo (para reverter pacientes em episódio agudo18 ou exacerbado) em: artrite19 psoriática; artrite reumatoide20, incluindo artrite reumatoide20 juvenil (em casos particulares serão utilizadas terapias de manutenção em doses baixas); espondilite anquilosante; bursite21 aguda e subaguda22; tenossinovite aguda inespecífica; artrite19 gotosa aguda; osteoartrite23 pós-traumática; sinovite24 osteoartrítica; epicondilite; fibrosite; miosite.
Distúrbios dermatológicos
Pênfigo; dermatite9 herpetiforme bolhosa; eritema multiforme25 grave (síndrome de Stevens-Johnson26); dermatite9 esfoliativa; micose27 fungoide; psoríase28 grave; dermatite seborreica29 grave.
Distúrbios hematológicos
Púrpura30 trombocitopênica idiopática31 em adultos; trombocitopenia32 secundária em adultos; anemia hemolítica33 adquirida (autoimune34); eritroblastopenia (anemia35 eritrocítica); anemia35 hipoplásica congênita36 (eritroide).
Distúrbios neoplásicos37
Como medicação paliativa de leucemias e linfomas em adultos; leucemia38 aguda em crianças.
Distúrbios nefrológicos
Para induzir diurese39 ou remissão de proteinúria40 na síndrome nefrótica41 do tipo idiopático42 ou devida a lúpus43 eritematoso44, mas somente na ausência de uremia45.
Distúrbios endócrinos
Insuficiência46 adrenocortical primária ou secundária (sendo que corticosteroides naturais como cortisona ou hidrocortisona são os de escolha; análogos sintéticos podem ser utilizados em conjunto com mineralocorticoides, se necessário; na infância a suplementação47 de mineralocorticoides é especialmente importante); hiperplasia48 adrenal congênita36; tireoidite não supurativa; hipercalcemia associada ao câncer49.
Doenças do colágeno3
Durante exacerbação ou como terapia de manutenção em casos selecionados de lúpus43 eritematoso44 sistêmico50; cardite reumática aguda; dermatomiosite sistêmica (polimiosite).
Distúrbios gastrintestinais
Manutenção do paciente após um período crítico da doença em colite51 ulcerativa e enterite regional.
Distúrbios neurológicos
Exacerbações agudas da esclerose múltipla52.
Distúrbios oftálmicos
Processos inflamatórios e alérgicos, agudos e crônicos graves, envolvendo os olhos53 e seus anexos54, como conjuntivite55 alérgica, ceratite; úlcera56 alérgica marginal da córnea57; herpes zoster58 oftálmico; irite59 e iridociclite; coriorretinite; inflamação60 do segmento anterior; uveíte61 posterior difusa e coroidite; neurite62 óptica; oftalmia do simpático63.
Outros distúrbios
Meningite64 tuberculosa com (ou iminência de) bloqueio subaracnoide, quando utilizado concomitantemente à terapêutica65 antituberculosa apropriada. Triquinose66 com envolvimento neurológico ou do miocárdio67.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Na asma8
Em um estudo duplo-cego68, Storr e cols. distribuíram aleatoriamente 140 de 184 crianças com asma8 aguda para receber prednisolona oral nas doses de 30 ou 60mg (crianças < ou > de 5 anos, respectivamente) (n=67) ou placebo69 (n=73) após a admissão. Os dois grupos apresentavam características semelhantes na avaliação inicial. A reavaliação, após poucas horas, demonstrou que 30% das crianças no grupo prednisolona poderiam receber alta em comparação a apenas 3% no grupo placebo69. Das crianças que permaneceram no hospital, as que receberam prednisolona oral tiveram uma menor duração da internação e foram menos propensas a necessitar de terapia adicional com corticosteroides.¹
Langton Hewer e cols. realizaram um estudo duplo-cego68 com 98 crianças entre 1 e 15 anos para investigar a dose apropriada de prednisolona oral na exacerbação aguda de asma8. Após admissão, as crianças foram distribuídas aleatoriamente para receber 0,5mg/kg, 1,0mg/kg ou 2,0mg/kg, em dose única, em adição a nebulização70 com broncodilatadores71. Escores de AMAS clínicos, saturação de oxigênio, frequência cardíaca, número de nebulizações e duração da internação foram comparados entre os três grupos e não foram observadas diferenças no padrão de recuperação da crise entre os mesmos.²
Na artrite reumatoide20
