Klaricid UD
ABBOTT LABORATÓRIOS DO BRASIL LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Klaricid® UD
claritromicina
Comprimidos
APRESENTAÇÕES
Comprimido de liberação prolongada
Embalagem com 7 ou 10 comprimidos
VIA ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de liberação prolongada de Klaricid® UD 500 mg contém:
claritromicina | 500 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: ácido cítrico, alginato de sódio, alginato de cálcio e sódio, lactose1, povidona, talco, ácido esteárico, estearato de magnésio, hipromelose, macrogol, dióxido de titânio, corante amarelo quinolina, ácido sórbico.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Klaricid® UD (claritromicina) é indicado para o tratamento de infecções2 de vias respiratórias superiores (exemplos: faringite3 e sinusite4) e inferiores (exemplos: bronquite e pneumonia5), infecções2 de pele6 e tecidos moles (exemplos: foliculite, celulite7, erisipela8), causadas por todos os microorganismos sensíveis à claritromicina.
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
Klaricid® UD é um antibiótico do tipo macrolídeo semi-sintético que exerce sua ação antibacteriana inibindo a produção de proteínas9 pelas bactérias sensíveis à claritromicina.
O comprimido de liberação prolongada (UD) é absorvido aos poucos, durante sua passagem pelo estômago10 e intestino.
QUANDO NÃO DEVO UTILIZAR ESTE MEDICAMENTO?
Klaricid® UD é contraindicado para o uso por pacientes com conhecida hipersensibilidade (alergia11) aos antibióticos macrolídeos e a qualquer componente da fórmula (ver Composição).
Também está contraindicado se você estiver fazendo uso de um dos seguintes medicamentos: astemizol, cisaprida, pimozida e terfenadina, e se você estiver com hipocalemia12 (pouca quantidade de potássio no sangue13), pois pode causar um prolongamento do intervalo QT (alteração no eletrocardiograma14) e arritmias15 cardíacas incluindo taquicardia16 ventricular, fibrilação ventricular e torsades de pointes (distúrbio no ritmo cardíaco).
O uso deste medicamento com alcaloides de Ergot (exemplo: ergotamina ou di-hidroergotamina) é contraindicado, pois pode resultar em toxicidade17 ao ergot (ver Interações Medicamentosas).
A coadministração deste medicamento com midazolam oral é contraindicada (ver Interações Medicamentosas).
Este medicamento não deve ser utilizado por pacientes com histórico de prolongamento do intervalo QT, adquirido ou congênito18 (alteração no eletrocardiograma14), ou arritmia19 ventricular do coração20, incluindo torsades de pointes (distúrbio no ritmo cardíaco).
Este medicamento não deve ser utilizado em combinação com colchicina.
Este medicamento não deve ser utilizado por pacientes que sofrem de insuficiência hepática21 (no fígado22) grave em combinação com insuficiência renal23 (nos rins24).
Este medicamento não deve ser utilizado em combinação com uma estatina (exemplo: lovastatina ou sinvastatina), pois aumenta o risco de o paciente ter miopatia25 (doença muscular), incluindo rabdomiólise26 (destruição do músculo esquelético27).
Este medicamento é contraindicado se você estiver fazendo uso de ticagrelor ou ranolazina.
Klaricid® UD é contraindicado para o uso por pacientes com alteração importante da função dos rins24 (depuração de creatinina28 menor do que 30 mL/min).
Este medicamento contém LACTOSE1.
Pacientes com problema hereditário raro de intolerância a galactose29, deficiência de lactase de Lapp ou má absorção de glicose30-galactose29 não devem tomar esse medicamento.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Advertências e Precauções
O uso prolongado deste medicamento, assim como com outros antibióticos, pode resultar na colonização por bactérias e fungos não sensíveis ao tratamento. Na ocorrência de superinfecção31, uma terapia adequada deve ser estabelecida pelo médico.
