Naropin
ASPEN PHARMA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Naropin®
cloridrato de ropivacaína
Injetável 0,2%; 0,75% e 1%
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Solução estéril injetáve
Embalagem com 5 ampolas plásticas contendo 10 mL ou 20 mL, em estojos individuais estéreis.
VIA INFILTRAÇÃO LOCAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Cada mL de Naropin 2 mg/mL contém:
cloridrato de ropivacaína | 2,0 mg |
veículo q.s.p. | 1 mL |
Veículo: cloreto de sódio, água para injeção1 e hidróxido de sódio/ácido clorídrico2.
Cada mL de Naropin 7,5 mg/mL contém:
cloridrato de ropivacaína | 7,5 mg |
veículo q.s.p. | 1 mL |
Veículo: cloreto de sódio, água para injeção1 e hidróxido de sódio/ácido clorídrico2.
Cada mL de Naropin 10 mg/mL contém:
cloridrato de ropivacaína | 10,0 mg |
veículo q.s.p. | 1 mL |
Veículo: cloreto de sódio, água para injeção1 e hidróxido de sódio/ácido clorídrico2.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Anestesia3 em cirurgia
- bloqueio peridural4, incluindo cesárea;
- bloqueio nervoso maior; e,
- bloqueios infiltrativo e do campo operatório.
Estados dolorosos agudos
- infusão peridural4 contínua ou administração intermitente5 em bolus6, como por exemplo, em dor pós-operatória ou trabalho de parto;
- bloqueios infiltrativo e do campo operatório;
- injeção1 intra-articular; e,
- bloqueio nervoso periférico em infusão contínua ou em injeções intermitentes7, como por exemplo, em dor pós-operatória.
Estados dolorosos agudos em pediatria
Para o controle da dor peri- e pós-operatória em:
- bloqueio peridural4 caudal.
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
A ropivacaína é um anestésico local de longa duração que promove a perda local da sensibilidade e a eliminação da dor. A administração em altas doses produz anestesia3 cirúrgica, enquanto que em baixas doses produz insensibilidade à dor com bloqueio limitado e não progressivo dos movimentos.
O início e a duração do efeito anestésico local de Naropin dependem da dose e do local de aplicação (ver item 4. Como devo usar este medicamento?).
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Você não deve utilizar Naropin se tiver alergia8 a anestésicos locais do tipo amida.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Os procedimentos anestésicos devem sempre ser realizados em local com pessoal, equipamentos e medicamentos adequados. O médico responsável deverá ser devidamente treinado e estar familiarizado com o diagnóstico9 e tratamento de efeitos colaterais10, toxicidade11 sistêmica e outras complicações.
Recém-nascidos, pacientes em condição geral debilitada devido à idade ou outros fatores, tais como problemas na condução cardíaca, doença avançada do fígado12 ou mau funcionamento dos rins13, requerem atenção especial. Informe seu médico caso apresente alguma das condições descritas.
Naropin deve ser somente prescrito a pacientes com porfiria14 aguda (distúrbio congênito15 ou adquirido no metabolismo16 de porfirinas) quando nenhuma alternativa segura estiver disponível, a critério médico. Informe seu médico caso apresente esta condição.
Gravidez17 e Lactação18
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Não existem estudos sobre a excreção de ropivacaína ou de seus metabólitos19 no leite humano.
Efeitos na habilidade de dirigir e usar máquinas
Além do efeito anestésico direto, os anestésicos locais podem ter efeitos muito leves na função mental e coordenação até mesmo na ausência evidente de toxicidade11 do SNC20 (Sistema Nervoso Central21) e podem temporariamente prejudicar a locomoção e vigília.
Interações medicamentosas
Pacientes tratados com fármacos antiarrítmicos (para tratamento de alterações no ritmo cardíaco) classe III (ex.: amiodarona) devem ser devidamente monitorados, uma vez que os efeitos cardíacos podem se somar.
