Triancil (Bula do profissional de saúde)
APSEN FARMACEUTICA S/A
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Triancil®
triancinolona hexacetonida
Injetável 20 mg/mL
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Suspensão injetável
Caixa com 5 frascos-ampola de 1 mL e caixa com 1 frasco-ampola de 1 mL e 5 mL
USO INJETÁVEL INTRA-ARTICULAR
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada mL de Triancil® contém:
triancinolona hexacetonida (equivalente a 14 mg de triancinolona base) | 20 mg |
veículo q.s.p. | 1 mL |
Veículo: polisorbato 80, sorbitol1, álcool benzílico, cloreto de sódio, álcool etílico e água para injetáveis.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2
INDICAÇÕES
Triancil® é indicado como terapia adjuvante de curto-prazo em doenças inflamatórias articulares como:
- Sinovite3 por osteoartrite4
- Bursite5 aguda e subaguda6
- Epicondilite
- Osteoartrite4 pós-traumática
- Artrite reumatoide7
- Artrite8 aguda por gota9
- Tenosinovite não específica
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Furtado e cols. compararam a eficácia e os efeitos colaterais10 da injeção11 intra-articular de triancinolona hexacetonida (TH) com a administração sistêmica, por via intramuscular (IM), de acetonida de triancinolona (AT) em 69 pacientes com artrite reumatoide7 apresentando de 6-12 articulações12 edemaciadas13. Os pacientes randomizados receberam múltiplas injeções intra-articulares de TH 20 mg/mL ou AT por via IM em doses equivalentes. As variáveis de desfecho incluíram, entre outras, os critérios de melhora do American College of Rheumatology ACR 20%, 50% e 70%, além da segurança. Resultados significantemente melhores foram observados para a TH em comparação a AT na ACR20% (73,5% vs 42,8% na semana 4), ACR50% (44,1% vs 20% na semana 4) e ACR70% (11,7% vs 0% na semana 1), concomitantemente a um menor número de eventos adversos e menor redução da secreção de hormônio14 adrenocorticotrófico (ACTH) (Furtado RN et al. Polyarticular corticosteroid injection versus systemic administration in treatment of rheumatoid arthritis patients: a randomized controlled study. J Rheumatol. 2005 Sep;32(9):1691-8).
Carette e cols avaliaram o tratamento da capsulite adesiva15 do ombro de duração < 1 ano em 93 pacientes distribuídos em 4 grupos de tratamento: Grupo 1 HT 40 mg intra-articular (IA) + 12 sessões de fisioterapia16; Grupo 2 TH 40 mg IA isoladamente; Grupo 3 salina IA + fisioterapia16; Grupo 4 salina IA isoladamente (placebo17). A variável de desfecho primária foi a melhora no escore Shoulder Pain and Disability Index (SPADI) em 6 semanas, 3, 6 e 12 meses. Em 6 semanas e em 3 meses, o escore SPADI melhorou significantemente mais nos grupos 1 e 2 em comparação aos grupos 3 e 4 (Carette S et al. Intraarticular corticosteroids, supervised physiotherapy, or a combination of the two in the treatment of adhesive capsulitis of the shoulder: a placebo17-controlled trial. Arthritis Rheum. 2003 Mar;48(3):829-38).
Garg e cols. compararam a eficácia de vários glicocorticoides usados por via intra-articular no tratamento de condições musculoesqueléticas; seus achados sugerem que a TH é melhor que a metilprednisolona para o tratamento da artrite reumatoide7 e da osteoartrite4 de joelho, com base em seu início de ação mais rápido (Nível de evidência: 1B) (Garg N et al. Intra-articular and soft tissue injections, a systematic review of relative efficacy of various corticosteroids. Clin Rheumatol. 2014 Dec;33(12):1695-706).
