

Glionil (Bula do profissional de saúde)
BRAINFARMA INDÚSTRIA QUÍMICA E FARMACÊUTICA S.A
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Glionil
glibenclamida
Comprimido 5 mg
Medicamento similar equivalente ao medicamento de referência.
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido
Embalagem contendo 30 comprimidos
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de Glionil contém:
glibenclamida | 5 mg |
excipientes q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: amido, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, lactose1, dióxido de silício e estearato de magnésio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE2:
INDICAÇÕES
Este medicamento é destinado ao tratamento oral do Diabetes mellitus3 não insulino-dependente (tipo 2 ou diabetes4 do adulto), quando os níveis sanguíneos de glicose5 não podem ser controlados apenas por dieta, exercício físico e redução de peso.
RESULTADO DE EFICÁCIA
A eficácia de glibenclamida no controle do diabetes tipo 26 pode ser comprovada no estudo multicêntrico envolvendo 15 centros de pesquisa, 4075 pacientes, divididos em vários grupos de análises, dentre eles, grupos usando metformina7, insulina8 e glibenclamida. Clauson, et al demonstraram, em um estudo randomizado9 envolvendo 39 pacientes acompanhados por um ano, que a glibenclamida é eficaz e melhora o controle da glicemia10 a longo prazo. Fischer, et al comprovaram também a eficácia de glibenclamida em seu estudo com 77 pacientes diabéticos tipo 2, estudo este randomizado11, duplo cego placebo12 controlado por 16 semanas, ou seja, comprovou uma melhora substancial no controle da glicose5. Liu, et al comprovaram a eficácia de glibenclamida em conjunto com insulina8 no controle glicêmico dos mesmos, estudando pacientes diabéticos não insulino-dependentes por 12 meses. Liu D. também afirma que essa terapia combinada13 induz a produção maior de insulina8 endógena.
Martin, et al publicaram um estudo de coorte14 multicêntrico envolvendo 91 pacientes com diabetes tipo 26 por 1 ano, com resultados de eficácia da glibenclamida, diminuindo o peso dos pacientes e melhorando o controle de glicemia10.
Referências Bibliográficas
- UK Prospective Diabetes4 Study (UKPDS) Group. Effect of intensive blood-glucose control with metformin on complications in overweight patients with type 2 diabetes4 (UKPDS 34). Lancet. 1998 Sep;352(9131):854–65.
- Clauson P, et al. Daytime glibenclamide and bedtime NPH insulin compared to intensive insulin treatment in secondary sulphonylurea failure: a 1-year follow-up. Diabet Med. 1996 May;13(5):471–7.
- Fischer S, et al. Influence of treatment with acarbose15 or glibenclamide on insulin sensitivity in type 2 diabetic patients. Diabetes4 Obes Metab. 2003 Jan;5(1):38-44.
- Liu D, et al. Combined insulin-glibenclamide therapy of NIDDM patients in primary health care. A follow-up study of its compliance and efficacy and a review of the literature. Scand J Prim Health Care. 1990 Dec;8(4):213–7.
- Martin S, et al. Change in patients' body weight after 12 months of treatment with glimepiride or glibenclamide in Type 2 diabetes4: a multicentre retrospective cohort study. Diabetologia. 2003 Dec;46(12):1611–7.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Mecanismo de ação
Glionil apresenta como princípio ativo a glibenclamida, antidiabético oral16 do grupo das sulfonilureias17, dotado de potente ação hipoglicemiante18. Tanto em pessoas saudáveis quanto em pacientes com Diabetes mellitus3 não insulino-dependentes (tipo 2), a glibenclamida reduz a concentração plasmática de glicose5 através da estimulação da liberação de insulina8 pelas células19 beta do pâncreas20. Este efeito funciona em interação com a glicose5 (melhora da resposta das células19 beta ao estímulo fisiológico21 da glicose5). A glibenclamida também apresenta efeitos extrapancreáticos: ela reduz a produção de glicose5 hepática22 e melhora a ligação e a sensibilidade da insulina8 nos tecidos periféricos.
