

Ponstan (Bula do profissional de saúde)
LABORATÓRIOS PFIZER LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Ponstan®
ácido mefenâmico
Comprimido
APRESENTAÇÃO
Comprimido
Embalagem contendo 24 comprimidos
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 14 ANOS DE IDADE
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: USO ORAL
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de Ponstan contém:
ácido mefenâmico | 500 mg |
excipiente | 1 comprimido |
Excipientes: amido de milho, celulose microcristalina, estearato de magnésio, laurilsulfato de sódio, povidona, vanilina, corante amarelo FDC nº 5 de alumínio laca, dióxido de silício coloidal.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1
INDICAÇÕES
Ponstan® (ácido mefenâmico) é indicado para:
- Alívio sintomático2 de artrite reumatoide3 (inclusive doença de Still), osteoartrite4 e dor incluindo dor muscular, traumática e dentária, cefaleias5 de várias etiologias, dor pós-operatória e pós-parto.
- Alívio sintomático2 da dismenorreia6 primária.
- Menorragia7 por causas disfuncionais8 ou por uso de DIU (dispositivo intrauterino), tendo sido afastadas as demais causas de doença pélvica9.
- Síndrome10 pré-menstrual.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Em um estudo duplo-cego11 randomizado12 cruzado ácido mefenâmico foi comparado a flurbiprofeno no tratamento de pacientes com artrite reumatóide3. Não foram observadas diferenças significativas entre os 2 fármacos na redução da dor1.
Num estudo randomizado13 duplo-cego cruzado, foi comparado ao sulindaco. 91 pacientes com osteoartrite4 estabelecida, geralmente envolvendo o quadril ou joelho, foram incluídos. Ambas as drogas foram eficazes nos parâmetros avaliados2.
O naproxeno sódico foi comparado ao ácido mefenâmico em 217 pacientes com lesões14 musculoesqueléticas por pequenos traumas. Ambas as drogas foram igualmente bem toleradas3.
A eficácia do ácido mefenâmico, ácido acetilsalicílico e placebo15 no controle da dor pós-operatória da extração dentária em 47 pacientes foi comparada num estudo duplo-cego11 randomizado12. Na população estudada, o ácido mefenâmico foi bem tolerado e foi claramente superior ao placebo15 e igual ou superior ao ácido acetilsalicílcio4.
O efeito terapêutico do ácido mefenâmico no tratamento da enxaqueca16 menstrual aguda e nos dias seguintes durante o período de sangramento menstrual foi estudado e comparado ao placebo15. Ao considerar os escores de dor, ácido mefenâmico foi significativamente superior5.
4 estudos com 842 participantes avaliaram a eficácia do ácido mefenâmico no alívio da dor, incluindo cefaleia17, dor de dente18, dor pós-operatória e pós-parto moderada. 133 participantes foram tratados com ácido mefenâmico, 197 com placebo15, e 452 com lidocaína, aspirina, zomepiraco ou nimesulida. O ácido mefenâmico mostrou-se eficaz no tratamento da dor moderada a severa6.
Estudos comparativos mostraram que ácido mefenâmico apresenta eficácia no alívio da dor em pacientes com lombalgia19 aguda7.
Em estudo controlado por placebo15, ácido mefenâmico apresentou eficácia no tratamento da dismenorreia6 primária proporcionando alívio completo de todos os sintomas20 em 88,6% das pacientes em todos os 98 ciclos tratados, enquanto no grupo placebo15, apenas 13% das pacientes experimentaram alívio moderado a leve em 11 de 15 ciclos. Conclui-se que ácido mefenâmico é seguro e eficaz na maioria das pacientes para o alívio da dismenorreia6 primária8.
O ácido mefenâmico apresenta eficácia em reduzir o fluxo menstrual excessivo em pacientes com menorragia79.
49 mulheres usando dispositivos intrauterinos que se queixaram de aumento do sangramento menstrual foram tratadas com ácido mefenâmico (grupo 1) ou placebo15 (grupo 2). No Grupo 1, houve uma diminuição significativa no sangramento. No Grupo 2 não houve qualquer diminuição do sangramento menstrual10.