A claritromicina deve ser administrada com cuidado a pacientes com alteração da função do fígado22 ou dos rins24 uma vez que, a claritromicina é eliminada principalmente pelo fígado22. Deve ser também administrada com precaução a pacientes com comprometimento moderado a grave da função dos rins24.
Recomenda-se precaução a pacientes com insuficiência renal23 severa.
Claritromicina deve ser descontinuada imediatamente se sinais32 e sintomas33 de hepatite34 ocorrerem como anorexia35 (falta de apetite), icterícia36 (pele6 amarelada), urina37 escura, coceira ou sensibilidade abdominal.
Diarreia38 associada à Clostridium difficile foi relatada com o uso de quase todos os agentes antibacterianos, incluindo claritromicina, podendo sua gravidade variar de diarreia38 leve a colite39 (inflamação40 do intestino) fatal. O tratamento com agentes antibacterianos altera a flora normal do intestino, o que pode levar à proliferação de Clostridium difficile (bactérica causadora da diarreia38), portanto a existência dessa bactéria41 deve ser considerada pelo médico em todos os pacientes que apresentarem quadro de diarreia38 após o uso de antibiótico. Um minucioso histórico médico é necessário para o diagnóstico42, já que a ocorrência desta bactéria41 foi relatada ao longo de dois meses após a administração de agentes antibacterianos.
Este medicamento não deve ser utilizado em combinação com colchicina.
Recomenda-se precaução quanto à administração de claritromicina juntamente com benzodiazepínicos, como triazolam e midazolam intravenoso (aplicado na veia) ou oral (aplicado na boca43) (ver Interações Medicamentosas).
Eventos cardiovasculares
A repolarização cardíaca (alteração no eletrocardiograma14) e intervalo QT prolongado, que confere risco no desenvolvimento de arritimia cardíaca e torsades de pointes (distúrbio no ritmo cardíaco), têm sido observados em pacientes em tratamento com macrolídeos incluindo claritromicina (ver “Quais os males que este medicamento pode me causar”). Portanto, tal situação pode levar ao aumento da arritmia19 ventricular (incluindo torsades de pointes), com isso claritromicina deve ser utilizada com preucação nos seguintes pacientes:
- Pacientes com doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca44 grave, distúrbios de condução ou bradicardia45 clinicamente relevante (frequência cardíaca baixa);
- Pacientes com distúrbios eletrolíticos, como hipomagnesemia (pouca quantidade de magnésio no sangue13). Claritromicina não deve ser utilizada em pacientes com hipocalemia12 (pouca quantidade de potássio no sangue13) (ver Contraindicações);
- Pacientes que utilizam outro medicamento associado com tempo de prolongamento do intervalo de QT (ver Interações Medicamentosas).
- O uso conjunto de claritromicina com astemizol, cisaprida, pimozida e terfenadina é contraindicado (ver Contraindicações);
- Claritromicina não deve ser utilizada em pacientes com prolongamento do intervalo de QT congênito18 (de nascença) ou documentado, ou história de arritmia19 ventricular (ver Contraindicações).
Pneumonia5
Seu médico deve realizar o teste de sensibilidade quando prescrever claritromicina para pneumonia5 e infecções2 de pele6 e tecidos moles de severidade leve a moderada. Se sua pneumonia5 foi adquirida em hospitais, a claritromicina deve ser utilizada em combinação com antibióticos adicionais adequados prescritos pelo médico.
No caso de reações de hipersensibilidade (alergia11) aguda severa, como anafilaxia46 (reação alérgica47 aguda), reação cutânea48 grave adversa à droga (RCGAD) (por exemplo, pustulose generalizada exantemática aguda - PEGA), síndrome de Stevens-Johnson49 (eritema50 bolhoso multiforme), necrólise epidérmica tóxica51 e síndrome52 DRESS (erupção53 cutânea48 associada ao fármaco54 com eosinofilia55 e sintomas33 sistêmicos56), o tratamento com claritromicina deve ser descontinuado imediatamente e um tratamento apropriado deve ser urgentemente iniciado.