Propriedades farmacodinâmicas
Após dose única matinal, o efeito hipoglicemiante18 permanece detectável por, aproximadamente, 24 horas. Durante o tratamento em longo prazo, o efeito hipoglicemiante18 da glibenclamida se mantém, enquanto que os níveis de insulina8 voltam ao valor normal. A glibenclamida apresenta uma leve ação diurética e aumenta a depuração de água livre.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção: A glibenclamida é rapidamente absorvida após administração oral. A absorção da glibenclamida não é significativamente afetada pelos alimentos. É bem absorvida pelo trato gastrintestinal; os níveis séricos máximos ocorrem cerca de 2 a 4 horas após a dose oral e persistem por 24 horas. O início da ação ocorre em aproximadamente em 1 hora a 90 minutos.
Distribuição: A biodisponibilidade de glibenclamida a partir dos comprimidos é de, aproximadamente, 70%. O pico de concentração plasmática é atingido após 2 a 4 horas.
A meia-vida sérica de glibenclamida após administração oral é de aproximadamente 2 a 5 horas, embora alguns estudos sugiram que em pacientes com Diabetes mellitus3 possa haver meia-vida mais prolongada de 8 a 10 horas.
Não ocorre acúmulo de glibenclamida.
A ligação da glibenclamida às proteínas23 plasmáticas é maior que 98%; in vitro, esta ligação é predominantemente não iônica.
Metabolismo24: A glibenclamida é completamente metabolizada pelo fígado25. O principal metabólito26 é o 4-trans-hidroxiglibenclamida; outro é o 3-cis-hidroxiglibenclamida. Os metabólitos27 da glibenclamida apresentam alguma contribuição para o efeito redutor da glicemia10 no sangue28.
Excreção: Os metabólitos27 da glibenclamida são excretados por via urinária e biliar. Aproximadamente 50% da dose são excretadas na urina29 e 50% por via biliar. A excreção se completa após 45 a 72 horas.
Farmacocinética em Populações Especiais
- Pacientes com Insuficiência Renal30: Em pacientes com insuficiência renal30, há aumento da excreção de metabólitos27 na bile31. Este aumento é dependente da gravidade da insuficiência renal30.
- Gestantes e Lactantes32: A glibenclamida atravessa a placenta em pequenas quantidades. Assim como outras sulfonilureias17, a glibenclamida é presumivelmente excretada no leite materno.
CONTRAINDICAÇÕES
Glionil não deve ser administrado:
- em pacientes com Diabetes mellitus3 insulino-dependente (tipo 1 ou diabetes juvenil33), por exemplo, diabéticos com histórico de cetoacidose;
- no tratamento de cetoacidose diabética34;
- no tratamento de pré-coma35 ou coma35 diabético;
- em pacientes com disfunção renal36 e/ou hepática22 graves;
- em pacientes com hipersensibilidade a glibenclamida ou a qualquer um dos componentes da fórmula;
- em mulheres grávidas;
- em mulheres lactantes32;
- em pacientes tratados com bosentana (vide “Interações Medicamentosas”).
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com disfunção renal36 e/ou hepática22 graves.
Este medicamento é contraindicado na faixa etária pediátrica.
Categoria de risco na gravidez37: categoria C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
ADVERTÊNCIAS
Estudos epidemiológicos sugerem que a administração de glibenclamida está associada com aumento do risco de mortalidade38 cardiovascular quando comparado ao tratamento com metformina7 ou glicazida. Este risco é especialmente observado em pacientes com doença coronariana39 diagnosticada.
Os sinais40 clínicos da hiperglicemia41 são: diurese42 frequente, sede intensa, boca43 seca, pele44 seca.
E os sinais40 clínicos da hipoglicemia45 são: fome intensa, sudorese46, tremor, agitação, irritabilidade, cefaleias47, distúrbios do sono, depressão do humor e distúrbios neurológicos transitórios (ex.: alterações da fala, visão48 e sensação de paralisia49).
Em situações excepcionais de estresse (por exemplo, traumas, cirurgias, infecções50 febris), o controle da glicemia10 pode não ser adequado e a substituição temporária por insulina8 pode ser necessária para manter um bom controle metabólico.
