

Aspirina (Bula do profissional de saúde)
BAYER S.A.
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Aspirina®
ácido acetilsalicílico
Comprimidos 500 mg
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido simples
Blísteres com 4 ou 10 comprimidos e embalagens contendo 20 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido contém:
ácido acetilsalicílico | 500 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: amido e celulose.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1
INDICAÇÕES
- para o alívio sintomático2 da cefaleia3, odontalgia, dor de garganta4 relacionada a resfriados, dismenorreia5, mialgia6 ou artralgia7, lombalgia8 e dor artrítica de pequena intensidade;
- no resfriado comum ou na gripe9, para o alívio sintomático2 da dor e da febre10.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
O ácido acetilsalicílico é um analgésico11 e antipirético12 utilizado para alívio sintomático2 de dores leves a moderadas. Tem sido empregado como padrão para comparação e avaliação de novas substâncias da mesma classe.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
O ácido acetilsalicílico pertence ao grupo dos fármacos anti-inflamatórios não-esteroides, com propriedade analgésica, antipirética e anti-inflamatória. Seu mecanismo de ação baseia-se na inibição irreversível da enzima13 ciclooxigenase, envolvida na síntese das prostaglandinas14.
O ácido acetilsalicílico, em doses orais de 0,3 a 1,0 g, é usado para o alívio da dor e de quadros febris, tais como resfriados e gripes, para controle da temperatura e alívio das dores musculares e das articulações15.
Também é usado nos distúrbios inflamatórios agudos e crônicos, tais como artrite reumatoide16, osteoartrite17 e espondilite anquilosante.
O ácido acetilsalicílico também inibe a agregação plaquetária, bloqueando a síntese do tromboxano A2 nas plaquetas18. Por esta razão, é usado em várias indicações relativas ao sistema vascular19, geralmente em doses diárias de 75 a 300 mg.
Propriedades Farmacocinéticas
Após a administração oral, o ácido acetilsalicílico é rápida e completamente absorvido no trato gastrintestinal. Durante e após a absorção, o ácido acetilsalicílico é convertido a ácido salicílico, seu principal metabólito20 ativo. Os níveis plasmáticos máximos do ácido acetilsalicílico são atingidos após 10 a 20 minutos e os do ácido salicílico após 0,3 a 2 horas.
Tanto o ácido acetilsalicílico quanto o ácido salicílico ligam-se extensivamente às proteínas21 plasmáticas e são rapidamente distribuídos por todo o organismo. O ácido salicílico passa para o leite materno e atravessa a placenta.
O ácido salicílico é eliminado predominantemente por metabolismo22 hepático. Seus metabólitos23 são o ácido salicilúrico, o glicuronídeo salicílico fenólico, o glicuronídeo salicilacílico, o ácido gentísico e o ácido gentisúrico.
A cinética24 da eliminação do ácido salicílico é dose-dependente, uma vez que o metabolismo22 é limitado pela capacidade das enzimas hepáticas25. A meia-vida de eliminação varia de 2 a 3 horas após doses baixas até cerca de 15 horas com doses altas. O ácido salicílico e seus metabólitos23 são excretados principalmente por via renal26.
Dados de segurança pré-clínicos
O perfil de segurança pré-clínico do ácido acetilsalicílico está bem documentado.
Nos estudos com animais, os salicilatos em altas doses provocaram dano renal26, mas não causaram outras lesões27 orgânicas.
O ácido acetilsalicílico tem sido extensamente estudado in vivo e in vitro quanto à mutagenicidade.
Não foi observada nenhuma evidência relevante de potencial mutagênico ou carcinogênico.
Os salicilatos apresentaram efeitos teratogênicos28 em estudos com animais de espécies diferentes. Foram descritos distúrbios de implantação, efeitos embriotóxicos e fetotóxicos, e comprometimento da capacidade de aprendizado da prole após exposição pré-natal.
