

Ebastel D (Bula do profissional de saúde)
EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A.
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Ebastel D
ebastina + cloridrato de pseudoefedrina
Cápsula 10 mg + 120 mg
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Cápsula dura
Embalagens com 5 cápsulas
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS
COMPOSIÇÃO:
Cada cápsula de Ebastel D contém:
ebastina | 10 mg |
cloridrato de pseudoefedrina | 120 mg |
excipientes q.s.p. | 1 cápsula |
Excipientes: sacarose, amido, hipromelose, celulose microcristalina, 8-polioxilestearato, macrogol, hidroxiestearato de macroglicerol, emulsão de silicone, copolímero de ácido metacrílico, copolímero de metacrilato de amônio, dibutilftalato, talco, acetona e álcool isopropílico.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1
INDICAÇÕES
Ebastel® D é indicado para o tratamento sintomático2 da rinite3, seja ela de etiologia4 alérgica, ou infecciosa (resfriado comum e influenza5), visando ao alívio da congestão nasal (outras anormalidades da respiração), espirros, coriza6, pruridos e dos sintomas7 de conjuntivite8 atópica. Ebastel® D é recomendado quando se deseja obter as propriedades anti- histamínicas da ebastina e os efeitos descongestionantes do cloridrato de pseudoefedrina.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Um estudo multicêntrico, duplo-cego, placebo9-controlado, de grupos paralelos investigou a eficácia da combinação de 10 mg de ebastina e 120 mg de pseudoefedrina uma vez ao dia durante três dias de tratamento, no alívio sintomático2 do resfriado comum. A principal variável estudada foi a eficácia global, e as variáveis secundárias incluíram melhora do paciente e evolução dos sintomas7. Cem pacientes foram randomizados para receber o tratamento ativo e 104 (cento e quatro) pacientes foram randomizados para o grupo placebo9. A porcentagem de pacientes que apresentou eficácia do tratamento considerada boa ou excelente foi significativamente maior no grupo tratado com ebastina e pseudoefedrina (75,8%) em relação ao grupo tratado com placebo9 (57,6%; p < 0,001). Diferenças estatisticamente significantes também foram encontradas em favor da ebastina associada à pseudoefedrina, na soma dos escores de sintomas7 nasais (rinorreia10, congestão, prurido11 e espirros) e oculares (lacrimejamento e prurido11) (p<0,006) e na soma dos escores dos sintomas7 totais (nasais, oculares, cefaleia12, dor na garganta13 e tosse) (p<0, 0016).
Referências bibliográficas
- Liu KH, Kim MG, Lee DJ, Yoon YJ, Kim MJ, Shon JH, Choi CS, Choi YK, Desta Z, Shin JG. Characterization of ebastine, hydroxyebastine, and carebastine metabolism by human liver microsomes and expressed cytochrome P450 enzymes: major roles for CYP2J2 and CYP3A. Drug Metab Dispos. 2006 Nov;34(11):1793-7.
- Eccles R. Substitution of phenylephrine for pseudoephedrine as a nasal decongeststant. An illogical way to control methamphetamine abuse. Br J Clin Pharmacol. 2007 Jan;63(1):10-4. Epub 2006 Nov 20.
- Aljazaf K, Hale TW, Ilett KF, Hartmann PE, Mitoulas LR, Kristensen JH, Hackett LP. Pseudoephedrine: effects on milk production in women and estimation of infant exposure via breastmilk. Br J Clin Pharmacol. 2003 Jul;56(1):18-24. alter significantly the disposition and antihistamine effect of ebastine and its metabolites in healthy participants. J Clin Pharmacol. 2010 Feb;50(2):195-204.
