Botulim
BLAU FARMACÊUTICA S.A.
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Botulim®
toxina1 botulínica – tipo A
Injetável 50U; 100U e 200U
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Pó Liófilo Injetável
Embalagens contendo 1, 10 ou 100 frascos-ampola
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: INTRAMUSCULAR
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada frasco-ampola de Botulim® 50U contém:
toxina1 botulínica – Tipo A | 50U* |
excipientes q.s.p. | 1 frasco-ampola |
Excipientes: albumina2 humana e cloreto de sódio
Cada frasco-ampola de Botulim® 100U contém:
toxina1 botulínica – Tipo A | 100U* |
excipientes q.s.p. | 1 frasco-ampola |
Excipientes: albumina2 humana e cloreto de sódio
Cada frasco-ampola de Botulim® 200U contém:
toxina1 botulínica – Tipo A | 200U* |
excipientes q.s.p. | 1 frasco-ampola |
Excipientes: albumina2 humana e cloreto de sódio
*Cada unidade (U) corresponde à dose intraperitoneal letal média (DL50) de toxina1 botulínica calculada em camundongos.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE3
INDICAÇÕES
Botulim® é indicado para:
- Tratamento de blefaroespasmo4 essencial benigno ou distúrbios do VII par craniano5 em pacientes com idade acima de 18 anos;
- Tratamento de rugas glabelares, de nível moderado a severo, associadas a atividades do músculo corrugador e/ou do músculo prócero em adultos com idade entre 18 a 65 anos.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Todas as indicações de Botulim® foram avaliadas em estudos clínicos controlados, randomizados, duplo-cegos e comparativos. A documentação fornece resultados de eficácia diferenciados conforme a indicação, de modo que são mencionados resumidamente alguns dos resultados:
Blefaroespasmo4: 196 pacientes foram incluídos em um estudo clínico e cerca de 98% dos pacientes apresentaram resultados satisfatórios para a indicação proposta. A melhora na gravidade do espasmo6 observada após quatro semanas no grupo tratado com Botulim® foi de 94,21% enquanto o grupo controle apresentou melhora de 93,27%.
Hugel Inc. HG 06-01 Double-blinded, randomized, active control comparative, parallel-designed, Phase III clinical trial: Therapeutic confirmatory clinical trial to evaluate the safety and efficacy of “Hugeltox Inj” in essential blepharospasm running parallel with phase I study.
Linhas faciais glabelares: foi realizado um estudo clínico com a inclusão de cerca de 270 pacientes, com objetivo de melhora das linhas faciais glabelares de nível de moderado a severo, obtendo-se um resultado satisfatório em cerca de 90% dos pacientes avaliados.
B.J. Kim, H.H. Kwon, S.Y. Park, S.U. Min, J.Y. Yoon, Y. M. Park, S.H. Seo, J.Y. Ahn, H. K. Lee, D.H. Suh Double-blind, randomized non-inferiority trial of a novel botulinum toxin A processed from the strain CBF 26, compared with oxabotulinum toxin A the treatment of glabellar lines.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Botulim® é uma forma congelada a vácuo e estéril da toxina1 botulínica – tipo A produzida a partir da cultura de clostridium botulinum tipo A, classificado terapeuticamente como agente paralisante neuromuscular.
Age bloqueando a condução neuromuscular devido à ligação nos receptores terminais dos nervos simpáticos motores, inibindo a liberação de acetilcolina7. Quando injetado por via intramuscular em doses terapêuticas, provoca o relaxamento muscular parcial por desnervação8 química localizada.
Quando um músculo é desnervado quimicamente, pode ocorrer atrofia9 e podem se desenvolver receptores de acetilcolina7 extrajuncionais. Há evidência de que o nervo pode voltar a crescer e novamente inervar o músculo, o que faz com que a debilidade seja reversível.
CONTRAINDICAÇÕES
Este medicamento é contraindicado em pessoas que possuem antecedentes de hipersensibilidade a qualquer dos ingredientes contidos na formulação e na presença de infecção10 no local da aplicação;
Também é contraindicado em pacientes que tenham doenças da junção neuromuscular11 (ex.: miastenia12 grave, síndrome13 de Lambert-Eaton ou esclerose14 lateral amiotrófica). As doenças podem ser exacerbadas devido à atividade relaxante muscular do produto).
Pacientes grávidas, potencialmente férteis e lactantes15.