Em um estudo duplo-cego68 e controlado por placebo69, Kirwan e o Arthris and Rheumatism Council Low- Dose Corticosteroid Group distribuíram aleatoriamente 128 pacientes adultos com artrite reumatoide20 ativa, com duração menor que dois anos, para receber prednisolona oral na dose de 7,5mg ao dia ou placebo69 durante dois dias. Exceto pela corticoterapia sistêmica, outros tratamentos podiam ser prescritos. As variáveis analisadas como desfecho primário foram progressão da lesão72 nas mãos73, avaliada pela radiografia, e o aparecimento de erosões nas mãos73 que não apresentavam erosões na fase basal. Observou-se redução na progressão das alterações erosivas, naquelas pacientes tratados com a prednisolona, em relação ao placebo69.³
Rau e cols. compararam o efeito de dois anos de tratamento com prednisolona, na dose de 5mg ao dia, versus placebo69, em pacientes portadores de artrite reumatoide20, de duração menor que dois anos, em um estudo duplo-cego68, no qual os pacientes haviam iniciado tratamento com DMARD. A progressão radiólogica foi significativamente menor naqueles pacientes que receberam prednisolona, sendo que a maior diferença na taxa de progressão foi observada nos primeiros seis meses de tratamento.4
Referências Bibliográficas:
- Storr J, Barrel E, Barry W, et al. Effect of a single oral dose of prednisolone in acute childhood asthma. Lancet 1987; 1(8538): 879-82.
- Langton Hewe S, Hobbs J, Reid F, et al. Prednisolone in acute childhood asthma: clinical responses to three dosages. Respir Med 1998; 92(3): 541-6.
- Kirwan JR. The effect og glucocorticoids on joint destruction in rheumatoid arthritis. N Engl J Med 1995; 333 (3): 142-6.
- Rau R, Wassenberg S, Zedler H. Low dose prednisolone therapy (LDPT) retards radiographically detectable destruction in early rheumatoid arthristis-preliminary results of a multicenter, randomized, parallel, double blind study. Z Rheumatol 2000; 59 Suppl 2:II/90-6.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
A prednisolona é um fármaco74 esteroide adrenocortical sintético com propriedades predominantemente glicocorticoides. Algumas destas propriedades reproduzem as ações fisiológicas75 dos glicocorticoides endógenos, porém outras refletem as funções normais dos hormônios adrenais e são encontradas apenas após a administração de altas doses terapêuticas do medicamento.
Os efeitos farmacológicos da prednisolona em razão de suas propriedades glicocorticoides incluem: estímulo da gliconeogênese76; aumento do depósito de glicogênio77 no fígado78; inibição da utilização da glicose79; atividade anti-insulínica; aumento do catabolismo80 proteico; aumento da lipólise; estímulo da síntese e armazenamento de gordura81; aumento da taxa de filtração glomerular com um aumento consequente da excreção urinária de urato (a excreção de creatinina82 permanece inalterada); e excreção aumentada de cálcio.
A produção de eosinófilos83 e linfócitos é diminuída, porém a eritropoiese84 e a produção de leucócitos polimorfonucleares85 são estimuladas. Os processos inflamatórios (edema86, deposição de fibrina87, dilatação capilar88, migração de leucócitos89 e fagocitose90), assim como os estágios tardios de cicatrização (proliferação capilar88, deposição de colágeno3 e a cicatrização) são inibidos. A prednisolona possui leve atividade mineralocorticoide91 pela qual estimula a entrada de sódio para dentro das células92 e a saída de potássio intracelular. Este efeito é particularmente evidente nos rins93, onde a troca de íons94 pode levar à retenção de sódio e hipertensão arterial95.
A prednisolona tem absorção rápida e eficiente no trato gastrintestinal após administração por via oral. Setenta por cento a 90% da prednisolona é ligada às proteínas96 plasmáticas e é eliminada do plasma97 com meia-vida de 2 a 4 horas. A prednisolona é metabolizada principalmente no fígado78 e excretada na urina98 como conjugados de sulfato e glicuronídeos.
CONTRAINDICAÇÕES
Predsim® não deve ser utilizado em pacientes com hipersensibilidade à prednisolona ou a outros corticosteroides ou a qualquer componente de sua fórmula.