As pessoas alérgicas a outros derivados de sulfonamidas também podem desenvolver uma reação alérgica51 à glibenclamida.
PRECAUÇÕES
Para atingir o objetivo do tratamento com Glionil, isto é, controle adequado da glicemia10 plasmática, a aderência à dieta, a prática de exercícios físicos regulares e suficientes e, se necessário, a redução de peso, são tão necessários quanto à administração regular de Glionil.
Durante o tratamento com Glionil os níveis de glicose5 no sangue28 e na urina29 devem ser medidos regularmente. Além disso, recomenda-se a realização de determinações regulares da proporção de hemoglobina glicada52.
O monitoramento dos níveis de glicose5 no plasma53, e urina29 também auxiliam na detecção de falha terapêutica54, tanto primária quanto secundária.
De acordo com as diretrizes atuais (por exemplo, o consenso europeu para Diabetes mellitus3 não insulino dependente NIDDM), o monitoramento de alguns outros parâmetros também é recomendado.
Quando iniciar o tratamento, o paciente deve ser informado quanto aos efeitos e aos riscos de Glionil e quanto às interações com a dieta e exercícios físicos; deve-se ressaltar a importância da cooperação adequada por parte do paciente.
Assim como com qualquer outro medicamento redutor de glicose5 no sangue28, é necessário que o paciente e o médico estejam cientes do risco de hipoglicemia45.
Os fatores que favorecem a hipoglicemia45 incluem:
- relutância (mais comumente em paciente idosos) ou incapacidade do paciente cooperar;
- subnutrição, horários irregulares das refeições ou refeições perdidas;
- desequilíbrio entre esforço físico e ingestão de carboidratos;
- alterações na dieta;
- disfunção renal36;
- disfunção hepática22 grave;
- superdosagem com Glionil;
- distúrbios descompensados do sistema endócrino55 afetando o metabolismo24 dos carboidratos e da contrarregulação da hipoglicemia45 (como por exemplo, em certos distúrbios da função tireoidiana e insuficiência56 na pituitária anterior ou adrenocortical);
- uso concomitante com outros medicamentos (vide “Interações Medicamentosas”);
- tratamento com Glionil na ausência de qualquer indicação.
O paciente deve informar seu médico sobre os fatores citados acima e sobre episódios de hipoglicemia45, uma vez que eles podem indicar a necessidade de um monitoramento cuidadoso.
Se tais fatores de risco de hipoglicemia45 estiverem presentes, pode ser necessário uma alteração na dosagem de Glionil ou do tratamento completo. Isto também se aplica em casos de surgimento de doença durante o tratamento ou toda vez que o estilo de vida do paciente mudar.
Os pacientes idosos são particularmente susceptíveis à ação hipoglicêmica de medicamentos redutores de glicose5. Pode ser difícil reconhecer hipoglicemia45 em idosos. As doses iniciais e de manutenção devem ser conservadoras para evitar reações de hipoglicemia45.
Estes sintomas57 de hipoglicemia45, que refletem a contrarregulação adrenérgica corpórea (vide “Reações Adversas”), podem ser mais leves ou ausentes quando a hipoglicemia45 se desenvolve gradualmente, quando há neuropatia autonômica58 ou quando o paciente está recebendo tratamento concomitante com betabloqueadores, clonidina, reserpina, guanitidina ou outros medicamentos simpatolíticos.
A hipoglicemia45 quase sempre pode ser rapidamente corrigida através da ingestão imediata de carboidratos (glicose5 ou açúcar59 tais como açúcar59 puro, suco de frutas ou chá adoçados com açúcar59). Para esta finalidade os pacientes devem sempre levar consigo um mínimo de 20 g de glicose5. Eles podem necessitar de auxílio de outras pessoas para evitar complicações.
Os adoçantes artificiais não são eficazes no controle da glicemia10.
Apesar das medidas de controle terem sucesso inicialmente, a hipoglicemia45 pode ocorrer novamente. Os pacientes devem, portanto, permanecer sob constante observação.
A hipoglicemia45 severa ou episódios prolongados, os quais somente podem ser temporariamente controlados utilizando açúcar59, requerem tratamento imediato e acompanhamento médico e, em alguns casos, cuidados hospitalares.