Este medicamento é contraindicado em pacientes menores de 18 anos.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
A eficácia e segurança de Botulim® dependem do armazenamento adequado do produto, seleção correta da dose e técnicas apropriadas de reconstituição e administração.
Os médicos que fizerem uso de Botulim® em seus pacientes devem entender profundamente de anatomia neuromuscular topográfica e funcional das regiões a serem tratadas, bem como estar a par de quaisquer alterações anatômicas que tenham ocorrido com o paciente devido a procedimentos cirúrgicos anteriores. Devem conhecer também técnicas-padrão de eletromiografia16 ou de eletroestimulação17.
As doses e frequências de administração recomendadas para Botulim® não devem ser excedidas.
Difusão do efeito da toxina1: Após sua administração, os efeitos da toxina1 botulínica podem produzir sintomas18 indesejados além de dor no local da aplicação e podem incluir astenia19, fraqueza muscular generalizada, diplopia20, visão21 borrada, ptoses, disfonia22, disfagia23, incontinência urinária24 e dificuldades respiratórias. Dificuldades de deglutição25 e respiração podem ser ameaçadoras à vida, tendo havido relatos de mortes associados à difusão do efeito da toxina1. O risco de sintomas18 é ocorrido particularmente em pacientes que têm condições subjacentes ou predisposição a estes.
Reações de hipersensibilidade: reações de hipersensibilidade sérias e/ou imediatas têm sido relatadas com injeções de outras toxinas26 botulínicas. Estas reações incluem anafilaxias, urticária27, edema28 de tecidos moles e dispneia29. Um caso fatal de anafilaxia30 foi relatado no qual houve o uso incorreto de lidocaína como diluente e, consequentemente, não foi possível de se estabelecer corretamente qual foi o agente causal. Se este tipo de reação ocorrer, a aplicação do produto deve ser descontinuada e terapias médicas apropriadas deverão ser instituídas.
Pré-existência de disfunções neuromusculares: indivíduos com doenças motoras neuropáticas periféricas (ex.: esclerose14 lateral amiotrófica, ou neuropatia31 motora) ou distúrbios da junção neuromuscular11 (ex.: miastenia12 grave ou síndrome13 de Lambert-Eaton) podem ter aumentado o risco de efeitos sistêmicos32 clinicamente significantes incluindo severa disfagia23 e comprometimento respiratório em doses típicas de toxina1 botulínica. Artigos médicos publicados com toxina1 botulínica relatam casos raros de administração de toxina1 botulínica em pacientes com desordens neuromusculares reconhecidas ou não, onde os pacientes demonstraram extrema hipersensibilidade aos efeitos sistêmicos32 das doses clínicas habituais. Em alguns casos, a disfagia23 permaneceu por alguns meses e requisitou a administração de alimentação via tubo gástrico.
Disfagia23: a disfagia23 é comumente relatada como evento adverso após o tratamento de pacientes com distonia33 cervical com todas as formulações de toxina1 botulínica. Nestes pacientes, são relatados casos raros de disfagia23 severa suficiente para o uso de sonda gástrica para alimentação. Há também relatos de casos onde o paciente com disfagia23 severa desenvolveu pneumonia34 por aspiração e faleceu.
Também houve relatos de eventos adversos com toxina1 botulínica envolvendo o sistema cardiovascular35, incluindo arritmia36 e infarto do miocárdio37, em alguns casos com desfechos fatais. Alguns desses pacientes apresentavam fatores de risco incluindo doença cardiovascular.
Ausência de intercambialidade entre os produtos contendo toxina1 botulínica: considerando-se que as unidades de potência da toxina1 botulínica são específicas aos diferentes produtos, eles não são intercambiáveis entre si. Dessa forma, as unidades de atividade biológica da toxina1 botulínica não podem ser comparadas ou convertidas em unidades de outro produto contendo toxina1 botulínica avaliado com outros métodos específicos. Recomenda-se, assim, a anotação da marca do produto, com identificação de lote, na ficha dos pacientes.
Pacientes sob tratamento com outros relaxantes musculares (ex.: cloreto de tubocurarina, dantroleno sódico, etc.) podem ter potencializado o relaxamento muscular ou aumentados os riscos de disfagia23, assim como, em pacientes tratados com outros fármacos com atividade relaxante muscular, ex.: cloridrato de espectinomicina, antibióticos aminoglicosídeos (ex.: sulfato de gentamicina, sulfato de neomicina etc.) antibióticos polipeptídeos (sulfato de polimixina B etc.), tetraciclinas, lincomicina (lincosamidas), relaxantes musculares (baclofeno etc.), agentes anticolinérgicos (butilbrometo de escopolamina, cloridrato de triexifenidil etc.), benzodiazepina e medicamentos similares (diazepam, etizolam etc.), benzamidas (cloridrato de tiaprida, sulpirida etc). Recomenda-se cautela ao administrar toxina1 botulínica a esses pacientes.
