

Diasec (Bula do profissional de saúde)
SANDOZ DO BRASIL INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Diasec
cloridrato de loperamida
Comprimido 2 mg
Medicamento similar equivalente ao medicamento de referência.
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido simples
Embalagem contendo 12 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de Diasec 2 mg contém:
cloridrato de loperamida | 2 mg |
excipientes q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: lactose1 monoidratada, fosfato de cálcio dibásico di-hidratado, amido, amidoglicolato de sódio, dióxido de silício, estearato de magnésio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSINAIS DE SAÚDE2
INDICAÇÕES
Diasec (cloridrato de loperamida) está indicado no tratamento sintomático3 de:
- diarreia4 aguda inespecífica, sem caráter infeccioso;
- diarreias crônicas espoliativas, associadas a doenças inflamatórias como Doença de Crohn5 e retocolite ulcerativa;
- nas ileostomias e colostomias com excessiva perda de água e eletrólitos6.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Diarreia4 aguda
A eficácia de 2 mg de loperamida em cápsulas para o tratamento de diarreia4 aguda foi estabelecida em 2 estudos clínicos randomizados, duplo-cegos, controlados por placebo7 (N=376, pacientes com idade entre 9 e 85 anos), sendo que em um deles também foi incluído outro grupo controlado por ativo (difenoxilato e clioquinol + fanquinona).1,2 Uma dose única de 4 mg de loperamida (duas cápsulas de 2 mg) aumentou significativamente o tempo entre a administração da dose e a primeira ocorrência de fezes não uniformes e propiciou a uma menor recorrência8 de fezes não uniformes ao final de 24 horas de estudo quando comparado com placebo7 (uma diferença significativa a favor da loperamida foi observada assim que completada 1 hora após a administração em 1 estudo).1,2 A loperamida também demonstrou reduzir a necessidade de tratamento antidiarreico adicional com difenoxilato quando comparado com placebo7.2 Em dois estudos clínicos adicionais, randomizados, controlados (N= 670, pacientes com idade 16 entre 75 anos), loperamida (até 16 mg ao dia) foi comparada com placebo7 e óxido de loperamida. Em ambos estudos, o tempo médio para completo alívio da diarreia4 foi significativamente (p ≤ 0,007) mais curto com a loperamida (27,00 e 17,30 horas) quando comparadas com placebo7 (45,15 e 37,00 horas). Os benefícios da loperamida versus placebo7 foram evidentes nas primeiras duas horas após o início do tratamento.3,4
A eficácia da loperamida também foi estabelecida em estudos clínicos controlados por outros medicamentos antidiarreicos. Em dois estudos clínicos randomizados, duplo-cego, comparando cápsulas de loperamida de 2 mg (até 16 mg ou 20 mg/dia) e o tratamento com difenoxilato durante um período de 72 horas (N=954, com idade entre 10 e 99 anos), a loperamida levou a uma melhora significativa no controle da diarreia4 durante todo o período do estudo em doses significativamente reduzidas. O tempo para início da ação antidiarreica foi menor para loperamida quando comparada com difenoxilato.5,6 Em dois estudos clínicos randomizados, controlados, abertos comparando loperamida líquida (0,2 mg/mL) com salicilato de bismuto monobásico (N=203) ou atapulgite (N=194) em adultos com idade ≥ 18 anos com diarreia4 aguda, a loperamida reduziu significativamente o número médio de fezes não uniformes nas primeiras 12 horas após o tratamento quando comparado com cada medicamento controle. Além disso, a loperamida reduziu o tempo para a última evacuação com fezes não uniformes quando comparada com cada medicamento controle (estatisticamente significativo versus salicilato de bismuto monobásico isolado).7,8
Diarreia4 crônica
Em um estudo clínico randomizado9, duplo-cego, controlado por placebo7 avaliou-se a eficácia de comprimidos de loperamida de 2 mg com 40 pacientes (38 completaram o tratamento) com diarreia4 crônica inespecífica. Após uma semana de tratamento, pacientes tratados com loperamida tiveram significativamente mais respostas satisfatórias (definidas como ≤ 2 evacuações ao dia) quando comparada com pacientes tratados com placebo7 (p<0,001).9
Três estudos clínicos randomizados, duplo-cego, cruzados (N=85) demonstrou que cápsulas de loperamida de 2 mg (até 10 a 16 mg/dia) são mais efetivas que difenoxilato (mais sulfato de atropina) no controle de diarreia4 crônica com causas variadas, incluindo após ressecção intestinal. A duração de cada tratamento variou de 25 dias a 49 dias. A loperamida foi significativamente melhor na redução do número de evacuações ao dia e/ou melhorou a consistência fecal quando comparada com difenoxilato10, 11, 12. Em dois desses estudos, os benefícios da loperamida foram observados em doses menores quando comparada com difenoxilato10,12.
