

Parartrin (Bula do profissional de saúde)
CAZI QUIMICA FARMACEUTICA INDUSTRIA E COMERCIO LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Parartrin
ibuprofeno
Comprimidos 300 mg e 600 mg
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido revestido
embalagem contendo 30 comprimidos
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de Parartrin 300 mg contém:
ibuprofeno | 300 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: gelatina, estearato de magnésio, croscarmelose sódica, amido, dióxido de silício coloidal, OPADRY 7006 (hipromelose + polietilenoglicol + macrogol), dióxido de titânio, talco, álcool isopropílico, cloreto de metileno e água purificada.
Cada comprimido de Parartrin 600 mg contém:
ibuprofeno | 600 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: gelatina, estearato de magnésio, croscarmelose sódica, amido, dióxido de silício coloidal, OPADRY 7006 (hipromelose + polietilenoglicol + macrogol), dióxido de titânio, talco, álcool isopropílico, cloreto de metileno e água purificada.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1
INDICAÇÕES
Parartrin (ibuprofeno) está indicado em todos os processos reumáticos [artrite reumatoide2 (AR), osteoartrite3 (OA), reumatismo4 articular] e nos traumas do sistema musculoesquelético, quando estiverem presentes componentes inflamatórios e dolorosos. Parartrin possui atividade antipirética.
Parartrin está indicado ainda no alívio da dor após procedimentos cirúrgicos em Odontologia, Ginecologia, Ortopedia5, Traumatologia e Otorrinolaringologia.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Estudos
Eficácia antipirética e analgésica de 600 mg de ibuprofeno mostraram-se comparáveis à dose de 600 mg de ácido acetilsalicílico1,2. Em outro estudo, 600 mg de ibuprofeno se mostraram superiores a 750 mg de ácido mefenâmico e comparáveis a 800 mg de fenilbutazona2.
Referências
- David F. Salo, MD, PhD, Robert Lavery, MA, MICP, Vikram Varma, MD, Jennifer Goldberg, MS, PA-C, Tara Shapiro, DO, Alan Kenwood, MDA Randomized, Clinical Trial Comparing Oral Celecoxib 200 mg, Celecoxib 400 mg, and Ibuprofen 600 mg for Acute Pain. ACAD EMERG MED • January 2003, Vol. 10, No. 1.
- John R Lewis, Evaluation of Ibuprofen (Motrin) A NEW RHEUMATIC AGENT, JAMA, July 1975 365367.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
O ibuprofeno tem ação farmacológica de um agente anti-inflamatório não esteroidal.
Estudos clínicos
Avaliação randomizada prospectiva da segurança integrada de celecoxibe versus ibuprofeno ou naproxeno (PRECISION).
PRECISION foi um estudo duplo-cego6 de segurança cardiovascular em 24.081 pacientes com OA ou AR com doença cardiovascular (DCV) ou com alto risco de DCV comparando celecoxibe (200400 mg por dia) com naproxeno (7501000 mg por dia) e ibuprofeno (1800 -2400 mg por dia) durante o tratamento de 42 meses mais 1 mês de acompanhamento após a descontinuação do tratamento. O desfecho primário, a colaboração antiplaquetária de participantes (APTC), foi um composto de morte cardiovascular (incluindo morte hemorrágica7), julgado independentemente, infarto do miocárdio8 não fatal ou acidente vascular cerebral9 não fatal. Além disso, houve um subestudo de 4 meses em 444 pacientes com foco nos efeitos das três drogas na pressão arterial10, conforme medido pelo monitoramento ambulatorial.
No que diz respeito ao parâmetro final do CV primário, o tempo para o primeiro evento APTC, demonstrou que o celecoxibe era estatisticamente significantemente não inferior ao ibuprofeno e não inferior ao naproxeno, e o ibuprofeno demonstrou ser estatisticamente significantemente não inferior ao naproxeno. A taxa de evento APTC foi de 2,7% no grupo ibuprofeno, versus 2,3% no grupo celecoxibe e 2,5% no grupo naproxeno na análise ITT, e foi de 1,9% versus 1,7% e 1,8%, respectivamente, na análise MITT. Verificou-se a partir do estudo que, entre os indivíduos com OA ou AR com DCV ou com alto risco de DCV, o tratamento com celecoxibe apresentava um risco de CV semelhante ou menor quando comparado ao ibuprofeno ou ao naproxeno, o ibuprofeno apresentava risco de CV semelhante ao naproxeno.