Este produto contém albumina2, um derivado de sangue38 humano. Quando produtos derivados de sangue38 humano ou soro39 são administrados no corpo humano40, deve haver a consideração de que estes produtos possuem potenciais de transmissão de agentes causadores de doenças infecciosas. Pode incluir agentes patogênicos ainda desconhecidos. Para minimizar os riscos de tais infecções41 por agentes transmissíveis, alguns cuidados particulares são tomados em relação ao processo de fabricação da albumina2, incluindo a remoção dos vírus42 e/ou processos de inativação adicionalmente à seleção cuidadosa dos doadores e testes apropriados das unidades doadas.
É extremamente remoto o risco de transmissão da Doença de Creutzfeldt-Jakob.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir automóvel e utilizar máquinas:
Alguns sinais43 e sintomas18 foram reportados após a utilização do produto, tais como: astenia19, fraqueza muscular, tontura44 e distúrbios visuais, de forma que estes podem afetar a habilidade de condução de veículos e utilização de máquinas.
Blefaroespasmos e Linhas Glabelares
A aplicação da toxina1 botulínica em músculos45 orbiculares pode reduzir o número de piscadas expondo a córnea46, defeito epitelial persistente e ulceração47 da córnea46, especialmente em pacientes com disfunções no nervo VII. Um caso de perfuração corneana em olho48 afácico ocorreu com o uso de toxina1 botulínica, necessitando de enxerto49 corneano devido a este efeito. Testes cuidadosos de sensibilidade da córnea46 em olhos50 previamente operados devem ser conduzidos e a administração na região da pálpebra inferior deve ser evitada para reduzir o risco de ectrópio51 palpebral.
Cuidados devem ser tomados quando utilizar a toxina1 botulínica em pacientes com inflamação52 no local da injeção53, marcada assimetria facial, ptose54, dermatocalásio excessivo, cicatrizes55 dérmicas profundas, pele56 sebácea ou substancial inabilidade de diminuição das linhas glabelares devido ao distanciamento físico entre elas.
Gravidez57 e Lactação58
Categoria de risco na gravidez57: C.
Botulim® é contraindicado em mulheres grávidas, período fértil e lactantes15.
Não foi estabelecida segurança para este medicamento durante a gravidez57 e amamentação59. São conhecidos relatos de abortos e efeitos adversos com o uso deste medicamento durante o período gestacional, para doses diárias de 0,125U/Kg a 2U/Kg ou maiores, em coelhos. Já em ratos, não houve ocorrências de aborto ou efeitos adversos com doses iguais ou maiores a 4U/Kg. Doses de 8 e 16U/Kg em ratos têm sido associadas a perda de peso do feto60 e ossificação tardia do osso hioide61, o qual pode ser reversível. Não há conhecimento se o medicamento é excretado no leite materno, não sendo recomendado o uso deste medicamento durante o aleitamento.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Uso Pediátrico
Este medicamento é contraindicado para o uso de menores de 18 anos.
Uso em Idosos
Estudos com toxina1 botulínica não identificaram diferenças nas respostas aos tratamentos em indivíduos com idade acima de 65 anos em comparação a indivíduos mais jovens.
Em geral, a escolha da dose para pacientes62 idosos requer cuidado, recomendando-se inicialmente a administração da menor dose.
Carcinogênese, Mutagênese e Diminuição da Fertilidade
Não foram conduzidos estudos de longo prazo em animais para avaliar o potencial carcinogênico deste produto.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
O efeito da toxina1 botulínica pode ser potencializado por antibióticos aminoglicosídicos, ou quaisquer outras drogas que interfiram com a transmissão neuromuscular. Os pacientes que fazem uso dessas drogas devem ser cuidadosamente observados quando forem tratados com Botulim®. Recomenda-se cautela em pacientes tratados com polimixinas, tetraciclinas e lincomicina. O uso de relaxantes musculares deve ser feito com cautela, recomendando-se redução da dose inicial do relaxante, ou utilização de drogas de ação intermediária como o vecurônio, em vez dos relaxantes musculares de ação mais prolongada.