É contraindicado o uso de claritromicina em conjunto com lovastatina ou sinvastatina, o que aumenta a concentração de claritromicina no sangue13 e aumenta o risco de miopatia25 (doença muscular), incluindo a rabdomiólise26 (destruição do músculo esquelético27). Em situações onde o uso concomitante de claritromicina com lovastatina ou sinvastatina não pode ser evitado, é recomendado que seu médico prescreva a menor dose registrada destas estatinas.
O uso da claritromicina em conjunto com agentes hipoglicêmicos orais (medicamentos que controlam os níveis de açúcar57 no sangue13 usados no tratamento de diabetes58, como as sulfonilureias59) e/ou uso de insulina60, pode causar hipoglicemia61 (diminuição dos níveis de açúcar57 no sangue13) significativa. Seu médico deverá monitorar cuidadosamente o nível de glicose30 do seu sangue13.
Quando a claritromicina é utilizada junto com anticoagulantes62 orais (medicamentos que diminuem ou evitam a formação de coágulos no sangue13, como a varfarina) há um risco sério de hemorragia63 e alteração de exames de controle da coagulação64 [elevação do tempo de protrombina65 e no Índice Internacional Normalizado (do inglês Internacional Normalized Ratio – INR)]. Seu médico deverá monitorar tempo de INR e protrombina65 se você estiver tomando claritromicina junto com anticoagulantes62 orais.
Uso na gravidez66
A segurança do uso da claritromicina durante a gravidez66 não foi estabelecida. Dessa forma, os benefícios e os riscos da utilização de Klaricid® UD na mulher grávida devem ser ponderados pelo médico prescritor.
Uso na amamentação67
A segurança do uso da claritromicina durante o aleitamento materno68 não foi estabelecida, entretanto sabe-se que a claritromicina é excretada pelo leite materno.
Uso em crianças
Até o momento, não há dados que suportem o uso de Klaricid® UD em pacientes na faixa etária pediátrica.
Gravidez66
Categoria de risco: C - Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião dentista.
Efeitos na capacidade de dirigir e operar máquinas
Não há informações sobre os efeitos da claritromicina na capacidade de dirigir ou operar máquinas. O potencial para tontura69, vertigem70, confusão e desorientação que podem ocorrer com o uso do medicamento deve ser levado em conta antes do paciente dirigir ou operar máquinas.
Este medicamento contém LACTOSE1.
Pacientes com problema hereditário raro de intolerância a galactose29, deficiência de lactase de Lapp ou má absorção de glicose30-galactose29 não devem tomar esse medicamento.
Klaricid® UD contém 15,3 mg de sódio por comprimido. Caso o paciente tome 2 comprimidos ao dia de Klaricid® UD a dose total ingerida de sódio será de 30,6 mg, este valor deve ser levado em consideração no caso de pacientes que possuem uma dieta controlada de sódio.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
O uso dos seguintes medicamentos é estritamente contraindicado, devido à gravidade dos efeitos causados pelas possíveis interações medicamentosas:
Cisaprida, pimozida, astemizole e terfenadina: foram relatados aumentos dos níveis de cisaprida em pacientes tratados concomitantemente com claritromicina. Isto pode resultar em prolongamento no intervalo QT (alteração no eletrocardiograma14) e problemas no coração20 (arritmias15 cardíacas), incluindo taquicardia16 ventricular, fibrilação ventricular e torsades de pointes (distúrbio no ritmo cardíaco). Efeitos semelhantes foram observados em pacientes tratados concomitantemente com claritromicina e pimozida. Foi relatado que os macrolídeos alteram o metabolismo71 da terfenadina resultando no aumento do nível desta substância que, ocasionalmente, foi associado a arritmias15 cardíacas (batimento irregular do coração20), tais como prolongamento do intervalo QT (alteração no eletrocardiograma14) e taquicardia16 ventricular, fibrilação ventricular e torsades de pointes (distúrbio no ritmo cardíaco). Efeitos similares foram observados com o uso concomitante de astemizol e outros macrolídeos.