- Shon JH, Yeo CW, Liu KH, Lee SS, Cha IJ, Shin JG. Itraconazole and rifampin alter significantly the disposition and antihistamine effect of ebastine and its metabolites in healthy participants. J Clin Pharmacol. 2010 Feb;50(2):195-204.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
Ebastel® D contém a ebastina, que é um anti-histamínico que induz a um bloqueio potente, prolongado e seletivo dos receptores histamínicos H1 periféricos, sem apresentar efeitos centrais sedativos, ou anticolinérgicos, e o cloridrato de pseudoefedrina, que é um simpatomimético ativo por via oral, apresenta efeito vasoconstritor e consequentemente, efeito descongestionante nasal. Em pacientes normotensos e nas doses recomendadas, o efeito desse agente simpaticomimético sobre a pressão arterial14 é pequeno, ou inexistente.
Doses únicas de ebastina (10 mg ou mais) foram significativamente melhores que o placebo9 na inibição da pápula15 e do eritema16 induzido por histamina17. Os efeitos antialérgicos da ebastina foram demonstrados in vitro e in vivo com avaliações que incluíram teste de desafios nasais, testes cutâneos de puntura e medidas das concentrações de mediadores alérgicos em crianças e adultos com alergias.
Propriedades farmacocinéticas
Após a administração oral de doses repetidas da associação de ebastina e pseudoefedrina, o comportamento farmacocinético dos componentes da combinação não diferiu significativamente do comportamento de cada um dos princípios ativos administrados separadamente. A ebastina é quase completamente convertida a seu metabólito18 ácido farmacologicamente ativo, a carebastina. A vida média de eliminação do metabólito18 ativo da ebastina (carebastina) foi de 14 ± 3,2 h e a vida média de eliminação da pseudoefedrina foi de 6,4 ± 1,5 h, sendo 66% da droga excretada na urina19, principalmente na forma de metabólito18 conjugado. Os estudos “in vitro” com microssomas hepáticos humanos mostraram que a ebastina é metabolizada em desalquilebastina via CYP3A4 e em hidroxiebastina via CYP2J2, sendo esta última convertida em carebastina por caeboxilação, via CYP3A4 e CYP2J2. A ligação às proteínas20 plasmáticas, tanto da ebastina, quanto da carebastina é alta, > 95%.
Não foram observadas alterações estatisticamente significativas da farmacocinética da ebastina em idosos, em comparação à farmacocinética em voluntários adultos jovens.
O valor médio da área sob a curva (AUC21) de concentração-tempo da pseudoefedrina até 24 (vinte e quatro) horas depois das doses no quarto dia do estudo foi de 2.994,4 ± 601,0 ng/h/ml-1. Não existe variação do comportamento farmacocinético do metabólito18 ativo da ebastina e da pseudoefedrina com o tempo e existe uma boa correlação entre as concentrações plasmáticas encontradas e os valores calculados pelo modelo monocompartimental de doses repetidas. A pseudoefedrina é relativamente resistente à ação das monoaminoxidases intestinais, e 43 a 96% da dose oral é excretada na urina19 sob forma inalterada. A pseudoefedrina não se acumula no plasma22.
CONTRAINDICAÇÕES
Ebastel® D é contraindicado para pacientes23 com hipersensibilidade conhecida à ebastina, à pseudoefedrina, ou aos demais componentes da formulação.
Devido à presença de pseudoefedrina, Ebastel® D não deve ser administrado em pacientes com glaucoma24 primário de ângulo fechado, retenção urinária25, hipertensão arterial26 grave, doenças isquêmicas do coração27, hipertireoidismo28 e sob tratamento simultâneo ou recente (nas últimas semanas) com inibidores da monoamino oxidase (IMAO29), reserpina, metildopa, mecamilamina e alcaloides.
Este medicamento é contraindicado para pacientes23 com insuficiência hepática30 grave. Este medicamento é contraindicado para menores de 12 (doze) anos.
Categoria de risco na gravidez31: C
Não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres grávidas com uso de ebastina+ cloridrato de pseudoefedrina; ou então, os estudos em animais revelaram risco, mas não existem estudos disponíveis realizados em mulheres grávidas.
- A segurança da administração de ebastina durante a gravidez31 humana ainda não foi estabelecida.
