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Meluren
(Bula do profissional de saúde)

Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A

Atualizado em 11/10/2022

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Meluren
dienogeste
Comprimidos 2,0 mg

Medicamento similar equivalente ao medicamento de referência.

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:

Comprimido simples
Embalagens com 28 ou 84 comprimidos

USO ORAL
USO ADULTO

COMPOSIÇÃO:

Cada comprimido de Meluren contém:

dienogeste. 2,0 mg
excipiente q.s.p. 1 comprimido

Excipientes: povidona, lactose1 monoidratada, amido, crospovidona, talco e estearato de magnésio.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2

INDICAÇÕES

Tratamento da endometriose3.

RESULTADOS DE EFICÁCIA

Foi demonstrada a superioridade de dienogeste em relação ao placebo4 na redução da dor pélvica5 associada à endometriose3 (DPAE) e redução clinicamente significativa da dor comparada aos valores iniciais em um estudo de 3 meses incluindo 102 pacientes com dienogeste. A DPAE foi medida em uma escala visual analógica (EVA) (0–100 mm). Após 3 meses de tratamento com dienogeste, foram demonstradas diferenças estatisticamente significativas em comparação ao placebo4 (Δ = 12,3 mm; IC de 95%: 6,4–18,1; p < 0,0001) e redução clinicamente significativa da dor em comparação com os valores iniciais (redução média = 27,4 mm ± 22,9).

Após 3 meses de tratamento, foi alcançada redução da DPAE de cerca de 50% ou mais sem aumento relevante da medicação concomitante para dor em 37,3% das pacientes tratadas com dienogeste (versus placebo4: 19,8%); uma redução de DPAE de cerca de 75% ou mais sem aumento relevante da medicação para dor foi alcançada em 18,6% das pacientes tratadas com dienogeste (versus placebo4: 7,3%).

Este estudo controlado com placebo4 foi estendido de forma aberta e seus resultados demonstraram melhora contínua da endometriose3 associada à dor pélvica5 com uma duração de tratamento de até 15 meses (redução média ao final do tratamento = 43,2 ± 21,7 mm) da EVA. Adicionalmente, a eficácia na dor pélvica5 associada à endometriose3 foi demonstrada em um estudo comparativo de 6 meses com dienogeste comparado ao análogo do GnRH acetato de leuprorrelina (AL) incluindo 120 pacientes em tratamento com dienogeste. A DPAE também foi avaliada por meio de EVA (0–100 mm). Foi observada redução clinicamente significativa da dor em comparação aos valores iniciais em ambos os grupos de tratamento (dienogeste: 47,5 ± 28,8 mm versus AL: 46,0 ± 24,8 mm). Foi demonstrada não-inferioridade de dienogeste versus o AL com base em uma margem pré-definida de 15 mm (p < 0,0001).

Três estudos incluindo um total de 252 pacientes que receberam diariamente 2 mg de dienogeste demonstraram redução substancial das lesões6 endometrióticas após 6 meses de tratamento.

Em um estudo pequeno (n = 8 por grupo de dose), uma dose diária de 1 mg de dienogeste demonstrou induzir um estado anovulatório após 1 mês de tratamento. O dienogeste não foi testado para eficácia contraceptiva em estudos maiores.

CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

O dienogeste é um derivado da nortestosterona com atividade antiandrogênica de aproximadamente um terço da atividade do acetato de ciproterona. O dienogeste liga-se ao receptor de progesterona no útero7 humano com apenas 10% da afinidade relativa da progesterona. Apesar de sua baixa afinidade pelo receptor de progesterona, o dienogeste apresenta potente efeito progestogênico in vivo. O dienogeste não apresenta atividade androgênica, mineralocorticoide8 ou glicocorticoide significativa in vivo.

Mecanismo de ação: O dienogeste age na endometriose3 reduzindo a produção endógena de estradiol e desta forma, suprimindo os efeitos tróficos deste hormônio9 tanto sobre o endométrio10 eutópico quanto no ectópico11. Quando administrado continuamente, o dienogeste leva a um ambiente endócrino12 hipoestrogênico, hipergestagênico, causando inicialmente decidualização do tecido13 endometrial e, em seguida, atrofia14 das lesões6 endometrióticas. Propriedades adicionais, tais como efeitos imunológicos e antiangiogênicos15, parecem contribuir para a ação inibitória do dienogeste sobre a proliferação celular.

Dados de segurança: Os níveis de estrogênio endógeno são apenas moderadamente suprimidos durante o tratamento com dienogeste. A densidade mineral óssea (DMO) foi avaliada em 21 pacientes adultas antes e após 6 meses do tratamento e não houve redução na média da DMO. Não foi observado impacto significativo nos parâmetros laboratoriais padrão, incluindo hematologia, bioquímica do sangue16, enzimas hepáticas17, lipídeos e hemoglobina glicosilada18 (HbA1C19) durante o tratamento com dienogeste até 15 meses (n = 168).

Propriedades farmacocinéticas

Absorção: O dienogeste administrado por via oral é rapidamente e quase completamente absorvido. Concentrações séricas máximas de 47 ng/mL são alcançadas em aproximadamente 1,5 horas após ingestão de dose única. A biodisponibilidade é cerca de 91%. A farmacocinética do dienogeste é proporcional à dose no intervalo de 1 a 8 mg.

Distribuição: O dienogeste liga-se á albumina20 sérica e não se liga à globulina21 de ligação dos hormônios sexuais (SHBG) nem à globulina21 de ligação dos corticoides (CBG). Dez por cento do total das concentrações séricas do medicamento é representado pelo esteroide livre e 90% pelo esteroide ligado de forma não específica à albumina20. O volume aparente de distribuição (Vd/F) do dienogeste é de 40 L.

Metabolismo22 / Biotransformação: O dienogeste é completamente metabolizado pelas vias conhecidas do metabolismo22 dos esteroides, com a formação de metabólitos23 em sua maior parte endocrinologicamente inativos. Com base em estudos in vitro e in vivo, a enzima24 3A4 do citocromo P450 (CYP3A4) é a principal enzima24 envolvida no metabolismo22 do dienogeste. Os metabólitos23 são excretados muito rapidamente e a fração predominante no plasma25 é a forma inalterada do dienogeste.
A taxa de depuração metabólica sérica Cl/F é de 64 mL/min.

Eliminação / Excreção: Os níveis séricos de dienogeste diminuem em duas fases. A fase de disposição terminal é caracterizada por meia-vida de aproximadamente 9 a 10 horas. O dienogeste é excretado na forma de metabólitos23 que são excretados em uma razão urina26/fezes de cerca de 3:1, após administração oral de 0,1 mg/Kg. A meia-vida de excreção urinária dos metabólitos23 é de 14 horas. Após administração oral, aproximadamente 86% da dose administrada é eliminada dentro de 6 dias, a maior parte sendo excretada dentro das primeiras 24 horas, principalmente na urina26.

Condições no estado de equilíbrio: A farmacocinética do dienogeste não é influenciada pelos níveis de SHBG. Após ingestão diária, os níveis séricos do medicamento aumentam cerca de 1,24 vezes, alcançando as condições do estado de equilíbrio após 4 dias de tratamento. A farmacocinética do dienogeste após administração repetida do fármaco27 pode ser prevista a partir da farmacocinética de dose única.