Alcaloides de ergot: estudos de pós-comercialização indicaram que a coadministração de claritromicina com ergotamina ou diidroergotamina foi associada com toxicidade17 aguda de ergot, caracterizada por vasoespasmos (contração do músculo dos vasos) e isquemia72 (redução do fluxo sanguíneo) das extremidades e outros tecidos, inclusive sistema nervoso central73. A administração concomitante de claritromicina com alcaloides de ergot é contraindicada.
Midazolam oral: a administração concomitante de midazolam oral e claritromicina é contraindicada.
Inibidores da HMG-CoA redutase (estatinas): O uso concomitante de claritromicina com lovastatina ou sinvastatina é contraindicado (ver Contraindicações), devido ao possível aumento do risco de miopatia25 (doença muscular), incluindo rabdomiólise26 (destruição do músculo esquelético27). Foram recebidos relatos de rabdomiólise26 em pacientes que administraram claritromicina junto com estas estatinas. Se o tratamento com claritromicina não puder ser evitado, o tratamento com lovastatina ou sinvastatina deve ser suspenso neste período.
Deve-se ter precaução quando houver prescrição de claritromicina com estatinas. Em situações onde o uso em conjunto de claritromicina com estatinas não puder ser evitado, é recomendado que seja prescrita a menor dose registrada de estatina. O uso de estatina que não é dependente do metabolismo71 por CYP3A (ex: fluvastatina) pode ser considerado. Os pacientes devem ser monitorados por sinais32 e sintomas33 de miopatia25 (doença muscular).
Efeitos de outros medicamentos na terapia com claritromicina
Fármacos indutores da CYP3A4 como rifampicina, fenitoína, carbamazepina, fenobarbital e erva de São João podem levar à redução de eficácia da claritromicina. Por isso, deve-se monitorar esses medicamentos na corrente sanguínea devido à um possível aumento dessas substâncias devido à inibição de CYP3A4 pela claritromicina. A administração de claritromicina com rifabutina resultou em um aumento da concentração de rifabutina e diminuição dos níveis sanguíneos de claritromicina juntamente com risco aumentado de uveíte74 (inflamação40 de parte ou toda a úvea75, a camada média vascular76 do olho77).
Os seguintes medicamentos sabidamente alteram ou são suspeitos de alterar a concentração de claritromicina na circulação78 sanguínea. Ajustes posológicos da dose de claritromicina ou a adoção de tratamento alternativo deverão ser considerados pelo médico:
Efavirenz, nevirapina, rifampicina, rifabutina e rifapentina: fortes indutores do metabolismo71 do citocromo P450, tais como efavirenz, nevirapina, rifampicina, rifabutina e rifapentina podem acelerar o metabolismo71 da claritromicina e, portanto, o efeito terapêutico pretendido pode ser prejudicado durante a administração concomitante de claritromicina e indutores enzimáticos.
Etravirina: este fármaco54 diminuiu a exposição à claritromicina; no entanto, as concentrações do metabólito79 ativo, 14-OH-claritromicina foram aumentadas. Por este metabólito79 ter atividade reduzida contra o Mycobacterium avium complex (MAC), a atividade em geral contra este patógeno pode estar alterada; portanto, para o tratamento do MAC, alternativas à claritromicina devem ser consideradas pelo seu médico.
Fluconazol: não é necessário ajuste da dose de claritromicina.
Ritonavir: não é necessária a redução de dose em pacientes com função dos rins24 normal. Entretanto, em pacientes com disfunção dos rins24, ajustes deverão ser considerados pelo seu médico. Doses de claritromicina maiores que 1g/dia não devem ser administradas concomitantemente com ritonavir. Ajustes similares de dose devem ser considerados em pacientes com redução da função dos rins24 quando ritonavir é utilizado juntamente com outros medicamentos com função semelhante (inibidores da protease80), tais como atazanavir e saquinavir.
