Nebilet (Bula do profissional de saúde)
BIOLAB SANUS FARMACÊUTICA LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nebilet®
cloridrato de nebivolol
Comprimidos
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES:
Comprimido
embalagem com 7, 30 ou 60 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido contém:
cloridrato de nebivolol (equivalente a 5 mg de nebivolol: 2,5 mg de d-nebivolol e 2,5 mg de l-nebivolol) |
5,45 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: polissorbato 80, hipromelose, lactose1 monoidratada, amido, croscarmelose sódica, celulose microcristalina, dióxido de silício e estearato de magnésio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2
INDICAÇÕES
Hipertensão3
Tratamento da hipertensão arterial4 (hipertensão3 em todos os estágios).
Insuficiência cardíaca5 (IC)
Tratamento da insuficiência cardíaca5 em associação com as terapêuticas padronizadas em pacientes idosos com idade ≥ 70 anos e com fração de ejeção ≤ 35%.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Os efeitos hemodinâmicos do nebivolol foram avaliados em voluntários saudáveis e em pacientes com hipertensão3.
O nebivolol aumentou significativamente a fração de ejeção ventricular esquerda, volume sistólico, débito cardíaco6 e volume diastólico final. O nebivolol diminuiu a resistência periférica7 e manteve o débito cardíaco6 por um volume sistólico aumentado.1, 2
O nebivolol possui um perfil exclusivo de tolerabilidade, caracterizado por um efeito modesto sobre a frequência cardíaca e sem efeito prejudicial sobre o desempenho ventricular esquerdo.3,4
O nebivolol possui uma ótima razão vale-pico, possibilitando um efetivo controle da pressão arterial8 com dose única em 24 horas. A razão vale-pico do nebivolol é de 0,90, demonstrando que a maior parte do efeito hipotensivo ainda está presente 24 horas após a dose. O efeito hipotensivo do nebivolol segue o ritmo circadiano9 de pressão arterial8, conforme monitorado por medidas ambulatoriais de pressão arterial8.5, 6
O nebivolol reduz a pressão arterial diastólica10 e sistólica e a hipertrofia11 ventricular esquerda (HVE). 7 Estudos em pacientes com insuficiência cardíaca5 crônica ou hipertrofia11 ventricular esquerda demonstram melhora no desempenho ventricular esquerdo sistólico, diastólico e aumento da capacidade de exercício. O nebivolol melhora o perfil hemodinâmico, tanto em pacientes hipertensos com insuficiência cardíaca5 diastólica, quanto em pacientes com cardiomiopatia dilatada.8,9
A ação vasodilatadora de nebivolol é dependente de óxido nítrico, que pode ser responsável também pela melhora na capacidade de exercício.10
Efeitos benéficos do nebivolol nos parâmetros hemodinâmicos foram obtidos também em pacientes com cardiomiopatia dilatada, independente da classe funcional. Nebivolol reduziu a frequência cardíaca e aumentou significativamente o volume sistólico e a fração de ejeção, ao passo que o débito cardíaco6 foi mantido.11
O estudo SENIORS (Estudo dos Efeitos da Intervenção com nebivolol nos Desfechos e Re-hospitalização em Idosos com Insuficiência Cardíaca5) avaliou o efeito do nebivolol na mortalidade12 e morbidade13 em pacientes idosos com insuficiência cardíaca5 independentemente da fração de ejeção. Nebivolol prolongou significantemente o tempo de ocorrência de mortes ou hospitalizações por motivos cardiovasculares.12
- De Cree J, Geukens H, Verhaegen H. Non invasive cardiac haemodynamics of nebivolol. An overview. Drug Invest 1991; 3:40-50.
- Eichstadt H, Kaiser W, Mockel M et al. Haemodynamic measurements in patients under the β1 receptor blocker nebivolol. Perfusion 1997; 12:449-54.
- Kamp O, Sieswerda GT, Visser CA. Comparison of effects on systolic and diastolic left ventricular function of nebivolol versus atenolol in patients with uncomplicated essential hypertension. Am J Cardiol 2003; 92:344-8.
- Schnaper H, Jackson D, Sit SP. Nebivolol a new generation of β-blockers in hypertension. Am J Hypert 1991; 4:23A.
- Sieben G, Van Nueten L, Symoens J. Nebivolol in hypertension. Drug Invest.1991; 3(1):190-2.
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- Liu GS, Wang LY, van Nueten L et al. The effect of nebivolol on left ventricular hypertrophy in hypertension. Cardiovasc Drugs Ther 1999; 13:549-51.
- Lechat PH et al. Pilot study of cardiovascular effects of nebivolol in congestive heart failure. Drug Invest 1991; 3:69-81.