Dados pré-clínicos de segurança

Os dados pré-clínicos não revelaram risco especial para seres humanos com base em estudos convencionais de farmacologia28 de segurança, toxicidade29 de dose repetida, genotoxicidade, potencial carcinogênico e toxicidade29 para a reprodução30. No entanto, deve-se ter em mente que esteroides sexuais podem promover o crescimento de certos tecidos e tumores dependentes desses hormônios.

CONTRAINDICAÇÕES

O dienogeste não deve ser utilizado na presença de qualquer uma das condições listadas abaixo, as quais são parcialmente provenientes de informação sobre outros medicamentos contendo somente progestógeno. Caso a paciente apresente qualquer uma dessas condições durante o uso de dienogeste, o tratamento deve ser descontinuado imediatamente:

  • distúrbio tromboembólico venoso em atividade;
  • presença ou histórico de doença cardiovascular e arterial (por exemplo, infarto do miocárdio31, acidente vascular cerebral32, doença cardíaca isquêmica);
  • diabetes mellitus33 com envolvimento vascular34;
  • presença ou histórico de hepatopatia grave enquanto os valores da função hepática35 não retornarem ao normal;
  • presença ou histórico de tumor36 hepático (benigno ou maligno);
  • suspeita ou diagnóstico37 de neoplasias38 dependentes de hormônios sexuais;
  • sangramento vaginal não diagnosticado;
  • hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos componentes daformulação.

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Antes de iniciar o tratamento com dienogeste, deve-se excluir a possibilidade de gravidez39 (veja o item “Gravidez e lactação”). Durante o tratamento, as pacientes devem ser orientadas a utilizar métodos contraceptivos não hormonais (por exemplo, método de barreira), caso seja necessário prevenir a gravidez39. O dienogeste não foi investigado quanto à eficácia contraceptiva, mas foi demonstrado em um estudo envolvendo 8 mulheres, que 1 mg de dienogeste é capaz de induzir a um estado anovulatório após 1 mês detratamento.

Gestações que ocorrem entre usuárias de contraceptivos contendo somente progestógeno (por exemplo, minipílula) têm maior probabilidade de serem ectópicas40 do que as gestações entre usuárias de contraceptivos orais combinados. Portanto, em mulheres com histórico de gravidez39 extrauterina ou de alteração da função das trompas, o uso de dienogeste deve ser decidido apenas após cuidadosa avaliação da relação risco/benefício.

O dienogeste é um medicamento que contém somente progestógeno, portanto, deve-se considerar que as precauções e advertências para o uso de todos os medicamentos que contêm somente progestógeno são válidas também para o seu uso, embora nem todas as precauções e advertências estejam baseadas em achados dos estudos clínicos realizados comdienogeste.

Caso qualquer uma das condições/fatores de risco descritos abaixo esteja presente ou se agrave, deve-se analisar individualmente a relação risco/benefício antes de iniciar ou continuar o tratamento com dienogeste.

Distúrbios circulatórios

A partir de estudos epidemiológicos, há pouca evidência de associação entre o uso de medicamentos contendo somente progestógeno e o risco aumentado de infarto do miocárdio31 ou tromboembolismo41 cerebral. O risco de eventos cerebrais e cardiovasculares está mais relacionado ao aumento da idade, hipertensão42 e tabagismo. Em mulheres com hipertensão42, o risco de acidente vascular cerebral32 pode ser levemente aumentado por medicamentos contendo somente progestógeno.

Alguns estudos indicam que pode haver risco levemente aumentado de tromboembolismo41 venoso (trombose venosa profunda43, embolia44 pulmonar), sem significância estatística associado ao uso de medicamentos contendo somente progestógeno. Fatores de risco para tromboembolismo41 venoso (TEV) geralmente reconhecidos incluem: histórico pessoal ou familiar positivo (TEV em um irmão ou parente em idade relativamente jovem), idade, obesidade45, imobilização prolongada, cirurgia de grande porte ou trauma extenso. Em caso de imobilização prolongada, é recomendável descontinuar o uso de dienogeste (no caso de cirurgia eletiva46, com pelo menos 4 semanas de antecedência) e não reiniciar o tratamento até que sejam decorridas 2 semanas após a recuperação completa da mobilidade.

O risco aumentado de tromboembolismo41 no puerpério47 deve ser considerado.

O tratamento deve ser interrompido imediatamente caso haja suspeita ou sintomas48 de evento trombótico49 venoso ou arterial.

Tumores

Em uma metanálise de 54 estudos epidemiológicos foi relatado leve aumento do risco relativo (RR = 1,24) de câncer50 de mama51 diagnosticado em usuárias de contraceptivos orais (COs), principalmente aqueles contendo a combinação progestógeno-estrogênio. O excesso de risco desaparece gradualmente ao longo dos 10 anos subsequentes à suspensão do contraceptivo oral combinado (COC). Uma vez que o câncer50 de mama51 é raro em mulheres com menos de 40 anos, o aumento de cânceres de mama51 diagnosticados em usuárias atuais e recentes de COCs é pequeno em relação ao risco global de câncer50 de mama51. O risco de ter câncer50 de mama51 diagnosticado em usuárias de pílulas contendo somente progestógeno é possivelmente de magnitude semelhante àquele associado ao COC. No entanto, para medicamentos contendo somente progestógeno, a evidência é baseada em populações de usuárias muito menores e, portanto, é menos conclusiva do que para COCs. Estes estudos não fornecem evidência de relação causal. O padrão observado de aumento de risco pode ser devido ao diagnóstico37 mais precoce de câncer50 de mama51 em usuárias de COCs, aos efeitos biológicos dos COCs ou à combinação de ambos. Casos de câncer50 de mama51 diagnosticados em usuárias habituais de COCs tendem a ser clinicamente menos avançados do que os diagnosticados em mulheres que nunca utilizaram COCs.

Em casos raros, tumores hepáticos benignos, e ainda mais raramente, tumores hepáticos malignos foram relatados em usuárias de substâncias hormonais, tais como a contida em dienogeste. Em casos isolados, estes tumores provocaram hemorragias52 intra-abdominais com risco para a vida da paciente. A possibilidade de tumor36 hepático deve ser considerada no diagnóstico37 diferencial em caso de dor abdominal superior intensa, hepatomegalia53 ou sinais54 de hemorragia55 intra-abdominal em usuárias de dienogeste.

Alterações no padrão de sangramento

O tratamento com dienogeste afeta o padrão de sangramento menstrual na maioria das mulheres (veja o item “Reações Adversas”).

Sangramento uterino, por exemplo, em mulheres com adenomiose56 ou leiomiomatose uterinas, pode ser agravado pelo uso de dienogeste (dienogeste). Se o sangramento for intenso e contínuo, ao longo do tempo pode levar à anemia57 (grave em alguns casos). Nestes casos, deve-se considerar a descontinuação de dienogeste.

Outras condições

Pacientes que apresentam histórico de depressão devem ser cuidadosamente observados e o medicamento deve ser descontinuado em caso de agravamento da depressão.

De modo geral, dienogeste parece não afetar a pressão arterial58 em mulheres normotensas. Entretanto, caso hipertensão42 clinicamente significativa se desenvolva e se mantenha durante o uso de dienogeste, recomenda-se descontinuar o uso do medicamento e tratar a hipertensão42.

