Lasix (Injetável)
SANOFI-AVENTIS FARMACÊUTICA LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Lasix®
furosemida
Injetável 10 mg/mL
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO
Solução injetável
Embalagem com 5 ampolas de 2 mL
USO INTRAVENOSO OU INTRAMUSCULAR
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada mL de Lasix solução injetável contém
furosemida | 10 mg |
veículo q.s.p. | 1 mL |
Excipientes: hidróxido de sódio, cloreto de sódio e água para injetáveis.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Lasix é indicado nos casos de:
- inchaço1 devido a doenças do coração2 e doenças do fígado3 (ex: ascite4);
- inchaço1 devido a doenças dos rins5, insuficiência cardíaca6 aguda (redução grave da função do coração2), especialmente no inchaço1 pulmonar (administração conjunta com outras medidas terapêuticas);
- eliminação urinária reduzida devido à gestose – doença hipertensiva que pode ocorrer no último trimestre da gestação, mais comum em mulheres na primeira gravidez7 (após restauração do volume de líquidos ao normal);
- inchaços cerebrais como medida de suporte;
- inchaços devido a queimaduras;
- crises hipertensivas (em adição a outras medidas anti-hipertensivas);
- indução de diurese8 forçada (facilita a eliminação da urina9) em envenenamentos.
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
Lasix apresenta efeito diurético10 (promove a excreção da urina9) e anti-hipertensivo (auxilia no tratamento da pressão alta). O início da ação ocorre em 15 minutos após a administração intravenosa do produto.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Lasix solução injetável não deve ser usado em pacientes com:
- insuficiência11 dos rins5 com anúria12 (parada total da eliminação de urina9);
- pré-coma13 e coma13 devido a problemas associado com encefalopatia14 do fígado3 (disfunção do sistema nervoso central15 em associação com falência do fígado3);
- hipopotassemia16 severa (redução nos níveis de potássio no sangue17) (ver item “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”);
- hiponatremia18 severa (redução nos níveis de sódio no sangue17);
- desidratação19 ou hipovolemia20 (diminuição do volume líquido circulante nos vasos sanguíneos21), com ou sem queda da pressão sanguínea;
- alergia22 à furosemida, às sulfonamidas ou a qualquer componente da fórmula.
Este medicamento é contraindicado para uso por lactantes23. Não há contraindicação relativa a faixas etárias.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
O fluxo urinário deve ser sempre assegurado.
Em pacientes com obstrução parcial do fluxo urinário (ex: em pacientes com alterações de esvaziamento da bexiga24, hiperplasia25 prostática ou estreitamento da uretra26), a produção aumentada de urina9 pode provocar ou agravar a doença. Deste modo, estes pacientes necessitam de monitorização cuidadosa, especialmente durante a fase inicial do tratamento.
O tratamento com Lasix requer uma supervisão médica regular. Uma cuidadosa vigilância se faz necessária principalmente em pacientes com:
- hipotensão27 (pressão baixa);
- com risco particular de pronunciada queda da pressão arterial28 (ex: pacientes com estenoses29 significativas das artérias coronárias30 ou das artérias31 que suprem o cérebro32);
- diabetes mellitus33 latente ou manifesta: recomenda-se controle regular dos níveis de açúcar34 no sangue17;
- gota35 (doença caracterizada pela deposição de cristais de ácido úrico junto a articulações36 e em outros órgãos) ou hiperuricemia (aumento do ácido úrico no sangue17): recomenda-se controle regular do ácido úrico;
- insuficiência11 dos rins5 associada à doença severa do fígado3 (síndrome37 hepatorrenal);
- hipoproteinemia (baixos índices de proteínas38 do sangue17), por exemplo, associada à síndrome nefrótica39 (o efeito da furosemida pode estar diminuído e sua ototoxicidade40 potencializada). É recomendada a titulação cuidadosa das doses de furosemida.
Durante tratamento com furosemida é geralmente recomendada a monitorização regular dos níveis de sódio, potássio e creatinina41 no sangue17; é necessária monitorização particularmente cuidadosa em casos de pacientes com alto risco de desenvolvimento de alterações dessas substâncias ou em caso de perda adicional significativa de fluidos (ex: devido a vômitos42, diarreia43 ou suor intenso). Hipovolemia20 (diminuição do volume líquido circulante nos vasos sanguíneos21) ou desidratação19, bem como qualquer alteração significativa eletrolítica ou ácido – base devem ser corrigidas. Isto pode requerer a descontinuação temporária do medicamento.