O uso de ácido mefenâmico no tratamento da síndrome10 pré-menstrual foi investigado em pacientes em mais de seis ciclos menstruais. O estudo duplo-cego11 randomizado12, cross-over, controlado por placebo15 concluiu que o ácido mefenâmico melhorou significativamente a sintomatologia. Os sintomas20 físicos que mostraram uma melhora acentuada foram fadiga21, dor de cabeça22 e dores em geral (p < 0.001)11.
Referências
- Stephens WH, El-Ghobarey AF, Macleod MM, et al: A double-blind, crossover trial of mefenamic acid, sulindac and flurbiprofen in rheumatoid arthritis. Curr Med Res Opin 1979; 5:754-758.
- Jaffe GV, Grimshaw JJ, & Owen-Reece AR: A controlled study of mefenamic acid and sulindac in osteoarthritis. Br J Clin Pract 1982; 36:55-58.
- Macintyre IM, Fink P, McGrouther R, et al: A single-blind study of naproxen sodium and mefenamic acid in minor trauma. Scott Med J 1984; 29:234-237.
- Rowe NH et al: Control of pain by mefenamic acid following removal of impacted molar: a double-blind, placebo15-controlled study. Oral Surg Oral Med Oral Pathol 1981; 51(6):575-580.
- Al-Waili NS: Treatment of menstrual migraine with prostaglandin synthesis inhibitor mefenamic acid: double-blind study with placebo15; Eur J Med Res. 2000 Apr 19;5(4):176-82.
- Moll R et al: Single dose oral mefenamic acid for acute postoperative pain in adults; Cochrane Database Syst Rev. 2011 Mar 16;(3).
- Sweetman BJ, Baig A, & Parsons DL: Mefenamic acid, chlormezanone-paracetamol, ethoheptazine-aspirin-meprobamate: a comparative study in acute low back pain. Br J Clin Pract 1987; 41:619-624.
- Kintis GA & Coutifaris B: Treatment of primary dysmenorrhea with mefenamic acid. Int J Gynecol Obstet 1980; 18:172-175.
- Fraser IS, Pearse C, Shearman RP, et al: Efficacy of mefenamic acid in patients with a complaint of menorrhagia. Obstet Gynecol 1981; 58:543-551.
- Pedron N et al: Treatment of hypermenorrhea with mefenamic acid in women using IUDs; Contracept Deliv Syst. 1982 Apr;3(2):135-9.
- Mira M et al: Mefenamic acid in the treatment of premenstrual syndrome; Obstet Gynecol. 1986 Sep;68(3):395-8.
CARACTERÌSTICAS FARMACOLÓGICAS
PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS
Mecanismo de ação
O ácido mefenâmico é um agente não-esteroide, com atividade anti-inflamatória, analgésica e antipirética demonstrada experimentalmente em animais de laboratório. Em modelos animais, verificou-se que o ácido mefenâmico inibe a síntese de prostaglandinas23 e compete pelo sítio de ligação dos receptores de prostaglandinas23.
PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS
Absorção
O ácido mefenâmico é rapidamente absorvido pelo trato gastrintestinal. Após uma dose oral de 1 g a adultos, níveis plasmáticos máximos de 10 mcg/mL ocorrem no intervalo de 1 a 4 horas, com uma meia-vida de 2 horas. Após doses múltiplas, os níveis plasmáticos são proporcionais à dose, sem acúmulo do fármaco24. Um grama25 de ácido mefenâmico administrado 4 vezes ao dia produz níveis plasmáticos máximos de 20 mcg/mL por volta do segundo dia de tratamento.
Distribuição
O ácido mefenâmico liga-se extensivamente às proteínas26 plasmáticas.
Metabolismo27
O metabolismo27 do ácido mefenâmico é predominantemente mediado via citocromo P450 CYP 2C9 no fígado28. O ácido mefenâmico deve ser administrado com cautela em pacientes com certeza ou suspeita de serem metabolizadores fracos pela CYP2C9, baseados no histórico ou experiência prévia com outros substratos CYP2C9. Esses pacientes podem ter níveis plasmáticos altos anormais devido ao reduzido clearance metabólico.
Eliminação
Após uma única dose oral, 52-67% da dose é recuperada na urina29 sob a forma inalterada ou sob forma de um dos dois metabólitos30. Após três dias de tratamento, 20-25% da dose administrada é eliminada nas fezes, principalmente como metabólito31 II não-conjugado.