- Rousseau MF, Chapelle F, Van Eyll C et al. Medium-term effects of beta-blockade on left ventricular mechanics: A double-blind, placebo14-controlled comparison of nebivolol and atenolol in patients with ischemic left ventricular dysfunction. J Cardiac Failure 1996; 2:15-23.
- Wisenbaugh T et al. Long term (3 months) effect of a new b-blocker (nebivolol) on cardiac performance in dilated cardiomyopathy. J Am Coll Cardiol 1993; 21:1094-1100
- Nodari S, Metra M, Dei Cas L. Beta blocker treatment of patients with diastolic heart failure and arterial hypertension.. A prospective, randomized, comparison of the long-term effects of atenolol vs nebivolol. Eur J Heart Failure 2003; 5:621-7.
- Flather MD, Shibata MC, Coats AJ, Van Veldhuisen DJ, Parkhomenko A, Borbola J, Cohen-Solal A, Dumitrascu D, Ferrari R, Lechat P, Soler-Soler J, Tavazzi L, Spinarova L, Toman J, Bohm M, Anker SD, Thompson SG, Poole-Wilson PA; SENIORS Investigators. Randomized trial to determine the effect of nebivolol on mortality and cardiovascular hospital admission in elderly patients with heart failure (SENIORS). Eur Heart J 2005; 26(3):215-25.
CARACTERISTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
O nebivolol é um racemato de dois enantiômeros, d-nebivolol (ou SRRR-nebivolol) e l-nebivolol (ou RSSS-nebivolol). É um fármaco15 que alia duas atividades farmacológicas:
- é um bloqueador do receptor beta, competitivo e seletivo: este efeito é atribuído ao d-enantiômero.
- tem propriedades vasodilatadoras leves devido à interação com a via L-arginina/óxido nitrico (NO). Doses únicas e repetidas de nebivolol reduzem a frequência cardíaca e a pressão arterial8 em repouso e durante o exercício, tanto em indivíduos normotensos como em pacientes hipertensos. O efeito anti- hipertensivo é mantido durante o tratamento crônico16.
Em doses terapêuticas, o nebivolol é desprovido de bloqueio alfa-adrenérgico17.
Durante o tratamento agudo18 e crônico16 com nebivolol em pacientes hipertensos, a resistência vascular19 sistêmica é diminuída. Apesar da redução da frequência cardíaca, a redução do débito cardíaco6 durante o repouso e o exercício pode ser limitada devido à um aumento do volume sistólico. A relevância clínica destas diferenças hemodinâmicas, quando comparadas com outros bloqueadores dos receptores beta-1, não está completamente estabelecida.
Em pacientes hipertensos, o nebivolol aumenta a resposta vascular19 mediada pelo NO (óxido nítrico) à acetilcolina20 que é reduzida em pacientes com disfunção endotelial.
Nebivolol difere dos betabloqueadores clássicos devido à sua alta seletividade por beta-1-adrenoceptores. Nebivolol é um agente bloqueador beta-1 competitivo e altamente seletivo. A cardiosseletividade do nebivolol foi avaliada in vitro por estudos de ligação à beta-1 e beta-2 em comparação com outros agentes betabloqueadores. A seletividade por beta-1 reside no d-enantiômero, ao passo que o l-enantiômero mostrou a mais baixa afinidade e nenhuma seletividade pelos receptores beta-1. A alta seletividade pelos receptores beta-1-adrenérgicos21 do nebivolol foi também demonstrada pela relação de ligação de receptores beta- 2/beta-1, muito maior do que para muitos outros agentes betabloqueadores. No miocárdio22 humano, a seletividade por beta-1 do nebivolol foi superior ao do bisoprolol, metoprolol e carvedilol. No miocárdio22 ventricular esquerdo humano deficiente, a potência inotrópica negativa do nebivolol foi menor do que a do metoprolol e carvedilol.
Experiências in vitro e in vivo em animais mostraram que o nebivolol não tem atividade simpaticomimética intrínseca.
Experiências in vitro e in vivo em animais mostraram que em doses farmacológicas o nebivolol não apresenta ação estabilizadora da membrana.
Em voluntários saudáveis, o nebivolol não diminui a capacidade de exercício, um conhecido efeito colateral23 dos betabloqueadores que pode alterar a qualidade de vida.
A elevada seletividade beta-1 do nebivolol é responsável por seus efeitos desprezíveis na resistência das vias aéreas em seres humanos.
Nebivolol possui efeito vasodilatador mediado pelo óxido nítrico, isto foi demonstrado in vitro e in vivo em voluntários saudáveis e pacientes hipertensos. Nebivolol influi favoravelmente na complacência arterial e possui efeito positivo sobre a pressão de pulso. A administração oral de nebivolol leva a uma vasodilatação dependente do endotélio24 em indivíduos saudáveis (estudo clínico) e em pacientes com hipertensão arterial4 essencial, condição clínica caracterizada por disfunção endotelial com disponibilidade de NO basal reduzida e estimulada. A vasodilatação induzida por nebivolol também foi demonstrada pela diminuição na resistência vascular19 sistêmica observada em diversos estudos hemodinâmicos em pacientes com hipertensão arterial4 ou doença cardíaca.