Existe a possibilidade de agravar ou iniciar manifestação de lúpus44 eritematoso45 sistêmico46 (doença que apresenta manifestações na pele47, coração2, rins5, articulações36, entre outras).
Gravidez7 e amamentação48
A furosemida atravessa a barreira placentária. Portanto, não deve ser administrada durante a gravidez7 a menos que estritamente indicada e por curtos períodos de tempo. O tratamento durante a gravidez7 requer controle periódico do crescimento fetal.
No período da amamentação48, quando o uso de furosemida for considerado necessário, deve ser lembrado que a furosemida passa para o leite e inibe a lactação49. É aconselhável interromper a amamentação48 durante o uso de furosemida.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Pacientes idosos
Em pacientes idosos, a eliminação de furosemida é diminuída devido à redução na função dos rins5. A ação diurética da furosemida pode levar ou contribuir para hipovolemia20 e desidratação19, especialmente em pacientes idosos. A diminuição grave de fluidos pode levar a hemoconcentração50 (concentração do sangue17 com aumento da sua densidade e viscosidade51) com tendência ao desenvolvimento de tromboses52 (formação, desenvolvimento ou presença de um trombo53 ou coágulo54 no interior de um vaso sanguíneo).
Crianças
Controle cuidadoso é necessário em crianças prematuras pela possibilidade de desenvolvimento de nefrolitíase (formação de pedra nos rins5) e nefrocalcinose (deposição sais de cálcio nos tecidos dos rins5). Nestes casos, a função dos rins5 deverá ser controlada e uma ultrassonografia55 deverá ser realizada.
Caso a furosemida seja administrada a crianças prematuras durante as primeiras semanas de vida, pode aumentar o risco de persistência de ducto de Botallo (persistência do canal arterial56, um tipo de malformação57 cardíaca congênita58).
Alterações na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas
Alguns efeitos adversos (ex: queda acentuada indesejável da pressão sanguínea) podem prejudicar a capacidade em se concentrar e reagir e, portanto, constitui um risco em situações em que suas habilidades são especialmente importantes, como dirigir ou operar máquinas.
Sensibilidade cruzada
Pacientes hipersensíveis (alérgicos) a antibióticos do tipo sulfonamidas ou sulfonilureias59 podem apresentar sensibilidade cruzada com o medicamento.
Este medicamento pode causar doping.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Medicamento-Medicamento
Associações desaconselhadas
- Hidrato de cloral: sensação de calor, transpiração60 (suor), agitação, náusea61, aumento da pressão arterial28 (pressão do sangue17) e taquicardia62 (aceleração do ritmo cardíaco) podem ocorrer em casos isolados após a administração intravenosa da furosemida dentro das 24 horas da ingestão de hidrato de cloral. Portanto, não é recomendado o uso concomitante de furosemida e hidrato de cloral.
- Antibióticos aminoglicosídicos e outros medicamentos que podem ser tóxicos ao ouvido: a furosemida pode potencializar a ototoxicidade40 (toxicidade63 ao ouvido) causada por antibióticos aminoglicosídicos e outros fármacos ototóxicos, visto que os efeitos resultantes sobre a audição podem ser irreversíveis. Esta combinação de fármacos deve ser restrita à indicação médica.
Precauções de uso
- Cisplatina: existe risco de toxicidade63 ao ouvido quando da administração concomitante de cisplatina e furosemida. Além disto, a toxicidade63 aos rins5 da cisplatina pode ser aumentada caso a furosemida não seja administrada em baixas doses (ex: 40 mg em pacientes com função renal64 normal) e com balanço de fluidos positivo quando utilizada para obter-se diurese8 (aumento da produção e eliminação da urina9) forçada durante o tratamento com cisplatina.
- Sais de lítio: a furosemida diminui a excreção de sais de lítio e pode causar aumento dos níveis sanguíneos de lítio, resultando em aumento do risco de toxicidade63 do lítio, incluindo aumento do risco de efeitos tóxicos do lítio ao coração2 e ao sistema nervoso65. Desta forma, recomenda-se que os níveis sanguíneos de lítio sejam cuidadosamente monitorizados em pacientes que recebem esta combinação.