CONTRAINDICAÇÕES
- hipersensibilidade ao ácido acetilsalicílico, a outros salicilatos ou a qualquer outro componente do produto;
- história de asma29 induzida pela administração de salicilatos ou substâncias com ação similar, principalmente anti-inflamatórios não-esteroides;
- úlceras30 gastrintestinais agudas;
- diátese hemorrágica31;
- insuficiência renal32 grave;
- insuficiência hepática33 grave;
- insuficiência cardíaca34 grave;
- associado ao metotrexato em doses iguais ou maiores que 15 mg/semana (veja item “6. Interações medicamentosas”);
- último trimestre de gravidez35 (veja item “5. Advertências e precauções”, Gravidez35).
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez35.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Aspirina? deve ser utilizada com cautela nos seguintes casos:
- hipersensibilidade a analgésicos36, agentes anti-inflamatórios ou anti-reumáticos, ou na presença de outras alergias;
- história de úlceras30 gastrintestinais, incluindo úlcera37 crônica ou recorrente, ou história de sangramentos gastrintestinais;
- tratamento concomitante com anticoagulantes38 (veja item “6. Interações medicamentosas”);
- pacientes com comprometimento da função renal26 ou da circulação39 cardiovascular (por exemplo: doença reno-vascular19, insuficiência cardíaca congestiva40, depleção41 de volume, cirurgia de grande porte, sepsis ou eventos hemorrágicos42 graves) uma vez que o ácido acetilsalicílico pode aumentar o risco de comprometimento renal26 e insuficiência renal32 aguda;
- comprometimento da função hepática43.
O ácido acetilsalicílico pode desencadear broncoespasmo44 e crises de asma29 ou outras reações de hipersensibilidade. Os fatores de risco são: asma29 pré-existente, rinite45 alérgica, pólipos46 nasais ou doença respiratória crônica. Este conceito também se aplica para pacientes47 que apresentem reações alérgicas (por exemplo, reações cutâneas48, prurido49 e urticária50) a outras substâncias.
Devido ao efeito inibitório da agregação plaquetária, o qual persiste por vários dias após a administração, o ácido acetilsalicílico pode levar a um aumento da tendência a sangramentos durante e após intervenções cirúrgicas (inclusive cirurgias de pequeno porte, como por exemplo, extrações dentárias).
Em doses baixas, o ácido acetilsalicílico reduz a excreção do ácido úrico, podendo desencadear crises de gota51 em pacientes predispostos.
Em pacientes que sofrem de deficiência grave de glicose52-6-fosfato desidrogenase (G6PD), o ácido acetilsalicílico pode induzir a hemólise53 ou anemia hemolítica54. Dose elevada, febre10 ou infecções55 agudas são fatores que podem aumentar o risco de hemólise53.
Crianças
Produtos contendo ácido acetilsalicílico não devem ser utilizados por crianças e adolescentes para quadros de infecções55 virais, com ou sem febre10, sem antes consultar um médico. Em determinadas doenças virais, especialmente as causadas por varicela56 e vírus57 influenza58 A e B, há o risco da Síndrome59 de Reye, uma doença muito rara, mas com possível risco de morte, que requer intervenção médica imediata. Embora a relação causal não tenha sido comprovada, o risco pode aumentar com o uso de ácido acetilsalicílico. A ocorrência de vômitos60 persistentes na vigência destas doenças pode ser um sinal61 da Síndrome59 de Reye.
Crianças ou adolescentes não devem usar este medicamento para catapora62 ou sintomas63 gripais antes que um médico seja consultado sobre a Síndrome59 de Reye, uma rara, mas grave doença, associada a este medicamento.
Gravidez35 e Lactação64
O uso do ácido acetilsalicílico é contraindicado no último trimestre de gestação, apresentando categoria de risco na gravidez35 D para tal período. Durante os dois primeiros trimestres de gestação, o ácido acetilsalicílico deve ser utilizado com cautela, se realmente necessário, apresentando categoria de risco na gravidez35 C para tal período.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez35.