Durante o tratamento, o MACE (eventos cardiovasculares adversos principais, definidos como eventos APTC, revascularização coronária ou hospitalização por angina11 instável ou ataque isquêmico12 transitório) ocorreu mais frequentemente no grupo ibuprofeno (3,6%) em relação ao grupo celecoxibe (3,1%) e naproxeno (3,2%). O aumento do risco de ibuprofeno comparado ao celecoxibe definido como tempo para MACE foi estatisticamente significante. Os eventos gastrintestinais clinicamente significativos (0,7%, 0,3% e 0,7% para ibuprofeno, celecoxibe e naproxeno, respectivamente) e anemia ferropriva13 de origem gastrintestinal clinicamente significativa (0,7%, 0,3% e 0,8% para ibuprofeno, celecoxibe e naproxeno, respectivamente) ocorreram de forma semelhante nos grupos de ibuprofeno e naproxeno, mas com menor frequência no grupo celecoxibe; os aumentos de risco em relação ao celecoxibe foram estatisticamente significativos. O composto de eventos renais clinicamente significativos ou internação por ICC ou hipertensão14 no grupo ibuprofeno foi semelhante ao grupo naproxeno (1,7% vs. 1,5%), mas foi mais frequente em relação ao grupo celecoxibe (1,7% vs. 1,1%). O aumento do risco foi conduzido principalmente por eventos renais adjudicados (0,9% vs. 0,5%).
O subestudo ABPM mostrou, no mês 4, que os indivíduos tratados com ibuprofeno apresentaram aumento de 3,7 mmHg na pressão arterial sistólica15 (PAS) ambulatorial de 24 horas, enquanto que os indivíduos tratados com celecoxibe apresentaram diminuição de 0,3 mmHg e os indivíduos tratados com naproxeno apresentaram aumento de 1,6 mmHg. A diferença de 3,9 mmHg entre ibuprofeno e celecoxibe foi estatisticamente significativa e clinicamente significativa. O ibuprofeno não foi estatisticamente diferente do naproxeno na magnitude da alteração na PAS de 24 horas no mês 4.
Propriedades Farmacocinéticas
O ibuprofeno é absorvido do trato gastrintestinal e o pico de concentração plasmática ocorre cerca de 12 horas após a ingestão. O ibuprofeno é amplamente ligado às proteínas16 plasmáticas e tem uma meia-vida de aproximadamente 2 horas. Ele é rapidamente excretado na urina17 principalmente como metabólito18 e seus conjugados. Aproximadamente 1% é excretado na urina17 como ibuprofeno inalterado e cerca de 14% como ibuprofeno conjugado.
Dados de Segurança Pré-Clínicos
Estudos de reprodução19 conduzidos em ratos e coelhos em doses um pouco menores do que a dose máxima clínica não demonstraram qualquer evidência de desenvolvimento anormal. Como não houve estudos bem controlados em mulheres grávidas, este fármaco20 deve ser usado durante a gravidez21 somente se claramente necessário. Devido aos efeitos conhecidos dos fármacos anti-inflamatórios não esteroidais sobre o sistema cardiovascular22 (CV) fetal (fechamento do canal arterial23), deve-se evitar seu uso durante a gravidez21 avançada. Assim como com outros fármacos conhecidos por inibir a síntese de prostaglandinas24, um aumento na incidência25 de distocia e atraso no parto ocorreram em ratas.
CONTRAINDICAÇÕES
Parartrin é contraindicado em:
- Pacientes que apresentam hipersensibilidade ao ibuprofeno, ou a qualquer de seus excipientes. Existe potencial de sensibilidade cruzada com ácido acetilsalicílico e outros anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs). Pacientes que apresentam a tríade do ácido acetilsalicílico (asma26 brônquica, rinite27 e intolerância ao ácido acetilsalicílico). Nesses pacientes foram registradas reações anafilactoides e reações asmáticas fatais.
