

Renitec (Bula do profissional de saúde)
MERCK SHARP & DOHME FARMACEUTICA LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Renitec
maleato de enalapril
Comprimidos 5 mg, 10 mg ou 20 mg
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido simples
Embalagem com 30 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de Renitec 5 mg contém:
maleato de enalapril (equivalentes a 3,82 mg de enalapril como base livre) | 5 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: bicarbonato de sódio, lactose1 monoidratada, amido, estearato de magnésio e amido pré-gelatinizado.
Cada comprimido de Renitec 10 mg contém:
maleato de enalapril (equivalentes a 7,64 mg de enalapril como base livre) | 10 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: bicarbonato de sódio, lactose1 monoidratada, amido, estearato de magnésio, amido pré-gelatinizado e óxido de ferro vermelho.
Cada comprimido de Renitec 20 mg contém:
maleato de enalapril (equivalentes a 15,29 mg de enalapril como base livre) | 20 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: bicarbonato de sódio, lactose1 monoidratada, amido, estearato de magnésio, amido pré-gelatinizado, óxido de ferro amarelo e óxido de ferro vermelho.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2
INDICAÇÕES
Renitec é indicado para o tratamento de todos os graus de hipertensão3 essencial, tratamento da hipertensão3 renovascular e todos os graus de insuficiência cardíaca4.
Em pacientes com insuficiência cardíaca4 sintomática5, Renitec também é indicado para aumentar a sobrevida6, retardar a progressão da insuficiência cardíaca4 e reduzir as hospitalizações por insuficiência cardíaca4.
Prevenção de insuficiência cardíaca4 sintomática5: em pacientes com disfunção ventricular esquerda assintomáticos, Renitec é indicado para retardar o desenvolvimento de insuficiência cardíaca4 sintomática5 e reduzir as hospitalizações por insuficiência cardíaca4.
Prevenção de eventos coronarianos isquêmicos: em pacientes com disfunção ventricular esquerda, Renitec é indicado para reduzir a incidência7 de infarto do miocárdio8 e as hospitalizações por angina9 instável.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Um estudo multicêntrico, duplo-cego e controlado com placebo10 sobre disfunção ventricular esquerda (Studies of Left Ventricular Dysfunction, SOLVD) avaliou os efeitos de Renitec em 6.797 pacientes; destes, 2.569 pacientes com todos os graus de insuficiência cardíaca4 sintomática5 (principalmente leve a moderada, classes II e III da New York Heart Association – NYHA) foram distribuídos de modo randômico para o braço de tratamento e 4.228 pacientes com disfunção assintomática do ventrículo esquerdo, para o braço de prevenção. Os resultados combinados demonstraram redução do risco global dos principais eventos isquêmicos. Renitec reduziu a incidência7 de infarto do miocárdio8 e o número de hospitalizações decorrentes de angina9 instável em pacientes com disfunção ventricular esquerda.
Além disso, no braço de prevenção, Renitec preveniu de forma significativa o desenvolvimento da insuficiência cardíaca4 sintomática5 e reduziu o número de hospitalizações por insuficiência cardíaca4. No braço de tratamento, Renitec, como adjuvante ao tratamento convencional, reduziu significativamente a taxa global de mortalidade11 e hospitalização por insuficiência cardíaca4 e melhorou a classificação funcional de acordo com os critérios da NYHA.
Em um estudo semelhante que envolveu 253 pacientes com insuficiência cardíaca4 grave (classe IV da NYHA), demonstrou-se que Renitec melhorou os sintomas12 e reduziu a mortalidade11 significativamente.
As propriedades cardioprotetoras de Renitec foram demonstradas nesses estudos pelos efeitos benéficos na sobrevida6 e no retardamento da progressão da insuficiência cardíaca4 em pacientes com insuficiência cardíaca4 sintomática5, no retardamento do desenvolvimento de insuficiência cardíaca4 sintomática5 em pacientes assintomáticos com disfunção ventricular esquerda e na prevenção de eventos isquêmicos coronarianos em pacientes com disfunção ventricular esquerda, especificamente na redução da incidência7 de infarto do miocárdio8 e de hospitalização por angina9 instável.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Renitec é o sal maleato de enalapril, um derivado de dois aminoácidos (L-alanina e L-prolina). Após administração por via oral, o enalapril é rapidamente absorvido e, a seguir, hidrolisado a enalaprilato, um inibidor da enzima13 conversora de angiotensina (ECA) não sulfidrílico, de longa ação e altamente específico.