Ileostomias
Em um estudo clínico randomizado9, duplo-cego, controlado por placebo7, cruzado, com 20 pacientes com ileostomias, tratados com 2 mg de loperamida para 7 dias (4 cápsulas para os primeiros 4 dias e um aumento de 6 cápsulas ao dia nos 3 dias finais, se necessário) significativamente reduziu a produção de fezes quando comparada com placebo7 (p<0,001).13
Em um estudo clínico randomizado9, duplo-cego, as cápsulas de loperamida (4 mg, três vezes ao dia) foram tão efetivas quanto o fosfato de codeína, levando a uma redução significativa na produção de fecal diária e na composição de água, com menores efeitos adversos e em uma perda diária de sódio, potássio e cloreto reduzidas.14
Referências bibliográficas
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- DuPont HL, Flores Sanchez J, Ericsson CD, et al. Comparative efficacy of loperamide hydrochloride and bismuth subsalicylate in the management of acute diarrhea. Am J Med, 1990;88(6A):15S-19S.
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- Palmer KR, Corbett CL, Holdsworth CD. Double-blind cross-over study comparing loperamide, codeine and diphenoxylate in the treatment of chronic diarrhea. Gastroenterology, 1980;79(6):1272–1275.
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- Tytgat GN, Huibregtse K. Loperamide and ileostomy output-placebo–controlled double-blind crossover study. Br Med J, 1975;2(5972):667.
- King RF, Norton T, Hill GL. A double-blind crossover study of the effect of loperamide hydrochloride and codeine phosphate on ileostomy output. Aust N Z J Surg, 1982;52(2):121–124.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
O Diasec é um antidiarreico sintético de uso oral, cujo componente ativo, o cloridrato de loperamida, tem a seguinte fórmula química: cloridrato de 4(p-clorofenil)-4 hidroxi-N.N-dimetil-alfa, alfa-difenil-1-piperidina-butiramida.
Estudos clínicos têm demonstrado que o início da ação da loperamida no controle da diarreia4 aguda ocorre dentro das primeiras 1 a 2 horas seguidas da primeira dose.
Propriedades farmacodinâmicas
Mecanismo de ação: A loperamida se liga ao receptor opiáceo da parede do intestino. Consequentemente, inibe a liberação de acetilcolina10 e prostaglandinas11, reduzindo os movimentos peristálticos12 propulsivos e aumentando o tempo de trânsito intestinal. A loperamida aumenta o tônus do esfíncter anal13, reduzindo a sensação de urgência14 e incontinência fecal15.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção: A maioria da loperamida ingerida é absorvida do intestino, entretanto, como um resultado de metabolismo16 de primeira passagem significativo, a biodisponibilidade sistêmica é somente de aproximadamente 0,3%.
Distribuição: Estudos de distribuição em ratos demonstraram alta afinidade pela parede intestinal, com uma preferência a se ligar aos receptores da camada do músculo longitudinal. A loperamida ligada às proteínas17 plasmáticas é de 95%, principalmente a albumina18. Dados de estudos não clínicos demonstraram que a loperamida é um substrato da glicoproteína-P.
Metabolismo16: A loperamida é quase completamente extraída pelo fígado19, onde é predominantemente metabolizada, conjugada e excretada pela bile20. A N-desmetilação oxidativa é a principal via metabólica para a loperamida e é mediada principalmente pela CYP 3A4 e CYP 2C8. Devido aos efeitos intensos de primeira passagem, as concentrações plasmáticas do ativo inalterado permanecem extremamente baixas.
Eliminação: A meia-vida da loperamida em homens é de aproximadamente 11 horas, com uma faixa de variação de 9 a 14 horas. A excreção da loperamida inalterada e de seus metabólitos21 ocorre principalmente pelas fezes.