- No tratamento da dor perioperatória de cirurgia de revascularização do miocárdio28 (by-pass).
- Em pacientes com insuficiência renal29 grave.
- Em pacientes com insuficiência hepática30 grave. Em pacientes com insuficiência cardíaca31 grave.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Deve-se evitar o uso concomitante de ibuprofeno com AINEs sistêmicos32 não ácido acetilsalicílico, incluindo inibidores da ciclooxigenase 2 (COX-2). O uso concomitante de um AINE sistêmico33 com outro AINE sistêmico33 pode aumentar a frequência de úlceras34 gastrintestinais e sangramento.
Efeitos cardiovasculares (CV)
Os AINEs podem causar um aumento no risco de eventos trombóticos35 CV graves, infarto do miocárdio8 e derrame36, que podem ser fatais. O risco pode aumentar com a duração do uso. O aumento relativo deste risco parece ser semelhante naqueles com ou sem doença CV conhecida ou fatores de risco CV.
Contudo, pacientes com doença CV conhecida ou fatores de risco CV podem estar sob um risco maior em termos de incidência25 absoluta, devido ao aumento da taxa basal. A fim de minimizar o risco potencial para um evento CV em pacientes tratados com ibuprofeno, a menor dose eficaz deve ser usada pelo menor tempo possível. Médicos e pacientes devem estar alertas para o desenvolvimento de tais eventos, mesmo na ausência de sintomas37 CV prévios. Os pacientes devem ser informados sobre os sinais38 e/ou sintomas37 de toxicidade39 CV grave e as medidas a serem tomadas se isso ocorrer.
Hipertensão14
Tal como acontece com todos os AINEs, o ibuprofeno pode levar ao aparecimento de hipertensão14 nova ou agravamento da hipertensão14 preexistente, qualquer um desses pode contribuir para o aumento da incidência25 de eventos CV. Os AINEs, incluindo o ibuprofeno, devem ser usados com precaução em pacientes com hipertensão14.
No subestudo do PRECISION-ABPM (avaliação randomizada prospectiva da segurança integrada de celecoxibe versus ibuprofeno ou naproxeno - Monitoramento ambulatorial da pressão arterial10), no mês 4, os resultados demonstraram que a prescrição do ibuprofeno (600800 mg 3 vezes ao dia) aumentou significativamente a média da PAS (pressão arterial sistólica15) de 24 horas em relação ao celecoxibe, mas não comparado ao naproxeno (vide item 3. Características Farmacológicas - Propriedades Farmacodinâmicas, Estudos clínicos para o subestudo ABPM).
A pressão arterial10 deve ser cuidadosamente monitorada durante o início do tratamento com ibuprofeno e em todo o decorrer da terapia.
Retenção de líquido e edema40
Assim como com outros fármacos conhecidos por inibir a síntese de prostaglandinas24, foram observados retenção de líquidos e edema40 em alguns pacientes usando AINEs, incluindo o ibuprofeno. Portanto, o ibuprofeno deve ser usado com cautela em pacientes com função cardíaca comprometida e outras condições que a predisponham, ou piorem pela retenção de líquidos. Os pacientes com insuficiência cardíaca congestiva41 (ICC) préexistente ou hipertensão14 devem ser cuidadosamente monitorados.
Efeitos gastrintestinais (GI)
Os AINEs, incluindo o ibuprofeno, podem causar eventos gastrintestinais (GI) graves incluindo inflamação42, sangramento, ulceração43 e perfuração do estômago44, intestino delgado45 ou grosso, que podem ser fatais. Quando sangramento ou ulceração43 gastrintestinal ocorre em pacientes recebendo o ibuprofeno, o tratamento deve ser descontinuado. A maioria dos pacientes sob risco de desenvolver esses tipos de complicações gastrintestinais com AINEs são os idosos, pacientes com doença CV, pacientes usando concomitante corticosteroides, medicamentos antiplaquetários (como o ácido acetilsalicílico), inibidores seletivos de recaptação de serotonina, pacientes que ingiram álcool ou pacientes com história prévia de, ou com doença gastrintestinal ativa, tais como ulceração43, sangramento gastrintestinal ou condições inflamatórias. Portanto, o ibuprofeno deve ser administrado com cautela nesses pacientes.