Recorrência59 de icterícia60 colestática e/ou prurido61 que ocorreram durante gravidez39 ou uso anterior de esteroides sexuais requer a descontinuação de dienogeste.

O dienogeste pode apresentar leve efeito sobre a resistência periférica62 à insulina63 e tolerância à glicose64. Mulheres diabéticas, sobretudo aquelas com histórico de diabetes mellitus33 gestacional, devem ser cuidadosamente observadas durante o uso de dienogeste.

Ocasionalmente pode ocorrer cloasma65, principalmente em mulheres com histórico de cloasma65 gravídico. Mulheres com tendência a cloasma65 devem evitar exposição ao sol ou à radiação ultravioleta durante o tratamento com dienogeste.

Podem ocorrer folículos ovarianos persistentes (frequentemente referidos como cistos funcionais de ovário66) durante o uso de dienogeste. A maioria destes folículos é assintomática, embora alguns possam ser acompanhados de dor pélvica5.

Exames médicos

Deve-se obter histórico médico completo, bem como realizar exames físico e ginecológico antes do início ou reinstituição do uso de dienogeste, considerando os itens descritos em “Contraindicações” e “Advertências e Precauções”. Estes acompanhamentos devem ser repetidos regularmente durante o tratamento com dienogeste. A frequência e a natureza destas avaliações devem ser individualizadas para cada mulher, mas em geral, devem dedicar atenção especial à pressão arterial58, mamas67, abdome68 e órgãos pélvicos69, e incluir citologia cervical.

Gravidez39

Dados sobre o uso de dienogeste em mulheres grávidas são limitados. Estudos em animais e dados de mulheres expostas ao dienogeste durante a gestação não revelaram riscos especiais para a gravidez39, o desenvolvimento embrionário/fetal, o nascimento ou o desenvolvimento pós-natal para humanos (veja o item “Dados pré-clínicos de segurança”). Entretanto, dienogeste não deve ser administrado a mulheres grávidas uma vez que não há necessidade de tratar a endometriose3 durante a gravidez39.

Categoria B – Não há estudos adequados em mulheres. Em experiência em animais não foram encontrados riscos, mas foram encontrados efeitos colaterais70 que não foram confirmados nas mulheres, especialmente durante o último trimestre de gravidez39.

Lactação71O tratamento com dienogeste durante a lactação71 não é recomendado. Propriedades físico-químicas e dados de animais indicam que o dienogeste é excretado no leite materno. Deve-se optar por descontinuar a amamentação72 ou o tratamento com dienogeste, levando-se em consideração os benefícios da amamentação72 para a criança e os da terapia para amulher.

Fertilidade: Com base nos dados disponíveis, a ovulação73 é inibida na maioria das pacientes durante o tratamento com dienogeste. Entretanto, dienogeste não é um contraceptivo.

Caso seja necessário prevenir a gravidez39, deve-se utilizar um método contraceptivo não-hormonal (veja item “Advertências e Precauções”).

Com base nos dados disponíveis, o ciclo menstrual retorna ao normal no período de 2 meses após a interrupção do tratamento com dienogeste.

Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas

Não são conhecidos.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Deve-se consultar também as informações contidas na bula do medicamento utilizado concomitantemente para verificar possíveis interações.

Efeitos de outros medicamentos sobre dienogeste

As progestinas, incluindo o dienogeste, são metabolizadas principalmente pela enzima24 3A4 do sistema do citocromo P450 (CYP 3A4) localizado na mucosa intestinal74 e no fígado75. Portanto, indutores ou inibidores do CYP3A4 podem afetar o metabolismo22 de um progestógeno.

A depuração aumentada de hormônios sexuais devido à indução enzimática pode diminuir o efeito terapêutico de dienogeste (dienogeste) e resultar em reações adversas, tais como, alterações no perfil de sangramento uterino.

A depuração reduzida de hormônios sexuais devido à inibição enzimática pode aumentar a exposição ao dienogeste e resultar em reações adversas.

Substâncias que aumentam a depuração de hormônios sexuais (redução da eficácia pela indução enzimática), por exemplo: fenitoína, barbitúricos, primidona, carbamazepina, rifampicina e possivelmente também oxcarbazepina, topiramato, felbamato, griseofulvina e produtos contendo erva-de-São João.

A indução enzimática já pode ser observada após alguns dias de tratamento. De modo geral, observa-se indução enzimática máxima dentro de algumas semanas. Após a interrupção do tratamento a indução enzimática pode ser mantida durante aproximadamente 4 semanas.

O efeito indutor da rifampicina sobre o CYP3A4 foi estudado em mulheres sadias na pós-menopausa76. A coadministração de rifampicina com comprimidos de valerato de estadiol/dienogeste causou quedas significativas das concentrações no estado de equilíbrio e nas exposições sistêmicas do dienogeste. A exposição sistêmica ao dienogeste no estado de equilíbrio, medida pela área sob a curva (0–24h), foi diminuída em cerca de 83%.

Substâncias com efeitos variáveis na depuração de hormônios sexuais, por exemplo: Quando coadministrados com hormônios sexuais, muitos inibidores das proteases e inibidores não nucleosídeos da transcriptase reversa dos vírus77 da imunodeficiência78 humana (HIV79) e da hepatite80 C (HCV), podem aumentar ou diminuir as concentrações plasmáticas da progestina. Em alguns casos, estas alterações podem ser clinicamente relevantes.

Substâncias que diminuem a depuração de hormônios sexuais (inibidores enzimáticos): O dienogeste é um substrato da enzima24 3A4 do citocromo P450 (CYP). Inibidores potentes e moderados do CYP3A4, tais como antifúngicos azólicos (por exemplo, itraconazol, voriconazol, fluconazol), verapamil, macrolídeos (por exemplo, claritromicina, eritromicina), diltiazem e suco de toranja (“grapefruit”) podem aumentar as concentrações plasmáticas desta progestina.

Em um estudo que investigou o efeito de inibidores do CYP3A4 (cetoconazol, eritromicina) na combinação valerato de estradiol/dienogeste, os níveis plasmáticos no estado de equilíbrio de dienogeste aumentaram. A coadministração com o potente inibidor cetoconazol resultou em aumento de 2,86 vezes da AUC81 (0-24 h) de dienogeste, no estado de equilíbrio para o dienogeste. Quando coadministrado com o inibidor moderado eritromicina, a AUC81 (0-24 h) de dienogeste no estado de equilíbrio aumentou em 1,62 vezes. A relevância clínica destas interações é desconhecida.

Efeitos do dienogeste em outros medicamentos

Com base em estudos de inibição in vitro, é improvável que haja interação clinicamente relevante entre dienogeste e o metabolismo22 de outros medicamentos mediado pelo citocromo P450.

Interações com alimentos

Uma refeição padronizada com alto teor de gordura82 não afetou a biodisponibilidade de dienogeste.

Outras formas de interação

O uso de progestinas pode influenciar os resultados de certos exames laboratoriais, incluindo parâmetros bioquímicos do fígado75, da tireoide83, das funções renal84 e adrenal, níveis plasmáticos de proteínas85 (carreadoras), por exemplo, frações lipoproteicas/lipídicas, parâmetros do metabolismo22 de carboidratados e parâmetros da coagulação86 e fibrinólise87. De modo geral, as alterações laboratoriais permanecem dentro da faixa normal.

CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Cuidados de conservação

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.

Desde que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar da data de sua fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas do produto

Comprimido circular biconvexo de cor branca a quase branca e homogêneo.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

POSOLOGIA E MODO DE USAR

Método de administração

Uso oral

A ingestão dos comprimidos de dienogeste pode ser iniciada em qualquer dia do ciclo menstrual.

A dose de dienogeste é de um comprimido por dia sem intervalo de pausa, tomado, preferencialmente, no mesmo horário todos os dias, com um pouco de líquido, se necessário. Os comprimidos devem ser tomados continuamente, independentemente de sangramento vaginal. Ao término de uma cartela, a próxima deve ser iniciada, sem interrupção.

A eficácia de dienogeste pode estar reduzida em caso de esquecimento da tomada de comprimidos, vômito88 e/ou diarreia89 (se ocorrer dentro de 3 a 4 horas após a ingestão de um comprimido). Em caso de comprimido(s) esquecido(s), a mulher deve tomar apenas um comprimido assim que se lembrar e continuar no dia seguinte a tomar os comprimidos no horário habitual. Um comprimido não absorvido devido a vômito88 ou diarreia89 deve ser igualmente substituído por outrocomprimido.

Informações adicionais para populações especiais

Pacientes pediátricas: O dienogeste não é indicado para crianças e jovens antes da menarca90. A segurança e eficácia de dienogeste em adolescentes (menarca90 a 18 anos) não foi estabelecida.

População geriátrica: Não há indicação relevante para o uso de dienogeste na população geriátrica.

Pacientes com alteração hepática35O dienogeste é contraindicado em pacientes com presença ou histórico de doença hepática35 grave (veja o item “Contraindicações”).

Pacientes com alteração renal84Não há dados que sugiram a necessidade de ajuste de dose em pacientes com alteração renal84.

REAÇÕES ADVERSAS

Resumo do perfil de segurança

As reações adversas são mais frequentes durante os primeiros meses após o início da ingestão de dienogeste e diminuem ao longo do tratamento. As seguintes reações adversas foram relatadas em usuárias de dienogeste.

As reações adversas relatadas mais frequentemente durante o tratamento com dienogeste que foram consideradas pelo menos possivelmente relacionadas à dienogeste foram: cefaleia91 (9,0%), desconforto nas mamas67 (5,4%), humor deprimido (5,1%) e acne92 (5,1%).

Lista tabulada das reações adversas

Tabela 1: Frequências das reações adversas ao medicamento de acordo com a classificação por sistema corpóreo (MedDRA SOCs) relatadas com dienogeste estão resumidas na tabela abaixo. Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas estão apresentadas em ordem decrescente de frequência. As frequências são definidas como comum (≥ 1/100 a < 1/10) e incomum (≥ 1/1.000 a < 1/100)*. As frequências estão baseadas nos dados agrupados de 4 estudos clínicos, incluindo 332 pacientes (100,0%).

 

Comum

Incomum

Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático93

 

Anemia57 (1; 0,3%)

Distúrbios metabólicos e nutricionais

Aumento de peso (12; 3,6%)

Diminuição de peso (1; 0,3%)

Aumento de apetite (1; 0,3%)

Distúrbios psiquiátricos

Humor deprimido (17; 5,1%)

Ansiedade (2; 0,6%)

Distúrbios do sonoI (7; 2,1%)

Depressão (2; 0,6%)

Nervosismo (5; 1,5%)

Oscilações de humor (1; 0,3%)

Perda de libido94 (5; 1,5%)

 

Humor alterado (4; 1,2%)

 

Distúrbios do sistema nervoso95

Cefaleia91 (30; 9,0%)

Desequilíbrio do sistema nervoso autônomo96 (3; 0,9%)

Enxaqueca97 (4; 1,2%) Distúrbio da atenção (2; 0,6%)

Distúrbios oculares

 

Ressecamento dos olhos98 (1; 0,3%)

Distúrbios auditivos e do labirinto99

 

Zumbido (1; 0,3%)

Distúrbios cardíacos

 

Distúrbios inespecíficos do sistema circulatório100 (1;0,3%)

 

Palpitações101 (1; 0,3%)

Distúrbios vasculares102

 

Hipotensão103 (1; 0,3%)

Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino104

 

Dispneia105 (1; 0,3%)

Distubios gastrintestinais

Náuseas106 (14; 4,2%)

Diarreia89 (2; 0,6%)

Dor abdominal II (12; 3,6%)

Constipação107 (2; 0,6%)

Flatulência (10; 3,0%)

Desconforto abdominal (2;0,6%)

Distensão abdominal (4; 1,2%)

Inflamação108 gastrintestinalIII (2; 0,6%)

Vômitos109 (4; 1,2%)

Gengivite110 (1; 0,3%)

Distúrbios da pele111 e dos tecidos subcutâneos 

Acne92 (17; 5,1%)

Pele111 seca (3; 0,9%)

Alopecia112 (5; 1,5%)

Hiperidrose113 (2; 0,6%)

 

Prurido61 (2; 0,6%)

 

Hirsutismo114 (1; 0,3%)

 

Onicólise115 (1; 0,3%)

 

Caspa (1; 0,3%)

 

Dermatite116 (1; 0,3%)

 

Crescimento anormal de pelos (1; 0,3%)

 

Reação de fotossensibilidade (1; 0,3%)

 

Distúrbio de pigmentação (1; 0,3%)

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo117

Dor nas costas118 (4; 1,2%)

Dor óssea (1; 0,3%)

 

Espasmos119 musculares (1; 0,3%)

 

Dor na extremidade (1; 0,3%)

 

Peso nas extremidades (1; 0,3%)

Distúrbios renais e urinários

 

Infecção120 do trato urinário121IV (2; 0,6%)

Distúrbios do sistema reprodutivo e das mamas67

Desconforto das mamas67 V (18; 5,4%)

Candidíase122 vaginal (3; 0,9%)

Cisto ovariano VI (10; 3,0%)

Ressecamento vulvovaginal IX (3; 0,9%)

Ondas de calor (9; 2,7%)

Corrimento genital X (2; 0,6%)

Sangramento uterino/vaginal incluindo gotejamento (“spotting”) VII, VIII (5; 1,5%) Dor pélvica5 (2; 0,6%)

 

Vulvovaginite123 atrófica124 (1; 0,3%)

 

Nódulo125(s) mamário(s) (1; 0,3%)

 

Doença fibrocística da mama51 (1; 0,3%)

 

Endurecimento da mama51 (1; 0,3%)

Distúrbios gerais e condições no local da administração

Condições astênicas XI (10; 3,0%)

Edema126 XII (2; 0,6%)

Irritabilidade (5; 1,5%)  

* Foi utilizado o termo MedDRA (versão 11.0) mais apropriado para descrever uma determinada reação adversa. Sinônimos ou condições relacionadas não estão listados, mas também devem ser considerados.

