

Triplixam (Bula do profissional de saúde)
LABORATÓRIOS SERVIER DO BRASIL LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Triplixam®
perindopril arginina + indapamida + besilato de anlodipino
Comprimidos 5 mg+ 1,25 mg + 5 mg; 5 mg + 1,25 mg + 10 mg; 10 mg + 2,5 mg + 5 mg; 10 mg + 2,5 mg + 10 mg
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido revestido
Embalagens contendo 30 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de Triplixam® 5 mg + 1,25 mg + 5 mg contém:
perindopril arginina (equivalente a 3,395 mg de perindopril) | 5 mg |
indapamida semi-hidratada (equivalente a 1,22 mg de indapamida anidra) | 1,25 mg |
besilato de anlodipino (equivalente a 5 mg de anlodipino) | 6,935 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: carbonato de cálcio, amido de milho pré-gelatinizado, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, sílica coloidal anidra, amido pré-gelatinizado, glicerol, hipromelose, macrogol e dióxido de titânio.
O dessecante está presente na tampa do frasco.
Cada comprimido de Triplixam® 5 mg + 1,25 mg + 10 mg contém:
perindopril arginina (equivalente a 3,395 mg de perindopril) | 5 mg |
indapamida semi-hidratada (equivalente a 1,22 mg de indapamida anidra) | 1,25 mg |
besilato de anlodipino (equivalente a 10 mg de anlodipino) | 13,87 mg |
excipientes q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: carbonato de cálcio, amido de milho pré-gelatinizado, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, sílica coloidal anidra, amido pré-gelatinizado, glicerol, hipromelose, macrogol e dióxido de titânio.
O dessecante está presente na tampa do frasco.
Cada comprimido de Triplixam® 10 mg + 2,5 mg + 5 mg contém:
perindopril arginina (equivalente a 6,79 mg de perindopril) | 10 mg |
indapamida semi-hidratada (equivalente a 2,44 mg de indapamida anidra) | 2,5 mg |
besilato de anlodipino (equivalente a 5 mg de anlodipino) | 6,935 mg |
excipientes q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: carbonato de cálcio, amido de milho pré-gelatinizado, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, sílica coloidal anidra, amido pré-gelatinizado, glicerol, hipromelose, macrogol e dióxido de titânio.
O dessecante está presente na tampa do frasco.
Cada comprimido de Triplixam® 10 mg + 2,5 mg + 5 mg contém:
perindopril arginina (equivalente a 6,79 mg de perindopril) | 10 mg |
indapamida semi-hidratada (equivalente a 2,44 mg de indapamida anidra) | 2,5 mg |
besilato de anlodipino (equivalente a 10 mg de anlodipino) | 13,87 mg |
excipientes q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: carbonato de cálcio, amido de milho pré-gelatinizado, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, sílica coloidal anidra, amido pré-gelatinizado, glicerol, hipromelose, macrogol e dióxido de titânio.
O dessecante está presente na tampa do frasco.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1:
INDICAÇÕES
Triplixam® é indicado em pacientes hipertensos não controlados adequadamente pelo tratamento anterior ou em pacientes hipertensos de alto risco cardiovascular.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Resultados de Perindopril/Indapamida/Anlodipino como associação em dose fixa
A eficácia da associação em dose fixa foi estudada em dois estudos internacionais de fase III, randomizados e multicêntricos.
O primeiro estudo foi realizado em 148 pacientes com hipertensão2 não controlada em seu tratamento anti-hipertensivo em andamento e randomizados entre os dois grupos de dose fixa de perindopril 5 mg /indapamida 1,25 mg/anlodipino 5mg (Per/Ind/Anl) versus perindopril 5mg/indapamida 1,25mg e anlodipino 5mg (Per/Ind+Anl) administrados separadamente. Após 12 semanas de tratamento, a diminuição média da PAS/PAD foi semelhante nos dois grupos com -21,6/-15,3mmHg com Per/Ind/Anl e -20,0/-14,8mmHg em Per/Ind+Anl), resultando em mais de 80 % de pacientes controlados. O efeito total foi obtido desde o final do primeiro mês e mantido até o final do estudo.
O segundo estudo foi realizado em pacientes com hipertensão2 essencial não controlada após 1 mês de tratamento com Perindopril 5mg/Indapamida 1,25mg. Os pacientes foram randomizados em dois grupos: associação em dose fixa de Perindopril 5mg/Indapamida 1,25mg/Anlodipino 5mg (Per/Ind/Anl) versus Perindopril 5mg/Indapamida 1,25mg (Per/Ind). Após o primeiro mês, a titulação condicional, com base no controle da pressão arterial3, até Perindopril 10mg/Indapamida 2,5mg/Anlodipino 10mg poderia ser realizada. A duração do estudo foi de 4 meses.
No geral, 454 pacientes (valores médios: idade 55 anos, IMC4 27 kg/m2, supino PAS/PAD 162/101 mmHg, duração da hipertensão2 6,5 anos) foram randomizados no estudo.
Após 1 mês de tratamento, supino PAS/PAD no consultório diminuiu em relação à linha de base em ambos os grupos de tratamento em favor da triterapia, levando a uma diferença entre grupos de -3,1 ± 1,3mmHg (p=0.021) para PAS e -3,2±0,9mmHg (p<0.001) para a PAD. Isto foi associado a uma melhor eficácia em termos de taxas de resposta: 72% respondedores em Per/Ind/Anl versus 53% em Per/Ind (p <0.0001). Durante todo o estudo, foram avaliadas todas as dosagens da triterapia. Cada titulação para a dose seguinte proporcionou uma redução significativa da PAS/PAD dentro de cada grupo levando a um controle da PA em mais de 80% dos pacientes ao final do estudo.
Além disso, o monitoramento ambulatorial da pressão arterial3 (MAPA) 24 horas e o monitoramento domiciliar da pressão arterial3 confirmaram a superioridade de Per5/Ind 1.25/Anl5 sobre Per5/Ind1.25 sobre M0-M1 e o efeito de redução da pressão arterial3 das titulações.
Referência: Mourad, JJ.; Amodeo, C.; De Champvallins, M.; Brzozowska-Villate, R.; Asmar, R. Blood pressure- lowering efficacy and safety of perindopril/indapamide/amlodipine single-pill combination in patients with uncontrolled essential hypertension: a multicenter, randomized, double-blind, controlled trial. Journal of Hypertension, 1-15, 2017.
Nos dois estudos, não surgiram preocupações relacionadas à segurança e o perfil de segurança foi semelhante independentemente da dose.
Resultados de estudos de morbidade5 e mortalidade6
O benefício da associação tripla de perindopril / indapamida + BCC foi estudada no estudo ADVANCE de morbidade5 e mortalidade6.
O estudo ADVANCE foi um estudo multicêntrico, internacional, randomizado7, 2x2 desenho fatorial, destinado a determinar os benefícios da redução da pressão arterial3 com a associação em dose fixa de perindopril/indapamida versus placebo8 em comparação com a terapia padrão atual (comparação duplo cego) e de gliclazida MR baseado na estratégia de intensivo controle da glicose9 (Alvo de HbA1c10 de 6,5% ou menos) versus o controle de glicose9 padrão em eventos macrovasculares e microvasculares maiores em pacientes diabéticos tipo 2. A duração do seguimento foi de 4,3 anos.
No subgrupo de 3427 pacientes que receberam bloqueadores de canal de cálcio (BCC) no início do estudo, os 1669 pacientes aos quais se adicionou perindopril/indapamida apresentaram uma diminuição no risco relativo de morte de 28% (IC 95%: 10%, 43%) e uma redução não significativa de eventos cardiovasculares maiores (infarto do miocárdio11 não fatal, AVC não fatal e morte cardiovascular) de 12% (IC:95%: -8%; 28%), sem eventos adversos detectáveis.
Referência: Chalmers J, Arima H, Woodward M, Mancia G, Poulter N, Hirakawa Y e cols. Effects of combination of perindopril, indapamide, and calcium channel blockers in patients with type 2 diabetes mellitus12: results from the Action In Diabetes13 and Vascular14 Disease: Preterax and Diamicron Controlled Evaluation (ADVANCE) trial. Hypertension. 2014;63 (2): 259-64.
População pediátrica
Não existem dados disponíveis com Triplixam® em crianças.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Grupo terapêutico
inibidores da ECA, combinações. Inibidores da ECA, bloqueadores do canal de cálcio e diuréticos15.
Triplixam® é uma associação de três anti-hipertensivos com mecanismos complementares para controlar a pressão arterial3 em pacientes com hipertensão2. O sal de perindopril arginina é um inibidor da enzima16 conversora de angiotensina, a indapamida, um diurético17 clorosulfamoilado e anlodipino, um inibidor do fluxo dos íons18 de cálcio do grupo dihidropiridina.
As propriedades farmacológicas do Triplixam® derivam de cada um dos componentes administrados separadamente. Em adição, a associação perindopril/indapamida produz uma sinergia aditiva dos efeitos anti-hipertensivos dos dois componentes.
MECANISMO DE AÇÃO
– Perindopril
Perindopril é um inibidor da enzima16 que converte a angiotensina I (IECA) em angiotensina II, uma substância vasoconstritora; além disso, a enzima16 estimula a secreção de aldosterona pelo córtex adrenal e estimula a degradação da bradicinina19, uma substância vasodilatadora, em heptapeptídeos inativos.
Isto resulta em:
- uma redução na secreção de aldosterona,
- um aumento da atividade da renina plasmática, uma vez que a aldosterona já não exerce feedback negativo,
- uma redução na resistência periférica20 total com uma ação preferencial no leito vascular14 no músculo e no rim21, sem retenção de sal e hídrica ou taquicardia22 reflexa, com tratamento crônico23.
A ação anti-hipertensiva do perindopril também ocorre em pacientes com concentrações baixas ou normais de renina.
O perindopril atua através do seu metabólito24 ativo, perindoprilato. Os outros metabólitos25 são inativos.
O perindopril reduz o trabalho do coração26:
- através de um efeito vasodilatador nas veias27, provavelmente causado por alterações no metabolismo28 das prostaglandinas29: redução em pré-carga,
- através da redução da resistência periférica20 total: redução pós-carga. Estudos realizados em pacientes com insuficiência cardíaca30 demonstraram:
- uma redução nas pressões de enchimento ventricular esquerdo e direito,
- uma redução na resistência vascular14 periférica total,
- um aumento no débito cardíaco31 e uma melhoria do índice cardíaco,
- um aumento do débito sanguíneo regional no músculo. Os testes de esforço também demonstraram melhora.