Renitec é indicado para o tratamento de todos os graus de hipertensão3 essencial e para tratamento da hipertensão3 renovascular. Pode ser usado isoladamente, como terapia inicial, ou simultaneamente com outros anti-hipertensivos (particularmente diuréticos14).
Renitec também é indicado para o tratamento e a prevenção de insuficiência cardíaca4.
Mecanismo de ação: a enzima13 conversora da angiotensina (ECA) é uma peptidil-dipeptidase que catalisa a conversão da angiotensina I à substância pressora angiotensina II. Depois da absorção, o enalapril é hidrolisado a enalaprilato, o qual inibe a enzima13 conversora da angiotensina. A inibição da ECA resulta na diminuição da angiotensina II plasmática, o que aumenta a atividade da renina plasmática (em razão da remoção do feedback negativo da liberação de renina) e diminui a secreção de aldosterona.
A enzima13 conversora da angiotensina é idêntica à cininase II, portanto o enalapril pode também bloquear a degradação de bradicinina15, um potente vasopressor peptídico. Entretanto, ainda não foi esclarecido como isso gera o efeito terapêutico. Apesar de se acreditar que o mecanismo pelo qual o enalapril diminui a pressão arterial16 seja essencialmente pela supressão do sistema renina-angiotensina-aldosterona, o qual desempenha importante papel na regulação da pressão arterial16, o enalapril é anti-hipertensivo mesmo em pacientes hipertensos com renina baixa.
Farmacocinética: o maleato de enalapril oral é rapidamente absorvido e as concentrações máximas plasmáticas de enalapril ocorrem em uma hora. Com base na recuperação na urina17, a taxa de absorção do maleato de enalapril oral é de aproximadamente 60%.
Após a absorção, o enalapril oral é rápida e extensivamente hidrolisado a enalaprilato, um potente inibidor da enzima13 conversora de angiotensina. As concentrações máximas plasmáticas do enalaprilato ocorrem 3 a 4 horas depois de uma dose oral de maleato de enalapril. A excreção do enalapril é principalmente renal18. Os principais componentes na urina17 são: enalaprilato, que contribui com 40% da dose, e enalapril intacto. Exceto pela conversão a enalaprilato, não há evidência de metabolismo19 significante do enalapril. O perfil de concentração sérica do enalaprilato exibe uma fase terminal prolongada, aparentemente associado à ligação com a ECA. Em indivíduos com função renal18 normal, as concentrações séricas em estado de equilíbrio do enalaprilato foram atingidas por volta do quarto dia da administração do maleato de enalapril. A meia-vida efetiva para acúmulo do enalaprilato após múltiplas doses de maleato de enalapril oral é de 11 horas. A absorção do maleato de enalapril oral não é influenciada pela presença de alimentos no trato gastrintestinal. A extensão da absorção e a hidrólise do enalapril são semelhantes para as diversas doses na faixa terapêutica20 recomendada.
Farmacodinâmica: a administração do maleato de enalapril a pacientes hipertensos resulta na redução da pressão arterial16 tanto na posição supina como de pé sem aumento significativo da frequência cardíaca.
Hipotensão21 sintomática5 postural não é frequente. Em alguns pacientes, a redução ideal da pressão arterial16 pode requerer várias semanas de tratamento. A retirada abrupta de maleato de enalapril não foi associada ao rápido aumento da pressão arterial16.
A inibição efetiva da atividade da ECA usualmente ocorre 2 a 4 horas depois da administração oral de uma única dose de enalapril. O início da atividade anti-hipertensiva geralmente foi observado em uma hora e as reduções máximas, 4 a 6 horas após a administração. A duração do efeito é relacionada à dose. Entretanto, nas doses recomendadas, demonstrou-se que os efeitos anti-hipertensivo e hemodinâmico mantêm-se durante 24 horas, no mínimo.
O tratamento anti-hipertensivo com enalapril induz regressão significativa da hipertrofia22 ventricular esquerda, preservando o desempenho sistólico do ventrículo esquerdo.
