Dexilant (Bula do profissional de saúde)
TAKEDA PHARMA LTDA.
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Dexilant
Dexlansoprazol
Cápsulas 30 mg ou 60 mg
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Cápsulas de liberação retardada com 30 mg ou 60 mg
Embalagens com 2, 30 ou 60 cápsulas de liberação retardada
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada cápsula de Dexilant contém:
dexlansoprazol | 30 ou 60 mg |
excipientes q.s.p. | 1 cápsula |
Excipientes: dióxido de silício coloidal, hidroxipropilcelulose, hipromelose 2910, hidroxipropilcelulose de baixa substituição, carbonato de magnésio, copolímero de ácido metacrílico, polietilenoglicol 8000, polissorbato 80, sacarose, esferas de açúcar1, talco, dióxido de titânio e citrato de trietila.
O revestimento da cápsula contém os seguintes ingredientes não medicinais: carragenina, hipromelose, cloreto de potássio. De acordo com a cor da cápsula, a azul contém corante FD&C azul número 2 laca de alumínio; a cinza contém óxido férrico preto; e ambas contêm dióxido de titânio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSINAIS DE SAÚDE2
INDICAÇÕES
Dexilant é indicado para:
-
Cicatrização de todos os graus de esofagite3 erosiva (EE) por oito semanas.
-
Manutenção da cicatrização da esofagite3 erosiva (EE) e alívio da pirose4.
-
Tratamento da pirose4 associada à doença de refluxo gastroesofágico5 (DRGE) não-erosiva, sintomática6 por até quatro semanas.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Cicatrização da esofagite3 erosiva
A eficácia e a segurança do uso de dexlansoprazol na cicatrização da esofagite3 erosiva (EE) (graus A-D da classificação de Los Angeles) confirmada endoscopicamente foram avaliadas em dois estudos multicêntricos, duplo-cegos, randomizados, comparativos com lansoprazol, de 8 semanas de duração. Os pacientes foram randomizados para receberem Dexilant 60 mg uma vez ao dia ou 90 mg uma vez ao dia ou lansoprazol 30 mg uma vez ao dia. Foram excluídos destes estudos pacientes que fossem H. pylori- positivos ou que tivessem esôfago7 de Barret e/ou alterações displásicas definitivas no período basal. A idade média dos 4.092 pacientes admitidos aos estudos foi de 48 anos (variando de 18 a 90 anos), sendo 54% do gênero masculino e 87% caucasianos; 5% negros e 8% de outras etnias. Com base na classificação de Los Angeles, 71% dos pacientes apresentavam antes do tratamento EE graus A e B (leve) e 29% EE graus C e D (moderada a grave). Pela análise de tabela de vida, 92,3% a 93,1% dos pacientes apresentaram cicatrização com Dexilant 60 mg/dia, versus 86,1% a 91,5% com lansoprazol 30 mg/dia após oito semanas de tratamento. Em ambos os estudos demonstrou-se não- inferioridade. O teste log-rank não estabeleceu superioridade estatística. Os cálculos de taxas brutas (não processadas) consideraram como não curados os pacientes que não apresentavam esofagite3 erosiva cicatrizada documentada endoscopicamente e que descontinuaram prematuramente o tratamento. Com base nos cálculos das taxas brutas (não- processadas), as taxas de cicatrização na semana 4 (desfecho secundário) ou na semana 8 (desfecho primário) foram mais elevadas com Dexilant do que com lansoprazol (Tabela 1). O tratamento com Dexilant 60 mg foi não- inferior àquele com lansoprazol 30 mg na semana 8 em ambos os estudos. A superioridade estatística de Dexilant 60 mg em relação ao lansoprazol 30 mg foi estabelecida no primeiro estudo, porém não replicada no segundo estudo.
Tabela 1. Taxas de cicatrização de esofagite3 erosivaa – todos os graus:
Estudo |
Número de pacientes |
Grupo de tratamento |
% de cicatrização |
% de cicatrização |
(IC de 95% para a diferença de tratamento (Dexilant– lansoprazol) na semana 8 |
1 |
657 |
Dexilant 60 mg |
70 |
87 |
(-1,5; 6,1)d |
648 |
Lansoprazol 30 mg |
65 |
85 |
||
2 |
639 |
Dexilant 60 mg |
66 |
85 |
(2,2; 10,5)d |
656 |
Lansoprazol 30mg |
65 |
79 |
IC = Intervalo de confiança
a Com base nas estimativas de taxa bruta, os pacientes que não apresentaram EE cicatrizada comprovada por endoscopia8 e descontinuaram prematuramente foram considerados não curados.
b Pacientes com ao menos uma endoscopia8 após o nível basal
c Desfecho primário de eficácia
d Demonstrada não-inferioridade em relação ao lansoprazol
Dexilant 90 mg uma vez ao dia foi estudado e não apresentou nenhum benefício clínico adicional em relação ao Dexilant 60 mg uma vez ao dia.
Manutenção da cicatrização da esofagite3 erosiva
Realizou-se um estudo multicêntrico, duplo-cego, randomizado9 e controlado com placebo10 em pacientes que concluíram com sucesso um estudo clínico em esofagite3 erosiva e que apresentaram cicatrização da esofagite3 confirmada endoscopicamente. A manutenção da cicatrização e o alívio da pirose4 por um período de 6 meses foi avaliada com Dexilant 30 mg ou 60 mg uma vez ao dia em comparação com placebo10. Incluiu-se um total de 445 pacientes com idades variando de 18 a 85 anos (média de 49 anos), com predominância do sexo feminino (52%) e 90% de caucasianos, 5% de negros e 5% de outras etnias. Sessenta e seis por cento dos pacientes tratados com Dexilant 30 mg tiveram a cicatrização mantida ao longo de seis meses, conforme confirmado por endoscopia8 (vide Tabela 2).