– Indapamida
Indapamida é um derivado sulfonamídico com anel indólico, farmacologicamente relacionada ao grupo dos diuréticos15 tiazídicos. A indapamida inibe a reabsorção do sódio ao nível do segmento cortical de diluição. Aumenta a excreção urinária do sódio e dos cloretos e, em menor grau, a excreção do potássio e do magnésio, aumentando deste modo a diurese32 e exercendo uma ação anti-hipertensiva.
– Anlodipino
O anlodipino é um inibidor do fluxo iônico do cálcio do grupo dihidropiridina (bloqueador lento dos canais de cálcio ou antagonista33 do íon34 cálcio) e inibe o influxo transmembranar dos íons18 cálcio para as células35 cardíacas e da musculatura lisa vascular14.
PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS
– Perindopril/indapamida
Em pacientes hipertensos, independentemente da idade, a associação perindopril/indapamida exerce um efeito anti- hipertensivo dose-dependente na pressão arterial diastólica36 e sistólica na posição supina ou de pé. Durante estudos clínicos, a administração concomitante de perindopril e indapamida produziram efeitos anti-hipertensivos de natureza sinérgica em relação a cada um dos produtos administrados separadamente.
– Perindopril
Perindopril é ativo em todos os graus de hipertensão2: leve a moderada ou grave. Observa-se uma redução das pressões arteriais sistólica e diastólica, em supino e de pé.
A atividade anti-hipertensiva, após uma tomada única, é máxima entre 4 e 6 h e mantem-se durante 24h.
Existe um elevado bloqueio residual da enzima16 conversora de angiotensina em 24h, de aproximadamente 80%. Em pacientes que respondem, a normalização da pressão sanguínea é obtida ao fim de um mês de tratamento e mantém- se sem taquifilaxia.
A interrupção do tratamento não é acompanhada de efeito rebote na hipertensão2.
Perindopril tem propriedades vasodilatadoras e restaura a elasticidade37 dos grandes troncos arteriais, corrige alterações histomorfométricas na resistência das artérias38 e produz uma redução na hipertrofia39 ventricular esquerda.
Se necessário, a adição de um diurético17 tiazídico provoca uma sinergia aditiva.
A associação de um inibidor da enzima16 conversora de angiotensina com um diurético17 tiazídico diminui o risco de hipocalemia40 associada ao diurético17 isolado.
– Indapamida
A indapamida em monoterapia, tem um efeito anti-hipertensivo que se prolonga por 24h. Este efeito manifesta-se com doses em que as propriedades diuréticas são mínimas.
A sua atividade anti-hipertensiva é proporcional a uma melhora da complacência arterial e a uma redução das resistências periféricas totais e arteriolares.
Indapamida reduz a hipertrofia39 ventricular esquerda.
Quando a dose do diurético17 tiazídico e diurético17 tiazídico relacionado é excedida, o efeito anti-hipertensivo permanece num platô, ao passo que os efeitos adversos continuam a aumentar. Se o tratamento não for efetivo, a dose não deve ser aumentada.
Além disso, foi demonstrado, a curto, médio e longo prazo em pacientes hipertensos, que a indapamida:
- não tem efeito sobre o metabolismo28 lipídico: triglicerídeos, colesterol41 LDL42 e colesterol41 HDL43,
- não tem efeito sobre o metabolismo28 dos carboidratos, mesmo em pacientes diabéticos hipertensos.
– Anlodipino
O mecanismo da ação anti-hipertensiva do anlodipino é devido a um efeito relaxante direto sobre a musculatura lisa vascular14. Não está completamente esclarecido o mecanismo segundo o qual o anlodipino alivia a angina44, mas sabe-se que o anlodipino reduz a carga isquêmica total pelas duas ações seguintes:
- O anlodipino dilata as arteríolas45 periféricas e reduz assim a resistência periférica20 total (pós-carga) contra a qual se processa o trabalho cardíaco. Como a frequência cardíaca permanece estável, o consumo energético e as necessidades de oxigênio do miocárdio46 são reduzidas.
- O mecanismo de ação do anlodipino envolve provavelmente a dilatação das principais artérias38 e arteríolas45 coronarianas, tanto nas regiões normais como nas regiões isquêmicas. Esta dilatação aumenta a quantidade de oxigênio dispensada ao miocárdio46 nos pacientes com espasmo47 das artérias38 coronarianas (angina44 de Prinzmetal ou angina44 variante).
Nos pacientes com hipertensão2, a tomada única diária proporciona reduções clinicamente significativas da pressão arterial3 tanto na posição de supino como na de pé ao longo das 24 horas. Em virtude da ação se manifestar lentamente, a hipotensão48 aguda não é uma característica da administração do anlodipino.
O anlodipino não tem sido associado a efeitos metabólicos adversos nem a alterações nos lipídios plasmáticos, sendo adequado o seu uso em pacientes com asma49, diabetes13 e gota50.
PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS
– Triplixam®
A coadministração de perindopril/indapamida e anlodipino não altera as suas propriedades farmacocinéticas em comparação com a administração separada.
– Perindopril
Absorção e biodisponibilidade: Após administração oral, a absorção do perindopril é rápida e o pico de concentração é atingido em 1 hora (perindopril é um pró-fármaco51 e o perindoprilato o metabólito24 ativo). A meia vida plasmática do perindopril é de 1 hora. Uma vez que a ingestão de alimentos diminui a transformação em perindoprilato, e em consequência a sua biodisponibilidade, perindopril arginina deve ser administrado por via oral, numa tomada diária única, antes da refeição.
Distribuição: O volume de distribuição é de aproximadamente 0.2 L/kg para perindoprilato não ligado. A ligação das proteínas52 do perindoprilato às proteínas52 plasmáticas é de 20%, principalmente à enzima16 conversora de angiotensina, mas é dose dependente.
Biotransformação: O perindopril é um pró-farmaco51. Vinte e sete por cento da dose de perindopril administrada atinge a circulação53 sanguínea como o metabólito24 ativo perindoprilato. Além do perindoprilato ativo, o perindopril produz 5 metabólitos25, todos inativos. O pico de concentração plasmática do perindoprilato é atingido entre 3 a 4 horas.
Eliminação: O perindoprilato é eliminado na urina54 e a meia vida terminal da fração livre é de aproximadamente 17 horas, resultando num estado de equilíbrio em 4 dias.
Linearidade/não linearidade: Foi demonstrada uma relação linear entre a dose de perindopril e a sua exposição plasmática.
Populações especiais
- Idosos: a eliminação do perindoprilato é reduzida nos idosos, e também em pacientes com insuficiência cardíaca30 ou renal55.
- Pacientes com insuficiência renal56: dependendo do grau de comprometimento (depuração de creatinina57), é desejável um ajuste da dose em pacientes com insuficiência renal56.
- Em caso de diálise58: a depuração do perindoprilato é igual a 70 mL/min.
- Em pacientes com cirrose59: A farmacocinética do perindopril é modificada, a depuração hepática60 da molécula é reduzida para metade. Contudo, a quantidade de perindoprilato formada não é reduzida e consequentemente não são necessários ajustes de dosagem (ver seções 5 e 8).
– Indapamida
Absorção: A indapamida é rápida e totalmente absorvida pelo trato digestivo. O pico plasmático máximo é atingido em humanos aproximadamente uma hora após a administração oral do produto.
Distribuição: A ligação às proteínas52 plasmáticas é 79%.
Metabolismo28 e Eliminação: A meia vida de eliminação está compreendida entre 14 e 24 h (média de 18h). As administrações repetidas não provocam acúmulo.
A eliminação é essencialmente urinária (70% da dose) e fecal (22%) sob forma de metabólitos25 inativos.
Populações especiais: A farmacocinética não é alterada em pacientes com insuficiência renal56.
– Anlodipino
Absorção e Biodisponibilidade: Após administração oral de doses terapêuticas, o anlodipino é bem absorvido com picos séricos entre 6-12 horas pós-dose. A biodisponibilidade absoluta foi estimada entre 64 e 80%.
A biodisponibilidade do anlodipino não é afetada pela ingestão de alimentos.
Distribuição: O volume de distribuição é aproximadamente de 21 L/kg. Estudos in vitro mostraram que aproximadamente 97,5% do anlodipino circulante liga-se às proteínas52 plasmáticas.
Metabolismo28: O anlodipino é extensivamente metabolizado pelo fígado61 em metabólitos25 inativos sendo excretados na urina54 10% do composto parental e 60% dos metabólitos25.
Eliminação: A meia vida de eliminação plasmática terminal é cerca de 35-50 horas e é consistente com a dose de uma tomada única diária.
Populações especiais
- Utilização em idosos: o tempo necessário para atingir o pico sérico de anlodipino é idêntico nos idosos e nos pacientes mais jovens. Nos pacientes idosos a depuração do anlodipino tende a ser mais reduzida com o consequente aumento da AUC62 e da meia vida de eliminação. Os aumentos na AUC62 e na meia vida de eliminação nos pacientes com insuficiência cardíaca congestiva63 são iguais aos esperados para o grupo etário estudado.
- Utilização em pacientes com função hepática60 comprometida: A informação clínica disponível sobre a administração do anlodipino em pacientes com função hepática60 comprometida é muito limitada. Pacientes com insuficiência hepática64 diminuíram a depuração do anlodipino com um consequente prolongamento da meia vida e aumento da AUC62 em aproximadamente 40-60%.
DADOS DE SEGURANÇA PRÉ-CLÍNICA
– Perindopril
No estudo crônico23 de toxicidade65 oral (ratos e macacos), o órgão alvo é o fígado61, com danos reversíveis. Nenhuma mutação66 gênica foi observada nos estudos in vitro e in vivo.
Estudos toxicológicos de reprodução67 (ratos, camundongos, coelhos e macacos) não mostraram nenhum sinal68 de embriotoxicidade ou teratogenicidade. Contudo, foi demonstrado que inibidores da enzima16 conversora da angiotensina, como uma classe, provocam efeitos adversos no desenvolvimento fetal tardio, resultando em morte fetal e efeitos congênitos69 em roedores e coelhos: lesões70 renais, aumento na mortalidade6 peri e pós-natal foram observados.
A fertilidade não foi prejudicada tanto em ratos machos quanto em fêmeas. Nenhuma carcinogenicidade foi observada em estudos em longo prazo em ratos e camundongos.
– Indapamida
As doses mais altas administradas oralmente em diferentes espécies animais (40 a 8000 vezes a dose terapêutica71) demonstraram uma exacerbação das propriedades diuréticas da indapamida. Os principais sintomas72 da intoxicação durante estudos de toxicidade65 aguda com indapamida administrada por via intravenosa ou intraperitoneal foram relacionados com a ação farmacológica da indapamida, ou seja, bradipneia e vasodilatação periférica.