A inibição da síntese das prostagladinas pode afetar adversamente a gravidez35 e/ou o desenvolvimento embrionário/fetal. Dados de estudos epidemiológicos levantam a questão de um aumento do risco de aborto e de malformações65 após o uso de inibidores da síntese de prostaglandinas14 no início da gravidez35. Acredita-se que o risco aumente com a dose e a duração do tratamento. Os dados disponíveis não confirmam qualquer associação entre a ingestão do ácido acetilsalicílico e um aumento do risco de aborto. Para o ácido acetilsalicílico, os dados epidemiológicos disponíveis sobre malformações65 não são consistentes, mas não se pode excluir um risco aumentado de gastroquise. Um estudo prospectivo66 com aproximadamente 14.800 gestantes expostas precocemente durante a gestação (1° ao 4° mês) não demonstrou qualquer associação com uma elevada taxa de malformação67.
Estudos em animais têm demonstrado toxicidade68 reprodutiva (veja item “3. Características Farmacológicas”, Dados de Segurança Pré-Clínicos).
Durante o primeiro e segundo trimestre da gravidez35, medicamentos contendo ácido acetilsalicílico não devem ser administrados, exceto se realmente necessários. Durante o primeiro e segundo trimestre da gravidez35 ou em mulheres que estejam tentando engravidar, as doses e o tempo de tratamento com medicamentos contendo ácido acetilsalicílico devem ser os menores possíveis.
Durante o terceiro trimestre de gravidez35, todos os inibidores da síntese de prostaglandinas14 podem expor:
- o feto69 a:
- toxicidade68 cardiopulmonar (com fechamento prematuro do ducto arterioso e hipertensão70 pulmonar);
- disfunção renal26, que pode progredir para insuficiência renal32 com oligohidramnio71.
- a mãe e a criança no final da gravidez35 a:
- possível aumento do tempo de sangramento, um efeito antiagregante plaquetário que pode ocorrer até mesmo após doses muito baixas;
- inibição das contrações uterinas provocando trabalho de parto prolongado. Consequentemente, o ácido acetilsalicílico é contraindicado durante o terceiro trimestre de gestação.
Os salicilatos e seus metabólitos23 metabólitos23 são excretados no leite materno em pequenas quantidades. Como não foram observados até o momento efeitos adversos no lactente72 após uso eventual, a interrupção da amamentação73 é geralmente desnecessária. Entretanto, a amamentação73 deve ser descontinuada durante o uso regular (contínuo) ou de altas doses deste medicamento.
Efeitos na habilidade de dirigir e usar máquinas
Não foram observados efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas.
Não há necessidade de recomendações especiais para o uso do produto em idosos, crianças (acima de 12 anos) ou pacientes de grupos de risco, desde que observadas as advertências, precauções e posologia mencionadas nesta bula.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Interações contraindicadas
Metotrexato em doses iguais ou maiores que 15 mg/semana: Aumento da toxicidade68 hematológica do metotrexato (diminuição da depuração renal26 do metotrexato por agentes anti-inflamatórios em geral e deslocamento do metotrexato, ligado às proteínas21 plasmáticas, pelos salicilatos) (veja item “4. Contraindicações”).
Interações que requerem precaução para o uso
Metotrexato em doses inferiores a 15 mg/semana: Aumento da toxicidade68 hematológica do metotrexato (diminuição da depuração renal26 do metotrexato por agentes anti-inflamatórios em geral e deslocamento do metotrexato, ligado às proteínas21 plasmáticas, pelos salicilatos).
Anticoagulantes38, trombolíticos/ outros inibidores da agregação plaquetária/ homeostasia74: Aumento do risco de sangramento.
Outros anti-inflamatórios não-esteroides com salicilatos em altas doses: Aumento do risco de úlceras30 e sangramento gastrintestinal devido ao efeito sinérgico.
Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (SSRIs): Aumento do risco de sangramento gastrintestinal alto devido a possível efeito sinérgico.
Digoxina: Aumento da concentração plasmática de digoxina devido a diminuição na excreção renal26.
Medicamentos para diabetes75, como por exemplo, insulina76 e sulfonilureias77: Aumento do efeito hipoglicemiante78 por altas doses do ácido acetilsalicílico via ação hipoglicêmica do ácido acetilsalicílico e deslocamento da sulfonilureia de sua ligação à proteína plasmática.
Diuréticos79 em associação com o ácido acetilsalicílico em altas doses: Diminuição da filtração glomerular por diminuição da síntese das prostaglandinas14 renais.