Tabela 2. Taxa de manutençãoa da cicatrização da EE por até 6 meses
Número de pacientes |
Grupo de tratamento |
Taxa de manutenção |
125 |
Dexilant 30 mg |
66,4c |
119 |
Placebo10 |
14,3 |
a Com base em estimativas dos dados brutos, os pacientes que não tiveram recaída endoscopicamente documentada e os pacientes com tratamento prematuramente interrompido foram considerados como tendo uma recaída.
b Pacientes com pelo menos uma endoscopia8 após o período basal
c Estatisticamente significativo versus placebo10
Dexilant 60 mg uma vez ao dia foi estudado e não apresentou benefício clínico adicional a Dexilant 30 mg uma vez ao dia.
O efeito de Dexilant 30 mg na manutenção do alívio da pirose4 também foi avaliado. Após a entrada no estudo de manutenção, a pirose4 com gravidade baixa da maioria dos pacientes foi classificada como inexistente. Dexilant 30 mg demonstrou uma porcentagem significativamente maior de períodos de 24 horas sem pirose4 em comparação com placebo10 durante o período de 6 meses de tratamento (vide Tabela 3). A maioria dos pacientes tratados com placebo10 descontinuou o tratamento devido a recaída de EE entre dois e seis meses.
Tabela 3. Porcentagem média de períodos de 24 horas livre de pirose4 no estudo de manutenção da cicatrização da EE
|
Tratamento gerala |
Mês 1 |
Mês 6 |
|||
Grupo de tratamento (dose diária) |
N |
Período de 24 horas livre de pirose4 (%) |
N |
Período de 24 horas livre de pirose4 (%) |
N |
Período de 24 horas livre de pirose4 (%) |
Dexilant 30 mg |
132 |
96,1 b |
126 |
96,7 |
80 |
98,3 |
Placebo10 |
141 |
28,6 |
117 |
28,6 |
23 |
73,3 |
a Desfecho secundário
b Estatisticamente significante versus placebo10
DRGE sintomática6 Não-Erosiva
Realizou-se um estudo multicêntrico, duplo-cego, controlado com placebo10, randomizado9, de 4 semanas de duração em pacientes com diagnóstico11 de DRGE não-erosiva sintomática6 feito primariamente pela presença de sintomas12. Esses pacientes identificaram a pirose4 como sintoma13 primário, apresentaram histórico de pirose4 por 6 meses ou mais em no mínimo quatro de setedias imediatamente antes da randomização, sem erosões esofágicas à endoscopia8. Entretanto, pacientes com sintomas12 não- relacionados ao ácido podem não ter sido excluídos mediante estes critérios de inclusão. Os pacientes foram randomizados para um dos três grupos de tratamento: Dexilant 30 mg/ dia, Dexilant 60 mg/dia ou placebo10. Foi admitido ao estudo um total de 947 pacientes com idade entre 18 e 86 anos (média de 48 anos), sendo 71% do sexo feminino; 82% caucasianos, 14% negros e 4% de outras etnias.
Dexilant 30 mg apresentou porcentagem significantemente mais elevada de dias com ausência de pirose4 por períodos de 24 horas em relação ao placebo10 nas quatro semanas de estudo segundo a avaliação do diário do paciente (vide Tabela 4). Dexilant 60 mg uma vez ao dia também foi avaliado e não proporcionou benefício clínico adicional em relação ao Dexilant 30 mg uma vez ao dia.
Tabela 4. Porcentagens médias de períodos livres de pirose4 por 24 horas durante 4 semanas de tratamento do estudo de DRGE sintomática6 não erosiva.
Grupo de tratamento |
N |
Períodos de 24 horas sem pirose4 (%) |
Dexilant 30 mg |
312 |
54,9* |
Placebo10 |
310 |
18,5 |
* Estatisticamente significativo vs. placebo10, P<0,00001
Uma porcentagem maior de pacientes tratados com Dexilant 30 mg que aquela de tratados com placebo10 apresentou períodos de 24 horas sem pirose4 durante as 4 semanas de tratamento. Este resultado foi observado desde os três primeiros dias de tratamento e sustentado por todo o período do estudo (porcentagem de pacientes no dia 3: Dexilant 38% versus placebo15%; no dia 28: Dexilant 63% versus placebo10 40%).
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Mecanismo de ação
Dexilant é um inibidor de bomba de prótons que suprime a secreção de ácido gástrico14 pela inibição específica da (H+,K+)-ATPase na célula15 parietal gástrica. Ao atuar especificamente na bomba de prótons, Dexilant bloqueia a etapa final da produção de ácido.
Propriedades farmacodinâmicas
Atividade Antissecretora: Os efeitos de 24 horas de Dexilant 60 mg sobre o pH intragástrico foram avaliados em indivíduos sadios (n = 20) em um estudo cruzado de doses múltiplas em comparação com lansoprazol 30 mg (n = 23) uma vez ao dia por 5 dias. Os resultados estão resumidos na Tabela 5.
Tabela 5. Efeito de 24 horas sobre o pH intragástrico no dia 5 após administração de Dexilant ou lansoprazol.
|
Dexilant |
lansoprazol |
Valor de P |
pH intragástrico médio |
4,55 |
4,13 |
0,05 |
% de tempo com pH intragástrico >4 |
71 (17 h) |
60 (14 h) |
≤ 0, 05 ,05 |
Efeito sobre a gastrina16 sérica: O efeito de Dexilant sobre as concentrações de gastrina16 sérica foi avaliado em estudos clínicos que envolveram cerca de 3.460 pacientes tratados por até oito semanas e 1.025 pacientes tratados por 6 a 12 meses. As médias das concentrações de gastrina16 em jejum aumentaram em relação aos valores basais durante o tratamento com Dexilant 30 mg e 60 mg. Nos pacientes tratados por mais de seis meses, a média dos níveis de gastrina16 sérica aumentou durante os três primeiros meses de tratamento, aproximadamente, e se estabilizaram durante o período restante da terapia. A média dos níveis de gastrina16 sérica retornou aos níveis pré-tratamento dentro de um mês após a descontinuação terapêutica17.
Efeitos sobre as células18 tipo-enterocromafins (ECL): Não se relatou hiperplasia19 das células18 tipo-enterocromafins (ECL) nas biópsias20 gástricas de 857 pacientes tratados por até 12 meses com Dexilant 30 mg, 60 mg ou 90 mg.
Durante o período de vida de ratos expostos a até 150 mg/kg/dia de lansoprazol, observou-se marcada hipergastrinemia seguida por proliferação de células18 ECL e formação de tumores carcinóides, especialmente nas fêmeas.