Se outras doenças surgirem durante o tratamento com Glionil, o médico que está orientando o tratamento deve ser imediatamente informado.
Se tratado por outro médico (por exemplo, internações hospitalares após acidente, doença em um feriado), o paciente deve informá-lo que é diabético e qual é o seu tratamento.
O tratamento dos pacientes com deficiência de G6PD (glicose5-6-fosfato-desidrogenase) com sulfoniluréias17 pode levar à anemia hemolítica60. Uma vez que a glibenclamida pertence à classe das sulfoniluréias17, deve-se ter cautela em pacientes com deficiência de G6PD, e deve ser considerada, a utilização de um agente alternativo não-sulfoniluréia.
Gravidez37 e Lactação61
Glionil não deve ser administrado durante a gravidez37 (vide “Contraindicações”). O tratamento com Glionil deverá ser substituído por insulina8 durante a gravidez37. As pacientes que planejam engravidar devem informar ao seu médico. Recomenda-se que para estas pacientes, o tratamento seja substituído por insulina8.
Para prevenir uma possível ingestão através do leite materno, Glionil não deve ser administrado durante a lactação61. Se necessário, o tratamento com Glionil deverá ser substituído por insulina8, ou deverá interromper a amamentação62.
População Especial
Pacientes idosos: A hipoglicemia45 ocorre com maior frequência em pacientes idosos que usam glibenclamida. Recomenda- se o uso de doses conservadoras em pacientes idosos para evitar hipoglicemia45.
Outros grupos de risco: Glionil não deve ser utilizado por pacientes com disfunção renal36 e/ou hepática22 graves.
Efeitos na habilidade de dirigir e usar máquinas
O tratamento de diabetes4 com Glionil requer monitoramento constante. O estado de alerta e o tempo de reação podem ser prejudicados por episódios de hipo ou hiperglicemia41 especialmente no início ou após alteração no tratamento ou quando Glionil não é ingerido regularmente. Isto pode, por exemplo, afetar a habilidade de dirigir ou operar máquinas.
Dados de Segurança Pré-clínicos
Toxicidade63 Aguda: Segue abaixo a LD50 por administração oral:
Camundongo | > 15g/kg de peso corpóreo |
Rato | > 15g/kg de peso corpóreo |
Porquinho da Índia | > 15g/kg de peso corpóreo |
Coelho | > 10g/kg de peso corpóreo |
Cachorro | > 10g/kg de peso corpóreo |
A LD50 para injeção64 intraperitoneal: Rato 6,3 a 8,4g/kg de peso corpóreo
Toxicidade63 Crônica: Doses orais diárias de 11 mg/kg de peso corpóreo (200ppm) em ratos e 20 mg/kg de peso corpóreo por 18 meses em cachorros foram toleradas sem sinal65 de toxicidade63.
Carcinogênese: Um estudo de oncogenicidade em camundongos administrando doses iguais ou inferiores a 3000 mg/kg de peso corpóreo, diariamente por 2 anos não demonstrou promoção ou indução de carcinogenicidade.
Mutagênese: Um estudo de mutagenicidade em teste de Salmonela/microssoma (teste de Ames) não indicou mutagenicidade. Isto é confirmado através de várias investigações adicionais de mutagenicidade descritas na literatura.
Teratogênese66: Os estudos de teratogenicidade em ratos e coelhos não apresentaram indicação de qualquer efeito teratogênico67 da glibenclamida. Entretanto, após doses muito elevadas (cem vezes a dose terapêutica54 diária máxima) administradas na fase de organogênese, foram observadas lesões68 embriotóxicas (malformações69 do olho70). Tais lesões68 podem ser interpretadas como consequência da redução excessiva da glicemia10 plasmática e também podem ser causadas por hipoglicemia45 induzida pela insulina8.
Após administração de doses muito elevadas de glibenclamida em ratas durante a gestação e lactação61, foram descritas deformações dos ossos longos71 dos membros da prole. Estes resultados são considerados como sendo efeitos peri- e/ou pós-natal.