Propriedades farmacocinéticas
Ambos os enantiômeros do nebivolol são rapidamente absorvidos após administração oral atingindo concentração plasmática de pico no período de ½ a 2 horas após a ingestão. A absorção de nebivolol não é afetada pelos alimentos, o nebivolol pode ser administrado durante ou fora das refeições.
O nebivolol é extensamente metabolizado, parcialmente em hidroxi-metabólitos25 ativos. O nebivolol é metabolizado pela hidroxilação alicíclica e aromática, N-desalquilação e glucuronidação. Além disso, formam-se glucuronidos dos hidroxi-metabólitos25. O metabolismo26 do nebivolol por hidroxilação aromática é condicionado ao polimorfismo genético oxidativo dependente CYP2D6. A biodisponibilidade oral do nebivolol é, em média, de 12% nos metabolizadores rápidos e é virtualmente completa em metabolizadores lentos (MPs). No regime estacionário e para a mesma dose, o pico da concentração plasmática do nebivolol inalterado é cerca de 23 vezes mais elevada nos metabolizadores lentos do que nos metabolizadores extensos. Quando se considera o fármaco15 inalterado e os metabólitos25 ativos, a diferença dos picos das concentrações plasmáticas é de 1,3 a 1,4 vezes. Por causa da variação nas taxas do metabolismo26, a dose de Nebilet® deve sempre ser ajustada aos requisitos individuais do paciente: metabolizadores pobres, portanto, podem necessitar de doses mais baixas.
Nos metabolizadores rápidos, a meia-vida de eliminação dos enantiômeros do nebivolol é, em média, 10 horas. Nos metabolizadores lentos a meia-vida de eliminação é cerca de 3-5 vezes mais longa. Nos metabolizadores rápidos, os níveis plasmáticos do enantiômero RSSS são ligeiramente mais elevados do que os do enantiômero SRRR.
Nos metabolizadores lentos esta diferença é maior. Nos metabolizadores extensivos ou normais a meia- vida de eliminação dos hidroxi-metabólitos25 de ambos os enantiômeros é, em média, 24 horas e é duas vezes maior nos metabolizadores lentos.
Na maioria dos indivíduos (metabolizadores rápidos) o regime estacionário dos níveis plasmáticos é atingido em 24 horas para o nebivolol e em poucos dias para os hidroxi-metabólitos25. As concentrações plasmáticas são proporcionais às doses entre 1 e 30 mg. A farmacocinética do nebivolol não é afetada pela idade.
No plasma27, ambos os enantiômeros do nebivolol estão predominantemente ligados à albumina28. A ligação às proteínas29 plasmáticas é de 98,1% para o SRRR-nebivolol e de 97,9% para o RSSS-nebivolol.
Uma semana após a administração, 38% da dose é excretada na urina30 e 48% nas fezes. A excreção urinária de nebivolol inalterado é inferior a 0,5% da dose.
A farmacocinética de medicamento inalterado em pacientes com doença renal31 moderada a grave foi semelhante àquela em pessoas saudáveis estudadas, entretanto, o aumento da concentração plasmática dos enantiômeros mais os metabólitos25 hidroxilados sugerem limitar a dose a 2,5 mg uma vez ao dia.
Dados de segurança pré-clínica
Os estudos pré-clínicos não revelam riscos especiais, conforme os estudos convencionais de potencial genotóxico e carcinogênico.
CONTRAINDICAÇÕES
- Hipersensibilidade ao princípio ativo ou a algum dos excipientes;
- Insuficiência32 ou função hepática33 diminuída;
- Insuficiência cardíaca5 aguda, choque34 cardiogênico ou episódios de descompensação da insuficiência cardíaca5 que requerem terapêutica35 inotrópica por via I.V.
Adicionalmente, tal como outros agentes betabloqueadores, Nebilet® é contraindicado nas seguintes situações:
- Doença do nó sinusal36, incluindo o bloqueio sino-auricular;
- Bloqueio cardíaco37 de segundo e terceiro grau (sem marcapasso38);
- História de broncospasmo e asma39;
- Feocromocitoma40 não tratado;
- Acidose metabólica41;
- Bradicardia42 (frequência cardíaca < 60 b.p.m. antes do início do tratamento);
- Hipotensão arterial43 (pressão arterial sistólica44 < 90 mmHg);
- Perturbações circulatórias periféricas graves.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
As advertências e precauções recomendadas são as geralmente aplicáveis aos bloqueadores beta- adrenérgicos21.