Da mesma forma que com outros AINEs, podem ocorrer elevações limítrofes em um ou mais testes laboratoriais hepáticos em até 15% dos pacientes. Essas anormalidades podem progredir, permanecer essencialmente inalteradas ou serem transitórias com a continuidade do tratamento. Pacientes com sinais38 e/ou sintomas37 sugerindo disfunção hepática46 ou com testes hepáticos anormais, devem ser avaliados quanto a evidências de desenvolvimento de reações hepáticas47 mais graves durante terapia com o ibuprofeno. Foram relatadas reações hepáticas47 graves, inclusive icterícia48 e casos de hepatite49 fatal, com o uso de ibuprofeno ou outros AINEs. Embora tais reações sejam raras, caso os testes hepáticos anormais persistam ou piorem, caso se desenvolvam sinais38 e sintomas37 clínicos consistentes com doença hepática46, ou se ocorrerem manifestações sistêmicas (por ex.: eosinofilia50, rash51 cutâneo52), o tratamento com o ibuprofeno deve ser suspenso.
Efeitos oftalmológicos
Foram relatados diminuição da acuidade visual53 e/ou visão54 turva, escotomas55 e/ou alterações na "visão em cores". Se o paciente desenvolver quaisquer dessas reações durante o tratamento com o ibuprofeno, o medicamento deve ser descontinuado e o paciente submetido a um exame oftalmológico que inclua testes de campo visual56 central e visão54 de cores.
Reações cutâneas57
Reações cutâneas57 graves, algumas delas fatais, incluindo pustulose exantematosa generalizada aguda (PEGA), reação ao medicamento com eosinofilia50 e sintomas37 sistêmicos32 (DRESS), dermatite58 esfoliativa, síndrome de Stevens-Johnson59 e necrólise epidérmica tóxica60, foram relatadas muito raramente em associação com o uso de AINEs, incluindo o ibuprofeno. Os pacientes parecem estar sob um risco maior de desenvolverem esses eventos no início do tratamento, com o início do evento ocorrendo, na maioria dos casos, dentro do primeiro mês de tratamento. O ibuprofeno deve ser descontinuado ao primeiro sinal61 de rash51 cutâneo52, lesões62 na mucosa63 ou qualquer outro sinal61 de hipersensibilidade.
Efeitos renais
Em raros casos, os AINEs, incluindo o ibuprofeno, podem causar nefrite64 intersticial65, glomerulite, necrose66 papilar e síndrome nefrótica67. Os AINEs inibem a síntese de prostaglandinas24 renais que atuam como auxiliares na manutenção da perfusão renal68 em pacientes cujo fluxo sanguíneo renal68 e volume sanguíneo são reduzidos. Nesses pacientes, a administração de um AINE pode precipitar uma descompensação renal68 evidente, que é tipicamente seguido pela recuperação, retornando-se ao estado pré-tratamento com a descontinuação do tratamento de AINEs.
Os pacientes que correm maior risco são aqueles com insuficiência cardíaca congestiva41, cirrose69 hepática46, síndrome nefrótica67 e doença renal68 evidente. Tais pacientes devem ser cuidadosamente monitorados durante o tratamento com AINEs. Como o ibuprofeno é eliminado principalmente pelos rins70, pacientes com função renal68 significativamente prejudicada devem ser cuidadosamente monitorados e uma redução na dose deve ser antecipada para evitar acúmulo do fármaco20. Os pacientes com alto risco de desenvolverem disfunção renal68 com o uso crônico71 de ibuprofeno devem ter a função renal68 avaliada periodicamente.