A indapamida demonstrou não possuir propriedades mutagênicas e cancerígenas.
Estudos de toxicidade65 reprodutiva não demonstraram nenhum efeito de embriotoxicidade ou teratogenicidade em camundongos, ratos ou coelhos.
A fertilidade não foi afetada em ratos macho ou fêmea.
– Perindopril/indapamida
A associação perindopril/indapamida tem uma toxicidade65 ligeiramente mais elevada que a dos seus componentes. As manifestações renais não parecem ser potencializadas em ratos. Contudo, a associação provoca uma toxicidade65 gastrointestinal em cão e os efeitos tóxicos na mãe parecem estar aumentados nos ratos (comparativamente ao perindopril).
Apesar disso, estes efeitos adversos aparecem em doses correspondendo a uma grande margem de segurança comparativamente às doses terapêuticas utilizadas.
Os estudos pré-clínicos realizados separadamente com perindopril e indapamida não mostraram potencial genotóxico, carcinogênico ou teratogênico73.
– Anlodipino
Estudos de reprodução67 em ratos e camundongos mostraram retardo na data do parto, duração prolongada do trabalho de parto e diminuição da sobrevivência74 das crias em doses aproximadamente 50 vezes maiores do que a dose máxima recomendada para humanos com base em mg/kg.
Não foi apresentado nenhum efeito na fertilidade de ratos tratados com anlodipino (machos por 64 dias e fêmeas por 14 dias antes do acasalamento) com doses de até 10 mg/kg por dia (8 vezes* a dose máxima recomendada em humanos de 10 mg com base em mg/m2). Em um estudo no qual ratos machos foram tratados com besilato de anlodipino por 30 dias numa dose comparável com a dose de humanos, baseado em mg/kg, foram encontradas diminuição da testosterona e do hormônio75 folículo76-estimulante plasmáticos, bem como diminuição da densidade do esperma77 e do número de espermátides maduros e células de Sertoli78.
Ratos e camundongos tratados com anlodipino na dieta por 2 anos, em concentrações calculadas para proporcionar os níveis de dosagem diárias de 0,5, 1,25 e 2,5 mg/kg, não mostraram nenhuma evidência de carcinogênese. A dose mais elevada (semelhante para camundongos, e duas vezes* a dose máxima clínica de 10 mg com base em mg/m2, recomendados para ratos), foi próximo da dose máxima tolerada por camundongos, mas não para ratos.
Estudos de mutagenicidade não revelaram efeitos relacionados com a droga em níveis tanto no gene ou no cromossomo79.
*Baseado em um paciente com peso de 50 kg.
CONTRAINDICAÇÕES
- Pacientes dialisados;
- Pacientes com insuficiência cardíaca30 descompensada não tratada;
- Comprometimento renal55 grave (depuração de creatinina57 inferior a 30 mL/min);
- Comprometimento renal55 moderado (depuração de creatinina57 inferior a 60 mL/min) para as dosagens de Triplixam® contendo 10mg/2,5mg da associação de perindopril/indapamida (p.ex. Triplixam® 10mg/2,5mg/5mg e 10mg/2,5mg/10mg);
- Hipersensibilidade às substâncias ativas, a outras sulfonamidas, aos derivados das dihidropiridinas, a qualquer outro IECA ou a qualquer um dos excipientes mencionados no item composição;
- Histórico de angioedema80 (edema81 de Quincke) associado a prévia terapêutica71 com IECAs (ver seção 5);
- Angioedema80 hereditário/idiopático82;
- Segundo e terceiro trimestres da gravidez83 (ver seção 5);
- Aleitamento (ver seção 5);
- Encefalopatia84 hepática60;
- Comprometimento hepático grave;
- Hipocalemia40;
- Hipotensão48 grave;
- Choque85, incluindo choque85 cardiogênico;
- Obstrução do infundíbulo de saída do ventrículo esquerdo (p. ex. grau elevado de estenose86 aórtica);
- Insuficiência cardíaca30 hemodinamicamente instável após infarto87 agudo88 do miocárdio46;
- Utilização concomitante de Triplixam® com produtos que contenham alisquireno em pacientes com diabetes mellitus12 ou com comprometimento renal55 (TFG < 60mL/min/1,73m2) (ver seção 5 e seção 3).
- Uso concomitante com sacubitril/valsartana (ver seções 5 e 6);
- Tratamentos extracorporais que promovam o contato do sangue89 com superfícies carregadas negativamente (ver seção 6);
- Estenose86 da artéria renal90 bilateral significativa ou estenose86 da artéria renal90 em rim21 funcional único (ver seção 5).
Este medicamento é contraindicado para menores de 18 anos.
Categoria D: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez83.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
ADVERTÊNCIAS
Todas as advertências relacionadas a cada componente individualmente, vide listagem abaixo, também devem ser aplicadas ao Triplixam®.
Lítio: A combinação de lítio e a associação perindopril/indapamida geralmente não é recomendada (ver seção 6).
Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA): Existe evidência que o uso concomitante de inibidores da ECA, bloqueadores dos receptores de angiotensina II ou alisquireno aumentam o risco de hipotensão48, hipercalemia91 e diminuição da função renal55 (incluindo falência renal55 aguda). O duplo bloqueio do SRAA por meio da associação de um inibidor da enzima16 conversora de angiotensina (ECA) com um bloqueador dos receptores da angiotensina II ou alisquireno, portanto não é recomendado (ver seções 6 e 3).
Se a terapia com duplo bloqueio for considerada absolutamente necessária, esta deve apenas ocorrer sob a supervisão de um especialista e o paciente deve ter sua função renal55, eletrólitos92 e pressão arterial3 frequentemente monitorados de perto. Inibidores da ECA e bloqueadores dos receptores de angiotensina II não devem ser usados concomitantemente em pacientes com nefropatia93 diabética.
Diuréticos15 poupadores do potássio, suplementos de potássio ou substitutos do sal contendo potássio: A associação de perindopril e medicamentos poupadores do potássio, suplementos do potássio ou substitutos do sal contendo potássio não são normalmente recomendados (ver seção 6).
Neutropenia94/ agranulocitose95/trombocitopenia96/anemia97: Neutropenia94/agranulocitose95, trombocitopenia96 e anemia97 foram reportados em pacientes que receberam inibidores da ECA. Em pacientes com função renal55 normal e nenhum outro fator de complicação, raramente ocorre neutropenia94. Perindopril deve ser usado com extrema atenção em pacientes com doença vascular14 do colágeno98, terapia imunossupressora, tratamento com alopurinol ou procainamida, ou uma combinação desses fatores de complicação, especialmente se houver comprometimento da função renal55 pré-existente. Alguns desses pacientes desenvolveram sérias infecções99, que em poucos casos não responderam à terapia intensiva100 com antibiótico. Se perindopril é usado em tais pacientes, um monitoramento periódico da contagem das células brancas do sangue101 é aconselhável e os pacientes devem ser instruídos a relatar qualquer sinal68 de infecção102 (ex: garganta103 inflamada, febre104) (ver seção 9).
Hipertensão2 renovascular: Existe risco aumentado de hipotensão48 e insuficiência renal56 quando pacientes com estenose86 bilateral da artéria renal90 ou estenose86 da artéria105 em um rim21 funcional único são tratados com inibidores da ECA (ver seção 4). O tratamento com diuréticos15 pode ser um fator contribuinte. A perda da função renal55 pode ocorrer apenas com pequenas alterações na creatinina57 sérica até mesmo em pacientes com estenose86 unilateral da artéria renal90.
Hipersensibilidade/Angioedema80: Angioedema80 da face106, extremidades, lábios, língua107, glote108 e/ou laringe109 foram raramente reportados em pacientes tratados com inibidores de ECA, incluindo perindopril. Isso pode ocorrer a qualquer momento durante a terapia. Nesses casos, perindopril deve ser imediatamente interrompido e um monitoramento apropriado deve ser iniciado e continuado até a resolução completa dos sintomas72 antes da alta do paciente. Nos casos em que o inchaço110 foi confinado à face106 e lábios, a condição geralmente é resolvida sem tratamento, embora os anti-histamínicos tenham sido úteis no alívio dos sintomas72.
Angioedema80 associado a edema81 de laringe109 pode ser fatal. Onde há envolvimento da língua107, glote108 ou laringe109, susceptíveis de causar obstrução das vias aéreas, a terapia apropriada, que pode incluir administração de epinefrina subcutânea111 solução 1:1000 (0.3 mL ou 0.5 mL) e/ou medidas para assegurar a manutenção das vias aéreas deve ser administrada imediatamente.
Os inibidores da ECA causam uma maior taxa de angioedema80 em negros do que em pacientes não negros.
Pacientes com antecedentes de angioedema80 não associado à terapêutica71 com um IECA, podem apresentar um risco aumentado de angioedema80 durante o tratamento com um IECA (ver seção 4).
Angioedema80 intestinal foi raramente reportado em pacientes tratados com inibidores de ECA. Esses pacientes apresentaram dor abdominal (com ou sem náusea112 ou vômito113). Em alguns casos não houve angioedema80 facial prévio e os níveis de estearase C-1 estavam normais. O angioedema80 foi diagnosticado por processos incluindo tomografia abdominal, ou ultrassonografia114 ou em cirurgia e os sintomas72 foram resolvidos após a interrupção do inibidor de ECA. Angioedema80 intestinal deve ser incluído no diagnóstico115 diferencial de pacientes em tratamento com inibidores da ECA que apresentam dor abdominal.
A combinação de perindopril com sacubitril/valsartana é contraindicada devido ao aumento do risco de angioedema80 (ver seção 4). Sacubitril/valsartana não deve ser iniciado antes de 36h após administração da última dose da terapia com perindopril. Se o tratamento com sacubitril/valsartana for interrompido, a terapia com perindopril não deve ser iniciada antes de 36h após a última dose de sacubitril/valsartana (ver seções 4 e 6). O uso concomitante de outros inibidores da neprisilina (p. ex. racecadotril) e inibidores da ECA também pode aumentar o risco de angioedema80 (ver seção 6). Portanto, é necessária uma avaliação de risco-benefício cuidadosa antes de iniciar o tratamento com inibidores da neprisilina (p. ex. racecadotril) nos pacientes em uso de perindopril.
Uso concomitante de inibidores da mTOR: Os pacientes que fazem uso concomitante com inibidores da mTOR (ex: sirolimo, everolimo, tensirolimo) podem aumentar o risco de angioedema80 (ex: inchaço110 das vias aéreas ou língua107, com ou sem comprometimento respiratório) (ver seção 6).