Anestesia45: A manutenção do bloqueio beta reduz o risco de arritmias46 durante a indução e intubação. Quando se decide interromper um betabloqueador na preparação para uma cirurgia, a terapêutica35 com um bloqueador beta-adrenérgico17 deve ser interrompida pelo menos 24 horas antes.
Devem ser tomadas precauções no uso de certos fármacos anestésicos que causem depressão do miocárdio22. O paciente pode ser protegido contra reações vagais pela administração intravenosa de atropina.
Cardiovascular: Em geral, os bloqueadores beta-adrenérgicos21 não devem ser administrados em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva47 não tratada, a não ser que a sua situação tenha sido estabilizada.
Nos pacientes com doença cardíaca isquêmica, o tratamento com um bloqueador beta-adrenérgico17 deve ser interrompido gradualmente, isto é, durante 1 - 2 semanas. Se for necessária uma terapêutica35 de substituição, esta deverá ser iniciada ao mesmo tempo para evitar exacerbação de angina48 de peito49.
Os bloqueadores beta-adrenérgicos21 podem induzir bradicardia42: se a frequência cardíaca diminuir para menos de 50-55 batimentos por minuto em repouso e/ou o paciente apresentar sintomas50 sugestivos de bradicardia42, a posologia deve ser reduzida.
Os bloqueadores beta-adrenérgicos21 devem ser usados com precaução:
- em pacientes com distúrbios circulatórios periféricos (doença ou síndrome51 de Raynaud, claudicação intermitente52), porque pode ocorrer agravamento dessas condições;
- em pacientes com bloqueio cardíaco37 de primeiro grau, devido ao efeito negativo dos betabloqueadores sobre o tempo de condução;
- em pacientes com angina48 de Prinzmetal devido à vasoconstrição53 da artéria54 coronária mediada pelo receptor α: os bloqueadores beta-adrenérgicos21 podem aumentar o número e a duração dos ataques anginosos.
A associação de nebivolol com bloqueadores dos canais de cálcio do tipo verapamil e diltiazem, com medicamentos antiarrítmicos de classe I e com medicamentos hipotensores de ação central não é geralmente recomendada.
Metabólico / Endocrinológico: Nebilet® não interfere nos níveis de glicose55 em pacientes diabéticos. Contudo, deve-se usar com precaução em pacientes diabéticos, porque o nebivolol pode mascarar certos sintomas50 de hipoglicemia56 (taquicardia57, palpitações58).
Os betabloqueadores podem mascarar os sintomas50 de taquicardia57 no hipertiroidismo. A suspensão abrupta pode intensificar os sintomas50.
Respiratório: Em pacientes com doenças pulmonares obstrutivas crônicas, os bloqueadores beta- adrenérgicos21 devem ser usados com precaução, porque a constrição59 das vias respiratórias pode ser agravada.
Outros: Pacientes com história de psoríase60 só devem tomar bloqueadores beta-adrenérgicos21 após cuidadosa avaliação.
Os bloqueadores beta-adrenérgicos21 podem aumentar a sensibilidade aos alérgenos61 e a gravidade das reações anafiláticas62.
O início do tratamento da insuficiência cardíaca5 crônica com nebivolol necessita de uma monitorização regular. A descontinuação do tratamento não deve ser feita abruptamente a não ser que claramente indicada. Este medicamento contém lactose1. Os pacientes com situações hereditárias raras de intolerância à galactose63, deficiência de lactase de Lapp ou má absorção de glicose55-galactose63 não devem tomar este medicamento.
Informações importantes sobre um dos componentes do medicamento
Atenção: contém LACTOSE1.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
Não foram realizados estudos sobre os efeitos na capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Estudos farmacodinâmicos mostraram que Nebilet® 5 mg não afeta a função psicomotora64. Os pacientes que conduzem veículos ou trabalham com máquinas devem considerar que, ocasionalmente, podem ocorrer tonturas65 e fadiga66.
Este medicamento deve ser administrado somente pela via recomendada para evitar riscos.
Gravidez67 e Lactação68
O nebivolol apresenta efeitos farmacológicos que podem causar efeitos prejudiciais na gravidez67 e/ou no feto69/recém-nascido. Em geral, os betabloqueadores reduzem a perfusão placentária, fato que pode estar associado com o atraso de crescimento, morte intrauterina, aborto ou parto prematuro. Podem ainda ocorrer efeitos adversos (como hipoglicemia56 e bradicardia42) no feto69 ou no recém-nascido. Se o tratamento com betabloqueadores for necessário, é preferível selecionar os bloqueadores beta-adrenérgicos21 beta-1 seletivos.