Quando doses excessivas são administradas em coelhas, morte fetal intrauterina foi mais frequente do que nos controles e ocorreram abortos. Existem resultados contraditórios com relação à incidência72 aumentada de óbito73 embriofetal intrauterino após administração de doses extremamente altas em ratas e camundongos fêmeas.
Foram observadas malformações69 em crianças de mulheres tratadas com glibenclamida durante a gravidez37. Uma relação causal com a glibenclamida não pode ser excluída. Neste contexto, é importante apontar que um aumento na incidência72 de malformações69 é conhecido em mulheres com controle insatisfatório do diabetes4, independente do tipo de tratamento.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
O uso concomitante de Glionil com outros fármacos pode levar à atenuação ou aumento indesejado de sua ação hipoglicemiante18. Por esta razão, outros fármacos não devem ser usados sem o conhecimento do médico.
Associações não recomendadas
bosentana: observou-se um aumento na incidência72 de elevação das enzimas hepáticas74 em pacientes recebendo glibenclamida concomitantemente com bosentana. Tanto a glibenclamida quanto a bosentana inibem a bomba de liberação de sal biliar, levando a um acúmulo intracelular de sais biliares citotóxicos75. Portanto, esta associação não deve ser utilizada (vide “Advertência e Precauções”).
Interações que devem ser consideradas
Os pacientes que fazem uso de alguns medicamentos ou param de usá-los durante o tratamento com Glionil podem apresentar alterações no controle da glicemia10.
A glibenclamida é metabolizada principalmente pelo CYP 2C9 e em menor extensão pelo CYP 3A4. Isto deve ser levado em consideração quando a glibenclamida é coadministrada com indutores ou inibidores do CYP 2C9.
Potencialização do efeito hipoglicemiante18 de Glionil, em alguns casos hipoglicemia45, pode ocorrer quando se usa os seguintes medicamentos: insulina8 e outros hipoglicemiantes orais76, inibidores da ECA, esteróides anabolizantes e hormônios sexuais masculinos, cloranfenicol, derivados cumarínicos, ciclofosfamida, disopiramida, fenfluramina, feniramidol, fibratos, fluoxetina, ifosfamidas, inibidores da MAO77, miconazol, ácido paramino-salicílico, pentoxifilina (uso parenteral em altas doses), fenilbutazona, azapropazone, oxifembutazona, probenicida, quinolonas; salicilatos, sulfimpirazona, sulfonamidas, agentes simpatolíticos tais como beta-bloqueadores, e guanetidina, claritromicina, tetraciclina, tritoqualina e trofosfamida.
A atenuação do efeito hipoglicemiante18 de Glionil e consequente elevação do nível de glicose5 podem ocorrer quando há o uso concomitante dos seguintes medicamentos: acetazolamida, barbitúricos, corticosteroides, diazóxido, diuréticos78, epinefrina (adrenalina79), e outras medicações simpaticomiméticas, glucagon80, laxativos81 (após uso prolongado), ácido nicotínico (em altas doses), estrogênio e progestágenos, fenotiazínicos, fenitoína, hormônios tireoidianos e rifampicina.
Pode ocorrer potencialização ou redução de efeito de Glionil em pacientes fazendo uso concomitante de antagonistas do receptor H2, clonidina e reserpina.
Sob a influência de drogas simpatolíticas, tais como beta-bloqueadores, clonidina, guanetidina e reserpina, os sinais40 da contrarregulação adrenérgica da hipoglicemia45 podem ser reduzidos ou tornarem-se ausentes.
O uso de Glionil pode potencializar ou diminuir os efeitos dos derivados cumarínicos.
Glionil pode elevar a concentração plasmática da ciclosporina e potencialmente levar a um aumento da sua toxicidade63. Portanto, recomenda-se o monitoramento e um ajuste na dose da ciclosporina quando estes medicamentos forem coadministrados.
O colesevelam se liga à glibenclamida e reduz a absorção da glibenclamida no trato gastrintestinal. Não foi observada interação quando a glibenclamida é administrada pelo menos 4 horas antes do colesevelam. Portanto, a glibenclamida deve ser administrada pelo menos 4 horas antes da administração do colesevelam.