Dados de Segurança Pré-clínicos
Ratas que receberam até 10 vezes a dose recomendada para humanos mostraram diminuição da fertilidade,
atraso no parto e taxa de sobrevivência32 ao desmame reduzida. Não foram observadas anormalidades fetais neste estudo e nem em outro no qual utilizou cães recebendo 10 vezes a dose recomendada para humanos.
CONTRAINDICAÇÕES
Ponstan® não deve ser utilizado por pacientes com hipersensibilidade conhecida ao ácido mefenâmico ou a qualquer componente da fórmula.
Devido à possibilidade de sensibilidade cruzada com ácido acetilsalicílico ou outros anti-inflamatórios não-esteroides, Ponstan® não deve ser administrado a pacientes que apresentam sintomas20 de broncoespasmo33, rinite34 alérgica ou urticária35.
Ponstan® é contraindicado em pacientes com úlcera36 ativa ou inflamação37 crônica do trato gastrintestinal superior38 ou inferior e deve ser evitado em pacientes com disfunção renal39 preexistente.
Ponstan® é contraindicado no tratamento da dor perioperatória de cirurgia para revascularização do miocárdio40 (CRM)
Ponstan® é contraindicado em pacientes com insuficiência renal41 e hepática42 grave. Ponstan® é contraindicado em pacientes com insuficiência cardíaca43 grave.
Este medicamento é contraindicado para menores de 14 anos.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Deve-se evitar o uso concomitante de ácido mefenâmico com anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) não ácido acetilsalicílico sistêmicos44, incluindo os inibidores da COX-2. O uso concomitante de um AINE sistêmico45 e outro AINE sistêmico45 pode aumentar a frequência de úlceras46 gastrintestinais e sangramento.
Efeitos Cardiovasculares
Os AINEs podem causar o aumento do risco de desenvolvimento de eventos cardiovasculares (CV) trombóticos47 graves, infarto do miocárdio48 e derrame49, que pode ser fatal. O risco pode aumentar com a duração do uso. O aumento relativo deste risco parece ser semelhante naqueles com ou sem doença CV conhecida ou fatores de risco CV. Contudo, pacientes com doença CV conhecida ou fatores de risco CV podem estar sob risco maior em termos de incidência50 absoluta, devido ao aumento da taxa basal. A fim de minimizar o risco potencial de eventos adversos CV em pacientes tratados com ácido mefenâmico, deve-se utilizar a menor dose eficaz e o tratamento deve ser feito pelo menor tempo possível. Médicos e pacientes devem estar alertas para o desenvolvimento de tais eventos, mesmo na ausência de sintomas20 CV prévios. Os pacientes devem ser informados dos sinais51 e/ou sintomas20 da toxicidade52 CV grave e da conduta caso ocorram (vide item 4. Contraindicações).
Hipertensão53
Assim como todos os AINEs, ácido mefenâmico pode levar a hipertensão53 ou a piora de hipertensão53 preexistente, que podem contribuir para o aumento da incidência50 de eventos CV. Os AINEs, incluindo ácido mefenâmico, devem ser usados com cautela em pacientes com hipertensão53. A pressão sanguínea deve ser cuidadosamente monitorada no início do tratamento com ácido mefenâmico e durante o tratamento.
Retenção de Líquido e Edema54
Assim como com outros fármacos conhecidos por inibir a síntese de prostaglandinas23, foi observada retenção de líquido e edema54 em alguns pacientes recebendo AINEs, incluindo ácido mefenâmico. Portanto, ácido mefenâmico deve ser utilizado com cautela em pacientes com comprometimento da função cardíaca e outras condições que predisponham, ou piorem a retenção de líquidos. Pacientes com insuficiência cardíaca congestiva55 preexistente ou hipertensão53 devem ser cuidadosamente monitorados.
Efeitos Gastrintestinais (GI)
Se ocorrer diarreia56, a dose deve ser reduzida ou o medicamento temporariamente suspenso. Os sintomas20 podem reaparecer em caso de reexposição ao medicamento em certos pacientes.