Uso com Anticoagulantes72 Orais
O uso concomitante de AINEs, incluindo ibuprofeno, com anticoagulantes72 orais aumenta o risco de sangramento gastrintestinal (GI) e não gastrintestinal (não GI) e deve ser administrado com cautela. Anticoagulantes72 orais incluem varfarina/tipo cumarina e modernos anticoagulantes72 orais (p. ex., apixabana, dabigatrana e rivaroxabana). A anticoagulação/INR deve ser monitorada em pacientes utilizando anticoagulante73 varfarina/tipo cumarina (vide item 6. Interações Medicamentosas).
Precauções gerais
Hipersensibilidade
Cerca de 10% dos pacientes asmáticos podem ter asma26 sensível ao ácido acetilsalicílico. O uso de ácido acetilsalicílico em pacientes com asma26 sensível a esse medicamento foi associado ao broncoespasmo74 grave, que pode ser fatal. Uma vez que foi relatada reatividade cruzada, incluindo broncoespasmo74, entre ácido acetilsalicílico e outros medicamentos AINEs em pacientes com sensibilidade ao ácido acetilsalicílico, o ibuprofeno não deve ser administrado a pacientes com esse tipo de sensibilidade ao ácido acetilsalicílico (vide item 4. Contraindicações) e deve ser usado com cautela em todos os pacientes com asma26 pré-existente. Podem ocorrer reações anafilactoides mesmo em pacientes sem exposição prévia ao ibuprofeno (vide item 4. Contraindicações).
O ibuprofeno, como outros agentes anti-inflamatórios não esteroidais, pode inibir a agregação plaquetária, embora esse efeito seja quantitativamente menor e tenha menor duração que o observado com o ácido acetilsalicílico. Foi demonstrado que o ibuprofeno prolonga o tempo de sangramento (porém dentro dos limites normais) em indivíduos normais. Como esse efeito pode ser mais acentuado em pacientes com distúrbios hemostáticos subjacentes, o ibuprofeno deve ser usado com cautela em indivíduos com defeitos intrínsecos da coagulação75 e naqueles utilizando anticoagulantes72. A atividade antipirética e anti-inflamatória do ibuprofeno pode reduzir a febre76 e a inflamação42, diminuindo assim a utilidade desses sinais38 como meio de diagnóstico77 na detecção de complicações de presumíveis condições dolorosas não-infecciosas e não-inflamatórias.
Relatou-se, raramente, meningite asséptica78 com febre76 e coma79 em pacientes em terapia com o ibuprofeno. Embora sua ocorrência seja mais provável em pacientes com lúpus80 eritematoso81 sistêmico33 e doenças do tecido conjuntivo82 relacionadas, ela foi relatada em pacientes que não apresentavam doença crônica subjacente. Se forem observados sinais38 ou sintomas37 de meningite83 em um paciente em tratamento com o ibuprofeno, deve-se considerar a possibilidade de relação com o tratamento.
Anormalidades em testes laboratoriais
Foi observada diminuição da hemoglobina84 em 1 g ou mais em aproximadamente 20% dos pacientes recebendo até 2.400 mg de ibuprofeno por dia. Achados similares foram observados com outros AINEs; o mecanismo é desconhecido.
Populações especiais
Uso em Idosos: A idade avançada exerce mínima influência na farmacocinética do ibuprofeno. Pacientes idosos ou debilitados toleram menos a ulceração43 e sangramento do que outros indivíduos, e a maioria dos relatos espontâneos de eventos gastrintestinais fatais ocorreu na população geriátrica. Alterações, relacionadas à idade, na fisiologia85 hepática46, renal68 e do SNC86, assim como condições de comorbidades87 e medicações concomitantes devem ser consideradas antes do início da terapia com o ibuprofeno. Monitoração cuidadosa e educação do paciente idoso são essenciais.
Fertilidade, Gravidez21 e Lactação88
Com base no mecanismo de ação, o uso de AINEs, pode retardar ou impedir a ruptura dos folículos ovarianos, o que tem sido associado com a infertilidade89 reversível em algumas mulheres. Em mulheres que têm dificuldade em engravidar ou que estão realizando estudos de infertilidade89, a retirada de AINEs, incluindo o ibuprofeno deve ser considerada.