Em estudos hemodinâmicos que envolveram pacientes com hipertensão3 essencial, a redução da pressão arterial16 foi acompanhada de redução da resistência arterial periférica e aumento do débito cardíaco23, bem como pequena ou nenhuma alteração da frequência cardíaca. Após a administração do maleato de enalapril, o fluxo sanguíneo renal18 aumentou e a taxa de filtração glomerular não se alterou. Entretanto, em pacientes cujas taxas de filtração glomerular eram baixas antes do tratamento, geralmente ocorreu aumento.
A administração crônica de Renitec para pacientes24 com hipertensão3 essencial e insuficiência renal25 pode estar associada à melhora da função renal18, evidenciada pelo aumento da taxa de filtração glomerular.
Em estudos clínicos de curta duração que envolveram pacientes nefropatas com e sem diabetes26, foram observadas reduções da albuminúria27, da excreção de IgG e das proteínas28 totais na urina17 após a administração de enalapril.
Quando administrado com diuréticos14 tiazídicos, os efeitos redutores da pressão arterial16 de Renitec são, no mínimo, aditivos. Renitec pode reduzir ou evitar o desenvolvimento da hipocalemia29 induzida pelos tiazídicos.
O tratamento com Renitec geralmente não está associado a reações adversas no ácido úrico plasmático.
O tratamento com Renitec foi associado a efeitos favoráveis nas frações lipoproteicas no plasma30 e favorável ou sem efeito nos níveis totais de colesterol31.
Em pacientes com insuficiência cardíaca4 sob tratamento com digitálicos e diuréticos14, o tratamento com Renitec foi associado à redução da resistência periférica32 e da pressão arterial16. O débito cardíaco23 aumentou, enquanto a frequência cardíaca (geralmente elevada em pacientes com insuficiência cardíaca4) diminuiu. A pressão capilar33 pulmonar também foi reduzida. A tolerância ao exercício e a gravidade da insuficiência cardíaca4, de acordo com os critérios da New York Heart Association, melhoraram. Esses efeitos mantiveram-se durante o tratamento crônico34.
Em pacientes com insuficiência cardíaca4 leve a moderada, o enalapril retardou a dilatação/aumento e insuficiência35 progressivos, como evidenciado pelos volumes finais diastólico e sistólico do ventrículo esquerdo e pela melhora da fração de ejeção.
Os dados clínicos demonstraram que o enalapril reduziu a frequência de arritmia36 ventricular em pacientes com insuficiência cardíaca4, embora os mecanismos subjacentes e a relevância clínica não sejam conhecidos.
CONTRAINDICAÇÕES
Renitec é contraindicado para pacientes24 com hipersensibilidade a qualquer um de seus componentes, pacientes com histórico de edema angioneurótico37 relacionado a utilização de inibidores da enzima13 conversora de angiotensina e pacientes com angioedema38 hereditário ou idiopático39.
Renitec não deve ser administrado com alisquireno em pacientes com diabetes26 (veja o item 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Renitec é contraindicado em combinação com um inibidor de neprilisina (por exemplo, sacubitril). Não administre Renitec dentro de 36 horas antes ou depois de utilizar sacubitril/valsartana, um produto contendo um inibidor de neprilisina (Veja os itens 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES e 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Hipotensão21 sintomática5: raramente foi observada hipotensão21 sintomática5 em pacientes com hipertensão3 não complicada; em pacientes hipertensos tratados com Renitec, existe maior probabilidade de ocorrer hipotensão21 quando houver depleção40 de volume consequente, por exemplo, à terapia diurética, restrição de sal na dieta, diálise41, diarreia42 ou vômitos43 (veja o item 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS e 9. REAÇÕES ADVERSAS). Observou-se hipotensão21 sintomática5 em pacientes com insuficiência cardíaca4, com ou sem insuficiência renal25 associada; essa ocorrência é mais comum em pacientes com graus mais avançados de insuficiência cardíaca4, conforme indicado pelo uso de altas doses de diuréticos14 de alça, hiponatremia44 ou comprometimento da função renal18. Nesses pacientes, a terapia deve ser iniciada sob supervisão médica e quaisquer ajustes da dose de Renitec e/ou do diurético45 devem ser cuidadosamente monitorizados. Considerações semelhantes podem aplicar-se a pacientes com doença isquêmica cardíaca ou vascular46 cerebral, nos quais a queda excessiva da pressão arterial16 poderia resultar em infarto do miocárdio8 ou acidente vascular cerebral47.