Dados pré-clínicos
Estudos de toxicidade22 crônica de dose repetida da loperamida por até 12 meses no cão e 18 meses no rato não mostraram qualquer efeito tóxico além de alguma redução no ganho de peso corpóreo e no consumo de alimentos em doses diária de até 5 mg/kg/dia (8 vezes o Nível Máximo de Uso em Humanos (NMUH. 16 mg/50kg/dia) e 40 mg/kg/dia (20 vezes o NMUH), respectivamente, com base em comparações de dose/área de superfície corporal (mg/m2). Nestes estudos, os Níveis de Efeito Não Tóxico (NENT) foram 0,3 mg/kg/dia (0,5 vezes o NMUH) e 2,5 mg/kg/dia (1,3 vezes o NMUH) em cães e ratos, respectivamente.
Dentro da sua variação de concentração terapeuticamente relevante e em múltiplos significativos desta variação (até 47 vezes), a loperamida não apresentou efeitos eletrofisiológicos cardíacos significativos. No entanto, em concentrações extremamente elevadas, associadas a superdose intencional (vide “Advertências e Precauções”), a loperamida apresentou ações cardíacas eletrofisiológicas com inibição do potássio (hERG) e correntes de sódio, e arritmias23 in vitro e em modelos animais in vivo.
Carcinogenicidade e mutagenicidade
Os resultados de estudos in vivo e in vitro realizados indicaram que a loperamida não é genotóxica. Nenhum potencial carcinogênico foi identificado.
Em estudos da reprodução24 onde ratas grávidas foram tratadas durante a gestação e/ou lactação25, doses muito altas de loperamida (40 mg/kg/dia – 20 vezes o NMUH) resultaram em toxicidade22 materna, comprometimento da fertilidade e redução da sobrevida26 dos fetos/filhotes. Doses menores que NOAEL (? 10 mg/kg – 5 vezes o NMUH) não tiveram efeito na saúde2 materna ou fetal e não afetaram o desenvolvimento perinatal e pós-natal.
Os efeitos pré-clínicos foram observados apenas em exposições consideradas suficientemente acima da exposição máxima em humanos, indicando pequena relevância para o uso clínico.
CONTRAINDICAÇÕES
O Diasec (cloridrato de loperamida) é exclusivamente para uso adulto. Não deve, portanto, ser utilizado por crianças, especialmente as menores de dois anos de idade.
Este medicamento é contraindicado na diarreia4 aguda ou persistente da criança.
O Diasec (cloridrato de loperamida) é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida ao cloridrato de loperamida ou a qualquer um dos excipientes.
O Diasec (cloridrato de loperamida) não deve ser utilizado como tratamento de primeira escolha em pacientes:
- com disenteria aguda caracterizada por sangue27 nas fezes e febre28 alta;
- com colite29 ulcerativa aguda;
- com enterocolite bacteriana causada por agentes invasores incluindo Salmonella, Shigella e Campylobacter;
- com colite29 pseudomembranosa associada ao uso de antibióticos de amplo espectro.
Em geral, Diasec (cloridrato de loperamida) não deve ser utilizado quando a inibição do peristaltismo30 deve ser evitada devido ao risco potencial de sequelas31 significativas incluindo íleo32, megacolo e megacolo tóxico. Diasec (cloridrato de loperamida) deve ser suspenso rapidamente quando ocorrer constipação33, distensão abdominal ou íleo32.
O Diasec (cloridrato de loperamida) está contraindicado no caso de dor abdominal com ausência de diarreia4.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
O tratamento da diarreia4 com Diasec (cloridrato de loperamida) é apenas sintomático3. Sempre que uma etiologia34 de base puder ser determinada, um tratamento específico deve ser instituído quando apropriado.
Em pacientes com diarréia4, especialmente em crianças, pode ocorrer depleção35 de fluidos e eletrólitos6. Nesses casos, a administração da terapia adequada de substituição de fluidos e eletrólitos6 é a medida mais importante. O Diasec (cloridrato de loperamida) não deve ser administrado a crianças com idade entre 2 e 6 anos sem prescrição e supervisão médica.
Na diarreia4 aguda, caso não se obtenha melhora dentro de 48 horas, deve-se suspender a administração de Diasec (cloridrato de loperamida) e procurar atendimento e orientação médica.