I distúrbios do sono consistem em distúrbio do sono (5; 1,5%), insônia (2; 0,6%)
II dor abdominal consiste em dor no abdome68 (5; 1,5%), dor abdominal inferior (5; 1,5%), dor abdominal superior (2; 0,6%).
III inflamação108 gastrintestinal consiste de inflamação108 gastrintestinal (1; 0,3%), gastrite127 (1; 0,3%)
IV infecção120 do trato urinário121 consiste em infecção120 do trato urinário121 (1; 0,3%), cistite128 (1; 0,3%) V desconforto nas mamas67 consiste em desconforto nas mamas67 (11; 3,3%), ingurgitamento das mamas67 (4; 1,2%), dor nas mamas67 (3; 0,9%)
VI cisto ovariano consiste em cisto ovariano (9; 2,7%), cisto ovariano hemorrágico129 (1; 0,3%)
VII sangramento vaginal/uterino incluindo gotejamento (“spotting”) consiste de sangramento uterino disfuncional130 (1; 0,3%), metrorragia131 (1; 0,3%), menorragia132 (1; 0,3%), hemorragia55 uterina (1; 0,3%), hemorragia vaginal133 (1; 0,3%)
VIII de acordo com os registros de sangramento, ocorreram irregularidades no sangramento menstrual mais frequentemente, mas de modo geral, não foram relatados como reação adversa pelas pacientes. Veja o texto abaixo da tabela para mais informações.
IX ressecamento vulvovaginal consiste em ressecamento vulvovaginal (2; 0,6%), ressecamento da mucosa134 vaginal (1; 0,3%)
X corrimento genital consiste em corrimento genital (1; 0,3%) e corrimento vaginal (1; 0,3%)
XI condições astênicas consistem em fadiga135 (6; 1,8%), astenia136 (2; 0,6%), mal-estar (2; 0,6%)
XII edema126 consiste de edema126 (1; 0,3%), edema126 facial (1; 0,3%)

Irregularidades do sangramento uterino

Os padrões de sangramento menstrual foram avaliados sistematicamente utilizando os diários das pacientes, e foram analisados utilizando o método do período de referência de 90 dias (OMS). Durante o primeiro período de referência (por exemplo, primeiros 90 dias de tratamento com dienogeste), os seguintes padrões de sangramento foram observados (n= 290; 100%): amenorreia137 (1,7%), sangramento pouco frequente (27,2%), sangramento frequente (13,4%), sangramento irregular (35,2%), sangramento prolongado (38,3%), sangramento normal, isto é, nenhuma das categorias anteriores (19,7%)XIII. Durante o quarto período de referência os seguintes padrões de sangramento foram observados (n = 149; 100%): amenorreia137 (28,2%), sangramento pouco frequente (24,2%), sangramento frequente (2,7%), sangramento irregular (21,5%), sangramento prolongado (4,0%), sangramento normal, isto é, nenhuma das categorias anteriores (22,8%) XIII. Alterações nos padrões de sangramento menstrual foram relatados apenas ocasionalmente como reações adversas pelas pacientes (veja Tabela 1).

XIII Totaliza mais de 100% porque uma paciente pode ser enquadrada em mais de uma categoria simultaneamente, por exemplo “sangramento frequente” e “sangramento irregular”.

Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.

SUPERDOSE

Estudos de toxicidade29 aguda realizados com dienogeste não indicaram risco de efeitos adversos agudos em caso de ingestão inadvertida de múltiplas doses terapêuticas diárias. Não há antídoto138 específico. Vinte a 30 mg de dienogeste por dia (dose 10 a 15 vezes mais elevada do que dienogeste) por mais de 24 semanas de uso foram muito bem toleradas.

Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

DIZERES LEGAIS


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Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Lactose: Tipo de glicídio que possui ligação glicosídica. É o açúcar encontrado no leite e seus derivados. A lactose é formada por dois carboidratos menores, chamados monossacarídeos, a glicose e a galactose, sendo, portanto, um dissacarídeo.
2 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
3 Endometriose: Doença que acomete as mulheres em idade reprodutiva e consiste na presença de endométrio em locais fora do útero. Endométrio é a camada interna do útero que é renovada mensalmente pela menstruação. Os locais mais comuns da endometriose são: Fundo de Saco de Douglas (atrás do útero), septo reto-vaginal (tecido entre a vagina e o reto ), trompas, ovários, superfície do reto, ligamentos do útero, bexiga e parede da pélvis.
4 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
5 Pélvica: Relativo a ou próprio de pelve. A pelve é a cavidade no extremo inferior do tronco, formada pelos dois ossos do quadril (ilíacos), sacro e cóccix; bacia. Ou também é qualquer cavidade em forma de bacia ou taça (por exemplo, a pelve renal).
6 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
7 Útero: Orgão muscular oco (de paredes espessas), na pelve feminina. Constituído pelo fundo (corpo), local de IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO e DESENVOLVIMENTO FETAL. Além do istmo (na extremidade perineal do fundo), encontra-se o COLO DO ÚTERO (pescoço), que se abre para a VAGINA. Além dos istmos (na extremidade abdominal superior do fundo), encontram-se as TUBAS UTERINAS.
8 Mineralocorticoide: O córtex da glândula suprarenal (adrenal) secreta três categorias de hormônios: glicocorticoides (cortisol), mineralocorticoides (aldosterona) e androgênios (testosterona). Os mineralocorticoides são hormônios secretados pelo córtex da adrenal. Eles são essenciais para se evitar um acentuado aumento na concentração de íons potássio no líquido extracelular, além de evitar que sódio e cloreto sejam rapidamente eliminados do organismo e que os volumes totais de líquido extracelular e sangue tornem-se muito reduzidos.
9 Hormônio: Substância química produzida por uma parte do corpo e liberada no sangue para desencadear ou regular funções particulares do organismo. Por exemplo, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que diz a outras células quando usar a glicose para energia. Hormônios sintéticos, usados como medicamentos, podem ser semelhantes ou diferentes daqueles produzidos pelo organismo.
10 Endométrio: Membrana mucosa que reveste a cavidade uterina (responsável hormonalmente) durante o CICLO MENSTRUAL e GRAVIDEZ. O endométrio sofre transformações cíclicas que caracterizam a MENSTRUAÇÃO. Após FERTILIZAÇÃO bem sucedida, serve para sustentar o desenvolvimento do embrião.
11 Ectópico: Relativo à ectopia, ou seja, à posição anômala de um órgão.
12 Endócrino: Relativo a ou próprio de glândula, especialmente de secreção interna; endocrínico.
13 Tecido: Conjunto de células de características semelhantes, organizadas em estruturas complexas para cumprir uma determinada função. Exemplo de tecido: o tecido ósseo encontra-se formado por osteócitos dispostos em uma matriz mineral para cumprir funções de sustentação.
14 Atrofia: 1. Em biologia, é a falta de desenvolvimento de corpo, órgão, tecido ou membro. 2. Em patologia, é a diminuição de peso e volume de órgão, tecido ou membro por nutrição insuficiente das células ou imobilização. 3. No sentido figurado, é uma debilitação ou perda de alguma faculdade mental ou de um dos sentidos, por exemplo, da memória em idosos.
15 Antiangiogênicos: São agentes inibidores da angiogênese. A angiogênese é o processo de obtenção de novos vasos a partir de vasos já existentes. Apesar da aparente simplicidade, trata-se de processo complexo, controlado delicadamente por uma variedade de fatores promotores e inibidores da angiogênese.
16 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
17 Enzimas hepáticas: São duas categorias principais de enzimas hepáticas. A primeira inclui as enzimas transaminasas alaninoaminotransferase (ALT ou TGP) e a aspartato aminotransferase (AST ou TOG). Estas são enzimas indicadoras do dano às células hepáticas. A segunda categoria inclui certas enzimas hepáticas como a fosfatase alcalina (FA) e a gamaglutamiltranspeptidase (GGT) as quais indicam obstrução do sistema biliar, quer seja no fígado ou nos canais maiores da bile que se encontram fora deste órgão.
18 Hemoglobina glicosilada: Hemoglobina glicada, hemoglobina glicosilada, glico-hemoglobina ou HbA1C e, mais recentemente, apenas como A1C é uma ferramenta de diagnóstico na avaliação do controle glicêmico em pacientes diabéticos. Atualmente, a manutenção do nível de A1C abaixo de 7% é considerada um dos principais objetivos do controle glicêmico de pacientes diabéticos. Algumas sociedades médicas adotam metas terapêuticas mais rígidas de 6,5% para os valores de A1C.
19 HbA1C: Hemoglobina glicada, hemoglobina glicosilada, glico-hemoglobina ou HbA1C e, mais recentemente, apenas como A1C é uma ferramenta de diagnóstico na avaliação do controle glicêmico em pacientes diabéticos. Atualmente, a manutenção do nível de A1C abaixo de 7% é considerada um dos principais objetivos do controle glicêmico de pacientes diabéticos. Algumas sociedades médicas adotam metas terapêuticas mais rígidas de 6,5% para os valores de A1C.
20 Albumina: Proteína encontrada no plasma, com importantes funções, como equilíbrio osmótico, transporte de substâncias, etc.
21 Globulina: Qualquer uma das várias proteínas globulares pouco hidrossolúveis de uma mesma família que inclui os anticorpos e as proteínas envolvidas no transporte de lipídios pelo plasma.
22 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
23 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
24 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
25 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
26 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
27 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
28 Farmacologia: Ramo da medicina que estuda as propriedades químicas dos medicamentos e suas respectivas classificações.
29 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
30 Reprodução: 1. Função pela qual se perpetua a espécie dos seres vivos. 2. Ato ou efeito de reproduzir (-se). 3. Imitação de quadro, fotografia, gravura, etc.
31 Infarto do miocárdio: Interrupção do suprimento sangüíneo para o coração por estreitamento dos vasos ou bloqueio do fluxo. Também conhecido por ataque cardíaco.
32 Acidente vascular cerebral: Conhecido popularmente como derrame cerebral, o acidente vascular cerebral (AVC) ou encefálico é uma doença que consiste na interrupção súbita do suprimento de sangue com oxigênio e nutrientes para o cérebro, lesando células nervosas, o que pode resultar em graves conseqüências, como inabilidade para falar ou mover partes do corpo. Há dois tipos de derrame, o isquêmico e o hemorrágico.
33 Diabetes mellitus: Distúrbio metabólico originado da incapacidade das células de incorporar glicose. De forma secundária, podem estar afetados o metabolismo de gorduras e proteínas.Este distúrbio é produzido por um déficit absoluto ou relativo de insulina. Suas principais características são aumento da glicose sangüínea (glicemia), poliúria, polidipsia (aumento da ingestão de líquidos) e polifagia (aumento da fome).
34 Vascular: Relativo aos vasos sanguíneos do organismo.
35 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
36 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
37 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
38 Neoplasias: Termo que denomina um conjunto de doenças caracterizadas pelo crescimento anormal e em certas situações pela invasão de órgãos à distância (metástases). As neoplasias mais frequentes são as de mama, cólon, pele e pulmões.
39 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
40 Ectópicas: Relativo à ectopia, ou seja, à posição anômala de um órgão.
41 Tromboembolismo: Doença produzida pela impactação de um fragmento de um trombo. É produzida quando este se desprende de seu lugar de origem, e é levado pela corrente sangüínea até produzir a oclusão de uma artéria distante do local de origem do trombo. Esta oclusão pode ter diversas conseqüências, desde leves até fatais, dependendo do tamanho do vaso ocluído e do tipo de circulação do órgão onde se deu a oclusão.
42 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
43 Trombose Venosa Profunda: Caracteriza-se pela formação de coágulos no interior das veias profundas da perna. O que mais chama a atenção é o edema (inchaço) e a dor, normalmente restritos a uma só perna. O edema pode se localizar apenas na panturrilha e pé ou estar mais exuberante na coxa, indicando que o trombo se localiza nas veias profundas dessa região ou mais acima da virilha. Uma de suas principais conseqüências a curto prazo é a embolia pulmonar, que pode deixar seqüelas ou mesmo levar à morte. Fatores individuais de risco são: varizes de membros inferiores, idade maior que 40 anos, obesidade, trombose prévia, uso de anticoncepcionais, terapia de reposição hormonal, entre outras.