- Medicamentos que inibem a enzima66 conversora da angiotensina (ECA): pacientes que estão recebendo diuréticos67 podem sofrer queda acentuada da pressão arterial28 e prejuízo da função dos rins5, incluindo casos de insuficiência11 dos rins5, especialmente quando um inibidor da enzima66 conversora de angiotensina (ECA) ou antagonista68 do receptor de angiotensina II, é administrado pela primeira vez ou tem sua dose aumentada pela primeira vez. Deve-se considerar interrupção da administração da furosemida temporariamente ou, ao menos, reduzir a dose de furosemida por 3 dias antes de iniciar o tratamento com ou antes de aumentar a dose de um inibidor da ECA ou antagonista68 do receptor de angiotensina II.
- Risperidona: cautela deve ser adotada e os riscos e benefícios desta combinação ou tratamento concomitante com furosemida ou com outros diuréticos67 potentes devem ser considerados antes da decisão de uso. Foi observado aumento de mortalidade69 em pacientes idosos com demência70 tratados com furosemida mais risperidona. Portanto, deve ser ponderado o risco-benefício do tratamento concomitante com estas duas medicações. Não houve aumento de mortalidade69 em pacientes usando outros diuréticos67 associados à risperidona. Independentemente do tratamento, a desidratação19 foi um fator de risco71 para maior mortalidade69 e, portanto, deve ser evitada em pacientes idosos com demência70 (vide “3. Quando não devo usar este medicamento?”).
- Levotiroxina72: altas doses de furosemida podem inibir a ligação de hormônios tireoidiano às proteínas38 transportadoras e, assim, levar a um aumento transitório inicial de hormônio73 tireoidiano livre, seguido de uma redução geral nos níveis de hormônio73 tireoidiano total. Os níveis de hormônio73 tireoidiano devem ser monitorados.
Associações a considerar
- Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs): agentes anti-inflamatórios não esteroidais (incluindo ácido acetilsalicílico) podem diminuir a ação da furosemida. Em pacientes com diminuição do líquido circulante nos vasos ou desidratação19, a administração de AINEs pode causar uma diminuição aguda da função dos rins5. A toxicidade63 do salicilato pode ser aumentada pela furosemida.
- Fenitoína: pode ocorrer diminuição do efeito da furosemida após administração concomitante de fenitoína.
- Fármacos tóxicos aos rins5: a furosemida pode potencializar os efeitos nocivos de fármacos tóxicos aos rins5.
- Corticosteroides, carbenoxolona, alcaçuz e laxantes74: o uso concomitante de furosemida com corticosteroides, carbenoxolona, alcaçuz em grandes quantidades e o uso prolongado de laxantes74, pode aumentar o risco de desenvolvimento de hipopotassemia16.
- Outros medicamentos, por exemplo, preparações de digitálicos (para tratar doenças do coração2) e medicamentos que induzem a síndrome37 de prolongamento do intervalo QT: algumas alterações eletrolíticas (ex: hipopotassemia16, hipomagnesemia, ou seja, redução dos níveis de potássio ou de magnésio no sangue17, respectivamente) podem aumentar a toxicidade63 destes fármacos.
- Medicamentos anti-hipertensivos, diuréticos67 ou outros que potencialmente diminuem a pressão sanguínea quando administrados concomitantemente com a furosemida podem provocar uma queda mais pronunciada da pressão sanguínea.
- Probenecida, metotrexato e outros fármacos, que assim como a furosemida, são secretados significativamente por via tubular renal64, podem reduzir o efeito da furosemida. Por outro lado, a furosemida pode diminuir a eliminação renal64 destes fármacos. Em caso de tratamento com altas doses (particularmente, tanto a furosemida como outros medicamentos), pode haver aumento dos níveis no sangue17 e dos riscos de efeitos adversos resultantes da furosemida ou do tratamento concomitante.
- Antidiabéticos (medicamento para tratar diabetes75) e medicamentos hipertensores simpatomiméticos (aumentam a pressão arterial28 atuando no sistema nervoso65 simpático76, como epinefrina, norepinefrina): os efeitos destes fármacos podem ser reduzidos quando administrados com furosemida.
- Teofilina ou relaxantes musculares do tipo curare77: os efeitos destes fármacos podem aumentar quando administrados com furosemida.