O efeito da administração de diferentes sorotipos de neurotoxina botulínica ao mesmo tempo ou com muitos meses de intervalo entre elas é desconhecido. A fraqueza excessiva pode ser agravada com a administração de toxina1 botulínica antes da redução dos efeitos da toxina1 botulínica previamente administrada.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Em sua embalagem intacta, Botulim® deve ser conservado em geladeira com temperatura entre 2–8°C. O produto reconstituído pode ser armazenado na geladeira em temperatura de 2–8°C por até 24 horas após reconstituição.
O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação. Número de lote, datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Botulim® é um pó seco envasado a vácuo. Após reconstituição, a solução deve ser límpida, incolor e livre de partículas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
DEVE SER APLICADO SOMENTE POR PROFISSIONAL DA SAÚDE3 DEVIDAMENTE QUALIFICADO PARA USO CORRETO DO PRODUTO E COM OS EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS.
Antes de utilizar o medicamento, confira o nome no rótulo, para evitar enganos. Não utilize o Botulim® caso haja sinais43 de violação e/ou danos no lacre do frasco-ampola.
Se mantida sob refrigeração, a preparação deve ser trazida à temperatura ambiente antes da administração.
Técnica de Administração / indicação
Blefaroespasmo4: No blefaroespasmo4, Botulim® reconstituído (veja tabela de diluição) é injetado usando-se uma seringa63 estéril e agulha 27 a 30 Gauge. A dose inicial recomendada é de 1,25 – 2,5U (0,05 mL a 0,1 mL de volume para cada local), injetada na porção medial e lateral pré-tarsal do músculo orbicular dos olhos50 da pálpebra superior e na porção pré-tarsal lateral do músculo orbicularis oculi da pálpebra inferior. Em geral, os efeitos iniciais das injeções são verificados em 3 dias e atingem o pico em uma ou duas semanas após o tratamento. Cada tratamento tem duração de cerca de 3 meses. Em uma sessão repetida de tratamento, a dose pode ser aumentada em até duas vezes se a resposta ao tratamento inicial for considerada insuficiente (geralmente definida com um efeito que não dura mais de dois meses). No entanto, parece haver pouca vantagem obtida com a injeção53 de mais de 5,0U em cada local.
Alguma tolerância pode ser encontrada quando este produto é usado para tratar blefaroespasmo4 se tratamentos são administrados com maior frequência do que a cada 3 meses e é raro ter efeitos permanentes. A dose cumulativa de tratamento com Botulim® em um período de 30 dias não deve ser maior que 200U.
Linhas Glabelares: Reconstitua Botulim® com solução salina – cloreto de sódio a 0,9% - estéril para ter uma solução de 100U / 2,5 mL (4U / 0,1 mL). Utilizando agulha de calibre 30 G, injete a dose de 0,1 mL em cada um dos 5 locais, 2 em cada músculo corrugador e 1 no músculo prócero, totalizando-se 20U. A fim de se reduzir a possibilidade de ptoses, recomenda-se evitar a injeção53 próximo ao músculo levantador da pálpebra superior, particularmente em paciente com grandes complexos depressores da testa.
As injeções no músculo corrugador interior e sobrancelha central devem ser realizadas a pelo menos 1 cm acima da crista óssea supraorbitária.
Atenção especial deve ser dada para evitar a injeção53 deste produto no vaso sanguíneo. A fim de evitar a exsudação64 por baixo da crista orbital, certifique-se de colocar firmemente o polegar ou dedo indicador por baixo da crista orbital, antes da injeção53. A agulha deve ser direcionada para o centro superior durante a injeção53 e uma atenção especial deve ser dada para injetar o volume exato.
As linhas glabelares faciais surgem a partir da atividade do músculo corrugador e do músculo orbicular ocular. Estes músculos45 movem a testa medialmente e os músculos45 prócero e depressor do supercílio movimentam a testa inferiormente. Isso cria cenho franzido ou “testa franzida”. A localização, tamanho e uso dos músculos45 variam muito entre os indivíduos. Uma dose eficaz para as linhas faciais é determinada pela observação simples da capacidade do paciente em ativar os músculos45 superficiais injetados.
Cada tratamento dura cerca de três a quatro meses. Injeção53 mais frequente deste produto não é recomendada porque a segurança e a eficácia não foram estabelecidas nestas circunstâncias.