Este medicamento é contraindicado para pacientes99 com infecções100 não controladas e infecções100 por fungos que afetam o organismo todo.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Poderão ser necessários ajustes posológicos durante remissões ou exacerbações da doença em tratamento, resposta individual ao tratamento e exposição do paciente a situações de estresse emocional ou físico, tais como infecção101 grave, cirurgia ou traumatismo102.
Os corticosteroides podem mascarar alguns sinais103 de infecção101, e novas infecções100 podem surgir durante sua administração. Quando os corticosteroides são usados, pode ocorrer baixa na resistência ou dificuldade em localizar a infecção101.
É aconselhável cautela em relação a: colite51 ulcerativa inespecífica, quando houver possibilidade de perfuração; abscesso104 ou outra infecção101 piogênica; diverticulite105; anastomose106 intestinal recente; úlcera péptica107; insuficiência renal108; hipertensão arterial95; osteoporose109; miastenia110 gravis.
O efeito dos corticosteroides é aumentado em pacientes com hipotireoidismo111 e cirrose112 hepática113.
Os corticosteroides podem agravar condições preexistentes de instabilidade emocional ou tendências psicóticas. Transtornos psíquicos podem ocorrer durante a terapia com corticosteroides.
Como as complicações provenientes do tratamento com corticosteroides são relacionadas à dose e duração do tratamento, deve-se fazer uma avaliação risco/benefício para cada paciente.
O uso prolongado de corticosteroides pode induzir o desenvolvimento de catarata114 subcapsular posterior, glaucoma115 com risco de lesão72 do nervo óptico, aumento do risco de infecções100 oculares secundárias por fungos ou vírus116.
Altas doses de corticosteroides, bem como doses habituais, podem causar elevação da pressão arterial117, retenção de sal e água e aumento da excreção de potássio. Todos os corticosteroides aumentam a excreção de cálcio. Considerar a possibilidade de dieta hipossódica e suplementação47 de potássio, quando os corticosteroides forem utilizados. Estes efeitos ocorrem menos com os derivados sintéticos, exceto quando em altas doses.
O tratamento com corticosteroides na tuberculose15 ativa deve estar restrito aos casos de tuberculose15 fulminante ou disseminada, nos quais o corticosteroide é usado associadamente ao esquema antituberculoso adequado.
Caso haja indicação de corticosteroide em tuberculose15 latente ou reatividade à tuberculina, torna-se necessária avaliação continuada. Durante terapia prolongada, esses pacientes devem receber quimioprofilaxia. Se a rifampicina é utilizada em um programa quimioprofilático, seu efeito intensificador do metabolismo118 hepático dos corticosteroides deve ser considerado; ajustando-se a dose, se necessário. A menor dose possível de corticosteroides deve ser usada no controle da condição sob tratamento. Quando é possível, a redução da dose deve ser gradual.
A corticoterapia pode alterar a motilidade e o número de espermatozoides119.
Poderá ser necessário monitoramento por período de até um ano após o término de tratamento prolongado ou com doses altas de corticosteroides.
Insuficiência46 secundária do córtex suprarrenal induzida por medicamento pode ser resultante de retirada rápida do corticosteroide, podendo ser evitada mediante redução gradativa da dose. Tal insuficiência46 relativa pode persistir meses após a descontinuação da terapia; por essa razão, se ocorrer estresse durante este período, a corticoterapia deverá ser restabelecida. Se o paciente já estiver fazendo uso de corticosteroide, a dose poderá ser aumentada, uma vez que a secreção mineralocorticoide91 pode estar diminuída; sal e/ou mineralocorticoide91 deve ser administrado concomitantemente.
Recomenda-se uso cauteloso em pacientes com herpes simples oftálmico pelo risco de perfuração da córnea57.
Os pacientes não deverão ser vacinados contra varíola durante terapia com corticosteroides. Outras imunizações também deverão ser evitadas, principalmente nos pacientes que estão recebendo altas doses de corticosteroides, pelos possíveis riscos de complicações neurológicas e ausência de resposta de anticorpos120. Entretanto, imunizações podem ser realizadas nos pacientes que estejam fazendo uso de corticosteroides como terapia substitutiva, como, por exemplo, para a doença de Addison.
Pacientes que estejam fazendo uso de doses imunossupressoras de corticosteroides devem evitar exposição à varicela121 ou ao sarampo122 e, se expostos, devem receber atendimento médico, principalmente nos casos com crianças.