Efeitos sobre a repolarização cardíaca: Doses de 90 mg ou 300 mg de Dexilant não causaram retardo na repolarização cardíaca em comparação com placebo10 em um estudo conduzido para avaliar o potencial de dexlansoprazol para prolongar o intervalo QT/QTc em indivíduos adultos sadios. O controle positivo (moxifloxacina) produziu uma média máxima maior e tempos médios dos intervalos QT/QTc estatisticamente significativos quando comparados com placebo10.
Propriedades farmacocinéticas
A formulação de Dexilant utiliza tecnologia de liberação retardada dupla e cria um perfil de concentração plasmática/tempo de dexlansoprazol com dois picos distintos: o primeiro pico ocorre uma a duas horas após a administração e é seguido por um segundo pico no período de quatro a cinco horas (Figura 1). Dexlansoprazol é eliminado com meia-vida de aproximadamente 1 a 2 horas tanto em indivíduos sadios como em pacientes com DRGE sintomática6. Não há acúmulo de dexlansoprazol após doses orais múltiplas de Dexilant 30 mg ou 60 mg uma vez ao dia, embora os valores médios de ASCt e Cmax sejam discretamente (menos que 10%) mais altos no dia 5 do que no dia 1.
Figura 1. Perfil de concentração plasmática média de dexlansoprazol-tempo após administração oral de 30 mg ou 60 mg de uma vez ao dia de Dexilant por 5 dias em indivíduos sadios
Os parâmetros farmacocinéticos do dexlansoprazol são altamente variáveis, com valores percentuais de coeficiente de variação (CV%) para Cmax, ASC e CL/F superiores a 30%, e estão resumidos na Tabela 6.
Tabela 6. Parâmetros farmacocinéticos médios (CV %) para indivíduos sadios no dia 5 após administração deDexilant.
Dose |
Cmax |
ASC24 |
CL/F |
30 |
658 (40%) (N=44) |
3275 (47%) (N=43) |
11,4 (48%) (N=43) |
60 |
1397 (51%) (N=79) |
6529 (60%) (N=73) |
11,6 (46%) (N=41) |
Absorção: Após a administração oral de Dexilant 30 mg ou 60 mg a indivíduos sadios e pacientes com DRGE sintomática6, os valores médios de Cmax e ASC de dexlansoprazol foram elevados de modo aproximadamente proporcional à dose (vide Figura 1).
Distribuição: A ligação de dexlansoprazol às proteínas21 plasmáticas variou de 96,1% a 98,8% em indivíduos sadios e foi independente da concentração de 0,01 a 20 mcg/mL. O volume aparente de distribuição (Vz/F) após doses múltiplas em pacientes que apresentavam DRGE sintomática6 foi de 40,3 L.
Metabolismo22: Dexlansoprazol é extensamente metabolizado no fígado23, por oxidação, redução e subsequente formação de conjugados de sulfato, glicuronida e glutationa em metabólitos24 inativos. Os metabólitos24 oxidantes são formados pelo sistema enzimático do citocromo P450 (CYP), incluindo hidroxilação principalmente pelo CYP2C19 e oxidação em sulfona pelo CYP3A4. A CYP2C19 é uma enzima25 hepática26 polimórfica que apresenta três fenótipos no metabolismo22 dos substratos de CYP2C19; metabolizadores extensos (*1/*1), metabolizadores intermediários (*1/mutante) e metabolizadores fracos (mutante/mutante). Dexlansoprazol é o principal componente circulante no plasma27, independentemente do status de metabolização do CYP2C19. Os principais metabólitos24 plasmáticos dos metabolizadores intermediários e extensos de CYP2C19 são 5-hidroxidexlansoprazol e seu conjugado glicuronídeo, ao passo que a sulfona de dexlansoprazol é o principal metabólito28 plasmático dos metabolizadores fracos do CYP2C19.
Excreção: Após a administração de Dexilant não há excreção urinária de dexlansoprazol não-metabolizado. Após a administração de [14C]dexlansoprazol a seis indivíduos sadios do sexo masculino, aproximadamente 50,7%±9,0% da radioatividade administrada foi excretada na urina29 e 47,6%±7,3% nas fezes. A depuração aparente (CL/F) nos indivíduos sadios foi respectivamente de 11,4 a 11,6 L/h após cinco dias de administração de 30 ou 60 mg uma vez ao dia.
Efeito do polimorfismo da CYP2C19 sobre a exposição sistêmica ao dexlansoprazol: A exposição sistêmica ao dexlansoprazol é geralmente mais elevada em metabolizadores intermediários e fracos. Em indivíduos japoneses do sexo masculino que receberam uma dose única de Dexilant de 30 mg ou 60 mg (N = 2 a 6 indivíduos /grupo), a média dos valores de Cmax e ASC foi até duas vezes maior com metabolizadores intermediários do que com metabolizadores extensos; com metabolizadores fracos, o valor médio de Cmax foi até 4 vezes maior e o valor médio da ASC foi até 12 vezes maior do que com metabolizadores extensos. Embora tal estudo não tenha sido realizado em caucasianos e afro-americanos, espera-se que a exposição dessas raças ao dexlansoprazol também seja afetada por fenótipos CYP2C19.
Efeito do alimento sobre a farmacocinética e a farmacodinâmica: Em quatro estudos de Fase I sobre o efeito de alimento em indivíduos sadios tratados com Dexilant em diversas condições alimentares em comparação ao jejum, os aumentos de Cmax variaram de 12% a 55% e os aumentos da AUC30 variaram de 9% a 37%. Entretanto, não se observaram diferenças significativas em relação ao pH intragástrico. Um estudo adicional demonstrou que a administração de 60 mg de Dexilant antes do café da manhã, do almoço, de um lanche ou do jantar não causa efeito sobre a exposição ao dexlansoprazol ou um efeito clinicamente relevante sobre o controle do pH intragástrico em 24 horas.
Populações especiais
Pacientes pediátricos: A farmacocinética de dexlansoprazol não foi estudada em pacientes com menos de 18 anos de idade.