Álcool: a ingestão aguda ou crônica de bebidas alcoólicas pode atenuar ou aumentar a ação hipoglicemiante18 de Glionil de maneira imprevisível.
Alimentos: até o momento não há dados disponíveis sobre a interferência de alimentos na ação de Glionil.
Testes laboratoriais: não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de Glionil em testes laboratoriais.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO
Cuidados de conservação
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.
Prazo de validade: 24 meses
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Glionil apresenta-se como comprimido circular, semiabaulado, sulcado e branco.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
A princípio, a dose de Glionil é determinada pelo nível de glicemia10 desejado. A dosagem de glibenclamida deve ser a menor dose eficaz possível. O tratamento com Glionil deve ser iniciado e monitorado pelo médico. O paciente deve tomar Glionil nos horários e doses prescritos pelo médico. Erros de ingestão, como por exemplo, esquecimento de uma dose, nunca poderá ser compensado tomando-se uma dose maior mais tarde. Medidas para lidar com estes erros (em especial, caso esquecer uma dose ou ignorar uma refeição) ou no caso, uma dose não pode ser ingerida no tempo prescrito, deve ser discutido e acordado antecipadamente entre médico e paciente.
Glionil deve ser administrado por via oral, inteiro, sem mastigar, com quantidade suficiente de líquido.
Dose Inicial e Titulação da Dose
Dose inicial usual: ½ a 1 comprimido de Glionil 5 mg uma vez ao dia.
Recomenda-se que o tratamento seja iniciado com a menor dose eficaz possível. Isto se aplica particularmente aos pacientes que apresentam uma tendência a hipoglicemia45 (vide “Advertências e Precauções”) ou que pesam menos que 50 kg.
Se necessário, a dose diária pode ser aumentada gradativamente, isto é, em incrementos de no máximo ½ comprimido de Glionil 5 mg em intervalos de uma a duas semanas, e que este aumento seja guiado através do monitoramento da glicemia10 plasmática.
Variação de dose em pacientes com diabetes4 bem controlada; doses máximas
Dose única usual: ½ a 2 comprimidos de Glionil 5 mg. Uma dose única de 2 comprimidos de Glionil 5 mg não deve ser excedida. Doses maiores devem ser divididas em no mínimo duas doses.
Dose diária usual: 1 ou 2 comprimidos. Exceder a dose diária total de 3 comprimidos não é recomendado, uma vez que doses diárias maiores, de até 4 comprimidos de Glionil 5 mg, são mais eficazes apenas em casos excepcionais.
Distribuição das doses
As doses e os horários devem ser decididos pelo médico levando-se em consideração o estilo de vida do paciente.
Normalmente uma dose única diária de Glionil é suficiente.
É recomendado que doses diárias de até 2 comprimidos de Glionil 5 mg sejam administradas antes do desjejum (café da manhã) substancial ou antes da primeira refeição principal, e qualquer porção remanescente da dose diária total seja administrada antes do jantar. É muito importante não pular as refeições depois de ter tomado um comprimido.
Dose em adultos jovens com Diabetes mellitus3 tipo 2
A dose é basicamente a mesma que para os adultos mais velhos.
Ajuste de dose secundário
Como a melhora do controle do diabetes4 é, por si própria, associada a uma maior sensibilidade à insulina8, as necessidades de glibenclamida podem diminuir com a evolução do tratamento. Para evitar hipoglicemia45, reduções momentâneas ou a suspensão do tratamento com Glionil devem ser consideradas. Correções de dosagem devem ser também consideradas sempre que:
- o peso do paciente se altera;
- o estilo de vida do paciente se altera;
- surgem outros fatores os quais causam aumento da susceptibilidade82 a hipo ou hiperglicemia41 (vide “Advertências e Precauções”).
Duração do tratamento
O tratamento com Glionil é normalmente de longo prazo.
Substituição de outro hipoglicemiante18 oral por Glionil
Não existe nenhuma relação de dose entre Glionil e outros hipoglicemiantes orais76. Quando houver a substituição por Glionil, recomenda-se que seja adotado o mesmo procedimento utilizado para dose inicial, iniciando com doses diárias de ½ a 1 comprimido de Glionil 5 mg. Este procedimento se aplica até mesmo nos casos onde o paciente está trocando uma dose máxima de outro hipoglicemiante18 oral por Glionil.