Reações anafiláticas116 durante a dessensibilização117: Foram reportados casos isolados de pacientes com reações anafilactóides prolongadas que colocam a vida em risco, enquanto tomavam IECAs, durante o tratamento da dessensibilização117 com veneno de himenópteros (abelhas, vespas). Os IECAs devem ser usados com precaução em pacientes alérgicos tratados com dessensibilização117, e evitado nos pacientes tratados com uma imunoterapia com aquele veneno. Contudo, estas reações podem ser evitadas com a suspensão temporária do IECA pelo menos 24 horas antes do tratamento, em pacientes que precisem de ambos, IECAs e dessensibilização117.
Reações anafilactóides durante a aférese com LDL42: Pacientes que recebem IECAs durante a aférese com lipoproteína de baixa densidade (LDL42), com sulfato de dextrano, raramente experimentaram reações anafilactóides, com risco de vida. Estas reações foram evitadas com a interrupção temporária do tratamento com IECA antes de cada aférese.
Pacientes hemodialisados: Reações anafilactóides têm sido notificadas em pacientes hemodialisados com membranas de alto fluxo (por exemplo AN 69®) e tratados concomitantemente com um IECA. Nestes pacientes deve ser considerada a possibilidade de se utilizar um outro tipo de membrana de diálise58 ou outra classe de agente anti-hipertensivo.
Aldosteronismo primário: Pacientes com hiperaldosteronismo primário geralmente não responderão aos medicamentos anti-hipertensivos que atuam através da inibição do sistema renina-angiotensina. Portanto, o uso deste medicamento não é recomendado.
Encefalopatia84 hepática60: Quando a função hepática60 está comprometida, os diuréticos15 tiazídicos e diuréticos15 tiazídicos relacionados podem causar encefalopatia84 hepática60. Se isto ocorrer, a administração do diurético17 deve ser imediatamente interrompida.
Fotossensibilidade: Foram notificados casos de reações de fotossensibilidade com tiazidas e diuréticos15 tiazídicos relacionados (ver seção 9). Se a reação de fotossensibilidade ocorrer durante o tratamento, recomenda-se a interrupção do tratamento. No caso de ser considerada necessária a readministração do diurético17, é recomendado proteger as áreas expostas ao sol ou aos raios UVA artificiais.
PREUCAÇÕES DE USO
Função renal55
- Nos casos de insuficiência renal56 grave (clearance creatinina57 < 30 mL/min), o tratamento é contraindicado.
- Nos pacientes com insuficiência renal56 moderada (clearance creatinina57 < 60 mL/min), o tratamento é contraindicado com dosagens de Triplixam® contendo 10mg/2,5mg de associação perindopril/indapamida (p. ex., Triplixam® 10mg/2,5mg /5mg e 10mg/2,5mg/10mg).
- Em alguns pacientes hipertensos sem lesões70 renais pré-existentes aparentes e nos quais as análises de sangue89 demonstram insuficiência renal56 funcional, o tratamento deve ser interrompido e possivelmente recomeçado com uma dosagem mais baixa ou com um único constituinte.
Nestes pacientes o acompanhamento clínico habitual inclui a monitorização frequente do potássio e creatinina57, após duas semanas de tratamento e após cada dois meses durante o período de estabilização terapêutica71. Foi reportada insuficiência renal56, principalmente em pacientes com insuficiência cardíaca30 grave ou com insuficiência renal56 subjacente incluindo estenose86 da artéria renal90.
O medicamento habitualmente não é recomendado no caso de estenose86 bilateral da artéria renal90 ou só com um rim21 em funcionamento. - Risco de hipotensão arterial118 e/ou insuficiência renal56 (em casos de insuficiência cardíaca30, depleção119 de água e eletrolítica, etc…): Foi observada uma estimulação marcada do sistema renina-angiotensina-aldosterona com perindopril, em particular durante depleções marcadas de água e eletrólitos92 (dieta restritiva em sódio ou tratamento diurético17 prolongado), em pacientes cuja pressão arterial3 era inicialmente baixa, em casos de estenose86 arterial renal55, insuficiência cardíaca congestiva63 ou cirrose59 com edema81 e ascite120.
- O bloqueio deste sistema com um inibidor da enzima16 de conversão da angiotensina pode portanto causar, em particular no momento da primeira administração e durante as primeiras duas semanas de tratamento, uma redução brusca da pressão arterial3 e/ou um aumento dos níveis plasmáticos de creatinina57, demonstrando uma insuficiência renal56 funcional. Ocasionalmente, isto pode ser agudo88 no início, embora seja raro, e com um tempo inicial variável. Em tais casos, o tratamento deve então ser iniciado com uma dose mais baixa e aumentada progressivamente. Em pacientes com isquemia121 cardíaca ou doença cerebrovascular122 uma excessiva queda na pressão arterial3 pode resultar em infarto do miocárdio11 ou acidente cerebrovascular.
- Os diuréticos15 tiazídicos e diuréticos15 tiazídicos relacionados só são completamente eficazes quando a função renal55 é normal ou ligeiramente comprometida (os níveis de creatinina57 inferiores a aproximadamente 25 mg/l, i.e. 220 µmol/l para um adulto).
- Nos idosos, o valor de creatinina57 plasmática deve ser ajustado em função da idade, peso e sexo.
- A hipovolemia123, secundária à perda de água e sódio causada pelo diurético17 no início do tratamento, causa uma redução na filtração glomerular. Isto pode provocar um aumento na ureia124 no sangue89 e nos níveis de creatinina57. Esta insuficiência renal56 funcional transitória não tem consequências adversas em pacientes com função renal55 normal, mas pode piorar uma insuficiência renal56 pré-existente.
- O anlodipino pode ser usado em doses normais em pacientes com insuficiência renal56. As alterações nas concentrações plasmáticas de anlodipino não estão relacionadas com o grau de insuficiência renal56.
- O efeito da associação fixa Triplixam® não foi testado na disfunção renal55. Na insuficiência renal56, as doses de Triplixam® devem respeitar as dos componentes individuais administrados separadamente.
Hipotensão48 e depleção119 de água e sódio
- Existe um risco de hipotensão48 súbita na presença de depleção119 sódica pré-existente (em particular em indivíduos com estenose86 da artéria renal90). Assim, devem ser realizadas análises sistemáticas para pesquisa de sinais125 clínicos de depleção119 hídrica e eletrolítica, que podem ocorrer com episódio intercorrente de diarreia126 ou vômito113. Nesses pacientes deve ser feita a avaliação regular dos eletrólitos92 plasmáticos.
Uma hipotensão48 marcada pode requerer a implementação de uma infusão intravenosa salina isotônica127.
A hipotensão48 transitória não é uma contraindicação à continuação do tratamento. Após o restabelecimento de um volume sanguíneo e pressão arterial3 satisfatórios, o tratamento pode ser reiniciado com uma dose reduzida ou só com um dos constituintes. - A redução nos níveis de sódio pode ser inicialmente assintomática e análises regulares são portanto essenciais.
As análises devem ser mais frequentes nos idosos e pacientes com cirrose59 (ver seções 9 e 10).
Qualquer tratamento diurético17 pode causar uma hiponatremia128, às vezes com consequências graves. Hiponatremia128 com hipovolemia123 pode ser responsável por desidratação129 e hipotensão48 ortostática. Concomitantemente, a perda de íons18 cloreto pode levar à alcalose130 metabólica compensatória secundária: a incidência131 e o grau desses efeitos são leves.
Níveis de potássio
- A associação de indapamida com perindopril e anlodipino não previne o aparecimento de hipocalemia40 em particular nos pacientes diabéticos ou em pacientes com insuficiência renal56. Tal como com qualquer agente anti- hipertensivo em associação com um diurético17, deve ser realizada regularmente a avaliação dos níveis plasmáticos de potássio.
- Foram observados aumentos séricos de potássio em alguns pacientes tratados com IECAs, incluindo o perindopril. Os fatores de risco para o desenvolvimento de hipercalemia91 incluem insuficiência renal56, piora da função renal55, idade (> 70 anos), diabetes mellitus12, eventos intercorrentes, em particular desidratação129, descompensação cardíaca aguda, acidose metabólica132 e utilização concomitante de diuréticos15 poupadores do potássio (p. ex., espironolactona, eplerenona, triantereno, ou amilorida), suplementos de potássio ou substitutos do sal contendo potássio; ou os pacientes tratados com outros medicamentos associados ao aumento do potássio sérico (p. ex. Heparina, cotrimoxazol também conhecido como sulfametaxazol/trimetoprima). A utilização de suplementos de potássio, diuréticos15 poupadores do potássio, ou substitutos do sal contendo potássio em particular em pacientes com comprometimento da função renal55, podem levar a um aumento significativo do potássio sérico. A hipercalemia91 pode causar arritmias133 sérias, por vezes fatais. No caso do uso concomitante dos medicamentos acima mencionados ser considerada adequada, estes devem ser usados com precaução e com monitoramento frequente de potássio sérico (ver seção 6).
- A depleção119 de potássio com hipocaliemia é um risco maior com diuréticos15 tiazídicos e diuréticos15 tiazídicos relacionados. O risco de aparecimento de níveis baixos do potássio (< 3.4 mmol/l134) deve ser prevenido em algumas populações de alto risco, tais como nos idosos e/ou indivíduos desnutridos, tomando ou não múltiplas medicações, pacientes cirróticos com edema81 e ascites, pacientes coronários e com insuficiência cardíaca30. Nestes casos, a hipocalemia40 aumenta a toxicidade65 dos glicósideos cardíacos e o risco de alterações do ritmo.
Indivíduos que apresentem um intervalo QT longo também estão em risco, quer a origem seja congênita135 ou iatrogênica136. A hipocaliemia, como a bradicardia137, atua como um fator que favorece o aparecimento de graves alterações rítmicas, em particular “Torsades de pointes”, que podem ser fatais. Em todos os casos são necessárias análises mais frequentes dos níveis de potássio. A primeira avaliação dos níveis plasmáticos de potássio deve ser realizada durante a primeira semana que segue ao início do tratamento. No caso de serem detectados níveis baixos de potássio, é necessária correção.
Níveis de cálcio: Os diuréticos15 tiazídicos e diuréticos15 tiazídicos relacionados podem reduzir a excreção urinária de cálcio e causar um aumento ligeiro e transitório dos níveis plasmáticos de cálcio. Níveis de cálcio marcadamente aumentados podem estar relacionados com hiperparatiroidismo não diagnosticado. Nestes casos, o tratamento deve ser interrompido antes da investigação da função da paratireoide (ver seção 9).