Pacientes idosos: Em um estudo com 12 indivíduos sadios do sexo masculino e 12 do sexo feminino tratados com uma dose oral única de Dexilant 60 mg, a meia-vida de eliminação terminal de dexlansoprazol foi significativamente mais longa em indivíduos idosos do que em indivíduos mais jovens (2,23 e 1,5 horas, respectivamente). Além disso, dexlansoprazol apresentou exposição sistêmica mais elevada (ASC) nos indivíduos idosos (34,5% mais elevada) do que em indivíduos mais jovens. Estas diferenças não foram clinicamente relevantes, não sendo necessário ajuste de dose em pacientes idosos (vide ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Gênero: Em um estudo com 12 indivíduos sadios do sexo masculino e 12 do sexo feminino tratados com uma dose oral única de Dexilant 60 mg, as mulheres apresentaram exposição sistêmica mais elevada (ASC) (42,8% mais elevada) que os homens. Entretanto, não é necessário ajustar a dose em pacientes com base no gênero.
Insuficiência hepática31: Em um estudo com 12 pacientes que apresentavam comprometimento moderado da função hepática26 tratados com uma dose oral única de Dexilant 60 mg, a exposição plasmática (ASC) de dexlansoprazol ligado e não-ligado foi aproximadamente duas vezes maior no grupo de comprometimento hepático do que em indivíduos com função hepática26 normal. Esta diferença na exposição não foi causada por uma diferença na ligação às proteínas21 entre os dois grupos de função hepática26. Não é necessário ajustar a dose de Dexilant em pacientes que apresentam comprometimento hepático leve (Child-Pugh classe A). Para pacientes32 que apresentam comprometimento hepático moderado (Child-Pugh classe B) deverá ser considerado Dexilant 30 mg. Não foram realizados estudos em pacientes que apresentam comprometimento hepático grave (Child-Pugh classe C) (vide ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Insuficiência renal33: Dexlansoprazol é extensamente metabolizado no fígado23 em metabólitos24 inativos e nenhum precursor é recuperado na urina29 após uma dose oral de dexlansoprazol. Portanto, a farmacocinética de dexlansoprazol não deverá ser alterada em pacientes que apresentarem comprometimento renal34. Não foram realizados estudos em indivíduos com comprometimento renal34. (vide ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Toxicologia não-clínica
Carcinogênese, mutagênese, comprometimento da fertilidade: O potencial carcinogênico de dexlansoprazol foi avaliado com base em estudos de lansoprazol. Em dois estudos de carcinogênese de 24 meses trataram-se ratos Sprague-Dawley com lanzoparazol oral em doses de 5 a 150 mg/kg/dia, cerca de 1 a 40 vezes a exposição da dose humana recomendada de lansoprazol 30 mg/ dia com base na superfície corpórea (mg/m2) de uma pessoa com peso de 50 kg e altura média [área de superfície corpórea de 1,46 m2].
O lansoprazol causou hiperplasia19 gástrica de células enterocromafins35 e carcinogênese de células enterocromafins35 relacionada à dose em ratos machos e fêmeas.
Em ratos, o lansoprazol também aumentou em ambos os gêneros a incidência36 de metaplasia intestinal do epitélio37 gástrico. Em ratos machos, o lansoprazol produziu um aumento dose-dependente dos adenomas de células intersticiais testiculares38. A incidência36 desses adenomas em ratos que receberam doses de 15 a 150 mg/kg/dia (4 a 40 vezes a dose humana recomendada de lansoprazol baseada na superfície corpórea) excedeu a incidência36 esperada (intervalo = 1,4- 10%) para esse tipo de rato.
Num estudo de carcinogenicidade de 24 meses, camundongos CD-1 foram tratados por via oral com doses de lansoprazol de 15 a 600 mg/kg/dia, duas a 80 vezes a dose de lansoprazol recomendada para humanos com base na superfície corpórea. O lansoprazol causou um aumento dose-dependente na incidência36 de hiperplasia19 das células enterocromafins35. Causou também um aumento na incidência36 de tumores hepáticos (adenoma39 hepatocelular mais carcinoma40). A incidência36 de tumor41 em ratos machos tratados com 300 e 600 mg de lansoprazol/kg/dia (40 a 80 vezes a dose de lansoprazol recomendada para humanos com base na superfície corpórea) e camundongos fêmeas tratados com 150-600 mg de lansoprazol/kg.dia (20 a 80 vezes a dose de lansoprazol recomendada para humanos com base na superfície corpórea) excedeu as faixas de incidência36 de base histórica em controles para esta linhagem de camundongos. O tratamento com lansoprazol produziu adenomas na rede testicular de camundongos machos tratados com 75 a 600 mg/kg/dia (10 a 80 vezes a dose de lansoprazol recomendada para humanos com base na superfície corpórea).
Um estudo de 26 semanas sobre carcinogenicidade de lansoprazol em camundongos transgênicos p53(+/-) não foi positivo.
Lansoprazol foi positivo no teste de Ames e em teste de aberração cromossômica in vitro com linfócitos humanos. Lansoprazol não se mostrou genotóxico em teste ex vivo de síntese não programada de DNA em hepatócitos de ratos, em teste in vivo de micronúcleos de camundongos e em teste de aberração cromossômica de células18 de medula óssea42 de ratos. Dexlansoprazol foi considerado positivo no teste de Ames e em teste de aberração cromossômica in vitro com células18 de pulmão43 de hamster chinês. Dexlansoprazol foi negativo ao teste in vivo de micronúcleo de camundongos.
Os efeitos potenciais de dexlansoprazol sobre a fertilidade e o desempenho reprodutivo foram avaliados por meio de estudos de lansoprazol. Lansoprazol em doses orais de até 150 mg/kg/dia (40 vezes a dose de lansoprazol recomendada para humanos com base na superfície corpórea) demonstrou não ter nenhum efeito sobre a fertilidade e o desempenho reprodutivo de ratos machos e fêmeas.