Deve-se considerar a potência e a duração da ação do agente hipoglicemiante18 previamente utilizado. Um intervalo na medicação pode ser necessário para evitar qualquer potencialização de efeitos, implicando em risco de hipoglicemia45.
A dosagem é prescrita através dos resultados de exames laboratoriais (doseamento de glicose5 no sangue28 e na urina29).
Risco de uso por via de administração não recomendada
Não há estudos dos efeitos de Glionil administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.
Este medicamento não deve ser mastigado.
Os comprimidos de Glionil devem ser engolidos sem mastigar com uma quantidade suficiente de líquido, como por exemplo, metade de um copo.
REAÇÕES ADVERSAS
As frequências das reações adversas estão listadas a seguir de acordo com a seguinte convenção:
Categoria |
Frequência |
Muito comum |
≥ 10% |
Comum |
≥ 1% e < 10% |
Incomum |
≥ 0,1% e < 1% |
Raro |
≥ 0,01% e < 0,1% |
Muito raro |
< 0,01% |
Desconhecida |
Não pode ser estimada pelos dados disponíveis |
Distúrbios de Metabolismo24 e Nutrição83
Hipoglicemia45 (reação muito comum), às vezes prolongada e até mesmo com risco de vida, pode ocorrer como resultado da ação redutora da glicose sanguínea84 de Glionil. Isto ocorre quando existe um desequilíbrio entre a dose de Glionil, ingestão de carboidratos (dieta), realização de exercício físico e outros fatores que interfiram no metabolismo24.
Os possíveis sintomas57 de hipoglicemia45 incluem: dor de cabeça85, fome exagerada, náusea86, vômito87, cansaço, fadiga88, distúrbios do sono, inquietação, agressividade, incapacidade de concentração, vigilância e reação, depressão, confusão, distúrbios de fala, afasia89, distúrbios visuais, tremor, paresia90, distúrbios sensoriais, tontura91, desamparo, perda do autocontrole, delírio92, convulsões cerebrais, sonolência e perda de consciência incluindo coma35, respiração superficial e bradicardia93.
Além disso, podem estar presentes sinais40 de contrarregulação adrenérgica, tais como sudorese46, pele44 pegajosa, ansiedade, taquicardia94, hipertensão95, palpitações96, angina97 pectoris e arritmias98 cardíacas.
O quadro clínico de um ataque hipoglicêmico severo (reação muito comum), pode assemelhar-se ao de um derrame99.
Os sintomas57 de hipoglicemia45 quase sempre diminuem quando a hipoglicemia45 é corrigida. Em casos isolados, a concentração sérica de sódio pode diminuir (frequência desconhecida).
Distúrbios Visuais
Especialmente no início do tratamento podem ocorrer distúrbios visuais temporários (frequências desconhecidas) devido à alteração dos níveis de glicose sanguínea84. A causa é uma alteração temporária na turgidez e, portanto, do índice refrativo das lentes, o qual é dependente da glicemia10.
Distúrbios Gastrintestinais
Podem ocorrer sintomas57 gastrintestinais tais como: dor abdominal (reação comum), vômitos100 (frequência desconhecida), diarreias (reação comum), náuseas101 (reação comum) e distensão abdominal (reação incomum). Entretanto, apesar da manutenção do tratamento, estes sintomas57 frequentemente diminuem e normalmente não há necessidade de descontinuar o tratamento com Glionil.
Distúrbios Hepatobiliares102
Pode haver hepatite103 (frequência desconhecida), elevação do nível das enzimas hepáticas74 (frequência desconhecida) e/ou colestase104 e icterícia105 (frequências desconhecidas), as quais podem regredir depois da suspensão de Glionil, embora possam levar a risco de vida por insuficiência hepática106 (frequência desconhecida).