Se ocorrer hipotensão21, o paciente deve ser colocado em posição supina e, se necessário, receber infusão intravenosa de solução salina. Uma resposta hipotensora transitória não representa contraindicação para novas doses, as quais podem ser administradas, geralmente sem dificuldade, depois que a pressão arterial16 responder à expansão de volume.
Em alguns pacientes com insuficiência cardíaca4, cuja pressão arterial16 é normal ou baixa, podem ocorrer reduções adicionais da pressão arterial16 sistêmica com o uso de Renitec; esse efeito é esperado e geralmente não constitui razão para a interrupção do tratamento. Se a hipotensão21 tornar-se sintomática5, podem ser necessárias redução da dose e/ou descontinuação do diurético45 e/ou de Renitec.
Estenose48 aórtica/cardiomiopatia hipertrófica: a exemplo de todos os vasodilatadores, deve-se ter cuidado ao administrar inibidores da ECA a pacientes com obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo.
Comprometimento da função renal18: em alguns pacientes, a hipotensão21 decorrente do início da terapia com inibidores da ECA pode ocasionar certo grau adicional de deterioração da função renal18; foi relatada, nessa situação, insuficiência renal25 aguda, em geral, reversível.
Pacientes com insuficiência renal25 podem requerer doses mais baixas e/ou menos frequentes de Renitec (veja o item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR). Em alguns pacientes com estenose48 da artéria renal49 bilateral ou estenose48 da artéria renal49 de rim50 único, foram observados aumentos dos níveis séricos de ureia51 e creatinina52, geralmente reversíveis com a interrupção da terapia. Isso é particularmente provável em pacientes com insuficiência renal25.
Alguns pacientes sem patologia53 renal18 preexistente evidente apresentaram aumentos geralmente discretos e transitórios de ureia51 e creatinina52 sanguíneas quando receberam Renitec concomitantemente com um diurético45; pode ser necessária a redução da posologia e/ou a interrupção do diurético45 e/ou de Renitec.
Hipersensibilidade/edema angioneurótico37: edema angioneurótico37 de face54, lábios, língua55, glote56 e/ou laringe57 e extremidades, que pode ocorrer em qualquer momento do tratamento, foi relatado raramente em pacientes tratados com inibidores da ECA, inclusive com Renitec. Nessas situações, Renitec deve ser imediatamente descontinuado e o paciente deve ser observado até a resolução completa dos sintomas12 antes de receber alta. Mesmo nos casos em que haja somente inchaço58 da língua55, sem comprometimento respiratório, os pacientes podem necessitar de observação prolongada, uma vez que o tratamento com anti-histamínicos e corticosteroides pode não ser suficiente.
Muito raramente, foram relatadas mortes em razão de angioedema38 associado com edema59 de laringe57 ou língua55. Os pacientes com envolvimento de língua55, glote56 ou laringe57 estão suscetíveis a apresentar obstrução das vias aéreas, especialmente aqueles com histórico de cirurgia das vias aéreas. Quando houver envolvimento de língua55, glote56 ou laringe57 e possibilidade de obstrução das vias aéreas, o tratamento adequado, que pode incluir a administração de solução de epinefrina 1:1.000 (0,3 a 0,5 mL) por via subcutânea60 e/ou medidas que assegurem a desobstrução das vias aéreas, deve ser instituído imediatamente.
Foi relatada incidência7 mais alta de angioedema38 em pacientes negros que recebiam inibidores da ECA do que em pacientes de outras raças.
Pacientes com histórico de angioedema38 não relacionado ao tratamento com inibidores da ECA correm maior risco de apresentar angioedema38 durante o tratamento com esses agentes (veja o item 4. CONTRAINDICAÇÕES).
Pacientes que recebem coadministração de um inibidor da ECA e um inibidor de mTOR (proteína-alvo da rapamicina em mamíferos) (por exemplo, tensirolimo, sirolimo, everolimo) podem apresentar maior risco de angioedema38.