Nebivolol não deve ser usado durante a gravidez67, a não ser quando for claramente necessário. Se o tratamento com nebivolol for considerado necessário, o fluxo uteroplacentário e o crescimento do feto69 devem ser monitorizados. Em caso de efeitos prejudiciais na gravidez67 ou no feto69, deve ser considerado um tratamento alternativo. Os recém-nascidos devem ser cuidadosamente monitorizados. Geralmente, podem ser esperados sintomas50 de hipoglicemia56 e bradicardia42 nos primeiros três dias.
Categoria C - Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Estudos realizados em animais mostraram que o nebivolol é excretado no leite materno. Desconhece-se se o nebivolol é excretado no leite humano. A maioria dos betabloqueadores, especialmente os compostos lipofílicos como o nebivolol e os respectivos metabolitos25 ativos, passam para o leite em uma percentagem variável.
Portanto, a amamentação70 não é recomendada durante a administração de nebivolol.
Populações especiais
Pediatria: A eficácia e segurança de Nebilet® em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos não foi estabelecida. Portanto, o uso em crianças e adolescentes não é recomendada. Não existem dados disponíveis.
Geriatria (idosos): Em pacientes idosos pode ser necessário o ajuste da dose (vide item “Posologia”).
Insuficiência renal71: Em pacientes com insuficiência renal71 pode ser necessário o ajuste da dose (vide item “Posologia”).
Insuficiência hepática72: A informação disponível sobre pacientes com insuficiência hepática72 ou com função hepática33 diminuída é limitada. Por isso, o uso de Nebilet® nestes pacientes está contraindicado.
Este medicamento pode causar doping.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
As seguintes interações são as geralmente aplicáveis aos bloqueadores beta-adrenérgicos21.
Associações não recomendadas
- Antiarrítmicos de classe I (quinidina, hidroquinidina, cibenzolina, flecaínida, disopiramida, lidocaína, mexiletina, propafenona): o efeito no tempo da condução átrio-ventricular pode ser potencializado e o efeito inotrópico negativo aumentado.
- Bloqueadores dos canais de cálcio, por exemplo verapamil/diltiazem: influência negativa na contratilidade e condução atrio-ventricular. A administração intravenosa de verapamil em pacientes tratados com betabloqueadores pode levar a uma hipotensão73 profunda e bloqueio átrio-ventricular.
- Anti-hipertensores de ação central (clonidina, guanfacina, moxonidina, metildopa, rilmenidina): o uso concomitante de medicamentos anti-hipertensores de ação central pode agravar a insuficiência cardíaca5 devido a uma diminuição do tônus simpático74 central (redução da frequência cardíaca e débito cardíaco6, vasodilatação). A suspensão abrupta, principalmente se for anterior à descontinuação do betabloqueador, pode aumentar o risco de hipertensão3 reativa.
Associações que devem ser utilizadas com precaução
- Antiarrítmicos de classe III (amiodarona): o efeito no tempo da condução átrio-ventricular pode ser potencializado.
- Anestésicos-halogenados voláteis: o uso concomitante de bloqueadores beta-adrenérgicos21 e fármacos anestésicos pode reduzir a taquicardia57 reflexa e aumentar o risco de hipotensão73. Como regra geral, evitar a interrupção brusca do tratamento com o betabloqueador. O médico deve ser informado sempre que o paciente estiver tomando Nebilet®.
- Fentanila: o uso concomitante com bloqueadores beta-adrenérgicos21 pode resultar em hipotensão73 grave.
- Insulina75 e antidiabéticos orais76: embora o nebivolol não afete os níveis de glicose55, o uso concomitante pode mascarar certos sintomas50 de hipoglicemia56 (palpitações58, taquicardia57).
- Baclofeno (antiespástico), amifostina (antineoplásico): o uso concomitante de anti-hipertensivos pode aumentar a queda da pressão arterial8. Desta forma a dose do anti-hipertensivo deve ser adequadamente ajustada.
Associações a serem consideradas
- Glicosídeos digitálicos: o uso concomitante pode aumentar o tempo da condução átrio-ventricular. Ensaios clínicos77 com nebivolol não mostraram evidência clínica de interação. O nebivolol não influencia a cinética78 da digoxina.
- Bloqueadores do cálcio do tipo dihidropiridina (anlodipina, felodipina, lacidipina, nifedipina, nicardipina, nimodipina, nitrendipina): o uso concomitante pode aumentar o risco de hipotensão73 e não pode ser excluído um aumento do risco de uma posterior deterioração da bomba ventricular em pacientes com insuficiência cardíaca5.
- Antipsicóticos (fenotiazinas), antidepressivos tricíclicos e barbitúricos: o uso concomitante pode potencializar o efeito hipotensor dos betabloqueadores (efeito aditivo).
- Medicamentos anti-inflamatórios não esteróides (AINEs): não produzem efeito na diminuição da pressão arterial8 produzida pelo nebivolol.