Distúrbios Hematológicos e no Sistema Linfático107
Podem ocorrer alterações hematológicas potencialmente graves. Elas podem incluir casos de trombocitopenia108 leve a severa, apresentando como púrpura109, pancitopenia110 (devido a mielossupressão), agranulocitose111, leucopenia112, eritrocitopenia, granulocitopenia, e anemia hemolítica60 (todas as reações descritas são de frequências desconhecidas). A princípio, estas reações são reversíveis com a suspensão do tratamento com Glionil.
Distúrbios do Sistema Imunológico113
Podem ocorrer reações de hipersensibilidade, reações alérgicas ou pseudoalérgicas (frequência desconhecidas); podem ser diretamente devido à glibenclamida, mas também podem ser desencadeadas pelos excipientes. A alergia114 aos derivados de sulfonamida também pode ser responsável por reações alérgicas à glibenclamida. Reações leves na forma de urticária115 (frequência desconhecida) podem evoluir para reações graves que implicam em risco de vida com dispneia116 e queda da pressão arterial117, algumas vezes evoluindo para choque118 (frequência desconhecida). Em casos de urticária115, o médico deverá ser imediatamente notificado.
Distúrbios da Pele e Tecido Subcutâneo119
Foram observados, prurido120 (frequência desconhecida), erupções cutâneas121 (reação comum), reações bolhosas (frequência desconhecida), eritema multiforme122 (frequência desconhecida), dermatite123 esfoliativa (frequência desconhecida). Pode ocorrer hipersensibilidade da pele44 à luz (frequência desconhecida). Em casos isolados pode surgir vasculite124 alérgica (frequência desconhecida) e, em algumas circunstâncias, pode implicar em risco de vida.
Investigações
A glibenclamida, como todas as sulfoniluréias17, pode causar ganho de peso (reação comum).
Se estas reações ocorrerem, o médico deve decidir se a terapia com Glionil deve ser descontinuada ou não.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Sintomas57
A superdose aguda, bem como o tratamento com elevadas doses de glibenclamida a longo prazo podem levar a hipoglicemia45 severa prolongada, com risco de vida.
Tratamento
Tão logo a superdose de Glionil seja identificada, o médico deverá ser notificado imediatamente e o paciente deve ingerir açúcar59 imediatamente, se possível na forma de glicose5, a menos que o médico já tenha assumido o tratamento desta superdose.
Um monitoramento cuidadoso é essencial e deve ser dispensado ao paciente até que o médico considere que o paciente esteja fora de perigo. É importante lembrar que os sinais40 clínicos da hipoglicemia45 podem ocorrer novamente após sinais40 de uma recuperação inicial.
Algumas vezes, pode ser necessária a internação hospitalar, mesmo por medida de precaução. Em particular, superdoses significativas e reações severas com sintomas57 como perda de consciência ou outros distúrbios neurológicos sérios são emergências médicas e requerem tratamento e internação imediatos.
Se o paciente estiver inconsciente, indica-se uma injeção64 intravenosa de solução de glicose5 concentrada (por exemplo, para adultos, iniciar com 40 mL de solução a 20 %). Alternativamente em adultos, a administração de glucagon80, por exemplo, em doses de 0,5 a 1,0 mg IV, SC ou IM, pode ser considerada.
Em particular quando houver o tratamento de hipoglicemia45 em bebês125 e crianças pequenas, a dose de glicose5 administrada deve ser cuidadosamente ajustada em vista da possibilidade de produzir uma hiperglicemia41 perigosa, e esta administração deve ser controlada através do monitoramento cuidadoso da glicemia10.
Os pacientes que ingeriram uma quantidade de Glionil que possam implicar em risco de vida, requerem atendimento médico de urgência126 para desintoxicação (por exemplo, lavagem gástrica127 e o uso de carvão ativado).
Após a conclusão da reposição aguda de glicose5, geralmente é necessária a administração de infusão de concentrações mínimas de glicose5 intravenosa, para evitar a recorrência128 de hipoglicemia45. Os níveis glicêmicos do paciente devem ser cuidadosamente monitorados por no mínimo 24 horas. Em casos severos com curso prolongado, a hipoglicemia45 ou a recaída da hipoglicemia45 pode persistir por vários dias.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
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