Hipertensão2 renovascular: O tratamento para a hipertensão2 renovascular é a revascularização. Ainda assim, os inibidores da enzima16 de conversão da angiotensina podem ser benéficos em pacientes que apresentem hipertensão2 renovascular que aguardam cirurgia corretiva ou quando essa cirurgia não for possível.
Se Triplixam® for prescrito a pacientes com estenose86 da artéria renal90 conhecida ou suspeita, o tratamento deve ser iniciado em meio hospitalar com uma dose baixa e a função renal55 e níveis de potássio devem ser monitorados, uma vez que alguns pacientes desenvolveram uma insuficiência renal56 funcional que foi revertida quando o tratamento foi interrompido.
Tosse: Uma tosse seca com o uso de inibidores da enzima16 de conversão da angiotensina foi reportada. Esta é caracterizada pela sua persistência e pelo seu desaparecimento quando o tratamento é interrompido. Na presença deste sintoma138 deve ser considerada uma etiologia139 iatrogênica136. Se ainda for preferida a prescrição de um inibidor da enzima16 de conversão da angiotensina, pode ser considerada a continuação do tratamento.
Aterosclerose140: O risco de hipotensão48 existe em todos os pacientes, mas deve ser dada uma atenção especial aos pacientes com doença cardíaca isquêmica ou insuficiência141 circulatória cerebral, com o tratamento a ser iniciado com uma dose baixa.
Crise hipertensiva: A segurança e eficácia do anlodipino na crise hipertensiva não foram estabelecidas.
Insuficiência cardíaca30/insuficiência cardíaca30 grave: Os pacientes com insuficiência cardíaca30 devem ser tratados com precaução.
Num estudo de longa duração controlado com placebo8 em pacientes com insuficiência cardíaca30 grave (classe NYHA III e IV), a incidência131 de edema pulmonar142 reportada foi mais elevada no grupo tratado com anlodipino do que no grupo placebo8. Os bloqueadores dos canais de cálcio, incluindo anlodipino, devem ser usados com precaução em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva63, uma vez que podem aumentar o risco de futuros eventos cardiovasculares e mortalidade6.
Em pacientes com insuficiência cardíaca30 grave (grau IV) o tratamento deve iniciar-se sob vigilância médica e com uma dose inicial reduzida. O tratamento com betabloqueadores em pacientes hipertensos com insuficiência141 coronariana não deve ser interrompido: o IECA deve ser associado ao betabloqueador.
Estenose86 da válvula aórtica ou mitral / cardiomiopatia hipertrófica: Os IECAs devem ser usados com precaução em pacientes com uma obstrução no fluxo de saída do ventrículo esquerdo.
Diabéticos: Em pacientes com diabetes mellitus12 insulino dependentes (tendência espontânea para níveis aumentados de potássio), o tratamento deve ser iniciado sob supervisão médica e com uma dose inicial reduzida.
Os níveis de glicemia143 devem ser cuidadosamente controlados em diabéticos previamente tratados com antidiabéticos orais144 ou insulina145, nomeadamente durante o primeiro mês de tratamento com um IECA.
Monitoramento da glicemia143 é importante em pacientes diabéticos, em particular quando os níveis de potássio são baixos.
Diferenças étnicas: Tal como com outros inibidores da enzima16 de conversão da angiotensina, o perindopril é aparentemente menos eficaz na redução da pressão arterial3 em indivíduos negros do que em não negros, possivelmente devido a uma maior prevalência146 de estados de baixa renina na população hipertensa negra.
Cirurgia / anestesia147: Os inibidores da enzima16 de conversão da angiotensina podem causar hipotensão48 em casos de anestesia147, especialmente quando o anestésico administrado é um fármaco51 com potencial hipotensivo.
É portanto recomendado que o tratamento com inibidores da enzima16 de conversão da angiotensina de longa duração, tal como o Triplixam® seja descontinuado, quando possível, um dia antes da cirurgia.
Insuficiência hepática64: Raramente, os IECAs foram associados a uma síndrome148 que começa com icterícia149 colestática e progride para necrose150 hepática60 fulminante e (alguma vezes) morte. O mecanismo desta síndrome148 não é conhecido. Pacientes tratados com IECAs que desenvolvem icterícia149 ou aumento acentuado de enzimas hepáticas151 devem descontinuar os IECAs e receber o acompanhamento médico apropriado (ver seção 9).
A meia vida do anlodipino é prolongada e os valores da AUC62 são mais elevados em pacientes com insuficiência141 da função hepática60; não foram estabelecidas recomendações de dosagem. O anlodipino deve, portanto, ser iniciado com as doses mais baixas e com precaução, tanto no início do tratamento como quando a dose é aumentada. Pode ser necessário titular lentamente a dose e deve ser feita uma avaliação cuidadosa em pacientes com insuficiência hepática64 grave.
O efeito da associação em dose fixa de Triplixam® não foi testado na disfunção hepática60. Levando em consideração o efeito de cada um dos componentes individuais desta associação, Triplixam® está contraindicado em pacientes com comprometimento hepático grave e deve ser usado com precaução em pacientes com insuficiência hepática64 leve a moderada.
Ácido úrico: Tendência para ataques de gota50 pode estar aumentada em pacientes hiperuricêmicos.
Populações especiais
Idosos: A função renal55 e os níveis de potássio devem ser testados antes do início do tratamento. A dose inicial é subsequentemente ajustada de acordo com a resposta da pressão arterial3, especialmente em casos de depleção119 de água e eletrólitos92, de forma a evitar o aparecimento súbito de hipotensão48.
Nos idosos o aumento da dose de anlodipino deve ser implementado com cuidado (ver seções 8 e 3).
Informações importantes sobre um dos componentes do medicamento
Triplixam® contém menos que 1 mmol de SÓDIO (23 mg) por comprimido, isto é, essencialmente livre de sódio.
FERTILIDADE, GRAVIDEZ83 E LACTAÇÃO152
Inibidores da ECA não devem ser iniciados durante a gravidez83. Ao menos que a terapia com inibidor da ECA seja considerada essencial, as pacientes que planejam engravidar devem mudar para um tratamento anti-hipertensivo alternativo que tenha um perfil de segurança estabelecido para uso na gravidez83. Quando for diagnosticada a gravidez83, o tratamento com o inibidor da ECA deve ser interrompido imediatamente, e se apropriado, uma terapia alternativa deve ser iniciada (ver seções 4 e 5).
Devido aos efeitos dos componentes individuais desta associação sobre a gravidez83 e lactação152, Triplixam® não é recomendado durante o primeiro trimestre de gravidez83. Triplixam® é contraindicado durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez83.
Triplixam® é contraindicado durante a lactação152. Uma decisão dever ser tomada, se irá interromper a amamentação153 ou descontinuar o Triplixam®, levando em consideração a importância da terapia para a mãe.
Estudos de toxicidade65 reprodutiva mostraram ausência de efeito na fertilidade em ratos do sexo feminino e masculino (ver seção 3). Nenhum efeito na fertilidade humana é antecipado.
Alterações bioquímicas reversíveis na cabeça154 dos espermatozoides155 têm sido relatadas em alguns pacientes tratados por bloqueadores dos canais de cálcio. Os dados clínicos são insuficientes em relação ao potencial efeito do anlodipino na fertilidade. Em um estudo em ratos, foram encontrados efeitos adversos sobre a fertilidade masculina (ver seção 3).
– Perindopril
A evidência epidemiológica relativa ao risco de teratogenicidade após a exposição aos IECA durante o primeiro trimestre de gravidez83 não é conclusiva; contudo, não é possível excluir um ligeiro aumento do risco. A não ser que a manutenção do tratamento com IECA seja considerada essencial, nos pacientes que planejam engravidar, a medicação deve ser substituída por terapêuticas anti-hipertensivas alternativas cujo perfil de segurança durante a gravidez83 esteja estabelecido. Quando é diagnosticada a gravidez83, o tratamento com IECA deve ser interrompido imediatamente e, se apropriado, deverá ser iniciada terapêutica71 alternativa.
A exposição ao IECA durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez83 está reconhecidamente associada à indução de toxicidade65 fetal em humanos (diminuição da função renal55, oligohidrâmnio156, atraso na ossificação do crânio157) e toxicidade65 neonatal (insuficiência renal56, hipotensão48, hipercalemia91) (ver seção 3).
No caso da exposição ao IECA ter ocorrido a partir do segundo trimestre de gravidez83, recomenda-se a monitorização ultrassonográfica da função renal55 e dos ossos do crânio157.
Recém-nascidos cujas mães estiveram expostas a IECA devem ser cuidadosamente observados no sentido de diagnosticar hipotensão48 (ver seções 4 e 5).
Uma vez que não se encontra disponível informação sobre a utilização de perindopril durante o aleitamento, a terapia com perindopril não é recomendada e tratamentos alternativos cujo perfil de segurança durante o aleitamento esteja estabelecido são preferíveis, particularmente em recém-nascidos e prematuros.
– Indapamida
Não há ou existe quantidade limitada de dados (menos que 300 resultados de gravidez83) do uso de indapamida em mulheres grávidas. A exposição prolongada à tiazida durante o terceiro trimestre da gravidez83 pode reduzir o volume de plasma158 materno bem como o fluxo sanguíneo uteroplacentário, que pode causar isquemia121 feto159-placentária e atraso de crescimento. Além disso, foram notificados casos raros de hipoglicemia160 e trombocitopenia96 em recém-nascidos expostos no final da gravidez83.
Estudos em animais não indicam efeitos nocivos direta ou indiretamente no que diz respeito a toxidade reprodutiva (ver seção 3).
A informação sobre a excreção de indapamida e metabólitos25 no leite materno é insuficiente. Hipersensibilidades aos derivados das sulfonamidas e hipocalemia40 podem ocorrer. Um risco para recém-nascido/lactentes161 não pode ser excluído. A indapamida está estreitamente relacionada com os diuréticos15 tiazídicos que estão associados, durante o aleitamento, com a redução ou mesmo supressão de leite materno.
– Anlodipino
A segurança do anlodipino na gravidez83 humana não foi estabelecida.
Em estudos com animais, a toxicidade65 reprodutiva foi observada com doses elevadas (ver seção 3).
Categoria D: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez83.
Anlodipino é excretado no leite materno. A proporção da dose materna recebida pela criança foi estimada com um intervalo interquartil de 3-7%, com um máximo de 15%. O efeito do anlodipino em crianças é desconhecido.