Em pacientes com AIDS tratados com Diasec (cloridrato de loperamida) para diarreia4, ao primeiro sinal36 de distensão abdominal, a terapia deve ser interrompida. Têm ocorrido relatos isolados de obstipação37 com risco aumentado de megacolo tóxico em pacientes com AIDS e colite29 infecciosa viral ou bacteriana tratados com cloridrato de loperamida. Embora não existam dados farmacocinéticos disponíveis em pacientes com insuficiência hepática38, Diasec (cloridrato de loperamida) deve ser utilizado com precaução nestes pacientes devido a redução do metabolismo16 de primeira passagem. Pacientes com disfunção hepática39 devem ser monitorados para sinais40 de toxicidade22 do sistema nervoso central41 (SNC42).
Foram descritos abuso e má utilização da loperamida, como substituta de opiáceo, em indivíduos com dependência à opiáceos (vide “Superdose”).
Gravidez43 e Lactação25
O Diasec (cloridrato de loperamida) deve ser evitado durante a gravidez43, principalmente no primeiro trimestre, apesar de efeitos teratogênicos44 e embriotóxicos não terem sido observados em animais, mesmo com doses comparáveis a 30 vezes a dose terapêutica45 em humanos. Assim, os benefícios do seu uso devem ser pesados contra os riscos potenciais.
Lactação25: Pequenas quantidades de loperamida podem aparecer no leite humano. Portanto, recomenda-se que Diasec (cloridrato de loperamida) não seja utilizado durante a amamentação46.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião dentista.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Cansaço, tontura47 ou sonolência podem ocorrer no conjunto das síndromes diarreicas tratadas com Diasec (cloridrato de loperamida).
Portanto, recomenda-se ter cautela ao dirigir um carro ou operar máquinas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Dados não-clínicos mostraram que a loperamida é um substrato da glicoproteína-P. A administração concomitante de loperamida (dose única de 16 mg) com quinidina ou ritonavir, ambos inibidores da glicoproteína-P, resultou em um aumento de 2 a 3 vezes nos níveis plasmáticos da loperamida. A relevância clínica desta interação farmacocinética com os inibidores da glicoproteína-P, quando a loperamida é utilizada nas doses recomendadas, é desconhecida.
A administração concomitante da loperamida (dose única de 4 mg) e itraconazol, um inibidor da CYP3A4 e glicoproteína-P, resultou em aumento de 3 a 4 vezes nos níveis plasmáticos da loperamida. No mesmo estudo, a genfibrozila, um inibidor de CYP2C8, aumentou a loperamida em aproximadamente 2 vezes. A combinação de itraconazol e genfibrozila resultou em um aumento nos níveis de pico plasmático da loperamida de 4 vezes e um aumento na exposição total plasmática de 13 vezes. Estes aumentos não foram associados aos efeitos no sistema nervoso central41 (SNC42) conforme medido pelos testes psicomotores (isto é, sonolência subjetiva e teste de substituição de símbolos por dígitos).
A administração concomitante de loperamida (dose única de 16 mg) e cetoconazol, um inibidor de CYP3A4 e glicoproteína-P, resultou em um aumento de 5 vezes nas concentrações plasmáticas de loperamida. Este aumento não foi associado com o aumento dos efeitos farmacodinâmicos, medidos por pupilometria.
O tratamento concomitante com desmopressina via oral resultou em um aumento de 3 vezes nas concentrações plasmáticas de desmopressina, provavelmente devido à menor motilidade gastrointestinal.
É esperado que os medicamentos com propriedades farmacológicas semelhantes possam potencializar o efeito da loperamida e aqueles medicamentos que aceleram o trânsito intestinal possam diminuir seu efeito.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Conservar o Diasec (cloridrato de loperamida) em temperatura ambiente (15–30°C). Proteger da luz e umidade.
O prazo de validade de Diasec (cloridrato de loperamida) é de 24 meses após a data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Os comprimidos de Diasec (cloridrato de loperamida) são brancos e circulares.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Este medicamento é indicado somente para adultos.
Os comprimidos devem ser tomados com líquido.
Posologia
O seguinte esquema médico é recomendado:
Diarreia4 aguda: a dose inicial sugerida é de 2 comprimidos (4 mg), seguidos de 1 comprimido (2 mg) após cada subsequente evacuação líquida, até uma dose diária máxima de 8 comprimidos (16 mg), ou a critério médico.