Técnica de Diluição
Botulim® liofilizado65 deve ser reconstituído com a solução salina – cloreto de sódio 0,9%, estéril e sem conservantes. Aspirar a quantidade adequada de diluente na seringa63 de tamanho apropriado. Injetar lentamente e misturar suavemente o diluente no frasco, uma vez que o produto é desnaturado por borbulhamento ou forte agitação. Descarte o frasco se não houver vácuo, ou seja, se não houver a aspiração do diluente para dentro do frasco.
Botulim® deve ser administrado dentro de 24 horas após a reconstituição; durante este período, o produto reconstituído deve ser mantido sob refrigeração (2–8°C). A solução reconstituída de Botulim® deve ser límpida, incolor e livre de quaisquer partículas.
Os produtos de administração parenteral devem ser inspecionados visualmente quanto a partículas e descoloração antes da sua administração. O produto e o diluente não contém qualquer conservante e, dessa forma, devem ser utilizados somente para um paciente único.
Utilizar somente seringas e agulhas estéreis a cada vez que se fizer necessária a diluição ou retirada do produto.
Tabela de Diluição
Diluente adicionado (cloreto de sódio a 0,9%) |
Dose Resultante (U/0,1 mL) |
||
50U |
100U |
200U |
|
0,5 Ml |
10,0U |
20,0U |
40,0U |
1,0 mL |
5,0U |
10,0U |
20,0U |
2,0 mL |
2,5U |
5,0U |
10,0U |
4,0 mL |
1,25U |
2,5U |
5,0U |
8,0 mL |
- |
1,25U |
2,5U |
Nota: Essas diluições são calculadas para uma aplicação com volume de 0,1 mL. Um aumento ou diminuição na dose de Botulim® é também possível com administração de um volume maior ou menor, de 0,05 mL (50% a menos na dose) a 0,15 mL (50% a mais na dose).
Técnica de Manuseio
A injeção53 de Botulim® é preparada aspirando-se a toxina1 diluída do frasco, em quantidade suficiente e ligeiramente superior à dose desejada. As bolhas de ar na seringa63 devem ser expelidas e a seringa63 deve ser conectada à agulha selecionada. O volume excedente é expelido através da agulha para um recipiente de sobras a fim de assegurar a desobstrução da agulha e confirmar que não há vazamento na junção seringa63-agulha.
Para a administração do produto no paciente podem-se utilizar agulhas calibre 25 a 30 G para os músculos45 superficiais, e agulha calibre 22 G para os músculos45 mais profundos.
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO E MANUSEIO
Os frascos fechados de Botulim® devem ser armazenados sob refrigeração (2–8°C).
Após a reconstituição, Botulim® pode ser armazenado sob refrigeração (2–8°C) por até 24 horas.
Após a administração do produto ao paciente, a solução remanescente, tanto do frasco quando da seringa63, deverá ser inativada utilizando-se uma solução de hipoclorito diluído (0,5%). Após o uso e vencimento do período de armazenamento, deve-se executar a eliminação segura do produto.
REAÇÕES ADVERSAS
Geral
Em geral, os eventos adversos ocorrem na primeira semana após a injeção53 da toxina1 botulínica e, apesar de geralmente transitórios, podem perdurar por alguns meses. Em alguns casos podem ser observadas reações em locais distantes do ponto da aplicação. Dor local, hematomas66, inflamação52, parestesia67, hipoestesia68, sensibilidade anormal à compressão, intumescimento / edema28, eritema69, infecção10 localizada, hemorragia70 e/ou ardor71 foram associados com a injeção53, tanto no local da injeção53 como em músculos45 adjacentes.
Fraqueza do músculo local representa uma expectativa de ação farmacológica da toxina1 botulínica. Entretanto, fraqueza em músculos45 adjacentes podem também ocorrer devido à difusão da toxina1. Quando injetada em pacientes com blefaroespasmos, alguns músculos45 distantes do local da injeção53 demonstram aumento do estímulo eletrofisiológico (rápida variação na forma da onda) o qual não está associado com a fraqueza clínica ou outros tipos de anormalidades fisiológicas72.
Alguns casos raros de morte foram relatados espontaneamente, algumas vezes associados à disfagia23, pneumonia34 e/ou outras debilidades significativas ou anafilaxia30, após o tratamento com outras toxinas26 botulínicas. Há também relatos de eventos adversos envolvendo o sistema cardiovascular35, incluindo arritmia36 e infarto73 de miocárdio74, alguns com desfechos fatais. A exata relação entre estes eventos e a toxina1 botulínica não foi estabelecida.
Alguns sinais43 e sintomas18 ainda relacionados a outras toxinas26 botulínicas e cuja relação causal não é conhecida: rash75 cutâneo76 (incluindo eritema multiforme77, urticária27, erupção78 psoriasiforme), prurido79 e reação alérgica80.