Naropin deve ser usado com cuidado em pacientes sob tratamento com outros anestésicos locais ou outras substâncias com fórmula semelhante a dos anestésicos locais do tipo amida, como por exemplo, certos antiarrítmicos como a lidocaína e a mexiletina, uma vez que os efeitos sistêmicos22 tóxicos se somam.
A administração da ropivacaína em longo prazo deve ser evitada em pacientes tratados com inibidores potentes da CYP1A2 (enzima23 do fígado12) como a fluvoxamina e a enoxacina.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde24.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de conservação
Você deve conservar Naropin em temperatura ambiente (15–30°C).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Não contém conservantes. Destinado à aplicação única. Qualquer solução restante de uma embalagem já aberta deve ser descartada.
Apresentações estéreis até a abertura da embalagem.
Características físicas e organolépticas do produto
Naropin é uma solução límpida e incolor.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Modo de usar
Naropin deve apenas ser utilizado por ou sob a supervisão de médicos experientes em anestesia3 regional.
Não contém conservantes. Destinado à aplicação única. Qualquer solução restante de uma embalagem já aberta deve ser descartada.
As ampolas de Naropin não devem ser reautoclavadas. Embalagens em estojos individuais estéreis devem ser empregadas quando a manipulação em condições estéreis for desejada. Apresentações estéreis até a abertura da embalagem.
As ampolas são desenhadas para ajuste às seringas do tipo Luer Lock e Luer Fit.
NÃO USAR POR VIA INTRAVENOSA.
Podem ocorrer sintomas25 de toxicidade11 do SNC20 se Naropin for administrado por via intravenosa (Ver item 8. Que males este medicamento pode me causar?).
Incompatibilidades: a alcalinização pode causar precipitação, pois a ropivacaína é pouco solúvel em pH superior a 6.
Posologia
A tabela a seguir é um guia de dose para os bloqueios mais usados. A dose deve ser baseada na experiência do anestesista e no conhecimento da condição física do paciente.
Em geral, a anestesia3 cirúrgica (ex.: administração peridural4) requer o uso de altas concentrações e doses. Para analgesia recomenda-se o uso de Naropin 2 mg/mL, exceto para a administração injeção1 intra-articular onde Naropin 7,5 mg/mL é recomendado.
Vias de administração:
- Naropin 2 mg/mL: peridural4 lombar, peridural4 torácica, bloqueio de campo e bloqueio nervoso periférico.
- Naropin 7,5 mg/mL: peridural4 lombar para cirurgia e cesárea, peridural4 torácica, bloqueio nervoso maior, bloqueio de campo e injeção1 intra-articular.
- Naropin 10 mg/mL: peridural4 lombar para cirurgia.
Recomendação de dose para Naropin em adultos e maiores de 12 anos de idade
|
Concentração |
Volume |
Dose |
Início da ação |
Duração do efeito |
ANESTESIA3 CIRÚRGICA |
|||||
Administração peridural4 lombar |
7,5 (0,75%) |
15–25 |
113–188 |
10–20 |
3–5 |
10,0 (1%) |
15–20 |
150–200 |
10–20 |
4–6 |
|
Administração peridural4 lombar |
7,5 (0,75%) |
15–20 |
113–150 |
10–20 |
3–5 |
Administração peridual torácica |
7,5 (0,75%) |
5–15 |
38–113 |
10–20 |
n/a |
Bloqueio nervoso maior |
7,5 (0,75%) |
10–40 |
75–300a |
10–25 |
6–10 |
Bloqueio de campo |
7,5 (0,75%) |
1–30 |
7,5–225 |
1–15 |
2–6 |
TRATAMENTO DE DOR AGUDA |
|||||
Administração peridural4 lombar |
|||||
Bolus6 |
2,0 (0,2%) |
10–20 |
20–40 |
10–15 |
0,5–1,5 |
Injeções intermitentes7 (ex.: controle da dor de parto) |
2,0 (0,2%) |
10–15 |
20–30 |
|
|
Administração peridural4 lombar |
|||||
Dor do parto |
2,0 (0,2%) |
6–10 mL/h |
12–20 mg/h |
n/a |
n/a |
Dor pós-operatória |
2,0 (0,2%) |
6–14 mL/h |
12–28 mg/h |
n/a |
n/a |
Administração peridual torácica |
|||||
Infusão contínua |
2,0 (0,2%) |
6–14 mL/h |
12–28 mg/h |
n/a |
n/a |
Bloqueio de campo |
2,0 (0,2%) |
1–100 |
2–200 |
1–5 |
2–6 |
Injeção1 intra-articularc |
7,5 (0,75%) |
20 |
150b |
n/a |
2–6 |
Bloqueio nervoso periférico |
|||||
Infusão contínua ou injeções intermitentes7 |
2,0 (0,2%) |
5–10 mL/h |
10–20 mg/h |
n/a |
n/a |
n/a: não se aplica.