Os AINEs, incluindo ácido mefenâmico, podem causar reações adversas gastrintestinais (GI) graves incluindo inflamação37, sangramento, ulceração57 e perfuração do estômago58, intestino delgado59 ou grosso, que pode ser fatal. Se ocorrer sangramento ou ulceração57 GI em pacientes durante o tratamento com ácido mefenâmico, o uso do medicamento deve ser interrompido. Os pacientes com maior risco de desenvolverem este tipo de complicação GI com AINEs são os idosos, pacientes com doença CV, pacientes utilizando ácido acetilsalicílico concomitantemente, corticosteroides, inibidores seletivos de recaptação de serotonina, pacientes que ingiram álcool ou pacientes com história anterior ou ativa de doença gastrintestinal, como ulceração57, sangramento gastrintestinal ou condições inflamatórias. Portanto, ácido mefenâmico deve ser utilizado com cautela nestes pacientes (vide item 4. Contraindicações).
Reações na Pele60
Reações cutâneas61 graves, algumas fatais, incluindo dermatite62 esfoliativa, síndrome de Stevens-Johnson63 e necrólise epidérmica tóxica64 foram relatadas muito raramente em associação ao uso de AINEs, incluindo ácido mefenâmico. Os pacientes parecem estar sob maior risco de desenvolverem estas reações no início do tratamento; o início da reação ocorre, na maioria dos casos, no primeiro mês de tratamento. O ácido mefenâmico deve ser descontinuado ao primeiro sinal65 de rash66 cutâneo67, lesão68 da mucosa69 ou qualquer outro sinal65 de hipersensibilidade.
Testes Laboratoriais
O ácido mefenâmico pode produzir reação falso-positiva na pesquisa de compostos biliares na urina29, utilizando o teste com comprimido de diazo. Ao suspeitar-se de biliúria, devem ser realizados outros procedimentos diagnósticos, como o teste de Harrison.
Efeitos Renais
Em raros casos os AINEs, incluindo ácido mefenâmico, podem causar nefrite70 intersticial71, glomerulite, necrose72 papilar e síndrome nefrótica73. Os AINEs inibem a síntese de prostaglandinas23 que servem para manter a perfusão renal39 em pacientes com fluxo sanguíneo renal39 e volume sanguíneo diminuídos. Nesses pacientes, a administração de AINEs pode precipitar descompensação renal39 evidente, é caracteristicamente seguida do retorno ao estado pré-tratamento com a interrupção do tratamento com AINEs . Pacientes sob maiores riscos são aqueles com insuficiência cardíaca congestiva55, cirrose74 hepática42, síndrome nefrótica73, doença renal39 evidente e os idosos. Esses pacientes devem ser cuidadosamente monitorados enquanto estiverem sendo tratados com AINEs. A interrupção do tratamento com AINEs é caracteristicamente seguida de retorno ao estado pré-tratamento. Uma vez que os metabólitos30 do ácido mefenâmico são eliminados principalmente pelos rins75, o fármaco24 não deve ser administrado a pacientes com função renal39 significativamente prejudicada.
Efeitos Hematológicos
O ácido mefenâmico pode inibir a agregação plaquetária e pode prolongar o tempo de protrombina76 em pacientes sob tratamento com varfarina (vide item 6. Interações Medicamentosas).
Efeitos Hepáticos
Pode haver elevações limítrofes em um ou mais testes de função hepática42 em alguns pacientes recebendo tratamento com ácido mefenâmico. Estas elevações podem progredir, manterem-se inalteradas ou podem ser transitórias com a continuação do tratamento. Pacientes com sintomas20 e/ou sinais51 sugestivos de disfunção hepática42 ou teste funcional hepático alterado, devem ser avaliados para detectar o desenvolvimento de reações hepáticas77 mais graves, quando em tratamento com ácido mefenâmico. O tratamento com ácido mefenâmico deve ser descontinuado caso os testes funcionais hepáticos alterados persistam ou piorem, se aparecerem sinais51 ou sintomas20 clínicos de doença hepática42, ou ainda, se ocorrerem manifestações sistêmicas.
Uso com Anticoagulantes78 Orais
O uso concomitante de AINEs, incluindo ácido mefenâmico, com anticoagulantes78 orais aumenta o risco de sangramento gastrintestinal (GI) e não gastrintestinal (não GI), e deve ser administrado com cautela. Anticoagulantes78 orais incluem varfarina/tipo-cumarina e modernos anticoagulantes78 orais (p. ex.: apixabana, dabigatrana e rivaroxabana). A anticoagulação/INR deve ser monitorada em pacientes utilizando anticoagulante79 varfarina/tipo cumarina (vide item 6. Interações Medicamentosas).