- Cefalosporinas: insuficiência11 dos rins5 pode se desenvolver em pacientes recebendo simultaneamente tratamento com furosemida e altas doses de certas cefalosporinas.
- Ciclosporina A: o uso concomitante de ciclosporina A e furosemida está associado com aumento do risco de artrite78 gotosa (doença reumática caracterizada pelo acúmulo de cristais de ácido úrico junto a articulações36 e/ou outros órgãos) subsequente à hiperuricemia induzida por furosemida e à insuficiência11 da ciclosporina na excreção de urato pelos rins5.
Pacientes de alto risco para nefropatia79 por radiocontraste (doença dos rins5 causada por radiocontraste, uma substância usada para fazer diagnóstico80 por imagem) tratados com furosemida demonstraram maior incidência81 de deteriorização na função dos rins5 após receberem radiocontraste quando comparados a pacientes de alto risco que receberam somente hidratação intravenosa antes de receberem radiocontraste.
Medicamento-Alimento
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interação entre alimentos e Lasix solução injetável.
Medicamento-Exame laboratorial e não laboratorial
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de furosemida em exames laboratoriais.
Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde82.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de conservação
Lasix solução injetável deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), proteger da luz.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Estabilidade de Lasix solução injetável (furosemida) após diluição: Lasix solução injetável mantém-se estável por aproximadamente 24 horas, após diluição com solução de cloreto de sódio a 0,9 % ou Solução de Ringer, quando armazenada sob refrigeração ou em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegida da luz.
Características físicas e organolépticas
Solução límpida, incolor a levemente amarelada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
A administração intravenosa de Lasix é indicada em todos os casos onde a administração oral (Lasix comprimidos) não é possível ou é ineficaz (por exemplo: absorção intestinal prejudicada) ou em casos onde um rápido efeito é necessário.
A administração intravenosa deve ser realizada lentamente, não excedendo a velocidade de infusão de 4 mg/min. Em pacientes com insuficiência renal83 severa (creatinina41 sérica > 5 mg/dL84), recomenda-se não exceder a velocidade de infusão de 2,5 mg/min.
A administração intramuscular deve ser restrita a casos excepcionais nos quais a administração oral (Lasix comprimidos) ou intravenosa (Lasix solução injetável) não são possíveis. A administração intramuscular não é adequada ao tratamento de condições agudas como edema pulmonar85.
A substituição da administração parenteral (Lasix solução injetável) para oral (Lasix comprimidos) deve ser realizada assim que possível.
A solução injetável de Lasix tem pH aproximado a 9 sem capacidade de tamponamento. Por esta razão, o ingrediente ativo pode precipitar em valores de pH inferiores a 7. Portanto, no caso de diluição de Lasix solução injetável, deve-se ter cautela para que o pH da solução esteja dentro de uma variação de levemente alcalino para neutro. Solução salina normal é adequada como diluente.
Lasix solução injetável não deve ser misturado com outros medicamentos na mesma seringa86 de injeção87 ou durante infusão.
POSOLOGIA
A menos que seja prescrito de modo diferente, recomenda-se o seguinte esquema:
Adultos e adolescentes acima de 15 anos
- A dose inicial para adultos e adolescentes de 15 anos em diante é de 20 a 40 mg (1 a 2 ampolas) de furosemida por via intravenosa ou via intramuscular.
- Se após uma dose única de 20 a 40 mg de furosemida (1 a 2 ampolas) o efeito diurético10 não for satisfatório, a dose pode ser gradualmente aumentada, em intervalos de 2 horas, de 20 mg (1 ampola) a cada vez, até que seja obtida diurese8 satisfatória. A dose individual assim estabelecida deve depois ser administrada uma ou duas vezes por dia.
- A duração do tratamento deve ser determinada pelo médico, dependendo da natureza e gravidade da doença.
Lactentes88 e crianças abaixo de 15 anos
- É indicada a administração parenteral (se necessário, infusão gota35 a gota35) somente em condições de risco de vida.
- Para injeção87 intravenosa ou intramuscular, o esquema de posologia é de 1 mg de furosemida por kg de peso corporal até um máximo diário de 20 mg (1 ampola).
- A terapia deve ser mudada para administração oral (Lasix comprimidos) tão logo seja possível.