Glicocorticoides sistêmicos80, exceto hidrocortisona usada como terapia de reposição na doença de Addison: Diminuição dos níveis de salicilato plasmático durante o tratamento com corticosteroides e risco de sobredose de salicilato após interrupção do tratamento, por aumento da eliminação de salicilatos pelos corticosteroides.
Inibidores da enzima13 conversora de angiotensina (ECA) em associação com o ácido acetilsalicílico em altas doses: Diminuição da filtração glomerular por inibição das prostaglandinas14 vasodilatadoras. Além disso, diminuição do efeito anti-hipertensivo.
Ácido valproico: Aumento da toxicidade68 do ácido valproico devido ao deslocamento dos sítios de ligação às proteínas21.
Álcool: Aumento do dano à mucosa81 gastrintestinal e prolongamento do tempo de sangramento devido a efeitos aditivos do ácido acetilsalicílico e do álcool.
Uricosúricos como benzobromarona e probenecida: Diminuição do efeito uricosúrico (competição pela eliminação de ácido úrico no túbulo renal26).
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Conservar em temperatura ambiente (15–30°C) e proteger da umidade.
O prazo de validade do medicamento é de 24 meses a partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Aspirina® é um comprimido redondo e branco com leve odor característico.
Antes de usar observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Tomar os comprimidos preferencialmente após as refeições, com bastante líquido.
Adultos: 1 a 2 comprimidos. Se necessário, repetir a cada 4 a 8 horas, não excedendo 8 comprimidos por dia.
Crianças a partir de 12 anos: 1 comprimido. Se necessário, repetir a cada 4 a 8 horas, até 3 vezes por dia.
Aspirina® não deve ser administrada por mais de 3 a 5 dias sem consultar seu médico ou cirurgião-dentista.
No caso de administração acidental ou uso em crianças, veja o item “5. Advertências e precauções”.
REAÇÕES ADVERSAS
Distúrbios do trato gastrintestinal superior82 e inferior como sinais83 e sintomas63 de dispepsia84, dor gastrintestinal e abdominal, raramente inflamação85 gastrintestinal, úlcera37 gastrintestinal, levando potencialmente, mas muito raramente, a úlcera37 gastrintestinal com hemorragia86 e perfuração, com respectivos sinais83 e sintomas63 clínicos e laboratoriais.
Devido a seu efeito inibitório sobre a agregação plaquetária, o ácido acetilsalicílico pode estar associado com o aumento do risco de sangramento. Foram observados sangramentos tais como hemorragia86 intra e pós-operatória, hematomas87, epistaxe88, sangramento urogenital89 e sangramento gengival.
Foram raros a muito raros os relatos de sangramentos graves, como hemorragia86 do trato gastrintestinal e hemorragia86 cerebral (especialmente em pacientes com hipertensão70 não controlada e/ ou em uso concomitante de agentes anti-hemostáticos), que em casos isolados podem ter potencial risco de morte.
A hemorragia86 pode provocar anemia90 pós-hemorrágica31/ anemia90 por deficiência de ferro (por exemplo, sangramento oculto), crônica ou aguda, com respectivos sinais83 e sintomas63 clínicos e laboratoriais, tais como astenia91, palidez e hipoperfusão.
Reações de hipersensibilidade com suas respectivas manifestações clínicas e laboratoriais incluem asma29, reações leves a moderadas que afetam potencialmente a pele92, o trato respiratório, o trato gastrintestinal e o sistema cardiovascular93, com sintomas63 tais como rash94 cutâneo95, urticária50, edema96, prurido49, rinite45, congestão nasal, alterações cardio–respiratórias e, muito raramente, reações graves, como choque anafilático97.
Disfunção hepática43 transitória com aumento das transaminases hepáticas98 tem sido relatada muito raramente.
Há relatos de tinitos e tonturas99, que podem ser indicativos de uma sobredose.
Há relatos de hemólise53 e anemia hemolítica54 em pacientes que sofrem de deficiência grave de glicose52-6-fosfato desidrogenase (G6PD).