Blefaroespasmo4
Eventos adversos foram observados em 39% dos pacientes de 18 anos ou mais que foram tratados durante o estudo clínico para blefaroespasmo4.
Locais |
Eventos Adversos (Incidência81) |
Olhos50 |
Ptoses (6,61%), lagoftalmia (6,61%), olho48 seco (6,61%), lacrimejamento (4,13%), blefaroedema (1,65%), fotofobia82 (2,48%), conjuntivite83 (2,48%), miodesopsia (1,65%), calasia (0,83%), calázio (0,83%), sensação extracorpórea (0,83%). |
Sistema linfático84 |
Edema28 (4,96%) |
Pele56 |
Reações no local da injeção53 (4,13%), rubor (0,83%) |
Dor |
Dor de cabeça85 (2,48%), mialgia86 (1,65%) |
Trato gastrointestinal |
Hérnia87 (0,83%), úlcera88 (0,83%), estomatite89 (0,83%) |
Sistema sanguíneo |
Hematoma90 (0,83%) |
Metabolismo91 |
Hiperlipidemia92 (0,83%) |
Sistema nervoso93 |
Ansiedade (0,83%), depressão, tontura44, rosto mascarado (0,83%) |
Sistema respiratório94 |
Infecção10 respiratória superior (0,83%) |
Coração95 |
Arritmias96 cardíacas (0,83%) |
Outras reações adversas relacionadas ao produto
Locais |
Eventos Adversos (Incidência81) |
Olhos50 |
Ptoses (6,61%), lagoftalmia (6,61%), olho48 seco (6,61%) fotofobia82 (2,48%), blefaroedema (1,65%), calasia (0,83%), sensação extracorpórea (0,83%), lacrimejamento (3,31%) |
Sistema linfático84 |
Edema28 (4,96%) |
Pele56 |
Reações no local da injeção53 (2,48%) |
Dor |
Mialgia86 (1,65%) |
Resultados Pós-Comercialização na Coreia
Em avaliação pós-comercialização conduzida por 6 anos (2010 a 2016) à 695 pacientes com blefaroespasmo4 essencial na Coreia, a incidência81 de reações adversas foram 21,2% (147/695, 215 casos). Dentre estes, a incidência81 de reação adversa ao fármaco97 que tem uma relação causal, com o produto foi de 12,2% (85/695, 106 casos), dos quais incluem: 2,6% olho48 seco (18/695, 18 casos), 1,9% de ptose54 (13-695, 13 casos), 1,6% (11/695, 11 casos) cada uma oftalmalgia e blefaroedema.
Relatos de reações adversas menos de 1% conforme a seguir:
- Doença ocular: visão21 borrada, epífora, diplopia20, lagoftalmo, aumento do lacrimejamento, disestesia98, distúrbio lacrimal, irritação ocular, lacrimejamento, olho48 vermelho, tensão ocular, ceratopatia, queratite, abrasão da córnea46, conjuntivite83 e visão21 reduzida;
- Distúrbios do sistema nervoso central99 e periférico: dor de cabeça85, tontura44 e oftalmoplegia;
- Distúrbio dérmico e anexial100: prurido79 palpebral, erosão da pele56, doença da pele56 da pálpebra e ruga;
- Distúrbio urinário: edema28 facial;
- Outros: ectrópio51.
A incidência81 de eventos adversos sérios foi de 0,9% (6-695, 8 casos), 0,1% (1/695, 1 caso) para fratura101 da coluna vertebral102, ruptura de tendão103, hipotireoidismo104, hematosepse, metrofibroma, gastrite105, insônia e embolismo106 pulmonar foram relatados. Nenhuma reação adversa ao fármaco97 dos quais uma relação causal com o produto que não poderia ser descartada foi observada.