Triplixam® é contraindicado durante a lactação152.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
Nenhum estudo sobre os efeitos do Triplixam® quanto à capacidade de conduzir e utilizar máquinas foram realizados. O perindopril e a indapamida não tem influência na capacidade de conduzir e utilizar máquinas, mas podem ocorrer em alguns pacientes reações individuais relacionadas com a redução da pressão arterial3.
O anlodipino pode ter uma influência ligeira a moderada na capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Se os pacientes sentirem tonturas162, dor de cabeça154, fadiga163 ou náuseas164, a capacidade de reação pode estar comprometida.
Como resultado, a capacidade para conduzir e operar máquinas pode estar comprometida. É recomendada precaução especialmente no início do tratamento.
Este medicamento pode causar doping.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Estudos clínicos demonstraram que o bloqueio duplo do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) através do uso combinado dos IECAS, bloqueadores dos receptores de angiotensina II ou alisquireno é associado a uma frequência maior de reações adversas tais como hipotensão48, hipercalemia91 e diminuição da função renal55 (incluindo insuficiência renal56 aguda) comparada ao uso de um único agente de ação no SRAA (ver seções 3, 4 e 5).
Medicamentos indutores de hipercalemia91
Alguns medicamentos ou classes terapêuticas podem aumentar a ocorrência de hipercalemia91: alisquireno, sais de potássio, diuréticos15 poupadores de potássio, IECAs, antagonistas dos receptores da angiotensina II, AINES, heparinas, fármacos imunossupressores como a ciclosporina ou tacrolimus, trimetoprim. A combinação destes medicamentos aumenta o risco de hipercalemia91.
Uso concomitante contraindicado (ver seção 4):
Alisquireno: Nos pacientes diabéticos ou com insuficiência renal56, risco de hipercalemia91, piora da função renal55 e aumento da morbilidade e mortalidade6 cardiovascular.
Tratamentos extracorporais: tratamentos extracorporais que promovam o contato de sangue89 com superfícies carregadas negativamente, como diálise58 ou hemofiltração com certas membranas de alto fluxo (p. ex. membranas de poliacrilonitrilo) e aférese de lipoproteínas de baixa densidade com sulfato de dextrano, devido ao aumento do risco de reações anafiláticas116 graves (ver seção 4). Se tal tratamento for necessário, deve-se considerar o uso de um tipo diferente de membrana de diálise58 ou de uma classe diferente de agente anti-hipertensivo.
Sacubitril/Valsartana: o uso concomitante de perindopril com sacubitril/valsartana é contraindicado, pois a inibição concomitante da neprilisina e da ECA pode aumentar o risco de angioedema80. O tratamento com sacubitril/valsartana não deve ser iniciado antes de 36h após a última dose da terapia com perindopril. A terapia com perindopril não deve ser iniciada antes de 36h após a última dose de sacubitril/valsartana (ver seções 4 e 5).
Uso concomitante não recomendado:
Componente |
Interação conhecida com o seguinte produto |
Interação com outro medicamento |
perindopril / indapamida |
Lítio |
Aumentos reversíveis nas concentrações séricas de lítio e toxicidade65 foram reportados durante a administração concomitante de lítio com IECAs. O uso de perindopril associado à indapamida e lítio não é recomendado, mas no caso da associação ser necessária, deve ser feita uma cuidadosa monitoração dos níveis séricos do lítio (ver seção 5). |
perindopril |
Alisquireno |
Em pacientes que não os diabéticos ou insuficientes renais, risco de hipercalemia91, piora da função renal55 e aumento da morbidade5 e mortalidade6 cardiovascular. (ver seção 5). |
Terapêutica71 concomitante com IECAs e bloqueador dos recetores da angiotensina |
Foi reportado na literatura que pacientes com doença aterosclerótica estabelecida, insuficiência cardíaca30, ou com diabetes13 com lesão165 nos orgãos-alvo, uma terapêutica71 concomitante com um IECA e um bloqueador dos recetores da angiotensina está associada a uma maior frequência de hipotensão48, síncope166, hipercalemia91 e piora da função renal55 (incluindo insuficiência renal56 aguda) comparativamente à utilização de um único fármaco51 de ação no sistema renina-angiotensina-aldosterona. Duplo bloqueio (p. ex. combinando um IECA com um antagonista33 dos recetores da angiotensina II) deve ser limitado a casos individuais com monitoração cuidadosa da função renal55, níveis de potássio e pressão arterial3. (ver seção 5). |
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Estramustina |
Risco de aumento de efeitos adversos tais como edema angioneurótico167 (angioedema80). |
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Fármacos poupadores de potássio (p. ex. triantereno, amilorida,…), potássio (sais) |
Hipercalemia91 (potencialmente fatal), especialmente em adição a insuficiência renal56 (efeitos hipercalêmicos aditivos). A combinação do perindopril com os fármacos acima mencionados não é recomendada (ver seção 5). No entanto se o uso concomitante for indicado, devem ser usados com cuidado e com frequente monitorização do potássio sérico. Para o uso de espironolactona na insuficiência cardíaca30, ver “Uso concomitante que requer cuidados especiais”. |
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Cotrimoxazol (sulfametoxazol/trimetoprima) |
Pacientes em uso concomitante com Cotrimoxazol (sulfametoxazol/trimetoprima) podem apresentar aumento no risco de hipercalemia91 (ver seção 5). |
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anlodipino |
Dantroleno (infusão) |
Foram observados em animais, fibrilação ventricular letal e colapso168 cardiovascular em associação com hipercalemia91 após administração de verapamil e dantroleno intravenoso. Devido ao risco de hipercalemia91, é recomendado que a co-administração de bloqueadores dos canais de cálcio tais como anlodipino sejam evitados em pacientes susceptíveis a hipertermia maligna, e durante o tratamento de hipertermia maligna. |
Toranja ou suco de toranja |
A biodisponibilidade pode ser aumentada em alguns pacientes resultando no aumento dos efeitos de redução da pressão arterial3. |
|
perindopril / indapamida / perindopril |
Baclofeno |
Efeito anti-hipertensivo aumentado. Monitorar a pressão arterial3 e se necessário adaptar a dose anti-hipertensiva. |
Anti-inflamatórios não-esteroidais e produtos medicinais (incluindo ácido acetilsalicílico em doses elevadas) |
Quando os IECAs são administrados simultaneamente com anti-inflamatórios não esteroidais (p. ex. acido acetilsalicílico na dosagem de anti-inflamatório, inibidores COX-2 e AINES não seletivos), pode ocorrer atenuação do efeito anti-hipertensivo. Uso concomitante de inibidores da ECA e AINES podem conduzir a um risco aumentado de piora da função renal55, incluindo possível insuficiência renal56 aguda, e um aumento do potássio sérico, especialmente em pacientes com uma função renal55 deficiente pré-existente. A associação deve ser administrada com cuidado, especialmente nos idosos. Os pacientes devem ser adequadamente hidratados e deve ser considerada a monitoração da função renal55 após o início da terapêutica71 concomitante, e a partir daí, periodicamente. |
|
Antidiabéticos (insulina145, antidiabéticos orais144) |
Estudos epidemiológicos sugeriram que a administração concomitante de IECAs e antidiabéticos (insulinas, antidiabéticos orais144) podem causar um aumento do efeito da redução da glicose9 no sangue89 com risco de hipoglicemia160. Este fenômeno parece ocorrer com maior frequência durante as primeiras semanas do tratamento combinado em pacientes com insuficiência renal56. |
|
Diuréticos15 não poupadores de potássio |
Pacientes tratados com diuréticos15, e especialmente aqueles que provoquem depleção119 de volume e/ou sal, podem experimentar uma redução excessiva na pressão arterial3 após o início da terapêutica71 com um IECA. A possibilidade de efeitos hipotensivos pode ser reduzida através da descontinuação do diurético17, através do aumento do volume ou da ingestão de sal antes de iniciar a terapêutica71 com doses baixas e progressivas de perindopril. Na hipertensão arterial169, quando a terapêutica71 anterior com diurético17 pode ter causado depleção119 de sal/volume, ou o diurético17 deve ser descontinuado antes de iniciar o tratamento com o IECA, caso em que um diurético17 não poupador do potássio pode ser então reintroduzido ou o IECA deve ser iniciado com uma dose mais baixa e progressivamente aumentado. No tratamento da insuficiência cardíaca congestiva63 com diurético17, o IECA deve ser iniciado numa dose muito baixa, possivelmente após redução da dose do diurético17 não poupador de potássio associado. Em todos os casos, a função renal55 (níveis de creatinina57) deve ser monitorada durante as primeiras semanas de terapêutica71 com IECA. |
|
Diuréticos15 poupadores de potássio (eplerenona, espironolactona) |
Com eplerenona ou espironolactona em doses entre 12,5 mg a 50 mg por dia e com doses baixas de IECAs: No tratamento da insuficiência cardíaca30 classe II-IV (NYHA) com uma fração de ejeção <40%, e previamente tratados com IECAs e diuréticos15 de alça, risco de hipercalemia91, potencialmente fatal, especialmente no caso da não observância das recomendações de prescrição desta combinação. Antes de iniciar a associação, verificar a ausência de hipercalemia91 e insuficiência renal56. É recomendada uma monitoração frequente da calemia e da creatinemia uma vez por semana no primeiro mês de tratamento, no início e depois mensalmente. |