Uso em crianças
As crianças que utilizam Predsim® ou outros corticosteroides por longo prazo devem ser cuidadosamente observadas em relação ao aparecimento de reações adversas graves como: obesidade123, retardo no crescimento, redução do conteúdo de cálcio no sangue124 e diminuição da produção de hormônios pelas glândulas125 suprarrenais.
As crianças tratadas com medicamentos imunossupressores são mais suscetíveis a infecções100 do que as crianças saudáveis. Varicela121 e sarampo122, por exemplo, podem apresentar consequências mais graves ou até mesmo fatais em crianças recebendo tratamento com corticosteroides e imunossupressores. Nestas crianças, ou em adultos que não tenham contraído estas doenças, deve-se ter cautela especial para evitar tal exposição. Se ocorrer exposição, pode-se usar terapia com imunoglobulina126 antivaricela-zoster58 (VZIG) ou "pool" de imunoglobulina126 intravenosa (IVIG), quando apropriado. Em caso de desenvolvimento de varicela121, pode ser considerado o tratamento com agentes antivirais.
O crescimento e desenvolvimento de recém-nascidos e crianças sob corticoterapia prolongada devem ser cuidadosamente acompanhados uma vez que este tipo de tratamento pode alterar o crescimento e inibir a produção endógena de corticosteroides.
Uso na gravidez127 e lactação128
Não há estudos adequados sobre reprodução129 humana e corticosteroides. O uso de Predsim® em gestantes, mulheres no período de amamentação130 ou com suspeita de gravidez127 requer que os possíveis benefícios sejam avaliados em relação aos riscos potenciais para a mãe, o embrião, o feto131 ou o recém-nascido. O fármaco74 é excretado no leite materno; portanto, a administração a lactantes132 não é recomendada. Recém-nascidos de mães que receberam doses altas de corticosteroides durante a gravidez127 devem ser observados quanto a sinais103 de hipoadrenalismo.
Gravidez127 - Categoria de Risco C: não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres grávidas; ou então, os estudos em animais revelaram risco, mas não existem estudos disponíveis realizados em mulheres grávidas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
O uso deste medicamento no período da lactação128 depende da avaliação do risco/benefício. Quando utilizado, pode ser necessário monitorização clínica e/ou laboratorial do lactente133.
Uso em idosos
É recomendada cautela em pacientes idosos, pois eles são mais suscetíveis às reações adversas.
Uso em grupos de risco
Nos pacientes com insuficiência hepática134, pode ser necessária uma redução da dose. No tratamento de doenças hepáticas135 crônicas ativas com prednisolona, as principais reações adversas, como fratura136 vertebral, diabetes137, hipertensão arterial95, catarata114 e síndrome de Cushing138, ocorreram em cerca de 30% dos pacientes.
Nos pacientes com hipotireoidismo111 e naqueles com cirrose112 hepática113 existe efeito acentuado dos corticosteroides.
Pacientes com tuberculose15 ativa ou quiescente139 duvidosa, não devem utilizar Predsim®, exceto como adjuvante ao tratamento com fármacos tuberculostáticos, pois pode ocorrer recidiva140 da doença. A quimioprofilaxia é indicada durante o tratamento prolongado com corticosteroide. Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose15. Os médicos que acompanham pacientes sob imunossupressão141 devem estar alerta quanto à possibilidade de surgimento de doença ativa, tomando, assim, todos os cuidados para o diagnóstico142 precoce e tratamento.
Esse medicamento pode causar doping.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Interação medicamento-medicamento
O uso concomitante de fenobarbital, fenitoína, rifampicina ou efedrina pode aumentar o metabolismo118 dos corticosteroides, reduzindo seus efeitos terapêuticos.
Pacientes em tratamento com corticosteroides e estrógenos devem ser observados em relação à exacerbação dos efeitos do corticosteroide.
O uso concomitante de corticosteroides com diuréticos143 depletores de potássio pode intensificar a hipocalemia144. O uso dos corticosteroides com glicosídios cardíacos pode aumentar a possibilidade de arritmias145 ou intoxicação digitálica associada à hipocalemia144.
Os corticosteroides podem potencializar a depleção146 de potássio causada pela anfotericina B. Deve-se acompanhar com exames laboratoriais (dosagem principalmente de potássio) todos os pacientes em tratamento com associação desses medicamentos.