Diarreia4 crônica: a dose diária inicial é de 2 comprimidos (4 mg). Esta dose deve ser ajustada, até que 1 a 2 evacuações sólidas ao dia sejam obtidas, o que é conseguido, em geral, com uma dose diária de manutenção que varia entre 1 a 6 comprimidos (2 mg a 12 mg).
A dose diária máxima não deve ultrapassar 8 comprimidos (16 mg).
Duração do tratamento: O tratamento deve ser interrompido após a produção de fezes sólidas ou endurecidas ou após 24 horas sem evacuar.
Insuficiência renal48: não é necessário ajuste de dose para pacientes49 com insuficiência renal48.
Insuficiência hepática38: embora não existam dados farmacocinéticos disponíveis em pacientes com insuficiência hepática38, Diasec (cloridrato de loperamida) deve ser utilizado com cautela nestes pacientes devido a redução do metabolismo16 de primeira passagem (vide Advertências e Precauções).
Pacientes idosos: Não é necessário ajustar a dose em idosos.
REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas estão apresentadas ao longo desta seção. Reações adversas são eventos adversos que foram considerados razoavelmente associados ao uso de cloridrato de loperamida, baseando-se na avaliação global das informações de eventos adversos disponíveis. Uma relação causal com o cloridrato de loperamida não pode ser seguramente estabelecida para casos individuais. Além disso, porque os estudos clínicos são conduzidos sob condições muito diferentes, as taxas de reações adversas observadas nos estudos clínicos do medicamento não podem ser diretamente comparadas às taxas observadas em outros estudos clínicos com outros medicamentos e podem não refletir as taxas observadas na prática clínica.
Dados de estudos clínicos
Diarreia4 aguda: A segurança do cloridrato de loperamida foi avaliada em 2755 pacientes com idade ? 12 anos que participaram de 26 estudos clínicos controlados e não controlados com cloridrato de loperamida usada para o tratamento de diarreia4 aguda. As reações adversas (ADRs) relatadas por ? 1% dos pacientes tratados com cloridrato de loperamida estão apresentadas na Tabela 1.
Tabela 1. Reações adversas relatadas por ≥ 1% dos pacientes tratados com cloridrato deloperamida que participaram de 26 estudos clínicos de diarreia4 aguda
Classe de Sistema/Órgão |
cloridrato de loperamida |
Distúrbios do Sistema Nervoso50 |
|
Cefaleia51 |
1,2 |
Distúrbios Gastrintestinais |
|
Constipação33 |
2,7 |
Flatulência |
1,7 |
Náusea52 |
1,1 |
As reações adversas relatadas por < 1% dos pacientes (N=2755) tratados com cloridrato de loperamida no conjunto de dados de estudos clínicos anteriores estão apresentadas na Tabela 2.
Tabela 2. Reações adversas relatadas por <1% dos pacientes tratados com cloridrato de loperamida em 26 estudos clínicos de cloridrato de loperamida para diarreia4 aguda
Classe de Sistema/Órgão Distúrbios do Sistema Nervoso50
Distúrbios Gastrintestinais
Distúrbios da Pele55 e do Tecido Subcutâneo56
|
Diarreia4 crônica:
A segurança do cloridrato de loperamida foi avaliada em 321 pacientes que participaram de 5 estudos clínicos controlados e não controlados com cloridrato de loperamida usado para o tratamento de diarreia4 crônica. Os períodos de tratamento variaram de 1 semana a 52 meses.
Tabela 3. Reações Adversas relatadas por ≥ 1% dos pacientes tratados com cloridrato de loperamida que participaram de 5 estudos clínicos de cloridrato de loperamida para diarreia4 crônica
Classe de Sistema/Órgão |
cloridrato de loperamida |
Distúrbios do Sistema Nervoso50 |
|
tontura47 |
1,2 |
Distúrbios Gastrintestinais |
|
flatulência |
2,8 |
constipação33 |
2,2 |
náusea52 |
1,2 |
As reações adversas relatadas por < 1% dos pacientes (N=321) tratados com cloridrato de loperamida nos estudos clínicos anteriores estão apresentados na Tabela 4.