Pacientes que recebem terapia concomitante com um inibidor da ECA e um inibidor da neprilisina podem apresentar maior risco de angioedema38 (Veja os itens 4. CONTRAINDICAÇÕES e 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Pacientes que recebem terapia concomitante com um inibidor da ECA e vildagliptina podem apresentar risco aumentado de angioedema38 (Veja os itens 4. CONTRAINDICAÇÕES e 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Reações anafilactoides durante dessensibilização61 com himenóptero: pacientes que recebiam inibidores da ECA raramente apresentaram reações anafilactoides com risco de morte durante dessensibilização61 com veneno de himenóptero. Essas reações foram evitadas com a suspensão temporária do inibidor da ECA antes de cada dessensibilização61.
Pacientes sob hemodiálise62: foi relatada a ocorrência de reações anafilactoides em pacientes submetidos à diálise41 com membranas de alto fluxo (por exemplo, AN 69) que recebiam concomitantemente um inibidor da ECA. Nesses pacientes, deve-se considerar a utilização de um outro tipo de membrana de diálise41 ou de uma classe diferente de agente anti-hipertensivo.
Tosse: foi relatada tosse com o uso dos inibidores da ECA. Caracteristicamente, a tosse é não produtiva, persistente e desaparece com a descontinuação do tratamento. A tosse induzida por inibidores da ECA deve ser incluída no diagnóstico63 diferencial de tosse.
Cirurgia/anestesia64: em pacientes submetidos a cirurgias importantes ou sob anestesia64 com agentes hipotensores, o enalapril bloqueia a formação de angiotensina II consequente à liberação compensatória de renina. Se ocorrer hipotensão21 atribuível a esse mecanismo, a pressão arterial16 poderá ser normalizada pela expansão de volume.
Hipercalemia65 (veja também o item 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS, Potássio sérico): os fatores de risco para desenvolvimento da hipercalemia65 incluem insuficiência renal25, diabetes26 mellitus e uso concomitante de diuréticos14 poupadores de potássio (por exemplo, espironolactona, eplerenona, triantereno ou amilorida), suplement
s de potássio, substitutos do sal que contenham potássio, ou outros medicamentos que possam aumentar o potássio sérico (por exemplo, produtos que contenham trimetoprima).
O uso de suplementos de potássio, diuréticos14 poupadores de potássio ou substitutos do sal que contenham potássio, particularmente em pacientes com função renal18 comprometida, pode levar a aumento significativo dos níveis séricos de potássio. A hipercalemia65 pode causar arritmias66 sérias, algumas vezes fatais.
Se o uso concomitante de Renitec com qualquer um dos agentes mencionados acima for considerado apropriado, deverá ser feito com cautela e com monitoramento frequente dos níveis séricos de potássio. Hipoglicemia67: pacientes diabéticos tratados com agentes antidiabéticos orais68 ou insulina69 que estiverem iniciando tratamento com um inibidor da ECA devem ser orientados a monitorar rigorosamente a hipoglicemia67, particularmente durante o primeiro mês de uso combinado (veja o item 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Gravidez70 e Lactação71
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez70.
O uso de Renitec durante a gravidez70 não é recomendado. O tratamento com Renitec deve ser suspenso o mais rápido possível depois da confirmação de gravidez70, a menos que seja considerado vital para a mãe.
Em um estudo epidemiológico retrospectivo72 publicado, os recém-nascidos cujas mães receberam um inibidor da ECA durante o primeiro trimestre de gravidez70 pareceram ter risco aumentado de importantes malformações73 congênitas74 em comparação com recém-nascidos de mães não expostas a inibidores da ECA no primeiro trimestre. O número de casos de defeitos congênitos75 é pequeno e os achados desse estudo ainda não foram repetidos.
Os inibidores da ECA podem causar morbidade76 e mortalidade11 fetal e neonatal quando administrados a mulheres no segundo e terceiro trimestres da gravidez70. A utilização de inibidores da ECA durante esse período foi associada a danos para o feto77 e para o recém-nascido, incluindo hipotensão21, insuficiência renal25, hipercalemia65 e/ou hipoplasia78 de crânio79 no recém-nascido. Ocorreu oligoidrâmnio materno, presumivelmente representando redução da função renal18 fetal, podendo resultar em contraturas de membros, deformidades craniofaciais e desenvolvimento de pulmão80 hipoplásico. Se Renitec for utilizado nesses casos, as pacientes devem ser devidamente informadas sobre o risco potencial que o medicamento acarreta para o feto77. Essas reações adversas para o embrião e para o feto77 não parecem ter ocorrido quando a exposição intrauterina ao inibidor da ECA restringiu-se ao primeiro trimestre.