Efeitos da claritromicina na terapia com outros medicamentos
Antiarrítmicos: há relatos de pós-comercialização de casos de torsades de pointes (distúrbio no ritmo cardíaco), que ocorreram com o uso concomitante de claritromicina e quinidina ou disopiramida.
Eletrocardiogramas devem ser monitorados pelo médico durante a coadministração de claritromicina e antiarrítmicos. Os níveis sanguineos destes medicamentos devem ser monitorados durante a terapia com claritromicina.
Há relatos pós-comercialização de hipoglicemia61 com administração concomitante de claritromicina e disopiramida. Desta forma, os níveis de glicose30 no sangue13 devem ser monitorados durante a administração concomitante de claritromicina e disopiramida.
Agentes hipoglicêmicos orais/Insulina60: Com certos medicamentos hipoglicêmicos como nateglinida e repaglinida, pode ocorrer hipoglicemia61 quando usados junto com a claritromicina. O monitoramento cuidadoso da glicemia81 é recomendado.
Interações relacionadas à CYP3A4: a coadministração de claritromicina (inibidora da enzima82 CYP3A) e de um fármaco54 metabolizado principalmente pela CYP3A, pode estar associada à elevação da concentração do fármaco54, podendo aumentar ou prolongar os efeitos terapêuticos e adversos do medicamento associado. Ajustes de dose devem ser considerados, e quando possível, as concentrações sanguineas das drogas metabolizadas pela CYP3A devem ser cuidadosamente monitoradas em pacientes que estejam recebendo claritromicina concomitantemente.
As seguintes substâncias são sabidamente ou supostamente metabolizadas pela mesma isoenzima CYP3A. São exemplos, mas não se resumem a: alprazolam, astemizol, carbamazepina, cilostazol, cisaprida, ciclosporina, disopiramida, alcaloides do ergot, lovastatina, metilprednisolona, midazolam, omeprazol, anticoagulantes62 orais (ex: varfarina), antipsicóticos atípicos (ex: quetiapina), pimozida, quinidina, rifabutina, sildenafila, sinvastatina, tracolimus, terfenadina, triazolam e vimblastina. Substâncias que interagem por mecanismos semelhantes através de outras isoenzimas dentro do sistema citocromo P450 incluem a fenitoína, teofilina e valproato.
Omeprazol: as concentrações sanguíneas de omeprazol aumentaram com a administração concomitante de claritromicina.
Sildenafila, tadalafila e vardenafila: uma redução na dose de sildenafila, vardenafila ou tadalafila deve ser considerada pelo seu médico, quando estas são administradas concomitantemente com claritromicina.
Teofilina, carbamazepina: existe um aumento discreto, mas significativo, nos níveis de teofilina ou de carbamazepina, quando algum destes medicamentos é administrado concomitantemente com a claritromicina.
Tolterodina: uma redução na dose de tolterodina pode ser necessária na presença de inibidores de CYP3A, assim como a redução nas doses de claritromicina em populações com deficiência no metabolismo71 da CYP2D6.
Benzodiazepínicos: (ex. alprazolam, midazolam, triazolam) quando midazolam é coadministrado via oral ou intravenosa com claritromicina comprimidos, há um aumento nas concentrações de midazolam. Se midazolam via intravenosa for administrado concomitantemente com claritromicina, o paciente deve ser cuidadosamente monitorado para permitir um ajuste de dose adequado. A administração de midazolam via bucal, que ultrapasse a eliminação pré-sistêmica da droga provavelmente resultará em uma interação semelhante à observada após a administração de midazolam intravenoso, ao invés de midazolam oral. As mesmas precauções devem ser tomadas para outros benzodiazepínicos, incluindo triazolam e alprazolam. Para benzodiazepínicos, cuja eliminação não depende da CYP3A (temazepam, nitrazepam, lorazepam), a ocorrência de interação medicamentosa é improvável. Há relatos pós- comercialização de interações medicamentosas e de efeitos no sistema nervoso central73 (ex: sonolência e confusão) devido ao uso concomitante de claritromicina e triazolam.