Há relatos de comprometimento renal26 e insuficiência renal32 aguda.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
A toxicidade68 por salicilatos (doses acima de 100 mg/ kg/ dia por mais de 2 dias consecutivos podem ser tóxicas) pode resultar de intoxicação crônica, terapeuticamente adquirida e de intoxicação aguda (sobredose) com potencial risco de morte, que pode ser causada por ingestão acidental em crianças ou intoxicação acidental.
A intoxicação crônica por salicilatos pode ser insidiosa, uma vez que os sinais83 e sintomas63 não são específicos. A intoxicação crônica leve por salicilatos, ou salicilismo, normalmente ocorre somente após o uso repetido de altas doses. Os sintomas63 incluem tontura100, vertigem101, tinitos, surdez, sudorese102, náuseas103 e vômitos60, dor de cabeça104 e confusão, podendo ser controlados pela redução da dose. Tinitos podem ocorrer com concentrações plasmáticas entre 150 e 300 mcg/ mL. Reações adversas mais graves ocorrem com concentrações acima de 300 mcg/ mL.
A principal manifestação da intoxicação aguda é uma alteração grave do equilíbrio ácido - base, o qual pode variar com a idade e a gravidade da intoxicação. A apresentação mais comum nas crianças é a acidose metabólica105. A gravidade da intoxicação não pode ser estimada apenas pela concentração plasmática. A absorção do ácido acetilsalicílico pode ser retardada devido à diminuição do esvaziamento gástrico, formação de concreções106 no estômago107, ou como resultado da ingestão de preparações com revestimento entérico. O tratamento da intoxicação por ácido acetilsalicílico é determinado por sua extensão, estágio e sintomas63 clínicos e de acordo com as técnicas de tratamento padrão. Dentre as principais medidas deve-se acelerar a excreção do fármaco108, bem como restaurar o metabolismo22 ácido – base e eletrolítico.
Devido aos efeitos fisiopatológicos complexos da intoxicação por salicilatos, sinais83 e sintomas63/ achados investigativos podem incluir:
Sinais83 e sintomas63 |
Achados investigativos |
Medidas terapêuticas |
Intoxicação leve a moderada |
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Lavagem gástrica109, administração repetida de carvão ativado e diurese110 alcalina forçada. |
Taquipneia111, hiperventilação e alcalose112 respiratória. |
Alcalemia, alcalúria |
Manuseio de fluídos e eletrólitos113 |
Diaforese114 |
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Náusea115 e vômito116 |
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Intoxicação moderada a grave |
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Lavagem gástrica109, administrações repetidas de carvão ativado, diurese110 alcalina forçada e hemodiálise117 nos casos graves |
Alcalose112 respiratória com acidose metabólica105 compensatória |
Acidemia118, acidúria |
Manuseio de fluídos e eletrólitos113 |
Hiperpirexia |
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Manuseio de fluídos e eletrólitos113 |
Respiratórios: desde hiperventilação, edema pulmonar119 não cardiogênico até parada respiratória e asfixia120 |
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Cardiovasculares: desde arritmias121 e hipotensão122 à parada cardíaca |
por exemplo: pressão arterial123, alteração do ECG |
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Perda de fluídos e eletrólitos113: desidratação124, desde oligúria125 até insuficiência renal32 |
por exemplo: hipocalemia126, hipernatremia127, hiponatremia128 e alteração da função renal26 |
Manuseio de fluídos e eletrólitos113 |
Alteração do metabolismo22 da glicose52 e cetose |
Hiperglicemia129, hipoglicemia130 (especialmente em crianças) |
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Tinitos e surdez |
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Gastrintestinais: sangramento gastrintestinal |
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Hematológicos: desde inibição da agregação plaquetária até a coagulopatias |
por exemplo: prolongamento do tempo de protrombina131, hipoprotrombinemia |
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Neurológicos: encefalopatia132 tóxica e depressão do Sistema Nervoso Central133 com manifestações variando desde letargia134 e confusão até coma135 e convulsões |
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Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
Siga corretamente o modo de usar, não desaparecendo os sintomas63 procure orientação médica.
MS - 1.7056.0020
Farm. Resp.: Dra. Dirce Eiko Mimura - CRF – SP n° 16532
Fabricado por:
Bayer S.A.
Pilar - Pcia. de Buenos Aires – Argentina
Importado por:
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