Populações especiais
- Edema pulmonar85 agudo89: Administrar uma dose inicial de 40 mg de furosemida (2 ampolas) por via intravenosa. Se a condição do paciente requerer, injetar uma dose adicional de 20 a 40 mg de furosemida (1 a 2 ampolas) após 20 minutos. A posologia indicada para o tratamento é de 100 mg a 300 mg ao dia, por um período máximo de 48 horas.
- Diurese8 forçada: Administrar 20 a 40 mg de furosemida (1 a 2 ampolas) em adição à infusão de solução de eletrólitos90. O tratamento posterior depende da eliminação de urina9 e deve incluir a substituição de perdas de líquido e de eletrólitos90. No envenenamento com substâncias ácidas ou básicas, a taxa de eliminação pode ser aumentada ainda mais pela alcalinização ou acidificação da urina9, respectivamente. A posologia indicada para o tratamento é de 100 mg a 300 mg ao dia, por um período máximo de 48 horas.
Não há estudos dos efeitos de Lasix administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente pela via intravenosa ou intramuscular, conforme recomendado pelo médico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
A seguinte taxa de frequência é utilizada, quando aplicável:
Categoria |
Frequência |
Muito comum |
≥ 10% |
Comum |
≥ 1% e < 10% |
Incomum |
≥ 0,1% e < 1% |
Raro |
≥ 0,01% e < 0,1% |
Muito raro |
< 0,01% |
Desconhecida |
Não pode ser estimada pelos dados disponíveis |
Distúrbios metabólico e nutricional
(vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”)
- Muito comum: distúrbios eletrolíticos, incluindo sintomáticos (variação de eletrólitos90 causando efeitos no organismo); desidratação19 e hipovolemia20, especialmente em pacientes idosos; aumento nos níveis de creatinina41 e triglicérides91 no sangue17.
- Comum: hiponatremia18, hipocloremia (redução nos níveis de cloreto no sangue17), hipopotassemia16 (redução nos níveis de potássio no sangue17), aumento nos níveis de colesterol92 e ácido úrico no sangue17, crises de gota35 e aumento no volume urinário.
- Incomum: tolerância à glicose93 diminuída; o diabetes mellitus33 latente pode se manifestar (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
- Desconhecido: hipocalcemia94 (redução nos níveis de cálcio no sangue17), hipomagnesemia, aumento nos níveis de ureia95 no sangue17 e alcalose96 metabólica (desequilíbrio ácido-básico no sangue17), Síndrome37 de Bartter (grupo raro de doenças que afetam os rins5) no contexto de uso inadequado e/ou a longo prazo da furosemida.
Distúrbios vasculares97
- Muito comum (para infusão intravenosa): hipotensão27 incluindo hipotensão27 ortostática (queda significativa da pressão arterial28 após assumir a posição de pé) (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
- Raro: vasculite98 (inflamação99 da parede de um vaso sanguíneo). Desconhecido: trombose100.
Distúrbios nos rins5 e urinário
- Comum: aumento no volume urinário.
- Raro: nefrite101 tubulointersticial (um tipo de inflamação99 nos rins5).
- Desconhecido: aumento nos níveis de sódio e cloreto na urina9, retenção urinária102 (em pacientes com obstrução parcial do fluxo urinário); nefrocalcinose / nefrolitíase em crianças prematuras e falência renal64 (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
Distúrbios gastrintestinais
- Incomum: náuseas103.
- Raro: vômitos42, diarreia43.
- Muito raro: pancreatite104 aguda (inflamação99 no pâncreas105).
Distúrbios hepatobiliares106
- Muito raro: colestase107 (parada ou dificuldade da excreção da bile108), aumento nas transaminases (uma enzima66 presente nas células109 do fígado3).
Distúrbios auditivos e do labirinto110
- Incomum: alterações na audição, embora geralmente de caráter transitório, particularmente em pacientes com insuficiência renal83, hipoproteinemia (ex: síndrome nefrótica39) e/ou quando furosemida intravenosa for administrada rapidamente. Casos de surdez, algumas vezes irreversível, foram reportados após administração oral ou IV de furosemida.
- Muito raro: tinido (zumbido no ouvido111).
Distúrbios no tecido subcutâneo112 e pele47
- Incomum: prurido113, urticária114, rash115, dermatite116 bolhosas, eritema multiforme117, penfigoide, dermatite116 esfoliativa, púrpura118 (erupções cutâneas119 diversas), reações de fotossensibilidade (sensibilidade exagerada da pele47 à luz).
