Plusvac SC-AP (Bula do profissional de saúde)
LABORATORIO DE EXTRATOS ALERGENICOS LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Plusvac® SC-AP
extratos de ácaros, fungos do ar, lã de carneiro e lisado bacteriano
Injeção subcutânea1
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Suspensão injetável
Frasco ampola de vidro âmbar, com 5 mL da suspensão
USO SUBCUTANEO2
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Cada mL de Plusvac® SC-AP 1ª Série contém:
extrato de ácaros, fungos do ar, lã de carneiro e lisado bacteriano* | 5 mcg |
veículo q.s.p. | 1 mL |
Cada mL de Plusvac® SC-AP 2ª Série contém:
extrato de ácaros, fungos do ar, lã de carneiro e lisado bacteriano* | 50 mcg |
veículo q.s.p. | 1 mL |
Cada mL de Plusvac® SC-AP 3ª Série contém:
extrato de ácaros, fungos do ar, lã de carneiro e lisado bacteriano* | 500 mcg |
veículo q.s.p. | 1 mL |
Veículo: cloreto de sódio, fenol, alginato de sódio, água para injetáveis.
Lisado Bacteriano: Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes, Streptococcus mitis, Streptococcus pneumoniae, Klebsiella pneumoniae, Branhamellacatarrhalis, Haemophilus influenzae.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAUDE3
INDICAÇÕES
Este medicamento indicado no tratamento das rinites, sinusites e faringites alérgicas manifestadas pelos seguintes agentes: ácaros, poeira ambiental, fungos do ar, lã e pelas bactérias do trato respiratório superior.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Análises de ensaios duplo-cego, controlados por placebo4 e estudos recentes utilizando preparações alérgicas padronizadas têm gerado altos níveis de evidência em favor da eficácia da imunoterapia com extratos alergênicos.
Na literatura sobre a imunoterapia alergênica para estudos utilizando simultaneamente 2 ou mais extratos de alergênicos distintos via subcutânea5 ou sublingual, foram identificados 13 estudos (publicados entre 1961 e 2007), 11 com injeções subcutâneas, 1 com administração sublingual e 1 com ambos. Em estudos com informação adequada, a administração de 2 extratos por via subcutânea5 ou sublingual foi eficaz. Conclui-se que a administração simultânea de mais de um extrato de alergênico é clinicamente eficaz.
No estudo de TREBUCHON 2014, foram incluídos 736 pacientes pediátricos na análise de reações alérgicas derivadas de Ácaros Domiciliares (D.pteronissinus, D. farinae e B. tropicalis). Pacientes foram tratados com imunoterapia sublingual com antígenos6 de ácaros. A maior parte dos pacientes (95,5%) sofria de Rinites Alérgicas, que foram classificadas como severa persistência em várias delas (62,8%). Asma7 Alérgica esteve presente em 64% e foram classificadas como de leve a moderada persistência em 52,7% destes pacientes. A maioria dos pacientes apresentava Rinites e Asmas (59,5%). 375 pacientes (62,3%) eram polissensibilizados. A Conformidade foi boa em 86,5% dos pacientes e a Imunoterapia Sublingual efetiva em 83,8%. Sintomas8 de Rinite9 e asma7 foram melhorados em 64,6% e 64,3% dos pacientes respectivamente. Uma diminuição na medicação sintomática10 em pacientes com Rinite9 e Asma7 foi observada após a iniciação da Imunoterapia Sublingual. A imunoterapia sublingual (SL) foi bem tolerada com poucas reações locais reportadas.
No estudo duplo-cego11, realizado por RIENZO, 1999, com imunoestimulação com Lisado bacteriano (OM-85 BV; Broncho-Vaxom), multicêntrico em pacientes adultos de ambos os sexos, portadores de exacerbação aguda de bronquite crônica12 (EABC). O objetivo foi a redução do número de EABC durante o período do estudo.
O estudo envolveu 276 pacientes (142 no grupo OM-85 BV, com idade de 57 ± 10 anos, sendo 44,8% deles do sexo masculino e 131 pacientes, com idade de 58 ± 10 anos, sendo 55,6% do sexo masculino, no grupo placebo4). Os dois grupos eram comparáveis na admissão ao estudo, exceto pelo sexo.
Uma análise estatística medindo a média acumulada do número de EABC mostrou uma diferença significativa a favor do grupo OM-85 BV (P=0,03). Ao final do tratamento ativo, o número de EABC foi 29% menor no grupo OM-85 BV comparado com o grupo tratado com placebo4. Ao final do quinto mês de tratamento obteve-se P=0,03. Após 1 mês de seguimento sem tratamento, ainda havia uma redução estatística a favor do grupo que havia sido tratado com OM-85 BV, da ordem de 23,6% (P=0,08). A proporção de pacientes com 2 ou mais episódios de EABC foi significativamente menor no grupo tratado com OM-85 BV, quando comparado ao grupo placebo4, sendo 17,3% no grupo OM-85 BV versus 29,5% no grupo placebo4 (P<0,025).
Os autores concluem que os pacientes com bronquite crônica12, tratados durante uma exacerbação aguda do quadro respiratório, o tratamento com OM-85 BV proporcionou uma redução significativa do número de EABC durante os 6 meses do estudo.4
Bibliografias:
- FREW, A. J. Allergen immunotherapy, J allergy clin immunol, vol 125, n0 2, pág. S306/s310, Fevereiro 2010.
- NELSON H. S. Multiallergen immunotherapy for allergic rhinitis and Asthma. J allergy clin immunol; pág. 763/769. vol, 123. N0 4. Abril 2009.