Estudos em ratos e camundongos não indicaram qualquer efeito nocivo direto, ou indireto sobre o desenvolvimento embrionário, ou fetal, durante a gestação, ou desenvolvimento peri e pós-natal. Não foram identificados efeitos teratogênicos32 em animais; porém, não existem estudos bem-controlados em mulheres grávidas e estudos reprodutivos nem sempre são demonstrativos da resposta humana. Portanto, a ebastina só deve ser utilizada durante a gravidez31 em caso de necessidade evidente. - A segurança da administração de pseudoefedrina foi evidenciada por apenas um número limitado de mulheres grávidas e mulheres em idade fértil, sem um aumento na frequência de malformações33 ou outros efeitos nocivos diretos ou indiretos sobre o feto34 humano. Os estudos em animais são insuficientes ou podem faltar, entretanto, os dados disponíveis não mostram evidências de um aumento da ocorrência de dano fetal.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas, sem orientação médica, ou do cirurgião- dentista.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Os resultados dos estudos clínicos realizados com ebastina não revelaram alterações do sistema nervoso central35 clinicamente relevantes. Não existem antecedentes de alterações do sistema nervoso central35 com pseudoefedrina. Uma cápsula de Ebastel® D contém 102,21 mg de sacarose, devendo- se, portanto, ter cautela quando da administração de Ebastel® D a pacientes diabéticos.
Informações importantes sobre um dos componentes do medicamento
Atenção: Este medicamento contém SACAROSE; portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes36.
Os esportistas devem ser advertidos que Ebastel® D contém um componente que pode provocar resultado analítico positivo no teste antidoping.
Este medicamento pode causar doping.
Populações especiais
Ebastel® D deve ser usado com cautela, em pacientes idosos, com hipertensão arterial26 e com doenças cardíacas. Como com outros anti-histamínicos, deve-se ter cautela quando se administra a ebastina a pacientes com as seguintes condições: síndrome37 do intervalo QT longo (resultados anormais de estudos da função cardiovascular, eletrocardiograma38 anormal), hipopotassemia39 e tratamento com drogas que aumentem o intervalo QT ou que inibam a enzima40 CYP3A4, tais como antifúngicos (cetoconazol, butoconazol, etc.) e antibióticos macrolídeos (vide o item “Interações medicamentosas”).
A ebastina deve ser usada com cautela em pacientes com insuficiência renal41 e com insuficiência hepática30 leve a moderada.
Ebastel® D não deve ser administrado a pacientes menores de 12 (doze) anos de idade.
Gravidez31 e Lactação42
Categoria de risco na gravidez31: C – Não há estudos adequados em mulheres. Em experiências animais ocorreram alguns efeitos colaterais43 no feto34, mas o benefício do produto pode justificar o risco potencial durante a gravidez31.
Não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres grávidas com uso de ebastina + cloridrato de pseudoefedrina; ou então, os estudos em animais revelaram risco, mas não existem estudos disponíveis realizados em mulheres grávidas.
A segurança da administração de ebastina durante a gravidez31 humana ainda não foi estabelecida. Estudos em ratos e camundongos não indicaram qualquer efeito nocivo direto, ou indireto sobre o desenvolvimento embrionário, ou fetal, durante a gestação, ou desenvolvimento peri e pós-natal. Não foram identificados efeitos teratogênicos32 em animais; porém, não existem estudos bem-controlados em mulheres grávidas e estudos reprodutivos nem sempre são demonstrativos da resposta humana. Portanto, a ebastina só deve ser utilizada durante a gravidez31 em caso de necessidade evidente.
A segurança da administração de pseudoefedrina foi evidenciada por apenas um número limitado de mulheres grávidas e mulheres em idade fértil, sem um aumento na frequência de malformações33 ou outros efeitos nocivos diretos ou indiretos sobre o feto34 humano. Os estudos em animais são insuficientes ou podem faltar, entretanto, os dados disponíveis não mostram evidências de um aumento da ocorrência de dano fetal.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas, sem orientação médica, ou do cirurgião-dentista.