- Desconhecido: síndrome de Stevens-Johnson120 (forma grave de reação alérgica121 caracterizada por bolhas em mucosas122 e grandes áreas do corpo), necrólise epidérmica tóxica123 (quadro grave, caracterizado por erupção124 generalizada, com bolhas rasas extensas e áreas de necrose125 epidérmica), pustulose exantemática generalizada aguda – PEGA (forma grave de reação alérgica121 caracterizada pelo desenvolvimento abrupto de pústulas126 não foliculares sobre áreas de vermelhidão, acompanhadas por febre127 alta e aumento do número de células109 brancas no sangue17), DRESS (rash115 ao fármaco128 com eosinofilia129 (aumento do número de um tipo de célula130 branca do sangue17 chamado eosinófilo131) e sintomas132 sistêmicos133)) e reações liquenoides. (reações imunológicas que ocorrem em mucosas122).
Distúrbios do sistema imune134 (de defesa do organismo)
- Raro: reações anafiláticas135 (reação alérgica121 grave e imediata que pode levar à morte) ou anafilactoides severas (ex: com choque136 – colapso137 circulatório ou estado fisiológico138 em que existe um fluxo sanguíneo inadequado para os tecidos e células109 do corpo).
- Desconhecido: agravamento ou início de manifestação de lúpus44 eritematoso45 sistêmico46.
Distúrbios do sistema nervoso65
- Raro: parestesia139 (sensação anormal como ardor140, formigamento e coceira, percebidos na pele47 e sem motivo aparente).
- Comum: encefalopatia14 hepática141 (disfunção do sistema nervoso central15 em associação com falência do fígado3) em pacientes com insuficiência11 na função do fígado3 (vide “3. Quando não devo usar este medicamento?”).
- Desconhecido: vertigem142 (tontura143), desmaio ou perda e consciência, cefaleia144 (dor de cabeça145).
Distúrbios do sistema linfático146 e sanguíneo.
- Comum: hemoconcentração50.
- Incomum: trombocitopenia147 (diminuição no número de plaquetas148 sanguíneas). Raro: leucopenia149 (redução de células109 brancas no sangue17), eosinofilia129.
- Muito raro: agranulocitose150 (diminuição acentuada na contagem de células brancas do sangue151), anemia152 aplástica (doença em que a medula óssea153 produz quantidade insuficiente de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas148) ou anemia hemolítica154 (diminuição do número de glóbulos vermelhos do sangue17).
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo155
- Desconhecido: casos de rabdomiólise156 (lesão157 muscular que pode levar a insuficiência renal83 aguda) foram relatados, muitas vezes na situação de hipopotassemia16 severa (ver item “3. Quando não devo usar este medicamento?”).
Distúrbios congênito158 e genético/familiar
- Desconhecido: risco aumentado de persistência do ducto arterioso quando furosemida for administrada a crianças prematuras durante as primeiras semanas de vida.
Distúrbios gerais e condições no local da administração
- Raro: febre127.
- Desconhecido: dor local após injeção intramuscular159.
Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Sintomas132
O quadro clínico da superdose aguda e crônica com furosemida depende fundamentalmente da extensão e consequências da perda de eletrólitos90 e fluidos como, por exemplo, hipovolemia20 desidratação19, hemoconcentração50, arritmias160 cardíacas (descompasso dos batimentos do coração2). Os sintomas132 destas alterações incluem queda severa da pressão sanguínea (progredindo para choque136), insuficiência11 aguda dos rins5, trombose100, estado de delírio161, paralisia162 flácida (paralisia162 na qual os músculos163 afetados perdem o tônus e pode ocorrer diminuição dos reflexos), apatia164 (sem emoção, insensível) e confusão.
Tratamento
Não se conhece antídoto165 específico para a furosemida.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
MS 1.1300.0052
Farm. Resp.: Silvia Regina Brollo CRF-SP n° 9.815
Registrado por:
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Av. Mj. Sylvio de M. Padilha, 5200 – São Paulo – SP
CNPJ 02.685.377/0001-57
Fabricado por:
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda
Rua Conde Domingos Papaiz, 413 – Suzano – SP
C.N.P.J. 02.685.377/0008-23
Indústria Brasileira
SAC 0800 703 0014