- CALDERÓN, M. A. et al. Multiple-allergen and single-allergen immunotherapy strategies in polysensitized patients: Looking at the published evidence; J allergy clin immunol, vol 129. N0 4. Pág. 929/934. Abril 2012.
- AMAR, et al. Response to sublingual immunotherapy with grass pollen extract: Monotherapy versus combination in a multiallergen extract. J allergy clin immunol, vol 124, N0 1. Pág. 150/156. Julho, 2009.
- NELSON et al. Subcutaneous Immunotherapy and Sublingual Immunotherapy. J Allergy Clin Immunol Pract, vol 2. N0 2. Pág. 144-9. Março/ Abril 2014.
- TREBUCHON, F et al. Characteristics and management of sublingual allergen immunotherapy in children with allergic rhinitis and asthma induced by house dust mite allergens.Clinical Transl Allergy. Volume 4. Nº 15. Pág. 1/8. Abril, 2014.
- RIENZO, Di V. et al. Post-marketing survey on the safety of sublingual immunotherapy in children below the age of 5 years. Clin Exp Allergy. Volume 35. Nº 5. Pág. 560-4. 2005.
- ALMAGRO, E. et al. Estúdio multicêntrico de farmacovigilancia de inmunoterapia sublingual en pacientes alérgicos. Allergol Immunopathol (Madr). Volume 23. Nº 4. Pág; 153-9. 1995.
- RIENZO, Di V. et al. Post-marketing surveillance study on the safety of sublingual immunotherapy in pediatric patients. Allergy. Volume 54. Nº 10. Pág. 1110-3. 1999.
- SOLÈR, M. et al. Double-blind study of OM-85 in patients with chronic bronchitis or mild chronic obstructive pulmonary disease. Respiration, vol 74. Nº 1. Pág. 26-32. 2007.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
O mecanismo de ação é baseado na administração de peptídeos alergênicos em baixa concentração com intervalos regulares e doses crescentes, com a finalidade de gerar imunotolerância aos alérgenos13 da formulação e consequentemente as manifestações alérgicas, tais como rinite9, bronquite e asma7 de origem alérgica. Quando Plusvac entra em contato com o sistema hemodinâmico, as células14 imunológicas reconhecem os peptídeos alergênicos e produzem reações de baixa intensidade, resultando em longo prazo na tolerância imunológica. O tempo estimado para a imunoterapia de cada indivíduo é variável, a OMS preconiza um período mínimo de dois anos de imunoterapia, muito embora a melhora dos sintomas8 alérgicos apresentem uma gradativa melhora clínica a partir do segundo frasco.
CONTRAINDICAÇÃO
Este medicamento é contraindicado para mulheres grávidas, lactantes15, para indivíduos transplantados e pacientes que fazem uso de imunossupressores.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Este medicamento não deve ser usado durante a gravidez16 sem orientação médica. Este medicamento não deve ser administrado concomitantemente com corticóides.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Não há relatos científicos da interação com outros medicamentos, alimentos e plantas medicinais.
CUIDADOS DE ARMAZANAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Manter na embalagem original em local seco, ao abrigo da luz direta e em temperatura ambiente (15–30°C). Validade de 36 meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Este medicamento deve ser aplicado utilizando seringa17 de tuberculina ou insulina18, dois dedos acima do cotovelo ou na região do glúteo.
Uso adulto e pediátrico: Aplicar 10 doses com intervalos de 7 em 7 dias em doses crescentes para cada Série, iniciando a partir da 1a Série, seguindo para a 2a Série e 3a Série, tal como descrito na tabela a seguir:
Dose/ Semana |
Volume |
1 |
0,1mL |
2 |
0,2mL |
3 |
0,3 mL |
4 |
0,4 mL |
5 |
0,5 mL |
6 |
0,5 mL |
7 |
0,5 mL |
8 |
0,5 mL |
9 |
0,5 mL |
10 |
0,5 mL |
Quando se utiliza alginato de sódio associado ao alérgeno19, a absorção do antígeno20 ocorre de forma mais lenta, prorrogando o efeito por mais tempo no organismo. Com isso, pode ser administrado com intervalos maiores entre as doses (exemplo 10/10 dias ou 15/15 dias) ou a critério do médico.
Obs.: A partir da quinta dose mantém-se o volume máximo da 0,5mL até a décima dose em todas as Séries.
Plusvac® SC-AP: Para reduzir a frequência de injeções ou a dose administrada, os vacinas podem ser aplicadas em combinação com um adjuvante. Devido à sua capacidade para induzir uma imunidade21 forte e sustentada contra agentes alergênicos.
REAÇÕES ADVERSAS
O medicamento é bem tolerado. Podem ocorrer reações no local de aplicação como dor, vermelhidão e calor que devem desaparecer após algumas horas, caso ocorram.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos – VIGIMED, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Após o aparecimento dos sintomas8, (inflamação22 no local da aplicação, náuseas23, dor de cabeça24, dores musculares e mal estar) ingerir bastante água e procurar atendimento médico, levando a embalagem e/ou bula do medicamento.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIRETRIZES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Reg. MS 1.179.0012
Farm. Resp.: M. Queiroz da Cruz CRF-RJ n° 1560
Registrado por:
Laboratório de Extratos Alergênicos LTDA
Av. Rio Branco, 277, sala 1201 – Rio de Janeiro – RJ
CNPJ 28.614.626/0001-07
Fabricado por:
Laboratório de Extratos Alergênicos LTDA
Av. Rio Branco, 277, sala 1201 – Rio de Janeiro – RJ
Indústria Brasileira