a a dose para bloqueio nervoso maior deve ser ajustada de acordo com o local de administração e a condição do paciente. Os bloqueios interescalênico e do plexo braquial26 supraclavicular podem estar associados a frequência maior de reações adversas graves, independentemente do anestésico local utilizado (ver item 4. O que devo saber antes de usar este medicamento?).
b se for utilizada quantidade adicional de ropivacaína por outras técnicas no mesmo paciente, não exceder a dose limite de 225 mg.
c Houve relatos pós-comercialização de condrólise (degradação de cartilagem28) em pacientes recebendo infusão contínua intra-articular de anestésicos locais no pós-operatório. Esta indicação não é aprovada para Naropin (ver Item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
As doses apresentadas na tabela acima são aquelas consideradas como necessárias à produção de bloqueio com sucesso, devendo ser utilizadas como guia para uso em adultos. Podem ocorrer variações individuais no início e duração do efeito. Os dados mostram a faixa de dose média necessária esperada. Literatura padrão deve ser consultada para fatores que afetam as técnicas específicas de bloqueio e para necessidades individuais do paciente.
A fim de evitar a injeção1 intravascular29 recomenda-se aspiração cuidadosa antes e durante a administração da dose principal, a qual deve ser injetada lentamente ou em doses crescentes, na velocidade de 25–50 mg/min, sempre observando atentamente as funções vitais do paciente e mantendo contato verbal. Quando se pretende administrar uma dose peridural4, recomenda-se uma dose teste prévia de 3–5 mL de lidocaína com epinefrina (lidocaína 1–2%). Uma injeção1 intravascular29 acidental pode ser reconhecida pelo aumento temporário da frequência cardíaca e em caso de injeção1 intratecal acidental, por sinais30 de bloqueio espinhal. A injeção1 deve ser interrompida imediatamente se ocorrerem sintomas25 tóxicos.
Em bloqueio peridural4 para cirurgia, doses únicas de até 250 mg de ropivacaína foram usadas e são bem toleradas.
Quando bloqueios peridurais prolongados são utilizados, tanto por infusão contínua como por administração repetida em bolus6, devem ser considerados os riscos de indução de lesão31 neural local ou de atingir concentração plasmática tóxica. Doses acumulativas de até 800 mg de ropivacaína administradas em cirurgia e analgesia pós-operatória por mais de 24 horas foram bem toleradas em adultos, assim como infusão peridural4 contínua pós-operatória de até 28 mg/h por 72 horas.
Para o tratamento da dor pós-operatória recomenda-se a seguinte técnica: a menos que seja instalado antes da operação, induzir o bloqueio peridural4 com Naropin 7,5 mg/mL (0,75%) pelo cateter peridural4. A analgesia é mantida com infusão de Naropin 2 mg/mL (0,2%).
Estudos clínicos demonstraram que taxas de infusão de 6–14 mL/h (12–28 mg/h) proporcionam analgesia adequada com somente leve bloqueio motor não progressivo na maioria dos casos de dor pós-operatória de grau moderado a grave. Com essa técnica, foi observada redução significativa da necessidade de opioides.