44 Embolia: Impactação de uma substância sólida (trombo, colesterol, vegetação, inóculo bacteriano), líquida ou gasosa (embolia gasosa) em uma região do circuito arterial com a conseqüente obstrução do fluxo e isquemia.
45 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
46 Eletiva: 1. Relativo à eleição, escolha, preferência. 2. Em medicina, sujeito à opção por parte do médico ou do paciente. Por exemplo, uma cirurgia eletiva é indicada ao paciente, mas não é urgente. 3. Cujo preenchimento depende de eleição (diz-se de cargo). 4. Em bioquímica ou farmácia, aquilo que tende a se combinar com ou agir sobre determinada substância mais do que com ou sobre outra.
47 Puerpério: Período que decorre desde o parto até que os órgãos genitais e o estado geral da mulher voltem às condições anteriores à gestação.
48 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
49 Trombótico: Relativo à trombose, ou seja, à formação ou desenvolvimento de um trombo (coágulo).
50 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
51 Mama: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
52 Hemorragias: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
53 Hepatomegalia: Aumento anormal do tamanho do fígado.
54 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
55 Hemorragia: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
56 Adenomiose: Patologia uterina em que há invasão do miométrio por endométrio, produzindo um difuso aumento do útero, o qual, microscopicamente, exibe glândulas ectópicas, não-neoplásicas, endometrial e estroma. É considerada benigna, porém, com importante impacto clínico devido aos sintomas que a acompanha, como sangramento uterino aumentado, dor e infertilidade.
57 Anemia: Condição na qual o número de células vermelhas do sangue está abaixo do considerado normal para a idade, resultando em menor oxigenação para as células do organismo.
58 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
59 Recorrência: 1. Retorno, repetição. 2. Em medicina, é o reaparecimento dos sintomas característicos de uma doença, após a sua completa remissão. 3. Em informática, é a repetição continuada da mesma operação ou grupo de operações. 4. Em psicologia, é a volta à memória.
60 Icterícia: Coloração amarelada da pele e mucosas devido a uma acumulação de bilirrubina no organismo. Existem dois tipos de icterícia que têm etiologias e sintomas distintos: icterícia por acumulação de bilirrubina conjugada ou direta e icterícia por acumulação de bilirrubina não conjugada ou indireta.
61 Prurido: 1.    Na dermatologia, o prurido significa uma sensação incômoda na pele ou nas mucosas que leva a coçar, devido à liberação pelo organismo de substâncias químicas, como a histamina, que irritam algum nervo periférico. 2.    Comichão, coceira. 3.    No sentido figurado, prurido é um estado de hesitação ou dor na consciência; escrúpulo, preocupação, pudor. Também pode significar um forte desejo, impaciência, inquietação.
62 Resistência periférica: A resistência periférica é a dificuldade que o sangue encontra em passar pela rede de vasos sanguíneos. Ela é representada pela vasocontratilidade da rede arteriolar especificamente, sendo este fator importante na regulação da pressão arterial diastólica. A resistência é dependente das fibras musculares na camada média dos vasos, dos esfíncteres pré-capilares e de substâncias reguladoras da pressão como a angiotensina e a catecolamina.
63 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
64 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
65 Cloasma: Manchas escuras na face. O seu surgimento está relacionado à gravidez. Além dos fatores hormonais e da exposição solar, a tendência genética e características raciais também influenciam o seu surgimento. O cloasma gravídico pode desaparecer espontaneamente após a gravidez, não exigindo, às vezes, nenhum tipo de tratamento.
66 Ovário: Órgão reprodutor (GÔNADAS) feminino. Nos vertebrados, o ovário contém duas partes funcionais Sinônimos: Ovários
67 Mamas: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
68 Abdome: Região do corpo que se localiza entre o TÓRAX e a PELVE.
69 Pélvicos: Relativo a ou próprio de pelve. A pelve é a cavidade no extremo inferior do tronco, formada pelos dois ossos do quadril (ilíacos), sacro e cóccix; bacia. Ou também é qualquer cavidade em forma de bacia ou taça (por exemplo, a pelve renal).
70 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
71 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
72 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
73 Ovulação: Ovocitação, oocitação ou ovulação nos seres humanos, bem como na maioria dos mamíferos, é o processo que libera o ovócito II em metáfase II do ovário. (Em outras espécies em vez desta célula é liberado o óvulo.) Nos dias anteriores à ovocitação, o folículo secundário cresce rapidamente, sob a influência do FSH e do LH. Ao mesmo tempo que há o desenvolvimento final do folículo, há um aumento abrupto de LH, fazendo com que o ovócito I no seu interior complete a meiose I, e o folículo passe ao estágio de pré-ovocitação. A meiose II também é iniciada, mas é interrompida em metáfase II aproximadamente 3 horas antes da ovocitação, caracterizando a formação do ovócito II. A elevada concentração de LH provoca a digestão das fibras colágenas em torno do folículo, e os níveis mais altos de prostaglandinas causam contrações na parede ovariana, que provocam a extrusão do ovócito II.
74 Mucosa Intestinal: Revestimento dos INTESTINOS, consistindo em um EPITÉLIO interior, uma LÂMINA PRÓPRIA média, e uma MUSCULARIS MUCOSAE exterior. No INTESTINO DELGADO, a mucosa é caracterizada por várias dobras e muitas células absortivas (ENTERÓCITOS) com MICROVILOSIDADES.
75 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
76 Menopausa: Estado fisiológico caracterizado pela interrupção dos ciclos menstruais normais, acompanhada de alterações hormonais em mulheres após os 45 anos.
77 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
78 Imunodeficiência: Distúrbio do sistema imunológico que se caracteriza por um defeito congênito ou adquirido em um ou vários mecanismos que interferem na defesa normal de um indivíduo perante infecções ou doenças tumorais.
79 HIV: Abreviatura em inglês do vírus da imunodeficiência humana. É o agente causador da AIDS.
80 Hepatite: Inflamação do fígado, caracterizada por coloração amarela da pele e mucosas (icterícia), dor na região superior direita do abdome, cansaço generalizado, aumento do tamanho do fígado, etc. Pode ser produzida por múltiplas causas como infecções virais, toxicidade por drogas, doenças imunológicas, etc.
81 AUC: A área sob a curva ROC (Receiver Operator Characteristic Curve ou Curva Característica de Operação do Receptor), também chamada de AUC, representa a acurácia ou performance global do teste, pois leva em consideração todos os valores de sensibilidade e especificidade para cada valor da variável do teste. Quanto maior o poder do teste em discriminar os indivíduos doentes e não doentes, mais a curva se aproxima do canto superior esquerdo, no ponto que representa a sensibilidade e 1-especificidade do melhor valor de corte. Quanto melhor o teste, mais a área sob a curva ROC se aproxima de 1.
82 Gordura: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Os alimentos que fornecem gordura são: manteiga, margarina, óleos, nozes, carnes vermelhas, peixes, frango e alguns derivados do leite. O excesso de calorias é estocado no organismo na forma de gordura, fornecendo uma reserva de energia ao organismo.
83 Tireoide: Glândula endócrina altamente vascularizada, constituída por dois lobos (um em cada lado da TRAQUÉIA) unidos por um feixe de tecido delgado. Secreta os HORMÔNIOS TIREOIDIANOS (produzidos pelas células foliculares) e CALCITONINA (produzida pelas células para-foliculares), que regulam o metabolismo e o nível de CÁLCIO no sangue, respectivamente.
84 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
85 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
86 Coagulação: Ato ou efeito de coagular(-se), passando do estado líquido ao sólido.
87 Fibrinólise: Processo de dissolução progressiva da fibrina e assim do coágulo, que posteriormente à sua formação deve ser dissolvido.
88 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
89 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
90 Menarca: Refere-se à ocorrência da primeira menstruação.
91 Cefaleia: Sinônimo de dor de cabeça. Este termo engloba todas as dores de cabeça existentes, ou seja, enxaqueca ou migrânea, cefaleia ou dor de cabeça tensional, cefaleia cervicogênica, cefaleia em pontada, cefaleia secundária a sinusite, etc... são tipos dentro do grupo das cefaleias ou dores de cabeça. A cefaleia tipo tensional é a mais comum (acomete 78% da população), seguida da enxaqueca ou migrânea (16% da população).