|
Racecadotril |
Inibidores da ECA (p.ex. perindopril) são conhecidos por causar angioedema80. Este risco pode ser elevado quando utilizado concomitantemente com racecadotril (medicamento usado contra diarreia126 aguda). |
|
Inibidores da mTOR (p. ex. Sirolimo, everolimo, temsirolimo) |
Pacientes que fazem uso concomitante com inibidores da mTOR podem aumentar o risco de angioedema80 (ver seção 4). |
|
indapamida |
Medicamentos que induzem “Torsades de pointes” |
Devido ao risco de hipocalemia40, a indapamida deve ser administrada com precaução quando associada a outros medicamentos que induzem “torsades de pointes” como:
Prevenção de baixos níveis de potássio e correção se necessário: monitorização do intervalo QT. |
Anfotericina B (via IV), glicocorticoides e mineralocorticoides (via sistêmica), tetracosídeo, laxantes171 estimulantes |
Risco aumentado de níveis baixos de potássio (efeito aditivo). Monitoramento dos níveis de potássio, e correção caso seja necessário, consideração particular requerida em casos de tratamento com glicosídeos cardíacos. Devem ser usados laxantes171 não estimulantes. |
|
anlodipino |
Indutores CYP3A4 |
Na administração concomitante de indutores conhecidos do CYP3A4, a concentração plasmática de anlodipino pode variar. Portanto, a pressão arterial3 deve ser monitorada e a regulação da dose deve ser considerada durante e após a medicação concomitante, particularmente com indutores fortes do CYP3A4 (por exemplo, rifampicina, hypericum perforatum). |
Inibidores CYP3A4 |
O uso concomitante do anlodipino com inibidores fortes ou moderados do CYP3A4 (inibidores da protease172, antifúngicos azóis, macrolídeos como a eritromicina ou a claritromicina, verapamil ou diltiazem) podem conduzir a um aumento significativo da exposição ao anlodipino. A tradução clínica destas variações farmacocinéticas pode ser mais pronunciada nos idosos. Monitoração clínica e ajuste de dose poderão assim, ser necessários. Existe um aumento no risco de hipotensão48 em pacientes administrando claritromicina e anlodipino. Recomenda-se monitoramento de perto dos pacientes quando anlodipino é administrado com claritromicina. |
Uso concomitante a ser levado em consideração:
Componente |
Interação conhecida com o seguinte medicamento |
Interação com outro medicamento |
perindopril / indapamida / anlodipino |
Antidepressivos tipo imipramínicos (tricíclicos), neurolépticos170 |
Efeito anti-hipertensivo aumentado e risco de hipotensão48 ortostática aumentado (efeito aditivo). |
Outros agentes anti- hipertensivos |
O uso de outros medicamentos anti-hipertensivos pode resultar num efeito adicional de redução da pressão arterial3. |
|
Corticosteroides, tetracosactido |
Redução no efeito anti-hipertensivo (retenção de água e sal devido aos corticosteroides). |
|
perindopril |
Agentes anti- hipertensivos e vasodilatadores |
O uso concomitante com nitroglicerina e outros nitratos, ou outros vasodilatares pode reduzir ainda mais a pressão arterial3. |
Alopurinol, fármacos imunossupressores ou citostáticos173, corticosteroides sistêmicos174 ou procainamida |
A administração concomitante com IECAs pode conduzir a um risco aumentado de leucopenia175. |
|
Fármacos anestésicos |
Os IECAs podem aumentar os efeitos hipotensores de certos fármacos anestésicos. |
|
Diuréticos15 (tiazídicos
ou diuréticos15 de alça) |
O tratamento anterior com diuréticos15 em alta dosagem pode resultar em depleção119 de volume e no risco de hipotensão48 quando iniciada a terapêutica71 com perindopril. |
|
Gliptinas (linagliptina, saxagliptina, sitagliptina, vildagliptina) |
Risco aumentado de angioedema80 devido a redução da atividade da dipeptidil peptidase IV (DPP-IV) pela gliptina, em pacientes tratados simultaneamente com um IECA. |
|
Simpatomiméticos |
Os simpatomiméticos podem reduzir os efeitos anti-hipertensivos dos IECAs |
|
Ouro |
Foram reportadas raramente reações nitritoides (sintomas72 que incluem rubor facial, náuseas164, vômitos176 e hipotensão48) em pacientes utilizando ouro injetável (aurotiomalato de sódio) e IECA, incluindo perindopril. |
|
indapamida |
Metformina177 |
Acidose178 láctica179 devido a metformina177, causada por possível insuficiência renal56 funcional ligada a diuréticos15 e em particular a diuréticos15 da alça. Não usar metformina177 quando os níveis de creatinina57 plasmática excedem 15 mg/l (135 micromol/l) nos homens e 12 mg/l (110 micromol/l) nas mulheres. |
Contraste iodados |
Em casos de desidratação129 causada por diuréticos15, existe um risco aumentado de insuficiência renal56 aguda, em particular quando são usadas doses elevadas de contraste iodados. A re-hidratação deve ser feita antes do composto iodado ser administrado |
|
Cálcio (sais) |
Risco de aumento de níveis de cálcio devido a eliminação reduzida do cálcio na urina54. |
|
Ciclosporina |
Risco de aumento de níveis de creatinina57 sem alteração nos níveis circulantes de ciclosporina, mesmo quando não há depleção119 de sal e água |
|
anlodipino |
Atorvastatina, digoxina ou varfarina |
Nos estudos clínicos de interação, o anlodipino não afetou a farmacocinética da atorvastatina, digoxina ou varfarina. |
Tacrolimus |
Existe um risco de aumento dos níveis sanguíneos do tacrolimo quando administrado concomitantemente com anlodipino. Para evitar a toxicidade65 do tacrolimo, a administração do anlodipino em um paciente tratado com tacrolimo requer monitoramento dos níveis sanguíneos do tacrolimo e ajuste da dose do mesmo quando apropriado. |
|
Inibidores do mecanismo alvo da rapamicina (mTOR) |
Inibitores da mTOR, tais como, sirolimo, everolimo e tensirolimo são substratos da CYP3A. Anlodipino é um inibidor fraco do CYP3A. O uso concomitante de inibidores da mTOR com o anlodipino pode aumentar a exposição dos inibidores da mTOR. |
|
Ciclosporina |
Não foram realizados estudos de interação medicamentosa com ciclosporina e anlodipino em voluntários saudáveis ou outras populações, com exceção de pacientes com transplante renal55, onde foi observado um aumento da concentração variável (média de 0% a 40%) de ciclosporina. Deve-se considerar o monitoramento dos níveis de ciclosporina em pacientes com transplante renal55 que fazem uso de anlodipino, e a redução da dose de ciclosporina deve ser feita, se necessário. |
|
Sinvastatina |
Coadministração de doses múltiplas de 10 mg de anlodipino com 80 mg de sinvastatina resultaram num aumento de 77% de exposição à sinvastatina comparativamente à sinvastatina em monoterapia. Limitar a dose de sinvastatina em pacientes tratados com anlodipino a 20 mg por dia. |
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Triplixam® deve ser guardado na sua embalagem original. Conservar em temperatura ambiente (15–30°C). Proteger da luz. Nestas condições, este medicamento possui prazo de validade de 36 (trinta e seis) meses, a partir da data de fabricação.
Número do lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Embalagens contendo 30 comprimidos: Após aberto, válido por 30 dias.
Características físicas e organolépticas do produto
- Triplixam® 5/1.25/5 mg: branco, oblongo, comprimido revestido, 9.75 mm de comprimento e 5.16 mm largura, gravado com em uma face106 ena outra face106.
- Triplixam® 5/1.25/10 mg: branco, oblongo, comprimido revestido, 10.7 mm de comprimento e 5.66 mm de largura, gravado com em uma face106 ena outra face106.
- Triplixam® 10/2.5/5 mg: branco, oblongo, comprimido revestido, 11.5 mm de comprimento e 6.09 mm de largura, gravado com em uma face106 ena outra face106.
- Triplixam® 10/2.5/10 mg: branco, oblongo, comprimido revestido, 12.2 mm de comprimento e 6.46 mm de largura, gravado com em uma face106 ena outra face106.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Um comprimido revestido de Triplixam® por dia em tomada única, preferencialmente na parte da manhã e antes da refeição. Triplixam® não é adequado para a terapia inicial em hipertensão2.
O tratamento com Triplixam® deve ser iniciado, preferencialmente, com Triplixam® 5mg + 1,25mg + 5mg, um comprimido por dia.
Se uma mudança na posologia é necessária, reajuste a dose para Triplixam® 5mg + 1,25mg + 10mg ou 10mg + 2,5mg + 5mg, sempre um comprimido por dia.
Se ainda não houver controle terapêutico adequado, reajuste a dose para Triplixam® 10mg + 2,5mg + 10mg.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
REAÇÕES ADVERSAS
Resumo do perfil de segurança
Os efeitos adversos mais comuns reportados com perindopril, indapamida e anlodipino administrados separadamente são: tonturas162, dor de cabeça154, parestesia180, sonolência, disgeusia181, alterações visuais, diplopia182, zumbidos, vertigem183, palpitações184, rubor, hipotensão48 (e efeitos relacionados com hipotensão48), tosse, dispneia185, alterações gastrointestinais (dor abdominal, constipação186, diarreia126, náuseas164, dispepsia187, vômitos176, mudança de hábito intestinal), prurido188, erupção189 cutânea190, erupções maculopapulares, cãibras musculares, inchaço110 dos tornozelos, astenia191, edema81 e fadiga163.