O uso de corticosteroides com anticoagulantes147 cumarínicos pode aumentar ou diminuir os efeitos anticoagulantes147, podendo haver necessidade de ajustes posológicos.
Os corticosteroides podem reduzir as concentrações plasmáticas de salicilato. Nas hipoprotrombinemias, o ácido acetilsalicílico deve ser usado com precaução quando associado aos corticosteroides.
Quando os corticosteroides são indicados em diabéticos, pode ser necessário ajuste posológico do hipoglicemiante148 oral ou da insulina149.
Tratamento com glicocorticoides pode inibir a resposta à somatotropina.
Os efeitos dos anti-inflamatórios não-esteroides somados aos dos glicocorticoides podem resultar em aumento da incidência150 ou gravidade de úlceras151 gastrintestinais.
Interação medicamento-substância química
Os efeitos do álcool, somados aos dos glicocorticoides podem resultar em aumento da incidência150 ou gravidade de úlceras151 gastrintestinais.
Interação medicamento-exame laboratorial
Predsim® pode alterar o teste de "Nitroblue tetrazolium" para infecções100 bacterianas e produzir resultados falso-negativos. Todos os corticoides podem suprimir as reações de testes cutâneos.
Os glicocorticoides podem diminuir a absorção de iodo e as concentrações de iodo ligado às proteínas96, dificultando a monitoração da resposta terapêutica65 dos pacientes recebendo medicamento para tireoide152.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Proteger da luz. Prazo de validade: 24 meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Predsim® comprimido apresenta-se como comprimido branco a praticamente branco, redondo, biconvexo, sulcado em uma das faces e com a inscrição “40mg” na outra, livre de partículas estranhas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças
POSOLOGIA E MODO DE USAR
USO ORAL
As necessidades posológicas são variáveis e devem ser individualizadas tendo por base a gravidade da doença e a resposta do paciente ao tratamento.
POSOLOGIA
Adultos
A dose inicial de Predsim® para adultos pode variar de 5 a 60mg diários, dependendo da doença em tratamento. Em situações de menor gravidade, doses mais baixas deverão ser suficientes, enquanto que determinados pacientes necessitam de doses iniciais elevadas. A dose inicial deverá ser mantida ou ajustada até que se observe resposta clínica favorável. Se, após um período de tratamento, não ocorrer resposta clínica satisfatória, Predsim® deve ser descontinuado e outra terapia apropriada deve ser instituída.
Crianças
A dose pediátrica inicial pode variar de 0,14 a 2mg/kg de peso por dia, ou de 4 a 60mg por metro quadrado de superfície corporal por dia, administrados de 1 a 4 vezes por dia. Posologias para recém-nascidos e crianças devem ser orientadas segundo as mesmas considerações feitas para adultos, ao invés de se adotar rigidez estrita aos índices para idade ou peso corporal.
Após observação de resposta favorável, deve-se determinar a dose adequada de manutenção, mediante diminuição da dose inicial, realizada por pequenos decréscimos a intervalos de tempo apropriados, até que a menor dose para manter uma resposta clínica adequada seja obtida.
Predsim® pode ser administrado em um regime de dias alternados a pacientes que necessitem de terapia prolongada, de acordo com o julgamento do médico. Caso ocorra um período de remissão espontânea em uma afecção153 crônica, o tratamento deverá ser descontinuado.
A exposição do paciente a situações de estresse não relacionadas à doença básica sob tratamento podem necessitar de aumento da dose de Predsim®. Em caso de descontinuação do medicamento após tratamento prolongado, deve-se reduzir a dose gradualmente.
A dose média inicial de prednisolona para crianças é de 1mg/kg/dia, podendo ser tomada em dose única ou ser dividida em até 4 doses.
A dose máxima de Predsim® é de 80mg por dia.
REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas a Predsim® têm sido as mesmas relatadas para outros corticosteroides e normalmente podem ser revertidas ou minimizadas com a redução da dose, sendo essa solução preferível, em vez da interrupção do tratamento com o medicamento.
Ocorrem efeitos tóxicos com todas as preparações de corticosteroides e sua incidência150 eleva-se quando a dose aumenta muito acima de 80mg/dia de prednisolona ou seu equivalente.
Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- Alterações gastrintestinais: aumento do apetite e indigestão; úlcera gástrica154 ou duodenal, com possível perfuração e sangramento; pancreatite155; esofagite156 ulcerativa
- Alterações neurológicas: nervosismo; cansaço e insônia.