Não se recomenda a administração de ibuprofeno durante a gravidez21. Estudos de reprodução19 em animais não mostraram evidências de anormalidades no desenvolvimento. Contudo, esses estudos não são sempre preditivos da resposta humana. Não existem estudos adequados e bem controlados em pacientes grávidas. Devido aos efeitos conhecidos dos AINEs sobre o sistema CV fetal (fechamento do canal arterial23), deve-se evitar seu uso durante o período tardio da gravidez21.
A inibição da síntese das prostaglandinas24 pode afetar negativamente a gravidez21. Dados de estudos epidemiológicos sugerem um risco aumentado de aborto espontâneo após o uso de inibidores da síntese de prostaglandinas24 no início da gravidez21. Em animais, a administração de inibidores da síntese de prostaglandinas24 tem mostrado o aumento da perda de pré e pós-implantação.
Se usado durante o segundo ou terceiro trimestre da gravidez21, os AINEs podem causar disfunção renal68 fetal que pode resultar na redução do volume de líquido amniótico90 ou oligoidrâmnio em casos graves. Tais efeitos podem ocorrer logo após o início do tratamento e são geralmente reversíveis. As mulheres grávidas utilizando ibuprofeno devem ser cuidadosamente monitoradas quanto ao volume de líquido amniótico90.
Da mesma forma que ocorre com outros fármacos que inibem a síntese de prostaglandinas24, ocorreu um aumento da incidência25 de distocia e parto retardado em ratas. Não se recomenda o uso de ibuprofeno durante o trabalho de parto.
Em número limitado de estudos com um método de detecção de até 1 mcg/mL não se mostrou a presença de ibuprofeno no leite de nutrizes91. Entretanto, devido à natureza limitada desses estudos e dos possíveis efeitos adversos dos fármacos inibidores de prostaglandinas24 em neonatos92, o ibuprofeno não é recomendado no período de amamentação93.
Primeiro e segundo trimestre de gravidez21: Parartrin é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez21. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Terceiro trimestre de gravidez21: Parartrin é um medicamento classificado na categoria D de risco de gravidez21. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez21.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
O efeito de ibuprofeno na habilidade de dirigir e operar máquinas não foi estudado.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Anticoagulantes72: diversos estudos controlados de curto prazo não conseguiram demonstrar que ibuprofeno afeta significativamente o tempo de protrombina94 ou uma variedade de outros fatores de coagulação75 quando administrado a indivíduos sob tratamento com anticoagulantes72 do tipo cumarínicos. No entanto, foi relatado sangramento quando ibuprofeno foi administrado a pacientes em uso de anticoagulantes72 do tipo cumarínicos. Deve-se ter cautela quando se administrar ibuprofeno a pacientes em terapia com anticoagulantes72 (vide item 5. Advertências e Precauções – Anormalidades em testes laboratoriais).
Anti-hipertensivos incluindo diuréticos95, inibidores da enzima96 conversora da angiotensina (ECA), antagonistas da angiotensina II (AIIA) e betabloqueadores: os AINEs podem reduzir a eficácia dos diuréticos95 e outros fármacos anti-hipertensivos incluindo inibidores da ECA, antagonistas da angiotensina II e betabloqueadores.
Em pacientes com função renal68 prejudicada (por ex.: pacientes desidratados ou idosos com comprometimento da função renal68), a coadministração de um inibidor da ECA ou um antagonista97 da angiotensina II e/ou diuréticos95 com um inibidor da cicloxigenase pode aumentar a deterioração da função renal68, incluindo a possibilidade de insuficiência renal29 aguda, que geralmente é reversível. A ocorrência dessas interações deve ser considerada em pacientes usando ibuprofeno com inibidores da ECA ou um antagonistas da angiotensina II e/ou diuréticos95.
Portanto, a administração concomitante desses fármacos deve ser feita com cautela, especialmente em pacientes idosos. Os pacientes devem ser hidratados adequadamente e a necessidade de monitorar a função renal68 deve ser avaliada no início do tratamento concomitante e periodicamente.
Ácido acetilsalicílico: o uso crônico71 e concomitante de ibuprofeno e ácido acetilsalicílico não é recomendado. O ibuprofeno interfere no efeito antiplaquetário do ácido acetilsalicílico em baixa dosagem e pode, assim, interferir no tratamento profilático de doença CV.