Tabela com a lista das reações adversas
Os seguintes efeitos adversos foram observados durante o tratamento com perindopril, indapamida ou anlodipino durante o tratamento e classificados sob as seguintes frequências:
Categoria |
Frequência |
Muito comum |
≥ 10% |
Comum |
≥ 1% e < 10% |
Incomum |
≥ 0,1% e < 1% |
Raro |
≥ 0,01% e < 0,1% |
Muito raro |
< 0,01% |
Desconhecida |
Não pode ser estimada pelos dados disponíveis |
MedDRA |
Reações adversas |
Frequência |
||
Perindopril |
Indapamida |
Anlodipino |
||
Infecções99 e infestações |
Rinite192 |
Muito rara |
- |
Incomum |
Distúrbios do Sangue89 e Sistema Linfático193 |
Eosinofilia194 |
Incomum * |
- |
- |
Agranulocitose95 (ver seção 5) |
Muito rara |
Muito rara |
- |
|
Anemia97 aplástica |
- |
Muito rara |
|
|
Pancitopenia195 |
Muito rara |
- |
- |
|
Leucopenia175 (ver seção 5) |
Muito rara |
Muito rara |
Muito rara |
|
Neutropenia94 (ver secção 5) |
Muito rara |
- |
- |
|
Anemia hemolítica196 |
Muito rara |
Muito rara |
- |
|
Trombocitopenia96 (ver seção 5) |
Muito rara |
Muito rara |
Muito rara |
|
Doenças do Sistema Imunológico197 |
Hipersensibilidade |
- |
Incomum |
Muito rara |
Doenças do Metabolismo28 e da Nutrição198 |
Hipoglicemia160 (ver seções 5 e 6) |
Incomum * |
- |
- |
Hipercalemia91 reversível com descontinuação (ver seção 5) |
Incomum * |
- |
- |
|
Hiponatremia128 (ver seção 5) |
Incomum * |
Desconhecido |
- |
|
Hiperglicemia199 |
- |
- |
Muito rara |
|
Hipercalcemia |
- |
Muito rara |
- |
|
Depleção119 de potássio com hipocalemia40, particularmente grave em certas populações de alto risco (ver seção 5) |
- |
Desconhecido |
- |
|
Distúrbios psiquiátricas |
Insônia |
- |
- |
Incomum |
Alterações de humor (incluindo ansiedade) |
Incomum |
- |
Incomum |
|
Depressão |
- |
- |
Incomum |
|
Perturbações do sono |
Incomum |
- |
- |
|
Estado de confusão |
Muito rara |
- |
Rara |
|
Doenças do Sistema Nervoso200 |
Tonturas162 |
Comum |
- |
Comum |
Dor de cabeça154 |
Comum |
Rara |
Comum |
|
Parestesia180 |
Comum |
Rara |
Incomum |
|
Sonolência |
Incomum* |
- |
Comum |
|
Hipoestesia201 |
- |
- |
Incomum |
|
Disgeusia181 |
Comum |
- |
Incomum |
|
Tremor |
- |
- |
Incomum |
|
Síncope166 |
Incomum * |
Desconhecido |
Incomum |
|
Hipertonia202 |
- |
- |
Muito rara |
|
Neuropatia periférica203 |
- |
- |
Muito rara |
|
Alterações extrapiramidais (síndrome148 extrapiramidal) |
- |
- |
Desconhecido |
|
AVC possivelmente secundário à hipotensão48 excessiva em pacientes de alto risco (seção 5) |
Muito rara |
- |
- |
|
Possibilidade de aparecimento de encefalopatia84 hepática60 em caso de insuficiência hepática64 (ver seções 4 e 5) |
- |
Desconhecido |
- |
|
Alterações oculares |
Alterações visuais |
Comum |
Desconhecido |
Comum |
Diplopia182 |
- |
- |
Comum |
|
Miopia204 |
- |
Desconhecido |
- |
|
Visão205 borrada |
- |
Desconhecido |
- |
|
Alterações do ouvido e do labirinto206 |
Zumbidos |
Comum |
- |
Incomum |
Vertigem183 |
Comum |
Rara |
- |
|
Cardiopatias |
Palpitações184 |
Incomum* |
- |
Comum |
Taquicardia22 |
Incomum* |
- |
- |
|
Angina44 de peito207 (ver seção 5) |
Muito rara |
- |
- |
|
Arritmia208 (incluindo bradicardia137, |
Muito rara |
Muito rara |
Incomum |
|
taquicardia22 ventricular e fibrilação atrial) |
|
|
|
|
Infarto do miocárdio11, possivelmente secundário a hipotensão48 excessiva em pacientes de alto risco (ver seção 5) |
Muito rara |
- |
Muito rara |
|
Torsade de pointes (potencialmente fatal) (ver seções 5 e 6) |
- |
Desconhecido |
- |
|
Alterações Vasculares209 |
Rubor |
- |
- |
Comum |
Hipotensão48 (e efeitos relacionados com hipotensão48) (ver seção 5) |
Comum |
Muito rara |
Incomum |
|
Vasculite210 |
Incomum * |
- |
Muito rara |
|
Fenômeno de Raynaud’s |
Desconhecido |
- |
- |
|
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino211 |
Tosse (ver seção 5) |
Comum |
- |
Incomum |
Dispneia185 |
Comum |
- |
Comum |
|
Broncoespasmo212 |
Incomum |
- |
- |
|
Pneumonia213 eosinofílica |
Muito rara |
- |
- |
|
Alterações gastrointestinais |
Dor abdominal |
Comum |
- |
Comum |
Constipação186 |
Comum |
Rara |
Comum |
|
Diarreia126 |
Comum |
- |
Comum |
|
Dispepsia187 |
Comum |
- |
Comum |
|
Náuseas164 |
Comum |
Rara |
Comum |
|
Vômitos176 |
Comum |
Incomum |
Incomum |
|
Boca214 seca |
Incomum |
Rara |
Incomum |
|
Alteração dos hábitos intestinais |
- |
- |
Comum |
|
Hiperplasia215 gengival |
- |
- |
Muito rara |
|
Pancreatite216 |
Muito rara |
Muito rara |
Muito rara |
|
Gastrite217 |
- |
- |
Muito rara |
|
Alterações hepato biliares |
Hepatite218 (ver seção 5) |
Muito rara |
Desconhecido |
Muito rara |
Icterícia149 |
- |
- |
Muito rara |
|
Função hepática60 anormal |
- |
Muito rara |
- |
|
Alterações dos tecidos cutâneos e subcutâneos |
Prurido188 |
Comum |
- |
Incomum |
Erupção189 cutânea190 |
Comum |
- |
Incomum |
|
Erupção189 maculopapular219 |
- |
Comum |
- |
|
Urticária220 (ver seção 5) |
Incomum |
Muito rara |
Incomum |
|
Angioedema80 (ver seção 5) |
Incomum |
Muito rara |
Muito rara |
|
Alopecia221 |
- |
- |
Incomum |
|
Púrpura222 |
- |
Incomum |
Incomum |
|
Descoloração cutânea190 |
- |
- |
Incomum |
|
Hiperidrose223 |
Incomum |
- |
Incomum |
|
Exantema224 |
- |
- |
Incomum |
|
Fotossensibilidade |
Incomum * |
Desconhecido (ver seção 5) |
Muito rara |
|
Agravamento da psoríase225 |
Rara |
- |
- |
|
Penfigóide |
Incomum * |
- |
- |
|
Eritema multiforme226 |
Muito rara |
- |
Muito rara |
|
Síndrome148 de Stevens- Johnson |
- |
Muito rara |
Muito rara |
|
Dermatite227 esfoliativa |
- |
- |
Muito rara |
|
Edema81 de Quincke |
- |
- |
Muito rara |
|
Necrólise epidermal tóxica |
- |
Muito rara |
Desconhecida |
|
Afeções musculoesqueléticas e dos tecidos conjuntivos |
Cãibras musculares |
Comum |
- |
Comum |
Inchaço110 dos tornozelos |
- |
- |
Comum |
|
Artralgia228 |
Incomum * |
- |
Incomum |
|
Mialgia229 |
Incomum * |
- |
Incomum |
|
Dor nas costas230 |
- |
- |
Incomum |
|
Possível piora de Lúpus231 eritematoso232 disseminado agudo88 pré-existente |
- |
Desconhecido |
- |
|
Doenças renais e urinárias |
Alterações na micção233 |
- |
- |
Incomum |
Noctúria |
- |
- |
Incomum |
|
Poliaquiúria |
- |
- |
Incomum |
|
Insuficiência renal56 aguda |
Muito rara |
- |
- |
|
Insuficiência renal56 |
Incomum |
Muito rara |
- |
|
Alterações do sistema reprodutor e da mama234 |
Disfunção erétil |
Incomum |
- |
Incomum |
Ginecomastia235 |
- |
- |
Incomum |
|
Alterações gerais e alterações no local de administração |
Astenia191 |
Comum |
- |
Comum |
Fadiga163 |
- |
Rara |
Comum |
|
Edema81 |
- |
- |
Muito comum |
|
Dor no peito207 |
Incomum * |
- |
Incomum |
|
Dor |
- |
- |
Incomum |
|
Mal-estar |
Incomum * |
- |
Incomum |
|
Edema81 periférico |
Incomum * |
- |
- |
|
Pirexia236 |
Incomum * |
- |
- |
|
Investigações |
Alteração de peso (aumento ou diminuição) |
- |
- |
Incomum |
Aumento da ureia124 no sangue89 |
Incomum * |
- |
- |
|
Aumento da creatinina57 no sangue89 |
Incomum * |
- |
- |
|
Aumento da bilirrubina237 no sangue89 |
Rara |
- |
- |
|
Aumento das enzimas hepáticas151 |
Rara |
Desconhecido |
Muito rara |
|
Diminuição da hemoglobina238 e hematócrito239 (ver seção 5) |
Muito rara |
- |
- |
|
Eletrocardiograma240 com QT prolongado (ver secções 5 e 6) |
- |
Desconhecido |
- |
|
Aumento da glicemia143 |
- |
Desconhecido |
- |
|
Aumento do ácido úrico |
- |
Desconhecido |
- |
|
Danos, intoxicação e complicações de procedimentos |
Quedas |
Incomum * |
- |
- |
* frequência calculada a partir de ensaios clínicos241 para os eventos adversos reportados espontaneamente.
Casos de Síndrome148 de secreção inapropriada de hormônio75 antidiurético (SIADH) tem sido reportados com outros inibidores da ECA. SIADH pode ser considerada como muito rara mas de possível complicação associada ao tratamento com os inibidores da ECA, incluindo perindopril.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
SUPERDOSE
Não há informação de superdose com Triplixam®.
Para associação de perindopril e indapamida
Sintomas72: O efeito adverso mais provável em caso de superdosagem é hipotensão48, por vezes associado a náuseas164, vômitos176, cãibras, tonturas162, sonolência, confusão mental, oligúria242 que pode evoluir para anúria243 (devido a hipovolemia123). Podem ocorrer alterações de sal e água (níveis baixos de sódio e potássio).
Gerenciamento: As primeiras medidas a serem tomadas consistem em eliminar rapidamente o produto(s) ingeridos através de lavagem gástrica244 e/ou administração de carvão ativado, e em seguida restabelecer os fluidos e equilíbrio eletrolítico até regresso ao normal num centro especializado.
Se ocorrer hipotensão48 acentuada, esta pode ser tratada colocando o paciente em posição supino com a cabeça154 baixa. Se necessário pode ser administrada por infusão intravenosa uma solução salina isotônica127, ou pode ser usado qualquer outro método de expansão volêmica.
O perindoprilato, a forma ativa do perindopril, pode ser dialisado (ver seção 3).
Anlodipino
Sintomas72: A experiência com superdose intencional de anlodipino em humanos é limitada.
Os dados disponíveis sugerem que uma superdose pode provocar vasodilatação periférica excessiva e possivelmente taquicardia22 reflexa. Foi reportada uma acentuada e provavelmente prolongada hipotensão48 sistêmica incluindo choque85 fatal.
Gerenciamento: A hipotensão48 clinicamente importante, devida a superdose com anlodipino, requer suporte cardiovascular ativo incluindo monitoramento frequente da função cardíaca e respiratória, elevação das extremidades, e vigilância do volume líquido circulante e do débito urinário245.
Um vasoconstritor pode ajudar a restabelecer o tônus vascular14 e a pressão arterial3, desde que não haja contraindicação à sua utilização. O gluconato de cálcio intravenoso pode ser benéfico na reversão dos efeitos do bloqueio dos canais de cálcio.
A lavagem gástrica244 poderá ser útil em alguns casos. Em voluntários saudáveis, a administração de carvão ativado até 2 horas após a ingestão de 10 mg de anlodipino demonstrou diminuir significativamente a taxa de absorção do anlodipino. Dada a elevada ligação do anlodipino às proteínas52 do sangue89 é provável que a diálise58 não seja benéfica.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
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