Existem relatos de que a pseudoefedrina pode diminuir a quantidade de leite em lactantes44.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Ebastel® D pode interferir nos resultados de testes alérgicos cutâneos, sendo desaconselhável realizá-los até 5 (cinco) -7 (sete) dias após a interrupção do tratamento.
Ebastel® D pode potencializar os efeitos de outros anti-histamínicos. Este medicamento não deve ser administrado simultaneamente com antidepressivos (do tipo IMAO29), visto que pode provocar hipertensão arterial26 grave.
O efeito hipotensor de fármacos como metildopa, mecamilamina, reserpina e alcaloides pode ser reduzido em caso de associação com Ebastel® D. A administração simultânea com medicamentos simpatomiméticos produz aumento de seus efeitos, podendo elevar a toxicidade45 dos mesmos. Ebastel® D pode interagir com medicamentos anti-hipertensivos (β-bloqueador adrenérgico46), o que deve ser considerado no momento da prescrição médica.
Os componentes deste medicamento não potencializam os efeitos do álcool.
A interação da ebastina com o cetoconazol e a eritromicina (ambos conhecidos por prolongar o intervalo QT) foi avaliada. Observaram-se interações farmacocinéticas e farmacodinâmicas com cada uma dessas combinações, com um aumento de 18-19 mseg (4,5-5%) no intervalo QT. O itraconazol pode aumentar os níveis séricos da ebastina e da carebastina. A rifampicina pode diminuir os níveis de ebastina e carebastina, bem como interferir no resultado de testes alérgicos cutâneos.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Ebastel® D deve ser guardado dentro da embalagem original, em temperatura ambiente (15–30°C).
O prazo de validade deste medicamento é de 24 (vinte e quatro) meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Ebastel® D é uma cápsula gelatina dura, vermelha.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Posologia
Adultos e crianças acima de 12 (dose) anos: 1 (uma) cápsula, uma vez ao dia, administrada preferencialmente durante o desjejum. Em casos graves, pode-se administrar 1 (uma) cápsula a cada 12 (doze) horas. A duração do tratamento deve-se limitar à fase sintomática47, não se prolongando por mais de 10 (dez) dias na rinite3 alérgica e vasomotora, ou 3 (três) dias na rinite3 associada ao resfriado comum, salvo a critério médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
REAÇÕES ADVERSAS
Os eventos adversos de Ebastel® D são apresentados em ordem de frequência decrescente a seguir:
Comuns, > 1/100 e < 1/10 (> 1% e < 10%): tontura48, dor epigástrica, náuseas49, boca50 seca, astenia51, cefaleia12, sonolência, insônia.
Raros, > 1/10.000 e < 1.000 (> 0,01% e < 0,1%): erupções cutâneas52 pruriginosas53.
Outros eventos adversos já relatados (mas com frequência não determinada) são nervosismo, diarreia54 e constipação55 (alterações do hábito intestinal). Devido à presença de pseudoefedrina, especialmente em pacientes com hipersensibilidade a medicamentos simpatomiméticos, podem ocorrer ainda: agitação e inquietação, taquicardia56 em administrações prolongadas.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos – VIGIMED, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Em estudos realizados com altas doses, não foram observados sinais57 e sintomas7 clinicamente relevantes até a dose de 100 mg administrada uma vez ao dia. Em caso de superdosagem com Ebastel® D, deve-se realizar lavagem gástrica58, monitorar os sinais vitais59, incluindo a monitorização por ECG e instituir tratamento sintomático2 e de manutenção das funções vitais com urgência60.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
MS 1.0043.0759
Farm. Resp.: Dra. Sônia Albano Badaró - CRF-SP 19.258
Fabricado por:
LABORATORIOS ALMIRALL, S.A.
Barcelona - Espanha
Importado, embalado e registrado por:
EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A.
Av. Ver. José Diniz, 3.465 - São Paulo - SP
CNPJ 61.190.096/0001-92
Indústria Brasileira
SAC 0800 704 3876