- Agentes simpaticomiméticos: o uso concomitante pode neutralizar o efeito dos bloqueadores beta- adrenérgicos21. Os agentes beta-adrenérgicos21 podem conduzir a uma atividade alfa-adrenérgica não oposta dos agentes simpaticomiméticos com efeitos alfa e beta-adrenérgicos21 (risco de hipertensão3, bradicardia42 grave e bloqueio cardíaco37).
Apesar do estudo pré-clínico demonstrar que o inibidor da fosfodiestarase tipo 5 (sildenafil) não potencializa as propriedades vasodilatadoras de nebivolol, até o momento recomenda-se que o uso concomitante deve ser evitado, pois pode resultar na redução da concentração do sildenafil no sangue79 e maior risco de hipotensão73.
Interações farmacocinéticas
Uma vez que o metabolismo26 do nebivolol envolve a isoenzima CYP2D6, a co-administração de substâncias inibidoras desta enzima80 como paroxetina, fluoxetina, tioridazina e quinidina podem levar a um aumento dos níveis plasmáticos de nebivolol associado ao aumento do risco de bradicardia42 excessiva e de efeitos adversos.
A co-administração de cimetidina aumenta os níveis plasmáticos de nebivolol, sem alterar o efeito clínico. A co-administração de ranitidina não afeta a farmacocinética do nebivolol. Desde que Nebilet® seja tomado junto as refeições e os antiácidos81 entre as mesmas, ambos os tratamentos podem ser prescritos simultaneamente.
A associação de nebivolol com nicardipina aumenta ligeiramente os níveis plasmáticos de ambos os fármacos, sem alterar o efeito clínico. A coadministração de álcool, furosemida ou hidroclorotiazida não afetou a farmacocinética do nebivolol. O nebivolol não tem efeito sobre a farmacocinética e a farmacodinâmica da varfarina.
Principais interações com alimentos
Nebilet® pode ser tomado com alimentos ou em jejum. Tome o comprimido com um pouco de água.
Principais interações com testes laboratoriais
Não há relatos de relevância clínica do efeito do uso de nebivolol nos exames laboratoriais e eletrólitos82 no sangue79.
Em estudos clínicos o nebivolol foi associado a alguns casos de aumento de ácido úrico, porém sem relevância clínica ou estatística.
Não houve alterações da glicemia83 notável.
Em estudos clínicos o nebivolol mostrou não causar qualquer alteração significativa dos triglicerídeos e do HDL84, e em alguns estudos foram relatados uma redução dos triglicerídeos.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Mantenha Nebilet® em temperatura ambiente (15–30°C) e protegido da umidade. Prazo de validade: 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Os comprimidos de Nebilet® são circulares, brancos e sulcados em cruz. Eles podem ser partidos em quatro partes iguais.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Os comprimidos devem ser administrados por via oral com um pouco de água.
POSOLOGIA
Hipertensão3 Adultos:
A dose recomendada é de 1 comprimido (5 mg) ao dia, de preferência à mesma hora do dia. Os comprimidos podem ser tomados junto com as refeições.
A redução da pressão arterial8 é evidente após 1-2 semanas de tratamento. Ocasionalmente, o efeito ótimo só é atingido ao final de 4 semanas.
Associação com outros agentes anti-hipertensivos: Os betabloqueadores podem ser utilizados isolados ou em associação com outros agentes anti- hipertensivos.
Até o momento, apenas foi observado um efeito anti-hipertensivo aditivo quando associado 5 mg de Nebilet® com 12,5 - 25 mg de hidroclorotiazida.
Pacientes com insuficiência renal71: Nos pacientes com insuficiência renal71, a dose inicial recomendada é 2,5 mg por dia. Se necessário, a dose diária pode ser aumentada até 5 mg.
Pacientes com insuficiência hepática72: A informação disponível sobre pacientes com insuficiência hepática72 ou com função hepática33 diminuída é limitada. Por isso, o uso de Nebilet® nestes pacientes está contraindicado.
Idosos: Nos pacientes com mais de 65 anos, a dose inicial recomendada é de 2,5 mg por dia. Se necessário a dose diária pode ser aumentada para 5 mg. Contudo, devido à pouca experiência em pacientes com idade superior a 75 anos, devem ser tomadas precauções e proceder a uma monitorização rigorosa destes pacientes.
Crianças e adolescentes: A eficácia e segurança de Nebilet® em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos não foi estabelecida. Não existem dados disponíveis. Portanto, o uso em crianças e adolescentes não é recomendado.
Insuficiência cardíaca5 (IC)
O tratamento da insuficiência cardíaca5 deve ser iniciado com um ajuste posológico gradual até que a dose ótima individual de manutenção seja alcançada.
Os pacientes devem ter a insuficiência cardíaca5 estável, sem manifestação de insuficiência cardíaca5 aguda nas últimas seis semanas. É recomendável que o médico tenha experiência no tratamento da insuficiência cardíaca5.