Toxicologia e/ou farmacologia44 animal
Estudos de toxicologia reprodutiva: Um estudo de reprodução45 realizado em coelhos com doses orais de dexlansoprazol de até 30 mg/kg/dia (cerca de 9 vezes a dose máxima de dexlansoprazol recomendada para humanos [60 mg por dia] com base na superfície corpórea) não revelou evidência de diminuição da fertilidade ou danos ao feto46 devido ao dexlansoprazol. Além disso, estudos de reprodução45 realizados com lansoprazol oral em doses de até 150 mg/kg/dia (40 vezes a dose de lansoprazol recomendada para humanos com base na superfície corpórea) em ratas grávidas e em doses orais de lansoprazol de até 30 mg/kg/dia (16 vezes a dose de lansoprazol recomendada para humanos com base na superfície corpórea) em coelhas grávidas não revelaram evidências de diminuição da fertilidade ou danos ao feto46 devidos ao lansoprazol.
Estudo em Animais Jovens: Foram realizados cinco estudos em animais jovens com lansoprazol, que não revelaram diferenças relacionadas ao tratamento entre animais jovens e adultos.
Durante um estudo adicional de 8 semanas em ratos jovens, o espessamento da válvula cardíaca47 ocorreu aproximadamente em 11 vezes o esperado após a exposição humana a lansoprazol (aproximadamente 5 vezes a exposição esperada ao dexlansoprazol em humanos), com base na AUC30. Os resultados foram revertidos ou tendiam à reversibilidade após um período de quatro semanas de recuperação sem o uso da droga. .
Em um estudo de acompanhamento ao desenvolvimento de sensibilidade ao lansoprazol, ratos jovens com menos de 21 dias pós-natal (idade equivalente a aproximadamente 2 anos em humanos) foram mais sensíveis ao desenvolvimento de espessamento da válvula cardíaca47, com espessamento da válvula ocorrendo em menor exposição (aproximadamente 4 vezes a exposição humana esperada ao lansoprazol e 2 vezes a exposição humana esperada ao dexlansoprazol, com base na AUC30) em animais que receberam a droga a partir do dia 14 pós-natal (idade equivalente a aproximadamente 1 ano em humanos).
A relevância desses achados para pacientes32 pediátricos com menos de 12 anos de idade é desconhecida. Os resultados desses estudos não são relevantes para pacientes32 com idade igual ou superior a 12 anos.
CONTRAINDICAÇÕES
Dexilant não deve ser usado por indivíduos que apresentem hipersensibilidade conhecida ao dexlansoprazol ou aos demais componentes da fórmula. Há relatos de hipersensibilidade e anafilaxia48 com o uso de Dexilant.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Câncer49 gástrico: A resposta sintomática6 ao Dexilant não exclui a presença de malignidade gástrica.
Fratura50 óssea: Vários estudos observacionais sugerem que a terapia com os inibidores da bomba de prótons (IBPs) pode estar associada a um risco aumentado de fraturas de quadril, punho e coluna relacionadas à osteoporose51. O risco de fraturas é maior em pacientes tratados com altas doses, definidas como doses múltiplas diárias de IBP por longo prazo (≥1 ano). Os pacientes devem receber a dose mais baixa e a terapia com IBP deve ter a menor duração adequada à condição a ser tratada. Pacientes em risco de fraturas relacionadas à osteoporose51 devem ser monitorados de acordo com as diretrizes de tratamento estabelecidas.
Hipomagnesemia: Existem raros relatos de hipomagnesemia sintomática6 e assintomática em pacientes tratados com IBPs por um mínimo de três meses, na maioria dos casos após um ano de tratamento. Eventos adversos graves incluem tetania52, arritmias53 e convulsões. A hipomagnesemia pode levar à hipocalcemia54 e à hipocalemia55 (ver 9. REAÇÕES ADVERSAS ). Na maioria dos pacientes, o tratamento da hipomagnesemia requer reposição de magnésio e descontinuação do IBP.
Para pacientes32 com previsão de tratamento prolongado ou que tomem IBP associado a medicamentos tais como digoxina ou drogas que possam causar hipomagnesemia (p.ex. diuréticos56), os profissionais de saúde2 devem considerar o monitoramento dos níveis de magnésio antes de iniciar o tratamento com IBP e depois periodicamente (veja item 9.Reações Adversas).
Uso concomitante com metotrexato: Conforme sugerido em literatura, o uso concomitante de IBPs e metotrexato (primariamente em doses altas, vide 6. Interações Medicamentosas) pode elevar e prolongar os níveis séricos de metotrexato e/ou seu metabólito28, possivelmente levando a quadros de intoxicação por metotrexato. Em casos de administração de altas doses de metotrexato, deve-se considerar a retirada temporária de IBPs de alguns pacientes (veja item 6.Interações Medicamentosas).
Uso concomitante com inibidores de protease do HIV57: a administração concomitante de dexlansoprazol com inibidores de protease do HIV57, cuja absorção é dependente do pH ácido intragástrico, tais como atazanavir e nelfinavir, não é recomendada devido à redução significante da biodisponibilidades destes fármacos.
Diarreia58 associada a Clostridium difficile: Estudos observacionais publicados sugerem que a terapia com IBPs, tais como o Dexilant, pode estar relacionada ao aumento do risco de diarreia58 associada a Clostridium difficile, especialmente em pacientes hospitalizados. Esse diagnóstico11 deve ser considerado para diarreia58 sem melhora (veja item 9. Reações Adversas).
Os pacientes devem usar a menor dose e realizar o tratamento com IBP pelo menor tempo possível apropriado para a condição a ser tratada.
Influência na absorção de Vitamina59 B12: O tratamento diário com qualquer medicação ácido-supressora por períodos prolongados (vários anos) pode levar a uma má absorção da cianocobalamina (vitamina59 B12), causada por hipo ou acloridria60. A deficiência de cianocobalamina deve ser considerada em pacientes com condições patológicas hipersecretórias que requeiram tratamentos de longo prazo, pacientes com reservas corporais reduzidas ou fatores de risco para a absorção reduzida de vitamina59 B12 (tais como idosos) em terapias de longo prazo ou se outros sintomas12 clínicos relevantes forem observados.
Interferência com exames laboratoriais: Níveis de cromogranina61 A aumentados podem interferir com as investigações de tumores neuroendócrinos. Para evitar essa interferência, o tratamento com inibidores das bombas de prótons deve ser interrompido 14 dias antes do doseamento de CgA.