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Triancil® é uma suspensão estéril de triancinolona hexacetonida. O éster de hexacetonida é relativamente insolúvel (0,0002% a 25°C) em água. Quando injetado intra-articularmente é absorvido de forma lenta a partir do local da injeção11.
Farmacodinâmica
Triancinolona hexacetonida é um glicocorticoide sintético com pronunciada atividade anti-inflamatória; o produto é uma suspensão aquosa microcristalina com efeito de depósito. A potência anti-inflamatória da triancinolona, miligrama a miligrama, é aproximadamente 5 vezes aquela da hidrocortisona (o glicocorticoide idêntico ao cortisol). A triancinolona hexacetonida praticamente não tem efeito mineralocorticoide18, por isso não promove retenção de sódio.
Glicocorticoides como a triancinolona hexacetonida são utilizados no tratamento de processos inflamatórios devido a seus efeitos, tais como inibição da liberação de mediadores químicos envolvidos na inflamação19, como prostaglandinas20 e citocinas21.
Absorção
Local: é absorvida lentamente, porém por completo. Em geral, o início do efeito ocorre após 24 horas e dura de 4 a 6 semanas.
Metabolismo22
Principalmente hepático (rápido, substrato [fraco] do CYP3A4); também renal23 e tissular24; a maior parte é transformada em metabólitos25 inativos.
Excreção
Renal23 dos metabólitos25 inativos.
CONTRAINDICAÇÕES
Triancil® é contraindicado em casos de hipersensibilidade à triancinolona hexacetonida ou a qualquer um dos excipientes da formulação.
Triancil® é contraindicado em pacientes com tuberculose26 em atividade, ceratite herpética, micoses sistêmicas, infestação27 por Strongyloides stercoralis e psicose28 aguda.
É CONTRAINDICAÇÃO FORMAL O USO DE TRIANCINOLONA HEXACETONIDA EM AFECÇÕES29 COM PROCESSO INFECCIOSO.
A triancinolona hexacetonida está classificada na Categoria D de risco na gravidez30.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez30.
ADVERTÊNCIA E PRECAUÇÕES
Os eventos adversos dos glicocorticoides podem ser minimizados com o uso da menor dose efetiva pelo menor tempo possível. Se durante o tratamento, o paciente desenvolver reações adversas sérias ou infecções31 agudas, o tratamento deve ser interrompido imediatamente e tratamento apropriado deve ser instituído.
Os pacientes não podem ser imunizados com vacinas contendo micro-organismos vivos enquanto estiverem em tratamento com doses moderadas e altas de glicocorticoides por mais de 2 semanas, pela possibilidade de falta de resposta imunológica e predisposição a complicações, principalmente neurológicas.
Deve-se evitar o contato de pacientes tratados com Triancil®, especialmente pacientes imunodeprimidos, com portadores de varicela32, sarampo33 e outras doenças transmissíveis, pois o curso dessas viroses pode ser grave em pacientes tratados com glicocorticoides. Caso ocorra a exposição, tratamento profilático deve ser considerado (imunoglobulinas34 específicas).
O uso da suspensão injetável de Triancil® na tuberculose26 ativa deve ser restringido aos casos de tuberculose26 fulminante ou disseminada, na qual o corticosteroide é utilizado em conjunto com o tratamento antituberculose apropriado.
Pacientes com tuberculose26 latente ou reatividade à tuberculina devem ser observados cuidadosamente, pois pode ocorrer reativação da doença. O uso prolongado de glicocorticoides exigirá quimioprofilaxia simultânea.
A injeção11 de dosagem excessiva pode causar atrofia35 cutânea36 ou subcutânea37 na área tratada.
Triancil® contém um potente glicocorticoide e, por isso, deve ser utilizado com cautela nas seguintes situações:
Hipotireoidismo38 e cirrose39: pode haver aumento dos seus efeitos. Herpes ocular: risco de perfuração da córnea40.