Corticosteroides: aumento do risco de ulceração43 gastrintestinal ou sangramento.
Ciclosporina: devido aos efeitos sobre as prostaglandinas24 renais, os AINEs como ibuprofeno podem aumentar o risco de nefrotoxicidade98 com ciclosporina.
Diuréticos95: estudos clínicos, bem como observações randômicas, mostraram que o ibuprofeno pode reduzir o efeito natriurético da furosemida, tiazidas ou outros diuréticos95 em alguns pacientes. Essa atividade foi atribuída à inibição da síntese renal68 de prostaglandina99 por ibuprofeno e outros AINEs. Portanto, quando ibuprofeno for adicionado ao tratamento de pacientes recebendo furosemida, tiazida ou outros diuréticos95, ou quando a furosemida, tiazida ou outros diuréticos95 forem adicionados ao tratamento de pacientes recebendo ibuprofeno, os pacientes devem ser cuidadosamente observados para se determinar se foi obtido o efeito desejado do diurético100 (vide item 5. Advertências e Precauções – Efeitos renais).
Lítio: o ibuprofeno produziu uma elevação clinicamente significativa dos níveis plasmáticos de lítio e uma redução no clearance renal68 do lítio, em um estudo com 11 voluntários normais. A concentração média mínima de lítio aumentou 15% e o clearance renal68 do lítio foi significativamente mais baixo durante o período de administração simultânea dos medicamentos. Esse efeito foi atribuído à inibição da síntese renal68 de prostaglandina99. Portanto, quando ibuprofeno e lítio são administrados simultaneamente, os pacientes devem ser cuidadosamente observados para detecção de sinais38 de toxicidade39 por lítio. (Deve-se atentar para as informações para prescrição do lítio, antes do uso com terapia atual.).
Antagonistas H2: em estudos com voluntários humanos, a coadministração de cimetidina ou ranitidina não alterou significativamente a concentração sérica do ibuprofeno.
Metotrexato: deve-se ter cautela quando metotrexato é administrado concomitantemente com AINEs, incluindo ibuprofeno, porque a administração de AINEs pode resultar em aumento dos níveis plasmáticos de metotrexato, especialmente em pacientes recebendo altas doses de metotrexato.
Tacrolimo: possível aumento do risco de nefrotoxicidade98 quando AINEs são administrados com tacrolimo.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Parartrin deve ser conservado em temperatura ambiente (15–30°C), protegido da luz e umidade e pode ser utilizado por 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Comprimido revestido branco a levemente amarelado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Efeitos indesejáveis podem ser minimizados usando-se a menor dose eficaz de Parartrin dentro do menor tempo necessário para controlar os sintomas37.
Não se deve exceder a dose diária total de 3.200 mg. Na ocorrência de distúrbios gastrintestinais, administrar Parartrin com as refeições ou leite. Em condições crônicas, os resultados terapêuticos de Parartrin são observados no prazo de alguns dias a uma semana, porém na maioria dos casos esses efeitos são observados em duas semanas de administração.
A dose recomendada é de 600 mg 3 ou 4 vezes ao dia. A posologia de Parartrin deve ser adequada a cada caso clínico, e pode ser diminuída ou aumentada a partir da dose inicial sugerida, dependendo da gravidade dos sintomas37, seja no início da terapia ou de acordo com a resposta obtida.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
REAÇÕES ADVERSAS
A probabilidade de relação causal com o ibuprofeno existe para as seguintes reações adversas:
Infecções101 e infestações: cistite102 e rinite27.
Distúrbios do sangue103 e do sistema linfático104: agranulocitose105, anemia106 aplástica, eosinofilia50, anemia hemolítica107 (algumas vezes Coombs positivo), neutropenia108, pancitopenia109, trombocitopenia110 com ou sem púrpura111, e inibição da agregação plaquetária.
Distúrbios do sistema imune112: reações anafilactoides e anafilaxia113.
Distúrbios metabólicos e nutricionais: redução do apetite e retenção de líquidos (geralmente responde prontamente à descontinuação do medicamento).