Para os pacientes já medicados com terapêutica35 cardiovascular incluindo diuréticos85 e/ou digoxina e/ou inibidores da ECA e/ou antagonistas da angiotensina II, a dose destes fármacos deve ser estabilizada duas semanas antes de se iniciar o tratamento com Nebilet®.
O ajuste posológico inicial deve ser estabelecido por fases, com intervalos de uma a duas semanas, de acordo com a tolerabilidade do paciente: 1,25 mg de nebivolol uma vez ao dia aumentando para 2,5 mg uma vez ao dia, depois para 5 mg uma vez ao dia e posteriormente para 10 mg uma vez ao dia.
A dose máxima recomendada é de 10 mg de nebivolol uma vez por dia.
O início do tratamento e cada aumento da dose devem ser monitorizados pelo médico, durante pelo menos 2 horas, a fim de assegurar que o estado clínico do paciente mantenha-se estável (sobretudo a respeito à pressão arterial8, frequência cardíaca, distúrbios da condução, sinais86 de agravamento de insuficiência cardíaca5).
A ocorrência de efeitos adversos pode impedir que todos pacientes possam ser tratados com a dose máxima recomendada. Se necessário, a dose alcançada pode ser diminuída passo a passo e reintroduzida se for adequado.
Durante a fase de ajuste posológico, em caso de agravamento da insuficiência cardíaca5 ou intolerância, recomenda-se em primeiro lugar a redução da dose de nebivolol ou a suspensão imediata, se for necessário (em caso de hipotensão73 grave, agravamento da insuficiência cardíaca5 com edema pulmonar87 agudo18, choque34 cardiogênico, bradicardia42 sintomática88 ou bloqueio átrio-ventricular).
O tratamento da insuficiência cardíaca5 com o nebivolol é geralmente um tratamento de longa duração. Não é recomendável suspender abruptamente o tratamento com nebivolol uma vez que pode originar um agravamento transitório da insuficiência cardíaca5. No caso de ser aconselhável a descontinuação do tratamento, a dose deve ser gradualmente diminuída para metade semana a semana.
Os comprimidos podem ser tomados com as refeições.
Pacientes com insuficiência renal71: Não é necessário ajuste posológico em presença de insuficiência renal71 leve a moderada, uma vez que a dose máxima tolerada é ajustada individualmente.
Não há experiência em pacientes com insuficiência renal71 grave (creatinina89 sérica ≥ 250 µmol/L), portanto, não se recomenda o uso de nebivolol nestes pacientes.
Pacientes com insuficiência hepática72: A informação disponível sobre os pacientes com insuficiência hepática72 é limitada. Por isso, o uso de Nebilet® nestes pacientes está contraindicado.
Idosos: Não é necessário ajuste posológico, uma vez que a dose máxima tolerada é ajustada individualmente.
Crianças e adolescentes: A eficácia e segurança de Nebilet® em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos não foi estabelecida. Portanto, o uso em crianças e adolescentes não é recomendada. Não existem dados disponíveis.
REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas estão listadas em separado para hipertensão3 e para IC devido às diferenças existentes entre estas.
Hipertensão3
As reações adversas relatadas, que são na maioria dos casos de intensidade leve a moderada, estão classificadas no quadro e ordenadas pela sua frequência:
Classes de Sistemas de Orgãos |
Comum (≥1/100 a <1/10) |
Incomum (≥1/1000 a < 1/100) |
Muito rara (≤ 1/10.000) |
Desconhecido |
Doenças do sistema imunológico90 |
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edema angioneurótico91, hipersensibilidade |
Doenças psiquiátricas |
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pesadelos, depressão |
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Doenças do sistema nervoso92 |
cefaleias93, tonturas65, parestesia94. |
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síncope95 |
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Afeções oculares |
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diminuição da visão96 |
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Cardiopatias |
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bradicardia42, insuficiência cardíaca5, redução da condução AV/bloqueio AV |
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Vasculopatias |
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hipotensão73, claudicação intermitente52 |
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Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino97 |
dispneia98 |
broncoespasmo99 |
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Doenças gastrintestinais |
obstipação100, náusea101 e diarreia102 |
dispepsia103, flatulência, vômitos104 |
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Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos |
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prurido105, erupção106 eritematosa107 |
agravamento da psoríase60 |
urticaria108 |
Doenças dos orgãos genitais e da mama109 |
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impotência110 |
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Perturbações gerais e alterações no local de administração |
fadiga66, edema111 |
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Com alguns bloqueadores beta-adrenérgicos21 foram ainda relatadas as seguintes reações adversas: alucinações112, psicose113, confusão, extremidades frias/cianóticas114, fenômeno de Raynaud115, olhos116 secos e toxicidade117 óculo-mucocutânea.