Em estudos clínicos uma infusão peridural4 de Naropin 2 mg/mL isolado ou associado a 1–4 mcg/mL de fentanila foi administrada por até 72 horas para o controle da dor pós-operatória. Naropin 2 mg/mL (6–14 mL/h) proporcionou alívio da dor adequado para a maioria dos pacientes. A combinação de Naropin e fentanila proporcionou melhor alívio da dor, mas causou efeitos colaterais10 de opioides.
A administração peridural4 de ropivacaína em concentrações de 10 mg/mL não foi documentada para uso em cesárea.
Quando bloqueios nervosos periféricos prolongados são aplicados, seja por infusão contínua ou através de injeções repetidas, os riscos de atingir a concentração plasmática tóxica ou induzir a lesão31 neural local, devem ser considerados. Em estudos clínicos, o bloqueio do nervo femoral32 foi estabelecido com 300 mg de Naropin 7,5 mg/mL e o bloqueio interescalênico com 225 mg de Naropin 7,5 mg/mL, respectivamente, antes da cirurgia. Então, a analgesia foi mantida com Naropin 2 mg/mL. Taxas de infusão ou injeções intermitentes7 de 10–20 mg/h durante 48 horas proporcionaram analgesia adequada e foram bem toleradas.
Pacientes pediátricos
Recomendações de dose de Naropin em pacientes pediátricos com 0 a 12 anos de idade (incluindo crianças com 12 anos de idade):
Concentração |
Volume |
Dose |
|
Tratamento da dor aguda (peri e pós-operatória) | |||
Administração peridural4 caudal Bloqueio abaixo de T12, em crianças com peso corpóreo até 25 kg |
2,0 (0,2%) | 1 | 2 |
A dose na tabela serve como guia para uso em pediatria, pois ocorrem variações individuais. Em crianças com peso corpóreo alto, em geral, é necessária redução gradual da dose com base no peso corpóreo ideal. O volume para um único bloqueio peridural4 caudal e o volume para administração peridural4 em bolus6 não deve exceder 25 mL em nenhum paciente. Literatura padrão deve ser consultada para fatores que afetam técnicas específicas de bloqueio e para as necessidades individuais do paciente.
Recomenda-se aspiração cuidadosa antes e durante a injeção1 para prevenir a administração intravascular29. As funções vitais do paciente devem ser observadas de perto durante a administração. Se ocorrerem sintomas25 de toxicidade11, a injeção1 deve ser imediatamente interrompida.
Uma injeção1 peridural4 caudal única de ropivacaína 2 mg/mL produz analgesia pós-operatória adequada abaixo de T12 na maioria dos pacientes quando é usada uma dose de 2 mg/kg em volume de 1 mL/kg. Em crianças acima de 4 anos de idade, doses de até 3 mg/kg têm sido usadas com segurança. O volume da injeção1 peridural4 caudal pode ser ajustado para obter uma distribuição diferente do bloqueio sensório, conforme recomendado na literatura padrão.
O fracionamento da dose calculada do anestésico local é recomendado, qualquer que seja a via de administração.
Concentrações maiores que 5 mg/dL33 em crianças não foram documentadas.
O uso de ropivacaína em bebês34 prematuros não foi documentado.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Este medicamento somente poderá ser utilizado/administrado, interrompido e ter sua posologia alterada pelo médico responsável.
Naropin deve ser utilizado apenas em locais que ofereçam condições adequadas para monitorização e ressuscitação de emergência35, sob a supervisão de médicos experientes em anestesia3 regional.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião- dentista.
QUAIS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
O perfil de reações adversas de Naropin é similar a de outros anestésicos locais de longa duração do tipo amida.
As reações adversas causadas pela ropivacaína são difíceis de distinguir dos efeitos fisiológicos do bloqueio nervoso, como por exemplo, hipotensão36 (pressão baixa), bradicardia37 (diminuição dos batimentos cardíacos), eventos causados diretamente (ex.: trauma nervoso) ou indiretamente, como abscesso38 (lesão31 purulenta39) peridural4, pela introdução da agulha.