Outras interações medicamentosas
Colchicina: quando claritromicina e colchicina são administradas concomitantemente, pode levar a um aumento da exposição à colchicina. O uso concomitante de claritromicina e colchicina é contraindicado.
Digoxina: quando claritromicina e digoxina são administradas concomitantemente, pode ocorrer um aumento da exposição à digoxina. Alguns pacientes apresentaram fortes sinais32 de intoxicação por digoxina, incluindo arritmias15 potencialmente fatais. As concentrações sanguíneas de digoxina devem ser atentamente monitoradas quando pacientes estão recebendo digoxina e claritromicina simultaneamente.
Zidovudina: a administração simultânea de comprimidos de claritromicina e zidovudina a pacientes adultos infectados pelo HIV83 pode resultar na diminuição das concentrações de zidovudina. Devido a aparente interferência da claritromicina com a absorção de zidovudina, quando estes medicamentos são administrados simultaneamente por via oral, esta interação pode ser amplamente evitada através de um intervalo de 4 horas entre as doses dos medicamentos. Esta interação é improvável quando claritromicina é administrada via infusão intravenosa (na veia).
Fenitoína e valproato: é recomendada a determinação dos níveis sanguíneos destes medicamentos, pois foi relatado aumento nestes níveis.
Interações medicamentosas bidirecionais
Atazanavir: pacientes com função renal84 normal não necessitam reduzir a dose desta medicação. Para pacientes85 com função renal84 moderada (depuração de creatinina28 entre 30 e 60 mL/min), a dose de claritromicina deverá ser reduzida pela metade pelo médico. Para pacientes85 com depuração da creatinina28 < 30 mL/min, a claritromicina em comprimidos de liberação prolongada não deve ser administrada, pois a dose de 500 mg por dia não pode ser reduzida para esta forma farmacêutica. Neste caso, formulação adequada deve ser utilizada. Doses de claritromicina superiores a 1000 mg por dia não devem ser administradas concomitantemente com inibidores de protease.
Bloqueadores de canais de cálcio: deve-se ter precaução ao administrar concomitantemente claritromicina e bloqueadores de canais de cálcio metabolizados por CYP3A4 (ex. verapamil, amlodipino, diltiazem) devido ao risco de hipotensão86 (pressão arterial87 baixa). As concentrações no sangue13 de claritromicina e dos bloqueadores de canais de cálcio podem aumentar devido à interação. Hipotensão86 (pressão arterial87 baixa) , bradiarritmia (diminuição da frequência e/ou ritmo do coração20) e acidose88 lática89 (acúmulo de ácido lático no corpo) têm sido observadas em pacientes tomando claritromicina e verapamil juntos.
Itraconazol: a claritromicina pode levar ao aumento nos níveis sanguíneos de itraconazol, enquanto o itraconazol pode aumentar os níveis sanguíneos da claritromicina. Pacientes utilizando concomitantemente itraconazol e claritromicina devem ser monitorados cuidadosamente pelo médico quanto a sinais32 ou sintomas33 de aumento ou prolongamento dos efeitos farmacológicos.
Saquinavir: não é necessário ajuste de dose quando os dois medicamentos, nas doses e nas formulações estudadas, são coadministrados por um período limitado de tempo. Quando saquinavir é coadministrado com ritonavir, recomenda-se atenção para os potenciais efeitos do ritonavir na terapia com claritromicina.
Informe ao seu médico ou cirurgião dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde90.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de conservação
Klaricid® UD deve ser armazenado em temperatura ambiente (15 - 30°C), protegido da luz e da umidade.
Se armazenado nas condições indicadas, o medicamento se manterá próprio para consumo pelo prazo de validade impresso na embalagem externa.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
Os comprimidos de Klaricid® UD 500 mg são ovalóides e de coloração amarela.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Klaricid® UD deve ser tomado por via oral (boca43), uma vez ao dia, com alimento.