Colite41 ulcerativa, úlcera péptica42, diverticulite43 e anastomoses44 intestinais recentes: risco de perfuração. Insuficiência cardíaca45, doença arterial coronariana, insuficiência renal46, tromboembolismo47, hipertensão arterial48, osteoporose49, miastenia50 gravis, doenças exantemáticas, doenças psiquiátricas, diabetes51 mellitus e carcinoma52 metastático.
A terapia prolongada com glicocorticoides causa inibição da secreção hipofisária de ACTH e atrofia35 da córtex adrenal (insuficiência53 adrenal secundária) que pode persistir por meses a anos após a interrupção do tratamento. Desta forma, a interrupção do tratamento deve ser feita de maneira gradual, ao longo de semanas a meses (dependendo da dose e da duração do tratamento) para evitar a insuficiência53 adrenal aguda. Os pacientes em terapia prolongada com glicocorticoides (portanto, em risco de insuficiência53 adrenal secundária) que apresentem alguma intercorrência (por exemplo, doença aguda, trauma, procedimento cirúrgico) necessitam de um aumento da dose do glicocorticoide nessas situações de estresse.
Os glicocorticoides podem mascarar alguns sinais54 de infecção55, e novas infecções31 podem aparecer durante seu uso. Poderá haver uma diminuição da resistência e incapacidade de localizar a infecção55 quando os glicocorticoides estiverem sendo utilizados.
O uso prolongado de corticosteroides pode causar cataratas subcapsulares posteriores, glaucoma56 com possível dano dos nervos óticos e pode aumentar a incidência57 de infecções31 oculares secundárias a fungos ou vírus58.
Todos os glicocorticoides aumentam a excreção de cálcio. Os glicocorticoides também podem alterar o ciclo menstrual.
ENQUANTO ESTIVEREM SOB TERAPIA COM CORTICOSTEROIDES, OS PACIENTES NÃO DEVEM SER VACINADOS CONTRA VARÍOLA. OUTROS PROCESSOS DE IMUNIZAÇÃO59 COM VACINAS COM MICRO-ORGANISMOS VIVOS TAMBÉM NÃO DEVEM SER REALIZADOS DEVIDO A POSSIBILIDADE DE COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS E DE AUSÊNCIA DE RESPOSTA IMUNOLÓGICA.
Monitoração do paciente
A avaliação da função do eixo hipotalamo60-hipófise61-adrenal (HHA) pode ser necessária após a interrupção do tratamento prolongado (superior a 3 semanas) ou com doses elevadas de glicocorticoides, para detecção de insuficiência53 adrenal secundária. A completa recuperação do eixo HHA pode ocorrer após meses ou até anos da interrupção do tratamento prolongado e em alguns pacientes a completa recuperação pode não ser alcançada.
Durante a terapia prolongada, monitoração da pressão arterial62 e do peso corpóreo, dosagens da glicemia de jejum63 e pós-prandial (2 horas após a refeição), exames de urina64 e raio-X de tórax65 devem ser realizados periodicamente.
Uso intra-articular de glicocorticoides
A injeção11 intra-articular pode produzir efeitos sistêmicos66, além dos efeitos locais. Um exame apropriado de qualquer fluido presente nas articulações12 é necessário para excluir processos sépticos.
O aumento acentuado da dor acompanhado de tumefação67 local, restrição dos movimentos articulares, febre68 e mal-estar, sugerem artrite8 séptica. Nos casos confirmados deverá ser instituída terapia antimicrobiana.
A injeção11 de glicocorticoides em articulação69 previamente infectada deve ser evitada. Do mesmo modo, não devem ser injetados glicocorticoides em articulações12 instáveis.