A incidência81 de eventos adversos inesperados foi de 13,1% (91/695, 127 casos), os quais incluem 2,6% (18/695, 18 casos) de resfriado, 1,9% (13/695, 13 casos) de oftalmalgia, 0,9% (6/695, 6 casos) de visão21 borrada, 0,7% (5/695, 5 casos) de diplopia20, 0,6% (4/695, 4 casos) de disestesia98 ocular, 0,4% (3/695, 3 casos) de gastrite105, 0,3% (2/695, 2 casos) de tensão ocular, osteoartrite107, artralgia108, fratura101 espinal, erosão na pele56, dislipidemia, contusões, edema28 facial, dor nas costas109 e insônia. Reações adversas inesperadas foram relatadas em 0,1% conforme segue:
- Distúrbio ocular: abrasão ocular, doença conjuntival, fotopsia, visão21 reduzida, blefarite110, edema macular111;
- Distúrbio respiratório: dor de garganta112, fleuma, tonsilite;
- Distúrbio gastrointestinal: dispepsia113, refluxo gastresofágico, gastrite105 atrófica114, pólipo115 gástrico, gengivite116, hemorroida;
- Distúrbio musculoesquelético: redução da massa óssea, disartrose, fratura101 na perna, crepitação117, doença de ligamentos118, ruptura do tendão103;
- Distúrbio dérmico e anexial100: prurido79 palpebral, prurido79, erosão da pele56, urticária27, onicólise119, dermatite120 e rugas;
- Distúrbios do sistema nervoso central99 e periférico: oftalmoplegia, distonia33, paralisia121, síndrome13 de Meigs, dor facial e estenose122 espinal;
- Distúrbio Metabólico e nutricional: diabetes mellitus123 e calcificação124 distrófica;
- Distúrbio de mecanismo de defesa: herpes não indicado e hematosepse;
- Distúrbio de coagulação125, hemorragia70 e plaquetas126: embolismo106 pulmonar;
- Neoplasma127: neoplasma127 de mama128 e metrofibroma;
- Distúrbio vascular129: hemorragia70 conjuntival e arteriosclerose130;
- Distúrbio do vestibular131 e auditivo: zumbido;
- Distúrbio endócrino132: hipotireoidismo104;
- Distúrbio eritrócito: anemia133;
- Distúrbio do local da injeção53: sensação de queimação e dor no local da aplicação;
- Outros: luxação134 articular, extração de catarata135, intoxicação alimentar, ectrópio51 e laceração.
Dentre estes, a incidência81 de eventos adversos inesperados de que uma relação causal com o produto não pode ser descartada foi de 4,6% (32/695, 35 casos), 1,6% (11/695, 11 casos) de dor ocular, 0,6% (4/695, 4 casos) de visão21 borrada, diplopia20, disestesia98 ocular, 0,3% (2/695, 2 casos) de edema28 facial, 0,1% (1/695, 1 caso) de tensão ocular, abrasão ocular, visão21 reduzida do olho48, prurido79 palpebral, erosão da pele56, doença da pele56 palpebral, ruga, oftalmoplegia, ectrópio51 e contusão136 foram reportados.
A incidência81 de eventos adversos inesperados graves foi de 0,9% (6/695, 8 casos), que inclui 0,1% (1/695, 1 caso) de fratura101 da coluna vertebral102, ruptura do tendão103, hipotireoidismo104, hematosepse, metrofibroma, gastrite105, insônia e embolia137 pulmonar. Não foi identificada nenhuma reação adversa grave inesperada ao medicamento.
Linhas Glabelares
Na Coreia estudos clínicos em indivíduos com linhas glabelares moderadas a severas e na idade de > 18 anos e < 65 anos, ocorreram eventos adversos em 28,4% dos indivíduos que receberam esse produto. A maioria dos eventos adversos foi leve a moderada e nenhum evento adverso grave foi relatado durante os estudos clínicos. Os eventos adversos mais frequentemente relatados incluem infecções41 e infestações em 10 indivíduos (7,5%), distúrbios oculares em 10 (7,5%), transtornos gerais e condição do local de administração em 6 (4,5%) e pele56 e subcutânea138 distúrbios teciduais em 6 (4,5%).