A dose habitual de Klaricid® UD para adultos é de 1 comprimido de liberação prolongada de 500 mg, por via oral, uma vez ao dia.
Nas infecções2 mais graves, a dose pode ser aumentada para 1000 mg (2 comprimidos de 500 mg), uma vez ao dia.
A dose máxima diária de administração do medicamento é de 1000 mg uma vez ao dia (2 comprimidos de 500 mg cada).
A duração habitual do tratamento é de 5 a 14 dias, exceto para os tratamentos da pneumonia5 adquirida na comunidade e sinusites, que requerem de 6 a 14 dias de tratamento.
Insuficiência renal23
Klaricid® UD não deve ser utilizado em pacientes com insuficiência renal23 significante (depuração de creatinina28 menor do que 30 mL/min), pois a redução apropriada na dose de claritromicina não é possível para essa forma farmacêutica. Para pacientes85 com disfunção renal84 moderada (depuração de creatinina28 de 30 a 60 mL/min.), a dose deve ser reduzida em 50%, resultando na dose máxima de um comprimido de claritromicina de liberação prolongada ao dia.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico. Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Se você se esquecer de tomar o medicamento, tome uma dose assim que se lembrar e fale com o seu médico. Não dobrar a próxima dose para repor o comprimido que você esqueceu de tomar no horário certo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião dentista.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
As reações adversas mais comuns e frequentes relacionadas à terapia com claritromicina tanto na população adulta quanto pediátrica são: náuseas91, vômito92, dor abdominal, diarreia38 e paladar93 alterado. Estas reações adversas geralmente são de intensidade leve.
Reações comuns (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- Distúrbios psiquiátricos: insônia.
- Distúrbios de sistema nervoso94: disgeusia95 (alteração do paladar93) e dor de cabeça96.
- Distúrbios gastrointestinais: diarreia38, vômito92, dispepsia97 (indigestão), náusea98 e dor abdominal. Distúrbios hepatobiliares99 (relacionados ao fígado22): teste de função hepática100 anormal.
- Distúrbios de pele6 e tecidos subcutâneos: rash101 (erupção53 cutânea48) e hiperidrose102 (suor excessivo).
Reações incomuns (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- Infecções2 e infestações: candidíase103 e infecção104 vaginal.
- Sistema sanguíneo e linfático105: leucopenia106 (diminuição de leucócitos107). Distúrbios do sistema imunológico108: hipersensibilidade (alergia11).
- Distúrbios nutricionais e do metabolismo71: anorexia35 (falta de apetite) e diminuição de apetite. Distúrbios psiquiátricos: ansiedade.
- Distúrbios de sistema nervoso94: tontura69, sonolência e tremor.
- Distúrbios do ouvido e labirinto109: vertigem70, deficiência auditiva, tinido (zumbido).
- Distúrbios cardíacos: prolongamento do intervalo QT (alteração no ritmo cardíaco no eletrocardiograma14) e palpitações110.
- Distúrbios gastrintestinais: gastrite111, estomatite112 (inflamação40 da boca43 ou gengivas), glossite113 (inflamação40 da língua114), constipação115 (prisão de ventre), boca43 seca, eructação116 (arroto), flatulência.
- Distúrbios hepatobiliares99 (relacionados ao fígado22): alanina aminotransferase e aspartato aminotransferase aumentadas.
- Distúrbios de pele6 e tecidos subcutâneos: prurido117 (coceira) e urticária118. Distúrbios gerais: astenia119 (fraqueza).
Reações de frequência desconhecida (reações adversas de experiências pós-comercialização, as quais não podem ser estimadas de acordo com os dados disponíveis):
- Infecções2 e infestações: colite39 pseudomembranosa (inflamação40 do intestino grosso120), erisipela8 (infecção104 de pele6).
- Sistema sanguíneo e linfático105: agranulocitose121 (diminuição de granulócitos122) e trombocitopenia123 (diminuição de plaquetas124).