Gravidez30 e Lactação70
Os glicocorticoides atravessam a placenta. Estudos em animais demonstraram que os glicocorticoides aumentam a incidência57 de palato71 fendido, insuficiência53 placentária, abortos espontâneos e retardo no crescimento intrauterino. Embora não tenham sido realizados estudos adequados em seres humanos, deve-se considerar a relação risco-benefício, pois existem dados indicativos de que os glicocorticoides em doses farmacológicas podem aumentar o risco de insuficiência53 placentária, de diminuição do peso e até, de morte do recém-nascido. Não foram confirmados efeitos teratogênicos72 em humanos. Bebês73 nascidos de mães que receberam doses moderadas a elevadas de glicocorticoides durante a gravidez30 devem ser cuidadosamente observados para sinais54 de insuficiência53 adrenal.
Triancinolona hexacetonida é excretada no leite materno, mas é improvável que exerça efeitos no latente nas doses terapêuticas normalmente utilizadas. No entanto, não se recomenda o uso de doses elevadas ou por tempo prolongado, pelo potencial de comprometer o crescimento do latente ou de inibir seu eixo HHA.
Populações especiais
Uso Pediátrico: O uso crônico74 de corticoides pode inibir o crescimento e o desenvolvimento das crianças ou adolescentes e, portanto, essa classe de medicamentos deve ser usada com cautela, somente após avaliação criteriosa do risco-benefício pelo médico.
Uso em idosos: As doses e os cuidados nos pacientes idosos são os mesmos recomendados para os adultos.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Interações medicamentos – medicamentos
Embora a absorção sistêmica da triancinolona hexacetonida seja pequena, podem ocorrer interações medicamentosas potenciais, quando ela é empregada simultaneamente com os seguintes medicamentos:
- Anfotericina B parenteral ou inibidores da anidrase carbônica: risco de hipocalemia75 grave. Durante a administração conjunta, deve-se monitorar as concentrações plasmáticas de potássio e a função cardíaca.
- Anticolinérgicos: podem promover aumento adicional na pressão intra-ocular.
- Anti-inflamatórios não esteroides: os glicocorticoides podem aumentar a incidência57 ou a gravidade de sangramentos e úlceras76 induzidas por esses medicamentos.
- Hipoglicemiantes orais77 ou insulina78: os glicocorticoides podem aumentar a glicemia79 devido à sua atividade hiperglicemiante intrínseca; durante o emprego simultâneo pode ser necessário um ajuste na dose da insulina78 ou dos medicamentos hipoglicemiantes80, bem como após a suspensão do tratamento com os glicocorticoides.
- Hormônios tireoidianos: a depuração dos glicocorticoides está diminuída em pacientes com hipotireoidismo38 e aumentada em pacientes com hipertireoidismo81.
- Contraceptivos orais que contenham estrógenos: podem alterar o metabolismo22 e a ligação às proteínas82 de ligação aos glicocorticoides.
- Anticoagulantes83 orais: os glicocorticoides podem potencializar ou diminuir o efeito anticoagulante84.
- Glicosídios digitálicos: os glicocorticoides podem aumentar a possibilidade de arritmias85 ou de toxicidade86 digitálica.
- Diuréticos87: a ação retentora de sódio e água dos glicocorticoides pode diminuir os efeitos dos diuréticos87. Indutores das enzimas hepáticas88 (barbituratos, fenitoína, carbamazepina e rifampicina) - podem diminuir o efeito dos glicocorticoides pelo aumento do seu metabolismo22.
- Isoniazida: os glicocorticoides podem diminuir suas concentrações plasmáticas.
- Ciclosporina: o uso concomitante com glicocorticoides pode aumentar a atividade dos dois medicamentos.
- Cetoconazol: pode diminuir a metabolização dos glicocorticoides, aumentando seus efeitos. Medicamentos que prolongam o intervalo QT ou induzem torsade de pointes: não se recomenda a administração concomitante de Triancil® e agentes anti-arrítmicos classe Ia (disopiramida, quinidina e procainamida) ou classe II (amiodarona e sotalol).