Este produto contém o corante amarelo de TARTRAZINA que pode causar reações de natureza alérgica, entre as quais asma80 brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao ácido acetilsalicílico.
Fertilidade, gravidez81 e lactação82
Fertilidade
Com base no mecanismo de ação, o uso de AINEs pode retardar ou impedir a ruptura dos folículos ovarianos, o que tem sido associado com a infertilidade83 reversível em algumas mulheres. Em mulheres que têm dificuldade em engravidar e/ou que estão realizando estudos de infertilidade83, a retirada de AINES, incluindo ácido mefenâmico deve ser considerada.
Gravidez81
(Vide item 3. Características Farmacológicas – Dados de Segurança Pré-clínicos)
Como não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas, este medicamento deve ser utilizado apenas se o potencial benefício para a mãe justificar o possível risco para o feto84. Não se sabe se o ácido mefenâmico ou seus metabólitos30 atravessam a placenta. Entretanto, devido aos efeitos dessa classe de medicamentos (por ex., inibidores da síntese de prostaglandinas23) sobre o sistema CV fetal (por ex., fechamento prematuro do ducto arterioso), o uso de ácido mefenâmico em mulheres grávidas não é recomendado e deve ser evitado durante o terceiro trimestre da gravidez81. O ácido mefenâmico inibe a síntese de prostaglandinas23 que pode resultar no prolongamento da gestação e interferência no parto quando o medicamento é administrado na gravidez81 mais avançada. Mulheres em tratamento com ácido mefenâmico devem consultar um médico se decidirem engravidar.
A inibição da síntese das prostaglandinas23 pode afetar negativamente a gravidez81. Dados de estudos epidemiológicos sugerem aumento do risco de abortamento85 espontâneo após o uso de inibidores da síntese de prostaglandinas23 no início da gravidez81. Em animais, a administração de inibidores da síntese de prostaglandinas23 mostrou o aumento da perda pré e pós-implantação.
Se usado durante o segundo ou terceiro trimestre da gravidez81, os AINEs podem causar disfunção renal39 fetal que pode resultar na redução do volume de líquido amniótico86 ou oligodramnio em casos graves. Tais efeitos podem ocorrer logo após o início do tratamento e são geralmente reversíveis. As mulheres grávidas utilizando ácido mefenâmico devem ser cuidadosamente monitoradas quanto ao volume de líquido amniótico86.
Ponstan® é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez81, portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Lactação82
Quantidades mínimas de ácido mefenâmico podem estar presentes no leite materno e passar para o lactente87, portanto, o ácido mefenâmico não deve ser utilizado por mulheres em fase de amamentação88.
Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
O efeito de ácido mefenâmico na habilidade de dirigir e operar máquinas não foi sistematicamente avaliado.
Entretanto, devido a relatos de visão89 turva, o paciente só poderá executar estas atividades caso o medicamento não afete suas habilidades.
O tratamento em pacientes pediátricos (acima de 14 anos) não deve se prolongar por mais de 7 dias.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
ácido acetilsalicílico: ácido mefenâmico interfere no efeito antiplaquetário do ácido acetilsalicílico de baixa dosagem, e pode, assim, interferir no tratamento profilático de doença CV com aspirina.
anticoagulantes78: o ácido mefenâmico desloca a varfarina dos sítios de ligação à proteína e pode aumentar a resposta aos anticoagulantes78 orais. Portanto, a administração concomitante de ácido mefenâmico com fármacos anticoagulantes78 requer monitoração frequente do tempo de protrombina76.
anti-hipertensivos incluindo os diuréticos90, inibidores da enzima91 conversora da angiotensina (ECA), antagonistas da angiotensina II (ARA II) e beta bloqueadores: os AINEs podem diminuir a eficácia dos diuréticos90 e de outros fármacos anti-hipertensivos, incluindo inibidores de ECA, ARA II ) e beta bloqueadores. Em pacientes com comprometimento da função renal39 (por ex., pacientes desidratados ou idosos com a função renal39 comprometida), a coadministração de inibidores da ECA ou de ARA II e/ou diuréticos90 com inibidores da cicloxigenase pode aumentar a deterioração da função renal39, incluindo a possibilidade de insuficiência renal41 aguda, que é geralmente reversível. A ocorrência destas interações deve ser considerada em pacientes sob administração de ácido mefenâmico com inibidores da ECA ou de ARA II e/ou diuréticos90.