Distúrbios psiquiátricos: confusão, depressão, labilidade emocional, insônia, nervosismo.
Distúrbios do sistema nervoso114: meningite asséptica78 com febre76 e coma79, convulsões, tontura115, cefaleia116, sonolência.
Distúrbios visuais: ambliopia117, visão54 embaçada e/ou diminuída, escotoma118 e/ou alterações na visão54 de cores e olhos119 secos.
Distúrbios do ouvido e labirinto120: perda da audição e zumbido.
Distúrbios cardíacos: insuficiência cardíaca congestiva41 em pacientes com função cardíaca limítrofe e palpitações121.
Distúrbios vasculares122: hipotensão123 e hipertensão14.
Distúrbios respiratórios, torácico e mediastinal: broncospasmo e dispneia124.
Distúrbios gastrintestinais: cólicas125 ou dores abdominais, desconforto abdominal, constipação126, diarreia127, boca128 seca, duodenite, dispepsia129, dor epigástrica, sensação de plenitude do trato gastrintestinal (eructação130 e flatulência), úlcera gástrica131 ou duodenal com sangramento e/ou perfuração, gastrite132, hemorragia133 gastrintestinal, úlcera134 gengival, hematêmese135, indigestão, melena136, náuseas137, esofagite138, pancreatite139, inflamação42 do intestino delgado45 ou grosso, vômito140 e úlcera134 no intestino delgado45 e grosso e perfuração do intestino delgado45 e grosso.
Distúrbio hepatobiliar141: insuficiência hepática30, necrose66 hepática46, hepatite49, síndrome142 hepato-renal68, icterícia48.
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo143: PEGA, alopecia144, DRESS, eritema multiforme145, dermatite58 esfoliativa, síndrome de Lyell146 (necrólise epidérmica tóxica60), reações de fotossensibilidade, prurido147, rash51 (inclusive do tipo maculopapular148), síndrome de Stevens-Johnson59, urticária149 e erupções vesículo-bolhosas.
Distúrbios renais e urinários: insuficiência renal29 aguda em pacientes com significativa disfunção renal68 pré-existente, azotemia, glomerulite, hematúria150, poliúria151, necrose66 papilar renal68, necrose66 tubular e nefrite64 túbulointersticial e síndrome nefrótica67 e glomerulonefrite152 de lesão153 mínima.
Distúrbios gerais e no local de administração: edema40.
Laboratorial: pressão sanguínea elevada, diminuição da hemoglobina84 e hematócrito154, diminuição do clearance de creatinina155, teste de função hepática46 anormal e tempo de sangramento prolongado.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos – VIGIMED, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
A toxicidade39 depende da quantidade ingerida e do tempo decorrido desde a ingestão da superdose de ibuprofeno. Como a resposta do paciente pode variar consideravelmente, deve-se avaliar cada caso individualmente. Embora raramente, foi relatada na literatura médica toxicidade39 grave e morte por superdosagem de ibuprofeno. Os sintomas37 de superdose mais frequentemente relatados incluem dor abdominal, náuseas137, vômitos156, letargia157 e sonolência. Outros sintomas37 do sistema nervoso central158 incluem cefaleia116, zumbido, depressão do SNC86 e convulsões. Podem ocorrer, raramente, acidose metabólica159, coma79, insuficiência renal29 aguda e apneia160 (principalmente em crianças muito jovens). Também foi relatada toxicidade39 CV, incluindo hipotensão123, bradicardia161, taquicardia162 e fibrilação atrial. O tratamento da superdose aguda de ibuprofeno é basicamente de suporte. O conteúdo gástrico163 deve ser esvaziado por meios apropriados. Pode ser necessário o controle da hipotensão123, acidose164 e sangramento gastrintestinal. O valor da hemodiálise165 é mínimo porque apenas uma pequena fração da dose ingerida é recuperada.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Reg. MS nº 1.0715.0059.001-4 – 300 mg
Reg. MS nº 1.0715.0059.002-2 – 600 mg
Farmacêutico Responsável: João Carlos S. Coutinho – CRF-SP nº 30.349
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