- Ritodrina: o uso simultâneo de ritodrina, para inibir o parto prematuro, e glicocorticoides de ação prolongada (para acelerar a maturação do pulmão89 fetal) pode ocasionar edema pulmonar90 na mãe. Há descrições de casos de morte materna; quando os dois medicamentos são usados simultaneamente, deve- se observar cuidadosamente a paciente para sintomas91 e sinais54 de edema pulmonar90.
- Medicamentos ou alimentos que contenham sódio: o emprego com doses farmacológicas de glicocorticoides pode provocar edema92 e aumentar a pressão arterial62.
Interações medicamentos - exames laboratoriais
Os glicocorticoides podem interferir com o teste nitroblue tetrazólio para diagnóstico93 de infecção55 bacteriana, produzindo resultados falso-negativos. Resultados falso-negativos também podem ocorrer em testes alérgicos cutâneos.
Atletas devem ser informados que Triancil® pode produzir resultados positivos em testes anti-doping.
Este medicamento pode causar doping.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde2.
CUIDADOS COM O ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Triancil® deve ser armazenado em temperatura ambiente (15–30°C), protegido da luz.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação. Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
A suspensão injetável de Triancil® é branca e isenta de partículas estranhas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
A aplicação intra-articular de Triancil® requer assepsia94, com limpeza do sítio de aplicação pela utilização de um antisséptico95 local. A seringa96 deve ser agitada suavemente para se obter uma suspensão homogênea antes da aplicação.
A dosagem inicial de suspensão Triancil® (triancinolona hexacetonida) pode variar de 2 a 48mg por dia, dependendo da doença específica a ser tratada. Em situações de menor gravidade, doses menores geralmente são suficientes, mas alguns pacientes requerem doses iniciais de ataque mais elevadas. De modo geral, as doses parenterais variam entre 1/3 ou a metade da dose oral a cada 12 horas. Contudo, em algumas situações especiais em casos agudos e/ou muito graves, quando há risco de vida, a administração das doses deve ser ajustada e pode exceder as doses orais.
O Triancil® (triancinolona hexacetonida) em suspensão pode ser diluído em dextrose97 a 5% ou 10%, em solução glicofisiológica, em solução fisiológica98 ou em água destilada estéril. A diluição ótima é a de 1:1, 1:2 ou 1:4 e deve ser determinada pela natureza da lesão99, seu tamanho, a profundidade da injeção11, o volume necessário e a localização da lesão99. A dosagem, diluição e frequência das injeções subsequentes são determinadas pela resposta clínica.
A triancinolona hexacetonida em suspensão pode ser misturada com um anestésico local injetável, como cloridrato de lidocaína a 1% ou 2%, que não contenha parabenos. Não devem ser utilizados diluentes contendo conservantes como: metilparabeno, propilparabeno, fenol ou outros, uma vez que podem causar a floculação do esteroide. O produto deve ser utilizado imediatamente após a diluição.
Injeção11 intra-articular
A dose de Triancil® varia de 2 a 20 mg (0,1 a 1 mL), e deve ser individualizada de acordo com o tamanho da articulação69 e com a quantidade de fluido articular. Em geral, grandes articulações12 como joelhos, quadril e ombros, requerem 10 a 20 mg (0,5 a 1 mL); articulações12 de tamanho médio requerem 5 a 10 mg (0,25 a 0,5 mL) e pequenas articulações12 (interfalangianas e metacarpofalangeanas) requerem de 2 a 6 mg (0,1 a 0,3 mL). Quando a quantidade de líquido sinovial100 está aumentada, pode-se fazer uma aspiração antes da injeção11 do medicamento. As doses subsequentes e a frequência das injeções devem ser avaliadas de acordo com a resposta clínica.
A frequência habitual das injeções em uma mesma articulação69 é a de uma aplicação a cada 3 ou 4 semanas, não sendo recomendável frequência maior do que esta. Para evitar a destruição da articulação69, a frequência de injeções deve ser a menor possível, embora consistente com as necessidades do paciente.