Portanto, a administração concomitante destes medicamentos deve ser feita com cautela, especialmente em pacientes idosos. Os pacientes devem ser adequadamente hidratados e deve-se avaliar a necessidade de monitoramento da função renal39 no início do tratamento concomitante e periodicamente.
corticosteroides: aumento do risco de ulceração57 gastrintestinal ou sangramento.
ciclosporina: devido aos efeitos nas prostaglandinas23 renais, os AINEs como o ácido mefenâmico, podem aumentar o risco de nefrotoxicidade92 com a ciclosporina.
agentes hipoglicemiantes93: há relatos de alterações no efeito dos agentes hipoglicemiantes orais94 na presença de AINEs. Portanto, o ácido mefenâmico deve ser administrado com cautela em pacientes recebendo insulina95 ou agentes hipoglicemiantes orais94.
lítio: o ácido mefenâmico produziu elevação do nível plasmático de lítio e redução no clearance renal39 de lítio. Sendo assim, quando o ácido mefenâmico e lítio são coadministrados, os pacientes devem ser cuidadosamente observados com relação aos sinais51 de toxicidade52 por lítio.
metotrexato: deve-se ter cautela na administração concomitante de metotrexato e AINEs, incluindo o ácido mefenâmico, já que a administração de AINEs pode resultar no aumento dos níveis plasmáticos de metotrexato, especialmente em pacientes recebendo altas doses de metotrexato.
tacrolimo: possibilidade de aumento do risco de nefrotoxicidade92 quando AINEs são coadministrados com tacrolimo.
cetorolaco: aumento do risco de sangramento gastrointestinal.
ginkgo biloba: aumento do risco de sangramento.
diuréticos90 poupadores de potássio: diminuição da atividade diurética e hipercalemia96.
diuréticos90 tiazídicos: diminuição da atividade diurética.
inibidores seletivos da recaptação de serotonina: aumentam o risco de sangramento.
antiácidos97: levam ao aumento das reações adversas típicas do ácido mefenâmico.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Ponstan® deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da luz e umidade e pode ser utilizado por 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
Comprimidos biconvexos, elípticos, amarelo claro, isentos de lascas ou rachaduras, livres de contaminantes visíveis.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
As reações adversas podem ser minimizadas utilizando a menor dose eficaz para o controle dos sintomas20 pelo menor tempo de tratamento possível.
Ponstan® pode ser ingerido com alimentos em caso de desconforto gastrintestinal.
Dor Leve à Moderada/Artrite Reumatoide3/Osteoartrite4 em adultos e pacientes pediátricos acima de 14 anos de idade: a dose recomendada é de 500 mg, 3 vezes ao dia.
Dismenorreia6: Ponstan® 500 mg, 3 vezes ao dia, administrado no início da dor menstrual e enquanto persistir a sintomatologia de acordo com o julgamento médico.
Menorragia7: Ponstan® 500 mg, 3 vezes ao dia, administrado no início da menstruação98 e sintomatologia associada enquanto os sintomas20 persistirem e de acordo com o julgamento médico.
Síndrome10 Pré-menstrual: Ponstan® 500 mg, 3 vezes ao dia, começando no início da sintomatologia e continuando até o término antecipado da mesma, de acordo com o julgamento médico.
Uso em Pacientes Idosos
Tem sido relatado comprometimento da função renal39, podendo levar à insuficiência renal41 aguda. Os pacientes idosos ou debilitados parecem incapazes de tolerar ulceração57 ou hemorragia99, bem como alguns outros indivíduos; a maioria das notificações espontâneas de eventos gastrintestinais fatais está nesta população de pacientes (vide item “5. Advertências e Precauções – Efeitos Gastrintestinais”).
Dose Omitida
Caso o paciente esqueça de tomar Ponstan® no horário estabelecido, deve tomá-lo assim que lembrar. Entretanto, se já estiver perto do horário de tomar a próxima dose, deve desconsiderar a dose esquecida e tomar a próxima. Neste caso, o paciente não deve tomar a dose duplicada para compensar doses esquecidas. O esquecimento de dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
REAÇÕES ADVERSAS
Distúrbios nos sistemas sanguíneo e linfático100: agranulocitose101, anemia102 aplástica, anemia hemolítica103 autoimune104*, hipoplasia105 da medula óssea106, decréscimo do hematócrito107, eosinofilia108, leucopenia109, pancitopenia110, púrpura111 trombocitopênica e inibição da agregação plaquetária.