Tabela de reações adversas (dados agrupados de todos os tipos de bloqueio)
Frequência |
Sistemas |
Reações adversas |
Muito comum (ocorre em 10% ou mais dos pacientes que utilizam este medicamento) |
Alterações vasculares40 |
Hiptensãoc (pressão baixa) |
Alterações gastrointestinais |
Náusea41 |
|
Comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento) |
Alterações do sistema nervoso42 |
Parestesia43 (sensação de dormência44); Vertigem45, Cefaleia46a (dor de cabeça47) |
Alterações cardíacas |
Bradicardia37a (diminuição dos batimentos cardíacos) Taquicardia48 (aumento dos batimentos cardíacos) |
|
Alterações vasculares40 |
Hipertensão49 (pressão alta) |
|
Alterações gastrointestinais |
Vômito50a,d |
|
Alterações renal51 e urinária |
Retenção urinária52a |
|
Alterações gerais e do local de aplicação |
Hipertermia; Rigor; Lombalgia53 (dor nas costas54) |
|
Incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento) |
Alterações psiquiátricas |
Ansiedade |
Alterações do sistema nervoso42 |
Sintomas25 de toxicidade11 do SNC20; Convulsões; Convulsões do tipo grande mal; Crises epiléticas; sensação de tontura55 e/ou desmaio; Parestesia43 perioral (sensação de dormência44 ao redor da boca56); Dormência44 da língua57; Hiperacusia (acuidade auditiva anormalmente alta); Zumbidos; Alterações visuais; Disartria58 (dificuldade na pronúncia das palavras); Contratura muscular; Tremorb; Hipoestesia59a (diminuição da sensibilidade tátil) |
|
Alterações vasculares40 |
Síncope60a (desmaio) |
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Alterações respiratória, torácica e do mediastino61 |
Dispneia62a (dificuldade respiratória) |
|
Alterações gerais e do local de aplicação |
Hipotermia63a |
|
Raras (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
|
Alterações cardíacas |
Parada cardíaca; |
Alterações gerais e do local de aplicação |
Reações alérgicas; Reações anafiláticas65 (reação alérgica66 intensa); Edema angioneurótico67 (inchaço68 da pele69, mucosas70, vísceras e cérebro71) Urticária72 (coceira) |
a Estas reações são mais frequentes após anestesia3 espinhal.
b Estes sintomas25 ocorrem, em geral, por injeção1 intravascular29 acidental, superdose ou absorção rápida (ver item “9. O que fazer se alguém usar uma quantidade maior que a indicada deste medicamento?”).
c A hipotensão36 é menos frequente em crianças (> 1%).
d O vômito50 é mais frequente em crianças (>10%).
Reações adversas relacionadas à classe terapêutica73
Este item inclui complicações relacionadas com a técnica anestésica independente do anestésico local utilizado.
Complicações neurológicas
Neuropatia74 (doença no sistema nervoso42) e disfunção medular, como asíndrome da artéria75 espinhal anterior (condição na qual o fluxo sanguíneo na artéria vertebral76 é prejudicado), aracnoidites (inflamação77 das membranas que recobrem a medula espinhal78), síndrome da cauda equina79 (condição neurológica grave) têm sido associadas à anestesia3 peridural4.
Bloqueio espinhal total
O bloqueio espinhal total pode ocorrer se uma dose peridural4 é inadvertidamente administrada intratecalmente ou se uma grande dose é administrada.
Toxicidade11 Sistêmica Aguda
As reações sistêmicas tóxicas envolvem, primariamente, o SNC20 e o Sistema Cardiovascular80. Tais reações são causadas pela alta concentração sanguínea do anestésico local, que pode ocorrer devido à injeção1 intravascular29 (acidental), superdose ou por absorção excepcionalmente rápida de áreas altamente vascularizadas. As reações do SNC20 são similares para todos os anestésicos locais do tipo amida, enquanto que as reações cardíacas são mais dependentes do fármaco81, tanto quantitativamente quanto qualitativamente.