Atenção: o acúmulo do medicamento no sítio da injeção11 deve ser evitado, pois pode causar atrofia35 local.
REAÇÕES ADVERSAS
As doses farmacológicas de glicocorticoides diminuem a resistência à infecção55; o paciente pode ficar predisposto a infecções31 bacterianas, fúngicas101, parasitárias e virais durante e no período posterior ao tratamento. Além disso, pode-se mascarar os sintomas91 de infecções31, dificultando o diagnóstico93 e a avaliação da eficácia do tratamento.
Uma vez que o risco de eventos adversos de doses farmacológicas de glicocorticoides varia com a duração do tratamento, com a frequência de administração e com a dose administrada, é difícil estimar sua frequência.
A injeção11 local de glicocorticoides reduz, mas não elimina o risco de efeitos sistêmicos66. O risco de que se produzam efeitos adversos tanto sistêmicos66 como locais aumenta com a frequência de administração local. Os efeitos adversos das injeções locais (além dos efeitos sistêmicos66 enumerados mais adiante) podem incluir reações alérgicas locais, lesões102 a tecidos articulares, formação de escaras103, endurecimento, osteonecrose, ruptura de tendões104, abscesso105 asséptico e, raramente, infecções31. Também já foi descrita cegueira associada com terapia intralesional106 em torno da órbita.
Os seguintes efeitos adversos sistêmicos66 são mencionados em função de sua importância clínica:
Distúrbios hidro-eletrolíticos: retenção de sódio, retenção hídrica, insuficiência cardíaca congestiva107 em pacientes suscetíveis, hipocalemia75, alcalose108 hipocalêmica, hipertensão arterial48.
Musculoesqueléticos: fraqueza muscular, miopatia109 por esteroide, perda de massa muscular, osteoporose49, fraturas vertebrais, necrose110 asséptica da cabeça111 do fêmur112 e do úmero113 e fratura114 patológica de ossos longos115.
Gastrointestinais: úlcera péptica42 com possibilidade de perfuração e hemorragia116, pancreatite117, distensão abdominal, esofagite118 ulcerativa.
Dermatológicos: atrofia35 cutânea36, petéquias119, equimoses120, eritema121 facial, aumento da sudorese122, dificuldade de cicatrização, estrias, erupções acneiformes, hipo ou hiperpigmentação.
Neurológicos: convulsões, aumento da pressão intracraniana com papiledema (pseudotumor cerebral) vertigem123, cefaleia124.
Psiquiátricos: insônia, exacerbação de sintomas91 psiquiátricos pré-existentes, depressão, euforia, oscilação de humor.
Endócrinos: irregularidades menstruais, hirsutismo125, Síndrome de Cushing126, insuficiência53 adrenal secundária, tolerância à glicose127 diminuída ou diabetes mellitus128, piora do controle glicêmico em pacientes diabéticos, redução da velocidade de crescimento nas crianças, tolerância diminuída a carboidratos, falta de resposta adrenocortical e pituitária secundária, particularmente em ocasiões de estresse como trauma, cirurgia ou doença.
Oftálmicos: catarata129 subcapsular posterior, aumento da pressão intra-ocular, glaucoma56, exoftalmia.
Metabólicos: balanço proteico negativo devido ao aumento no catabolismo130 de proteínas82. Reações anafilactoides foram raramente relatadas com produtos desta classe.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
SUPERDOSE
O risco de superdosagem ocorre por uso inadequado ou erro na aplicação, podendo provocar a exacerbação das reações adversas.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Reg. MS nº 1.0118.0140
Farmacêutico Responsável: Rodrigo de Morais Vaz CRF-SP nº 39282
Registrado e fabricado por:
APSEN FARMACÊUTICA S/A
Rua La Paz, nº 37/67 – Santo Amaro
CEP: 04755-020 – São Paulo – SP
CNPJ 62.462.015/0001-29
Indústria Brasileira
SAC 0800 16 5678