Distúrbios do sistema imunológico112: anafilaxia113.
Distúrbios metabólicos e nutricionais: intolerância à glicose114 em pacientes diabéticos, hiponatremia115, e retenção de líquidos.
Distúrbios psiquiátricos: nervosismo.
Distúrbios do sistema nervoso116: meningite asséptica117, visão89 turva, convulsões, tontura118, sonolência, cefaleia17 e insônia.
Distúrbios oculares: irritação ocular, perda reversível de visão89 das cores.
Distúrbios auditivos: dor de ouvido.
Distúrbios cardíacos: palpitação119.
Distúrbios vasculares120: hipotensão121 e hipertensão53.
Distúrbios respiratório, torácico e mediastinal: asma80, dispneia122.
Distúrbios gastrintestinais: inflamação37 gastrointestinal, hemorragia99 gastrointestinal, úlcera36 gastrointestinal e perfuração gastrintestinal.
Os efeitos colaterais123 mais frequentemente relatados, associados ao uso de Ponstan®, referem-se ao trato gastrintestinal. A diarreia56 parece ser o efeito colateral124 mais comum; na maioria das vezes está relacionada à dose.
Geralmente diminui com a redução da dose, desaparecendo rapidamente ao término do tratamento. Alguns pacientes não estão aptos a continuarem o tratamento.
Os efeitos colaterais123 gastrintestinais mais comumente relatados são: dor abdominal, diarreia56 e náuseas125 com ou sem vômitos126.
Os efeitos colaterais123 gastrintestinais/hepatobiliares127 menos frequentes incluem: anorexia128, icterícia129 colestática, colite130, constipação131, enterocolite, flatulência, ulceração57 gástrica com ou sem hemorragia99, toxicidade52 hepática42 leve, hepatite132, síndrome10 hepatorrenal, pirose133, pancreatite134 e esteatorreia135.
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo136: angioedema137, edema54 da laringe138, eritema multiforme139, edema54 de face140, síndrome de Lyell141 (necrólise epidérmica tóxica64), sudorese142, prurido143, rash66, síndrome de Stevens-Johnson63, urticária35 e dermatite62 esfoliativa.
Distúrbios renais e urinários: disúria144, hematúria145, insuficiência renal41 incluindo necrose72 papilar, nefrite70 tubulointersticial, glomerulonefrite146 e síndrome nefrótica73.
Distúrbios gerais e condições no local de administração: edema54.
Investigação: urobilinogênio na urina29 (falso-positivo) e teste de função hepática42 alterado.
Pacientes Pediátricos
Distúrbios Gerais e condições no local de administração: hipotermia147.
* Relatos de tratamento com Ponstan® por mais de 12 meses e a ocorrência de anemia102, demonstraram que a mesma é reversível na descontinuação do tratamento.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Em caso de superdose acidental, deve-se proceder ao esvaziamento gástrico imediatamente por indução do vômito148 ou lavagem gástrica149, seguida de administração de carvão ativado. Devem ser tomadas as medidas necessárias para a manutenção e monitoramento das funções vitais. Uma vez que Ponstan® e seus metabólitos30 apresentam forte ligação com as proteínas26 plasmáticas, a hemodiálise150 pode ser de pouca valia no tratamento da superdose.
Convulsões, disfunção renal39 aguda, coma151, estado de confusão, vertigem152 e alucinações153 foram relatadas com a superdose de Ponstan®. A superdose levou à fatalidade.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
MS – 1.0216.0093
Farmacêutica Responsável: Carolina C. S. Rizoli - CRF-SP Nº 27071
Registrado por:
Laboratórios Pfizer Ltda.
Rodovia Presidente Castelo Branco, Km 32,5
CEP 06696-000 - Itapevi – SP
CNPJ nº 46.070.868/0036-99
Fabricado e Embalado por:
Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda.
Rodovia Presidente Castelo Branco, Km 32,5
CEP 06696-000 – Itapevi – SP
Indústria Brasileira
SAC 0800 7701575