A toxicidade11 do SNC20 é uma resposta gradual com sinais30 e sintomas25 de gravidade crescente. Em geral, os primeiros sintomas25 são:sensação de tontura55 e/ou desmaio, parestesia43 perioral (sensação de dormência44 ao redor da boca56), dormência44 da língua57, hiperacusia (acuidade auditiva anormalmente alta), zumbidos e alterações visuais. Disartria58 (dificuldade na pronúncia das palavras), contraturas musculares ou tremores são mais graves e precedem o início de convulsões generalizadas. Estes sinais30 não devem ser confundidos com comportamento neurótico. Em sequência, podem ocorrer inconsciência82 e convulsões do tipo grande mal, podendo durar de poucos segundos até muitos minutos. Hipóxia83 (deficiência de oxigênio) e hipercarbia (quantidade excessiva de dióxido de carbono no sangue84) ocorrem rapidamente durante as convulsões devido ao aumento da atividade muscular, em conjunto com a interferência com a respiração e possível perda da função respiratória. Em casos graves, pode ocorrer apneia85 (distúrbio causado pela interrupção da respiração). Acidose86 (aumento da concentração sanguínea de íons87 hidrogênio), hipercalemia88 (concentração superior ao normal de íons87 de potássio no sangue84), hipocalcemia89 (concentração inferior ao normal de íons87 de cálcio no sangue84) e hipóxia83 (deficiência de oxigênio) aumentam e prolongam os efeitos tóxicos dos anestésicos locais.
A recuperação é devida à redistribuição do anestésico local no SNC20 e subsequente metabolismo16 e eliminação. A recuperação pode ser rápida a menos que tenha sido administrada uma grande quantidade de anestésico.
A toxicidade11 do sistema cardiovascular80 pode ser vista em casos graves e, em geral, é precedida por sinais30 de toxicidade11 no SNC20. Em pacientes sob sedação90 pesada ou recebendo anestesia3 geral, podem estar ausentes os sintomas25 prodrômicos91 (anteriores à doença) do SNC20. Podem ocorrer hipotensão36 (pressão baixa), bradicardia37 (diminuição dos batimentos cardíacos), arritmia64 (alterações no ritmo dos batimentos cardíacos) e até mesmo parada cardíaca como resultado de altas concentrações sistêmicas de anestésicos locais, mas casos raros de parada cardíaca ocorreram sem efeitos prodrômicos91 (anteriores à doença) do SNC20.
Em crianças, os sinais30 iniciais de toxicidade11 do anestésico local podem ser de difícil detecção quando elas são submetidas à anestesia3 geral ou ainda porque elas podem não ser capazes de expressar verbalmente os sinais30.
Tratamento da Toxicidade11 Sistêmica Aguda
Se sinais30 de toxicidade11 sistêmica aguda aparecerem, a administração do anestésico local deve ser interrompida imediatamente e sintomas25 do SNC20 (convulsão92, depressão do SNC20) devem ser tratados imediatamente com suporte ventilatório adequado e a administração de fármacos anticonvulsivantes.
Em caso de parada circulatória, instituir ressuscitação cardiopulmonar imediatamente. Adequada oxigenação, ventilação93 e suporte cardiovascular, bem como o tratamento da acidose86 (aumento da concentração sanguínea de íons87 hidrogênio) são de importância vital.
Se ocorrer depressão cardiovascular (pressão baixa, diminuição dos batimentos cardíacos), deve-se considerar um tratamento adequado com fluidos intravenosos, vasopressor e/ou agentes inotrópicos (aumentam a força de contração do coração94). Crianças devem receber doses proporcionais à idade e ao peso.
Se ocorrer parada cardíaca, podem ser necessários esforços de ressuscitação prolongados para melhorar a possibilidade de um resultado satisfatório.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
As injeções intravasculares95 acidentais de anestésicos locais podem causar reações toxicas sistêmicas imediatas (dentro de segundos a poucos minutos). Na ocorrência de superdose, a toxicidade11 sistêmica aparece mais tarde (15–60 minutos após a injeção1) por causa do aumento mais lento do anestésico local na concentração sanquínea.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
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