- Alterações dermatológicas: reação alérgica157 localizada.
- Alterações oftálmicas: catarata114; aumento da pressão intraocular158; glaucoma115; olhos53 saltados; aumento da ocorrência de infecção101 ocular por fungos e vírus116.
- Alterações endócrinas: pré-diabetes159; ocorrência de diabetes137 em pessoas com tendência à diabetes137 ou piora do controle da glicemia160; necessitando aumento da dose de insulina149 ou medicamentos antidiabéticos orais161. O tratamento com doses elevadas de corticosteroides pode induzir ao aumento acentuado da trigliceridemia.
Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- Alterações dermatológicas: rubor facial; retardo na cicatrização; pele162 fina e frágil; aumento da sudorese163; urticária164; edema angioneurótico165; dermatite9 alérgica; manchas roxas na pele162; acne166 no rosto, tórax167 e costas168; estrias avermelhadas nas coxas169, nádegas170 e ombros.
- Alterações neurológicas: convulsões; aumento da pressão intracraniana (pseudotumor cerebral) geralmente após tratamento; tontura171; cefaleia172; agitação; isquemia173 dos nervos; alterações eletroencefalográficas.
- Alterações psiquiátricas: euforia; depressão grave com sintomas174 de psicose175; alterações da personalidade; irritabilidade; insônia e alterações do humor.
- Alterações endócrinas: irregularidades menstruais; síndrome de Cushing138; insuficiência46 adrenal ou hipofisária, principalmente em casos de estresse (cirurgias, trauma ou doença); diminuição do crescimento fetal ou infantil. Em alguns homens, o uso de corticosteroides resultou em aumento ou diminuição da motilidade e do número de espermatozoides119.
- Alterações gastrintestinais: náuseas176; vômitos177; perda de peso; diarreia178; prisão de ventre; distensão abdominal; indigestão.
- Alterações hidroeletrolíticas: retenção de sal e água; insuficiência cardíaca congestiva179 em pacientes suscetíveis; alcalose180 hipocalêmica; aumento da pressão arterial117.
- Alterações osteoarticulares e osteomusculares: fraqueza muscular; perda de massa muscular; agravamento dos sintomas174 da miastenia110 gravis, osteoporose109, necrose181 asséptica da cabeça182 do fêmur183 e do úmero184; fratura136 de ossos longos185 e vértebras sem trauma ou com trauma mínimo; e ruptura espontânea de tendões186.
- Alterações metabólicas: perda de nitrogênio na urina98 devido à degradação de proteínas96.
Atenção: Este é um medicamento que possui nova concentração no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer reações adversas imprevisíveis ou desconhecidas. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Não foram relatados os efeitos da ingestão acidental de grandes quantidades de prednisolona em um curto período de tempo.
O mais indicado é procurar um serviço médico, tendo em mãos73 a embalagem do produto e, de preferência, sabendo-se a quantidade exata de medicamento ingerida. Pode-se, alternativamente, solicitar auxílio ao Centro de Assistência Toxicológica da região, o qual deve fornecer as orientações para a superdose em questão.
Superdose aguda com glicocorticoides, incluindo prednisolona, não deve levar a situações de risco de morte. Exceto em doses extremas, poucos dias em regime de alta dose com glicocorticoides, é improvável que produzam resultados nocivos, na ausência de contraindicações específicas, como em pacientes com diabetes mellitus187, glaucoma115 ou úlcera péptica107 ativa, ou em pacientes que estejam fazendo uso de medicações como digitálicos, anticoagulantes147, cumarínicos ou diuréticos143 depletores de potássio. O seu tratamento inclui a indução de vômito188 ou através de lavagem gástrica189. As possíveis complicações associadas devem ser tratadas especificamente.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Registro M.S.: nº 1.7817.0789
Farm. Responsável: Luciana Lopes da Costa - CRF-GO nº 2.757.
Registrado por:
Cosmed Indústria de Cosméticos e Medicamentos S.A.
Avenida Ceci, nº 282, Módulo I - Tamboré - Barueri - SP - CEP 06460-120
C.N.P.J.: 61.082.426/0002-07 - Indústria Brasileira
Fabricado por:
Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A.
VPR 1 - Quadra 2-A - Módulo 4 - DAIA - Anápolis - GO - CEP 75132-020
SAC 0800 97 99 900