Lúpus62 eritematoso63 cutâneo64 subagudo65 (LECSA): Os inibidores da bomba de prótons estão associados em casos raros com a ocorrência de Lúpus62 eritematoso63 cutâneo64 subagudo65 (LECSA). Se ocorrerem lesões66, especialmente nas áreas da pele67 expostas ao sol, e se acompanhado de artralgia68, o paciente deve procurar ajuda médica prontamente e o profissional de saúde2 deve considerar interromper o uso do produto.
Gravidez69 e Lactação70
Categoria “B” de risco para a gravidez69.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Gravidez69 e lactação70: Não existem estudos clínicos adequados ou bem controlados com Dexilant em mulheres grávidas. Não foram observados eventos adversos fetais em estudos de reprodução45 animal com dexlansoprazol em coelhos. Uma vez que os estudos em animais nem sempre são indicativos da resposta em humanos, Dexilant deverá ser utilizado durante a gestação apenas se claramente necessário.
Não há informações sobre a excreção de dexlansoprazol no leite materno. Entretanto, lansoprazol e seus metabólitos24 estão presentes no leite de ratas em seguida à administração de lansoprazol. Como muitos medicamentos são excretados no leite humano, e tendo em vista o potencial de tumorigenicidade apresentado por lansoprazol em estudos de carcinogenicidade em ratos, a decisão deve ser no sentido de descontinuar a amamentação71 ou a droga, considerando-se a importância da droga para a mãe.
Efeitos teratogênicos72
Um estudo de reprodução45 realizado em coelhos com doses orais de dexlansoprazol correspondentes a aproximadamente 9 vezes a dose máxima de dexlansoprazol recomendada para humanos (60 mg ao dia) não revelou evidências de comprometimento da fertilidade ou lesão73 fetal causados por dexlansoprazol. Além disso, estudos de reprodução45 conduzidos em ratas prenhas com lansoprazol oral em doses de até 40 vezes a dose de lansoprazol recomendada para humanos e em coelhas prenhes com lansoprazol oral em doses de até 16 vezes a dose de lansoprazol recomendada para humanos não revelaram nenhuma evidência de comprometimento da fertilidade ou de danos fetais devidos ao lansoprazol.
Populações especiais
Pacientes pediátricos/menores de 18 anos: A segurança do uso de Dexilant em pacientes menores de 18 anos não foi determinada.
Pacientes idosos: Nos estudos clínicos de Dexilant, 11% dos pacientes tinham 65 anos de idade ou mais. Não se observaram diferenças na segurança ou na eficácia do uso de Dexilant entre pacientes idosos e mais jovens e nos demais estudos clínicos não se observou diferença significativa na resposta entre pacientes geriátricos e pacientes mais jovens; no entanto, uma sensibilidade maior de alguns pacientes idosos não deve ser descartada.
Insuficiência renal33: Não é necessário ajustar a dose em pacientes com comprometimento da função renal34. Não se espera que a farmacocinética do dexlansoprazol seja alterada em pacientes com insuficiência renal33, uma vez que o dexlansoprazol é extensamente metabolizado pelo fígado23 em metabólitos24 inativos e nenhum fármaco74 inalterado é recuperado na urina29 após uma dose oral de dexlansoprazol.
Insuficiência hepática31: Não é necessário ajustar a dose em pacientes com comprometimento hepático leve (Child-Pugh classe A). Para pacientes32 com doença hepática26 moderada (Child-Pugh classe B) deve-se considerar a dose diária máxima de Dexilant 30 mg. Não foram conduzidos estudos em pacientes com comprometimento grave do fígado23 (Child-Pugh classe C) .
Informações importantes sobre um dos componentes do medicamento
Atenção diabéticos: este medicamento contém SACAROSE e esferas de AÇÚCAR1.
Efeito sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Este medicamento não tem efeito conhecido sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Medicamentos com farmacocinética de absorção dependente do pH: Dexilant pode interferir na absorção de outros medicamentos cujo o pH gástrico é um determinante importante da sua biodisponibilidade, tais como ésteres de ampicilina, sais de ferro, digoxina, cetoconazol.
Inibidores de HIV57 Protease: Coadministração de dexlansoprazol não é recomendada com inibidores de HIV57 protease para os quais a absorção é dependente do pH intragástrico ácido tal como o atazanavir e nelfinavir, devido à redução significante da biodisponibilidades destes fármacos.
Metotrexato: O uso concomitante com altas doses de metotrexato podem elevar e prolongar os níveis séricos de metotrexato e / ou de seu metabólito28, possivelmente, levando a toxicidade75 do metotrexato.
Interações com o citocromo P450: Dexilant é parcialmente metabolizado pelo CYP2C19 e o CYP3A4. Estudos in vitro demonstraram que Dexilant provavelmente não inibe as isoformas CYP1A1, 1A2, 2A6, 2B6, 2C8, 2C9, 2C19, 2D6, 2E1 ou 3A4. Assim, não se esperam interações clinicamente relevantes com medicamentos metabolizados por estas enzimas do citocromo P450. Além disso, estudos clínicos de interação mostraram que não há influência na farmacocinética quando Dexilant é coadministrado com fenitoína (substrato da CYP 2C9) ou teofilina (substrato da CYP1A).
Em estudos de interação droga-droga com teofilina não se determinaram genótipos de CYP1A2. Embora estudos in vitro tenham demonstrado que Dexilant é potencialmente inibidor da CYP2C19, um estudo in vivo de interação droga-droga, principalmente em metabolizadores extensivos e intermediários de CYP2C19, demonstrou que Dexilant não afeta a farmacocinética de diazepam (substrato da CYP2C19).
Efeitos de outros medicamentos em dexlansoprazol
Medicamentos que inibem ou induzem a CYP2C19: Os inibidores da CYP2C19, tais como a fluvoxamina, provavelmente aumentam a exposição sistêmica do dexlansoprazol. Os indutores da CYP2C19 podem diminuir a exposição sistêmica a dexlansoprazol.