Eventos adversos pelo Sistema de Órgãos |
Eventos adversos (taxas de incidências) |
Infecções41 e infestações (7,5%) |
Gripe139 (1,5%), bronquite (0,7%), sinusite140 crônica (0,7%), cistite141 (1,5%), acarodermatite (0,7%), celulite142 (0,7%), foliculite (0,7%), herpes genital (0,7%), faringotonsilite (0,7%), pulpite dental (0,7%), trato respiratório (0,7%) |
Distúrbios gerais e local de administração (4,5%) |
Reação no local da injeção53 (3,0%), dor no peito143 (0,7%), inchaço144 no local da injeção53 (0,7%) |
Distúrbio dos olhos50 (7,5%) |
Ptose54 da pálpebra (4,5%), conjuntivite83 (1,5%), edema28 da pálpebra (0,7%), blefaroespasmo4 (0,7%), distúrbio sensitivo da pálpebra (0,7%), ceratoconjuntivite (0,7%) |
Distúrbio do sistema nervoso93 (1,5%) |
Dor de cabeça85 (0,7%), contração involuntária145 muscular (0,7%) |
Distúrbio respiratório, torácico e mediastinal (1,5%) |
Tosse (0,7%), dor orofaríngea146 (0,7%) |
Distúrbio da pele e tecido subcutâneo147 (4,5%) |
Dermatite120 de contato (1,5%), acne148 (0,7%), pele56 seca (0,7%), hiperqueratose149 (0,7%), prurido79 (0,7%), hiperplasia150 sebácea (0,7%) |
Lesões151, envenenamento e complicações processuais (3,7%) |
Entorse152 conjunta (1,5%), contusão136 (0,7%), lesão153 facial (0,7%), tensão muscular (0,7%), hematoma90 periorbital (0,7%), |
Distúrbios do tecido conectivo154 e musculoesquelético (1,5%) |
Dor nas costas109 (1,5%) |
Distúrbios gastrointestinal (1,5%) |
Diarreia155 (0,7%), refluxo gastroesofágico156 (0,7%) |
Distúrbios de nutrição157 e metabolismo91 (0,7%) |
Hiperlipidemia92 (0,7%) |
Distúrbio do ouvido e labirinto158 (0,7%) |
Doença de Meniere (0,7%) |
Distúrbio urinário e renal159 (0,7%) |
Nefropatia160 (0,7%) |
Distúrbio vascular129 (0,7%) |
Doença vascular periférica161 (0,7%) |
Doença cardíaca (0,7%) |
Hipertensão162 (0,7%) |
Distúrbio hepatobiliar163 (0,7%) |
Esteatose hepática164 (0,7%) |
Investigações (0,7%) |
Aumento da enzima165 hepática166 (0,7%) |
Neoplasmas167 benignos, malignos e não especificados (incluindo cisto e pólipos168) (0,7%) |
Papiloma de pele56 (0,7%) |
Doenças psiquiátricas (0,7%) |
Depressão (0,7%) |
Sistema reprodutivo e transtornos mamários (0,7%) |
Doença mamária (0,7%) |
Reações adversas a medicamentos as quais não podem ser desconsiderados incluíram reação no local da administração em 4 indivíduos (3,0%) e ptose54 da pálpebra em 6 (4,5%).
Reação adversa ao medicamento pelo sistema de órgãos |
Reação adversa ao fármaco97 |
Transtornos gerais e condições do local de administração (3,7%) |
Reação do local de injeção53 (3,0%), inchaço144 no local da injeção53 (0,7%) |
Doenças oculares (5,2%) |
Ptose54 da pálpebra (4,5%), conjuntivite83 (0,7%), blefaroespasmo4 (0,7%), distúrbio sensitivo das pálpebras169 (0,7%) |
Distúrbios do sistema nervoso93 (0,7%) |
Dor de cabeça85 (0,7%) |
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo147 (0,7%) |
Dermatite120 de contato (0,7%) |
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Os sinais43 e sintomas18 advindos de uma superdosagem podem não se manifestar imediatamente após a administração. Em caso de aplicação ou ingestão acidental, o paciente deverá ser clinicamente monitorado por várias semanas a fim de se detectar o aparecimento e/ou evolução de sinais43 e sintomas18 de fraqueza muscular, que podem ser em locais próximos ou distantes do local da aplicação.
A aplicação da toxina1 botulínica em músculos45 orbiculares pode reduzir o número de piscadas expondo a córnea46, deficiências epiteliais persistentes e ulceração47 córnea46, especialmente em pacientes com disfunções no nervo.
Doses excessivas podem produzir paralisia121 neuromuscular local, ou à distância, generalizada e profunda, além de ptose54, diplopia20, disfagia23, disartria170, fraqueza generalizada ou falência respiratória. Estes pacientes devem ser considerados para avaliação médica adicional e a terapia médica apropriada imediatamente instituída, a qual pode incluir hospitalização.
Se a musculatura orofaríngea146 e do esôfago171 for afetada, pode ocorrer aspiração levando à pneumonia34 aspirativa. Se os músculos respiratórios172 tornaram-se paralisados ou suficientemente enfraquecidos, intubação e respiração assistida podem ser necessárias até total recuperação do quadro. Cuidados de apoio podem envolver a necessidade de traqueostomia173 e/ou ventilação174 mecânica prolongada, além de outros cuidados gerais de suporte.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
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