Insuficiência cardíaca5
A informação disponível sobre as reações adversas em pacientes com IC provém de um ensaio clínico controlado com placebo14 que envolveu 1067 pacientes medicados com nebivolol e 1061 pacientes a receber placebo14. Neste estudo, 449 pacientes medicados com nebivolol (42,1%) relataram reações adversas possivelmente relacionadas com a terapêutica35, comparativamente a 334 pacientes tratados com placebo14 (31,5%). As reações adversas mais frequentes nos pacientes medicados com nebivolol foram bradicardia42 e tonturas65, ocorrendo ambas em aproximadamente 11% dos pacientes. A frequência das reações nos pacientes que receberam placebo14 foi aproximadamente 2% e 7%, respectivamente.
Foram relatadas as seguintes incidências para reações adversas (possivelmente relacionadas com o medicamento) e que são consideradas especificamente relevantes no tratamento da insuficiência cardíaca5 crônica:
- O agravamento da insuficiência cardíaca5 ocorreu em 5,8% dos pacientes que tomaram nebivolol contra 5,2% dos pacientes que tomaram placebo14.
- A hipotensão73 postural foi relatada em 2,1% dos pacientes que tomaram nebivolol contra 1,0% dos pacientes que tomaram placebo14.
- A intolerância ao medicamento ocorreu em 1,6% dos pacientes que tomaram nebivolol contra 0,8% dos pacientes que tomaram placebo14.
- O bloqueio átrio-ventricular de primeiro grau ocorreu em 1,4% dos pacientes que tomaram nebivolol contra 0,9% dos pacientes que tomaram placebo14.
- O edema111 dos membros inferiores foi relatado em 1,0% dos pacientes que tomaram nebivolol contra 0,2% dos pacientes que tomaram placebo14.
Os seguintes efeitos adversos foram identificados através de notificação espontânea sem estimar sua frequência ou estabelecer uma relação causal com o uso de Nebilet®: função hepática33 anormal (incluindo aumento de TGO, TGP e bilirrubina118), edema pulmonar87 agudo18, insuficiência renal71 aguda, infarto do miocárdio119, sonolência e trombocitopenia120.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema Vigimed, disponível no Portal da ANVISA.
SUPERDOSE
Não existem dados disponíveis relativos à superdose com Nebilet®.
Sintomas50
Os sintomas50 de superdose com betabloqueadores são: bradicardia42, hipotensão73, broncospasmo e insuficiência cardíaca5 aguda.
Tratamento
Se ocorrer superdose, o tratamento deve ser interrompido e devem ser consideradas medidas de suporte gerais, baseadas na farmacologia121 dos betabloqueadores para os casos de insuficiencia32 cardíaca congestiva (uso de digitálicos e diuréticos85) e broncoespasmos122 (uso de aminofilina ou beta-2 agonista123 inalatório).
Em caso de superdose ou de hipersensibilidade, o paciente deve ser mantido sob rigorosa vigilância e ser tratado numa unidade de cuidados intensivos. Devem ser determinados os níveis de glicose55 no sangue79. A absorção de qualquer resíduo do medicamento ainda presente no trato gastrintestinal deve ser evitada por lavagem gástrica124, administração de carvão ativado e um laxante125. Pode ser necessário instituir respiração artificial126. A bradicardia42 ou as reações vagais extensas devem ser tratadas por administração de atropina ou metilatropina. A hipotensão73 e o choque34 devem ser tratados com plasma27/substitutos do plasma27 e, se necessário, com catecolaminas. O efeito betabloqueador pode ser neutralizado pela administração intravenosa lenta de cloridrato de isoprenalina, começando com uma dose de aproximamente 5 μg/minuto ou dobutamina começando com uma dose de 2,5 μg/minuto até obter-se o efeito desejado. Em casos refratários127, a isoprenalina pode ser associada com dopamina128. Se ainda não houver o efeito desejado, pode ser considerada a administração intravenosa de 50-100 μg/kg de glucagon129. Se necessário, a injeção130 pode ser repetida dentro de uma hora e ser seguida, se requerida, por uma infusão I.V. de glucagon129 na dose de 70 μg/kg/h. Em casos extremos de bradicardia42 resistente ao tratamento pode-se colocar um marcapasso38. Devido à alta ligação à proteína, não se espera que a hemodiálise131 aumente a excreção de nebivolol.
Nos casos de intoxicação, onde existam sintomas50 de choque34, o tratamento deve ocorrer por períodos consistentes com a meia-vida efetiva do nebivolol (12-19 horas).
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Registro MS – 1.0974.0211
Farm. Resp.: Dr. Dante Alario Junior - CRF-SP nº 5143
Fabricado e Embalado por:
Menarini – Von Heyden GmbH Dresden, Alemanha
Licenciado pela Menarini, Florença (Itália), sob licença de Janssen Pharmaceutica N.V., Beerse, Bélgica.
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