Tabela 4. Reações Adversas relatadas por <1% dos pacientes tratados com cloridrato de loperamida em 5 estudos clínicos de cloridrato de loperamida para diarreia4 crônica Classe de Sistema/Órgão Distúrbios do Sistema Nervoso50
Distúrbios Gastrintestinais
|
Experiência pós-comercialização
As primeiras reações adversas identificadas durante a experiência pós-comercialização com o cloridrato de loperamida estão incluídas na Tabela 5. As frequências estão determinadas de acordo com a seguinte convenção:
Muito comum |
> 1/10 |
Comum |
>1/100 e < 1/10 |
Incomum |
> 1/1.000 e < 1/100 |
Rara |
> 1/10.000 e < 1/1.000 |
Muito rara |
< 1/10.000, incluindo relatos isolados |
Na Tabela 5 as reações adversas ao medicamento estão apresentadas por categoria de frequência baseada em taxas de relatos espontâneos.
Tabela 5. Reações Adversas identificadas durante a experiência de pós-comercialização com cloridrato de loperamida por categoria de frequência, estimada através de taxas de relatos espontâneos
Distúrbios do Sistema Imunológico60 |
|
Muito rara |
reação de hipersensibilidade, reação anafilática61 (incluindo choque anafilático62) e reação anafilactoide63 |
Distúrbios do Sistema Nervoso50 |
|
Muito rara |
anormalidade na coordenação, níveis diminuídos de consciência, hipertonia64, perda de consciência, sonolência, estupor |
Distúrbios Oftalmológicos |
|
Muito rara |
miose65 |
Distúrbios Gastrointestinais |
|
Muito rara |
íleo32 (incluindo íleo paralítico66), megacolo (incluindo megacoloa) |
Distúrbios da Pele55 e do Tecido Subcutâneo56 |
|
Muito rara |
angioedema67, erupção57 bolhosa (incluindo síndrome68 de Stevens- Johnson, necrólise epidérmica tóxica69 e eritema multiforme70), prurido71, urticária72 |
Distúrbios Renais e Urinários |
|
Muito rara |
retenção urinária73 |
Distúrbios Gerais e Condições no Local da Administração |
|
Muito rara |
fadiga74 |
a: Veja “Advertências e Precauções” |
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
SUPERDOSE
Sinais40 e Sintomas75
Em casos de superdose (incluindo superdose relativa por disfunção hepática39), pode ocorrer depressão do sistema nervoso central41 (náuseas76, vômitos77, estupor, incoordenação motora, sonolência, miose65, hipertonia64 muscular, depressão respiratória), retenção urinária73 e íleo32. As crianças são mais sensíveis aos efeitos no sistema nervoso central41 do que os adultos.
Em indivíduos que ingeriram intencionalmente superdoses (relatados de doses de 40 mg a 792 mg por dia) de Diasec (cloridrato de loperamida) foram observados prolongamento do intervalo QT e do complexo QRS e/ou arritmias23 ventriculares graves, incluindo Torsade de Pointes (vide “Advertências e Precauções”). Casos fatais também foram relatados. Abuso, mau uso e/ou superdose com doses excecivamente altas de loperamida podem desmascarar a síndrome68 de Brugada.
Tratamento
Em caso de superdose, deve ser iniciado o monitoramento ECG para o prolongamento do intervalo QT.
Se houver sintomas75 do SNC42 decorrentes de superdose, deve-se administrar naloxona como antídoto78. Como a duração do efeito de Diasec (cloridrato de loperamida) é maior do que a da naloxona (que se situa entre 1 e 3 horas), pode haver necessidade de se repetir esse antagonista79. Assim, o paciente deve ser cuidadosamente observado por, pelo menos, 48 horas, para se detectar sinais40 eventuais de depressão do sistema nervoso central41.
Em caso de superdose acidental, deve-se, além das medidas citadas acima, promover lavagem gástrica80, seguida da administração oral, por sonda nasogástrica81, de uma suspensão aquosa de 100 g de carvão ativado.
Como estratégias para o manejo de superdose estão em constante evolução, é aconselhável contatar um centro de controle de intoxicações (onde disponível) para determinação das orientações mais recentes para o manejo de superdose.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Reg. M.S.: 1.0047.0318
Farm. Resp.: Cláudia Larissa S. Montanher CRF-PR nº 17.379
Registrado, Fabricado e Embalado por:
Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda.
Rua Antônio Rasteiro Filho (Marginal PR 445), 1.920 Cambé – PR
CNPJ: 61.286.647/0001–16
Indústria Brasileira
Ou
Embalado por:
Tecnopharma Indústria e Comércio de Embalagens Ltda.
São Paulo – SP
SAC 0800 4009192