Interações com varfarina: a administração concomitante de Dexilant na dose de 90 mg e 25 mg de varfarina não afetou a farmacocinética de varfarina ou o INR. Entretanto, houve relatos de aumento do tempo de protrombina76 e INR em pacientes tratados concomitantemente com IBPs e varfarina. O aumento no tempo de protrombina76 e INR podem levar ao sangramento anormal e até mesmo óbito77. Consequentemente, em pacientes que estejam sendo tratados com Dexilant e varfarina pode ser necessária a monitorização do aumento do tempo de protrombina76 e INR.
Interações com tacrolimo: A administração concomitante de dexlansoprazol e tacrolimo pode aumentar os níveis de tacrolimo no sangue78 total, principalmente em pacientes transplantados que sejam metabolizadores intermediários ou fracos de CYP2C19.
Interação com clopidogrel: A administração concomitante de clopidogrel e dexlansoprazol em indivíduos saudáveis não teve efeito clinicamente importante sobre a exposição ao metabólito28 ativo de clopidogrel ou a inibição plaquetária induzida por clopidogrel.
Não há necessidade de ajuste de dose de clopidogrel quando este for administrado com uma dose aprovada de Dexilant.
Interações com alimentos: Dexilant deve ser tomado sem alimentos.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Dexilant deve ser conservado na embalagem original e em temperatura ambiente (15–30°C).
Dexilant cápsulas duras de liberação retardada tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Depois de aberto, este produto pode ser utilizado durante o período de validade.
Depois de retiradas das embalagens, as cápsulas devem ser utilizadas imediatamente.
Características físicas e organolépticas do produto
- As cápsulas de Dexilant 30 mg são azuis e cinza;
- As cápsulas de Dexilant 60 mg são azuis.
Dentro das cápsulas há grânulos brancos a -levemente acinzentados.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Dexilant está disponível nas concentrações de 30 mg e 60 mg para uso adulto.
Este medicamento não deve ser aberto, partido ou mastigado.
Posologia e ajuste de dose recomendados
Indicação |
Dose recomendada |
Frequência |
Cicatrização da esofagite3 erosiva |
60 mg |
Uma vez ao dia por 8 semanas |
Manutenção da cicatrização da esofagite3 erosiva curada e alívio da azia79 |
30 mg ou 60 mg* |
Uma vez ao dia* |
Doença do refluxo gastroesofágico5 (DRGE) não-erosiva sintomática6 |
30 mg |
Uma vez ao dia por até 4 semanas |
* Uma dose de manutenção de 60 mg pode ser administrada em pacientes com esofagite3 erosiva moderada ou grave.
Insuficiência hepática31
Não é necessário ajustar a dose de Dexilant para pacientes32 que apresentam comprometimento hepático leve (Child- Pugh classe A). Para pacientes32 que apresentam comprometimento hepático moderado (Child-Pugh classe B), considerar uma dose máxima de 30 mg ao dia. Não se realizaram estudos em pacientes que apresentam comprometimento hepático grave (Child-Pugh classe C).
Informação importante para a administração
Dexilant deve ser administrado sem alimentos.
As cápsulas de Dexilant devem ser engolidas inteiras.
REAÇÕES ADVERSAS
Reações adversas ao medicamento em estudos clínicos
Uma vez que os estudos clínicos são conduzidos sob as mais diversas condições, as incidências de reações adversas observadas nos estudos clínicos podem não refletir as observadas na prática, não devendo ser comparadas às incidências observadas em estudos clínicos de outros medicamentos.
A segurança de Dexilant foi avaliada em 4.548 pacientes em estudos clínicos controlados e estudos clínico de braço único, incluindo 863 pacientes tratados por pelo menos 6 meses e 282 pacientes tratados por 1 ano. Os pacientes tinham idade de 18 a 90 anos (idade média de 48 anos), sendo 54% do sexo feminino, 85% caucasianos, 8% negros, 4% asiáticos e 3% de outras etnias. Foram realizados seis estudos clínicos randomizados e controlados para tratamento da esofagite de refluxo80 (EE), da manutenção da cicatrização da EE e da DRGE sintomática6, que incluíram 896 pacientes tratados com placebo10, 455 pacientes tratados com Dexilant 30 mg, 2.218 pacientes tratados com Dexilant 60 mg e 1.363 pacientes tratados com lansoprazol 30 mg uma vez ao dia.
Reações adversas Comuns
As reações adversas mais comuns (≥ 2%) que ocorreram com maior incidência36 com Dexilant do que com placebo10 nos
estudos controlados são apresentados na Tabela 7.
Tabela 7. Incidência36 de reações adversas em estudos controlados
Reação adversa |
Placebo10 |
Dexilant |
Dexilant |
Dexilant |
Lansoprazol |
Diarreia58 |
2,9 |
5,1 |
4,7 |
4,8 |
3,2 |
Dor abdominal |
3,5 |
3,5 |
4,0 |
4,0 |
2,6 |
Náusea81 |
2,6 |
3,3 |
2,8 |
2,9 |
1,8 |
Infecções82 do trato respiratório superior |
0,8 |
2,9 |
1,7 |
1,9 |
0,8 |
Vômito83 |
0,8 |
2,2 |
1,4 |
1,6 |
1,1 |
Flatulência |
0,6 |
2,6 |
1,4 |
1,6 |
1,2 |
Reações adversas que resultaram em descontinuação do tratamento
Em estudos clínicos controlados, a reação adversa mais comum a levar à interrupção do tratamento com Dexilant foi diarreia58 (0,7%).