- Distúrbios do sistema imunológico108: reação anafilática125 (hipersensibilidade aguda) e angioedema126 (inchaço127 das camadas mais profundas da pele6).
- Distúrbios psiquiátricos: transtorno psicótico, estado de confusão, despersonalização, depressão, desorientação, alucinações128, sonhos anormais e mania.
- Distúrbios de sistema nervoso94: convulsão129, ageusia (perda total de gustação), parosmia (alterações no sistema olfativo), anosmia (perda do olfato) e parestesia130 (sensação anormal do corpo, tais como, dormência131 e formigamento).
- Distúrbios do ouvido e labirinto109: surdez.
- Distúrbios cardíacos: torsades de pointes (distúrbio no ritmo cardíaco) e fibrilação ventricular.
- Distúrbios vasculares132: hemorragia63.
- Distúrbios gastrointestinais: pancreatite133 aguda (inflamação40 aguda do pâncreas134), descoloração da língua114 e dos dentes.
- Distúrbios hepatobiliares99 (relacionados ao fígado22): insuficiência hepática21 e icterícia36 hepatocelular.
- Distúrbios de pele6 e tecidos subcutâneos: reação cutânea48 grave adversa à droga (RCGAD) (por exemplo, pustulose generalizada exantemática aguda - PEGA), síndrome de Stevens-Johnson49 (eritema50 bolhoso multiforme), necrólise epidérmica tóxica51, rash101 (erupção53 cutânea48) com eosinofilia55 e sintomas33 sistêmicos56 (Síndrome52 DRESS), acne135.
- Distúrbios músculoesqueléticos e de tecidos conectivos: miopatia25 (doença muscular).
- Distúrbios renais e urinários: insuficiência renal23 e nefrite136 intersticial137 (inflamação40 e inchaço127 local do tecido138 intersticial137 dos rins24).
- Investigacionais: Índice Internacional Normalizado aumentado (do inglês International Normalized Ratio – INR), tempo de protrombina65 aumentado e cor de urina37 anormal.
É esperado que a frequência, o tipo e a gravidade das reações adversas em crianças sejam iguais nos adultos.
Pacientes imunocomprometidos
Em pacientes com AIDS ou outros pacientes imunocomprometidos tratados com doses mais elevadas de claritromicina durante períodos prolongados para infecções2 por micobactérias, é frequentemente difícil distinguir os eventos adversos possivelmente associados com a administração de claritromicina dos sinais32 da doença subjacente do HIV83 ou de uma doença intercorrente.
Em pacientes adultos, os eventos adversos relatados por pacientes tratados com doses totais diárias de 1000 mg de claritromicina foram: náusea98 e vômito92, alteração do paladar93, dor abdominal, diarreia38, eritema50 (vermelhidão), flatulência, cefaleia139 (dor de cabeça96), constipação115 (prisão de ventre), alterações da audição, elevação das transaminases (enzimas). Eventos adicionais de baixa frequência incluíram: dispneia140 (falta de ar), insônia e boca43 seca.
Nesses pacientes imunocomprometidos, a avaliação dos exames laboratoriais foi realizada analisando-se os valores muito fora dos níveis normais (isto é, extremamente elevados ou abaixo do limite) para os testes especificados. Com base nesse critério, cerca de 2 a 3% dos pacientes que receberam 1000 mg de claritromicina ao dia apresentaram níveis intensamente anormais de transaminases e contagem anormalmente baixa de plaquetas124 e leucócitos107. Uma porcentagem menor de pacientes também apresentou níveis elevados de ureia141 nitrogenada no sangue13 (BUN).
Informe ao seu médico, cirurgião dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Sintomas33: a ingestão de grandes quantidades de claritromicina pode produzir sintomas33 gastrointestinais. Tratamento: a superdose deve ser tratada com a imediata eliminação do produto não absorvido e com medidas de suporte.
Da mesma forma que com outros macrolídeos, não há evidências de que a claritromicina possa ser eliminada por hemodiálise142 ou diálise peritoneal143.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
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