92 Acne: Doença de predisposição genética cujas manifestações dependem da presença dos hormônios sexuais. As lesões começam a surgir na puberdade, atingindo a maioria dos jovens de ambos os sexos. Os cravos e espinhas ocorrem devido ao aumento da secreção sebácea associada ao estreitamento e obstrução da abertura do folículo pilosebáceo, dando origem aos comedões abertos (cravos pretos) e fechados (cravos brancos). Estas condições favorecem a proliferação de microorganismos que provocam a inflamação característica das espinhas, sendo o Propionibacterium acnes o agente infeccioso mais comumente envolvido.
93 Linfático: 1. Na histologia, é relativo à linfa, que contém ou que conduz linfa. 2. No sentido figurado, por extensão de sentido, a que falta vida, vigor, energia (diz-se de indivíduo); apático. 3. Na história da medicina, na classificação hipocrática dos quatro temperamentos de acordo com o humor dominante, que ou aquele que, pela lividez das carnes, flacidez dos músculos, apatia e debilidade demonstradas no comportamento, atesta a predominância de linfa.
94 Libido: Desejo. Procura instintiva do prazer sexual.
95 Sistema nervoso: O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal e a porção periférica está constituída pelos nervos cranianos e espinhais, pelos gânglios e pelas terminações nervosas.
96 Sistema nervoso autônomo: Parte do sistema nervoso que controla funções como respiração, circulação do sangue, controle de temperatura e da digestão.
97 Enxaqueca: Sinônimo de migrânea. É a cefaléia cuja prevalência varia de 10 a 20% da população. Ocorre principalmente em mulheres com uma proporção homem:mulher de 1:2-3. As razões para esta preponderância feminina ainda não estão bem entendidas, mas suspeita-se de alguma relação com o hormônio feminino. Resulta da pressão exercida por vasos sangüíneos dilatados no tecido nervoso cerebral subjacente. O tratamento da enxaqueca envolve normalmente drogas vaso-constritoras para aliviar esta pressão. No entanto, esta medicamentação pode causar efeitos secundários no sistema circulatório e é desaconselhada a pessoas com problemas cardiológicos.
98 Olhos:
99 Labirinto: 1. Vasta construção de passagens ou corredores que se entrecruzam de tal maneira que é difícil encontrar um meio ou um caminho de saída. 2. Anatomia: conjunto de canais e cavidades entre o tímpano e o canal auditivo, essencial para manter o equilíbrio físico do corpo. 3. Sentido figurado: coisa complicada, confusa, de difícil solução. Emaranhado, imbróglio.
100 Sistema circulatório: O sistema circulatório ou cardiovascular é formado por um circuito fechado de tubos (artérias, veias e capilares) dentro dos quais circula o sangue e por um órgão central, o coração, que atua como bomba. Ele move o sangue através dos vasos sanguíneos e distribui substâncias por todo o organismo.
101 Palpitações: Designa a sensação de consciência do batimento do coração, que habitualmente não se sente. As palpitações são detectadas usualmente após um exercício violento, em situações de tensão ou depois de um grande susto, quando o coração bate com mais força e/ou mais rapidez que o normal.
102 Vasculares: Relativo aos vasos sanguíneos do organismo.
103 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
104 Mediastino: Região anatômica do tórax onde se localizam diversas estruturas, dentre elas o coração.
105 Dispnéia: Falta de ar ou dificuldade para respirar caracterizada por respiração rápida e curta, geralmente está associada a alguma doença cardíaca ou pulmonar.
106 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
107 Constipação: Retardo ou dificuldade nas defecações, suficiente para causar desconforto significativo para a pessoa. Pode significar que as fezes são duras, difíceis de serem expelidas ou infreqüentes (evacuações inferiores a três vezes por semana), ou ainda a sensação de esvaziamento retal incompleto, após as defecações.
108 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
109 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
110 Gengivite: Condição em que as gengivas apresentam-se com sinais inflamatórios e sangramentos.
111 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
112 Alopécia: Redução parcial ou total de pêlos ou cabelos em uma determinada área de pele. Ela apresenta várias causas, podendo ter evolução progressiva, resolução espontânea ou ser controlada com tratamento médico. Quando afeta todos os pêlos do corpo, é chamada de alopécia universal.
113 Hiperidrose: Excesso de suor, que costuma acometer axilas, palmas das mãos e plantas dos pés.
114 Hirsutismo: Presença de pêlos terminais (mais grossos e escuros) na mulher, em áreas anatômicas características de distribuição masculina, como acima dos lábios, no mento, em torno dos mamilos e ao longo da linha alba no abdome inferior. Pode manifestar-se como queixa isolada ou como parte de um quadro clínico mais amplo, acompanhado de outros sinais de hiperandrogenismo (acne, seborréia, alopécia), virilização (hipertrofia do clitóris, aumento da massa muscular, modificação do tom de voz), distúrbios menstruais e/ou infertilidade.
115 Onicólise: Destruição da unha devido a infecções micóticas, bacterianas ou por processos tóxicos.
116 Dermatite: Inflamação das camadas superficiais da pele, que pode apresentar-se de formas variadas (dermatite seborreica, dermatite de contato...) e é produzida pela agressão direta de microorganismos, substância tóxica ou por uma resposta imunológica inadequada (alergias, doenças auto-imunes).
117 Tecido conjuntivo: Tecido que sustenta e conecta outros tecidos. Consiste de CÉLULAS DO TECIDO CONJUNTIVO inseridas em uma grande quantidade de MATRIZ EXTRACELULAR.
118 Costas:
119 Espasmos: 1. Contrações involuntárias, não ritmadas, de um ou vários músculos, podendo ocorrer isolada ou continuamente, sendo dolorosas ou não. 2. Qualquer contração muscular anormal. 3. Sentido figurado: arrebatamento, exaltação, espanto.
120 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
121 Trato Urinário:
122 Candidíase: É o nome da infecção produzida pela Candida albicans, um fungo que produz doença em mucosas, na pele ou em órgãos profundos (candidíase sistêmica).As infecções profundas podem ser mais freqüentes em pessoas com deficiência no sistema imunológico (pacientes com câncer, SIDA, etc.).
123 Vulvovaginite: Inflamações na região da vulva e da vagina.
124 Atrófica: Relativa à atrofia, atrofiada. Que atrofia; que mingua, atrofiador, atrofiante. Que se torna mais debilitada e menos intensa.
125 Nódulo: Lesão de consistência sólida, maior do que 0,5cm de diâmetro, saliente na hipoderme. Em geral não produz alteração na epiderme que a recobre.
126 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
127 Gastrite: Inflamação aguda ou crônica da mucosa do estômago. Manifesta-se por dor na região superior do abdome, acidez, ardor, náuseas, vômitos, etc. Pode ser produzida por infecções, consumo de medicamentos (aspirina), estresse, etc.
128 Cistite: Inflamação ou infecção da bexiga. É uma das infecções mais freqüentes em mulheres, e manifesta-se por ardor ao urinar, urina escura ou com traços de sangue, aumento na freqüência miccional, etc.
129 Hemorrágico: Relativo à hemorragia, ou seja, ao escoamento de sangue para fora dos vasos sanguíneos.
130 Disfuncional: 1. Funcionamento anormal ou prejudicado. 2. Em patologia, distúrbio da função de um órgão.
131 Metrorragia: Hemorragia uterina produzida fora do período menstrual. Pode ser sinal de menopausa. Em certas ocasiões é produzida pela presença de tumor uterino ou nos ovários.
132 Menorragia: Também chamada de hipermenorréia, é a menstruação anormalmente longa e intensa em intervalos regulares. As causas podem ser: coagulação sangüínea anormal, desregulação hormonal do ciclo menstrual ou desordens do revestimento endometrial do útero. Dependendo da causa, a menorragia pode estar associada à menstruação dolorosa (dismenorréia).
133 Hemorragia vaginal: Hemorragia vaginal anormal é a perda de sangue por via vaginal fora do período menstrual ou que surge em grandes quantidades (durante mais de sete dias). É preciso considerar a situação menstrual da mulher: se ela tem menstruações normais, irregulares, com falhas, se é muito jovem, se está perto da menopausa ou se já está na menopausa.
134 Mucosa: Tipo de membrana, umidificada por secreções glandulares, que recobre cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
135 Fadiga: 1. Sensação de enfraquecimento resultante de esforço físico. 2. Trabalho cansativo. 3. Redução gradual da resistência de um material ou da sensibilidade de um equipamento devido ao uso continuado.
136 Astenia: Sensação de fraqueza, sem perda real da capacidade muscular.
137 Amenorréia: É a ausência de menstruação pelo período equivalente a 3 ciclos menstruais ou 6 meses (o que ocorrer primeiro). Para períodos inferiores, utiliza-se o termo atraso menstrual.
138 Antídoto: Substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno. Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele.

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