Reações Adversas menos comuns
Outras reações adversas que foram relatadas em estudos controlados numa incidência36 menor que 2% estão listadas abaixo por sistema corporal:
Distúrbios do sangue78 e do sistema linfático84: anemia85, linfoadenopatia86
Distúrbios cardíacos: angina87, arritmia88, bradicardia89, dor torácica, edema90, infarto do miocárdio91, palpitações92, taquicardia93
Distúrbios do ouvido e labirinto94: otalgia95, zumbido, vertigem96
Distúrbios endócrinos: bócio97
Distúrbios oculares: irritação ocular, edema90 ocular
Distúrbios gastrintestinais: desconforto abdominal, hipersensibilidade ao toque abdominal, fezes anormais, desconforto anal, esôfago7 de Barrett, bezoar, borborigmos anormais, halitose98, colite99 microscópica, pólipo100 colônico, constipação101, boca102 seca, duodenite, dispepsia103, disfagia104, enterite, eructação105, esofagite3, pólipo100 gástrico, gastrite106, gastrenterite, distúrbios gastrintestinais, hipermotilidade gastrointestinal, DRGE, úlceras107 e perfurações GI, hematêmese108, hematoquezia109, hemorroidas110, comprometimento do esvaziamento gástrico, síndrome111 do intestino irritável, fezes mucoides, vesículas112 na mucosa113 oral, defecação dolorosa, proctite114, parestesia115 oral, hemorragia116 retal, esforço para vomitar
Distúrbios gerais e condições do local de administração: reação adversa à droga, astenia117, dor torácica, calafrios118, sensação anormal, inflamação119, inflamação119 de mucosa113, nódulo120, dor, pirexia121
Distúrbios hepatobiliares122: cólica biliar, colelitíase123, hepatomegalia124
Distúrbios do sistema imunológico125: hipersensibilidade
Infecções82 e infestações: candidíase126, influenza127, nasofaringite, herpes oral, faringite128, sinusite129, infecção130 viral, infecção130 vulvovaginal
Lesão73, envenenamento e complicações de procedimentos: quedas, fraturas, entorses131 articulares, superdose, dor causada por procedimento, queimadura solar
Exames laboratoriais: aumento da fosfatase alcalina132, aumento da alanina-aminotransferase (ALT), aumento da aspartato- aminotransferase (AST) aumento/redução dos níveis de bilirrubina133, aumento dos níveis séricos de creatinina134, aumento da gastrinemia, aumento de potássio, aumento da glicemia135, teste da função hepática26 anormal, redução da contagem de plaquetas136, aumento dos níveis de proteína total, aumento de peso
Distúrbios metabólicos e nutricionais: alterações do apetite, hipercalcemia, hipocalemia55
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo137: artralgia68, artrite138, cãibras musculares, dor musculoesquelética, mialgia139
Distúrbios do sistema nervoso140: alteração do paladar141, convulsão142, tontura143, cefaleia144, enxaqueca145, comprometimento da memória, parestesia115, hiperatividade psicomotora146, tremor, neuralgia147 do trigêmeo
Transtornos psiquiátricos: sonhos anormais, ansiedade, depressão, insônia, alterações da libido148
Distúrbios renais e urinários: disúria149, urgência150 urinária
Distúrbios do sistema reprodutor e mamário: dismenorreia151, dispareunia, menorragia152, distúrbio menstrual
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais: Aspiração, asma153, bronquite, tosse, dispneia154, soluços, hiperventilação, congestão do trato respiratório, dor de garganta155
Distúrbios de pele e tecido subcutâneo156: acne157, dermatite158, eritema159, prurido160, erupção161 cutânea162, lesão73 cutânea162, urticária163
Distúrbios vasculares164: trombose venosa profunda165, fogachos, hipertensão166
As reações adversas adicionais relatadas em um estudo a longo prazo braço único e que foram consideradas pelo médico como relacionadas ao tratamento com Dexilant incluem: reação anafilática167, alucinação168 auditiva, linfoma169 de células18 B, bursite170, obesidade171 central, colecistite172 aguda, desidratação173, diabetes mellitus174, disfonia175, epistaxe176, foliculite, gota177, herpes zoster178, hiperlipidemia179, hipotireoidismo180, aumento da contagem de neutrófilos181, redução dos níveis de hemoglobina182, neutropenia183, tenesmo184 retal, síndrome111 das pernas inquietas, sonolência, tonsilite.
Pós-comercialização
Foram identificadas reações adversas durante a farmacovigilância pós-comercialização de Dexilant. Uma vez que estas reações são relatadas voluntariamente por uma população de tamanho incerto, nem sempre é possível calcular com segurança sua frequência ou estabelecer uma relação causal com a exposição ao medicamento.
Distúrbios do sangue78 e do sistema linfático84: anemia hemolítica185 autoimune186, púrpura187 trombocitopênica idiopática188
Distúrbios do ouvido e labirinto94: surdez
Distúrbios oculares: visão189 turva
Distúrbios gastrintestinais: edema90 oral, pancreatite190
Distúrbios gerais e condições do local de administração: edema90 facial
Distúrbios hepatobiliares122: hepatite191 induzida por medicamento
Distúrbios do sistema imunológico125: choque anafilático192 (exigindo intervenção de emergência193), dermatite158 esfoliativa, síndrome de Stevens-Johnson194, necrólise epidérmica tóxica195 (algumas fatais), síndrome111 DRESS
Infecções82 e Infestações: Diarreia58 associada a Clostridium difficile
Distúrbios metabólicos e nutricionais: hipomagnesemia, hiponatremia196, hipocalcemia54*, hipocalemia55*.
Distúrbios musculoesqueléticos: fratura50 óssea
Distúrbios do sistema nervoso140: acidente vascular cerebral197, ataque isquêmico198 transitório
Distúrbios renais e urinários: Nefrite199 tubulointersticial (com possível progressão a falência renal34), insuficiência renal33 aguda
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais: edema90 faríngeo, aperto na garganta155
Distúrbios de pele67 e do tecido subcutâneo200: erupção161 cutânea162 generalizada, vasculite201 leucocitoclástica
*Hipocalcemia54 e / ou hipocalemia55 podem estar relacionadas à ocorrência de hipomagnesemia (veja a seção 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES – Hipomagnesemia).
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da ANVISA.
SUPERDOSE
Não houve nenhum relato de superdose significativa com a administração de Dexilant.
Doses múltiplas de 120 mg de Dexilant e uma dose única de 300 mg de Dexilant não resultaram em morte ou outros eventos adversos graves. Entretanto, há relatos de eventos adversos graves de hipertensão166 em associação com doses de Dexilant 60 mg duas vezes ao dia. Reações adversas não graves observadas com doses de Dexilant 60 mg duas vezes ao dia incluem ondas de calor, contusão202, dor orofaríngea203 e perda de peso. Não se espera que o dexlansoprazol seja dialisável por hemodiálise204. Se ocorrer superdose, o tratamento deve ser sintomático205 e de suporte.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações sobre como proceder.
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