Nos raros casos em que a utilização de inibidores da ECA durante a gravidez70 for considerada essencial, deve-se solicitar ultrassonografias seriadas para avaliação do meio intra-amniótico. Se for detectado oligoidrâmnio, o tratamento com Renitec deve ser suspenso, a menos que seja considerado vital para a mãe. Pacientes e médicos devem, contudo, estar cientes de que o oligoidrâmnio pode não ser detectado antes de o feto77 ter sofrido danos irreversíveis.
Os recém-nascidos de mães que tomaram Renitec devem ser observados cuidadosamente, a fim de verificar a ocorrência de hipotensão21, oligúria81 e hipercalemia65. O enalapril, que atravessa a placenta, foi removido da circulação82 neonatal por diálise peritoneal83 com algum benefício clínico e, teoricamente, pode ser removido por exsanguineotransfusão84.
O enalapril e o enalaprilato são secretados no leite humano, em quantidades vestigiais. Deve-se ter cuidado ao prescrever Renitec a mulheres que estejam amamentando.
Categoria de risco D – Há evidências de risco em fetos humanos. Só usar se o benefício justificar o risco potencial. Em situação de risco de vida ou em caso de doenças graves para as quais não se possa utilizar drogas mais seguras, ou se estas drogas não forem eficazes.
Populações especiais
Uso pediátrico: a segurança e a eficácia de Renitec foram estabelecidas em pacientes hipertensos de 1 mês a 16 anos de idade. O uso de Renitec comprimidos nesse grupo etário é apoiado por evidências de estudos adequados e bem controlados de Renitec em pacientes pediátricos e adultos, bem como por estudos publicados que envolviam pacientes pediátricos.
Em um estudo de farmacocinética de dose múltipla realizado em 40 pacientes pediátricos hipertensos (excluindo neonatos85), Renitec foi geralmente bem tolerado. A farmacocinética após administração oral do enalapril foi semelhante nesses pacientes e comparável aos valores históricos em adultos.
Em um estudo clínico que envolveu 110 pacientes hipertensos com idade entre 6 e 16 anos, os pacientes com peso < 50 kg receberam diariamente 0,625 mg, 2,5 mg ou 20 mg de enalapril e os pacientes com peso ≥ 50 kg receberam 1,25 mg, 5 mg ou 40 mg, também diariamente. A administração do enalapril uma vez ao dia diminuiu a pressão sanguínea no vale de modo dependente da dose e a eficácia anti-hipertensiva foi consistente em todos os subgrupos (idade, estágio de Tanner, sexo e raça). Entretanto, a eficácia anti-hipertensiva parece não ter sido consistente com as doses mais baixas estudadas: 0,625 mg e 1,25 mg, correspondentes a uma média de 0,02mg /kg uma vez ao dia. A dose máxima estudada foi de 0,58 mg/kg (até 40 mg) uma vez ao dia. Nesse estudo, Renitec foi geralmente bem tolerado.
O perfil de reações adversas em pacientes pediátricos não é diferente do observado em pacientes adultos. Renitec não é recomendado a neonatos85 e pacientes pediátricos com taxa de filtração glomerular < 30 mL/min/1,73 m2, já que não existem dados disponíveis para essa população de pacientes.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
Ao dirigir veículos ou operar máquinas, deve-se considerar que eventualmente podem ocorrer tontura86 ou cansaço.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Terapia anti-hipertensiva: a administração de Renitec com outro anti-hipertensivo pode causar efeito aditivo.
Potássio sérico: (veja também o item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Hipercalemia65) em estudos clínicos, o potássio sérico geralmente permaneceu nos limites da normalidade. Em pacientes hipertensos que receberam apenas Renitec durante até 48 semanas, foram observados aumentos médios do potássio sérico de aproximadamente 0,2 mEq/L. Nos pacientes que receberam Renitec associado a um diurético45 tiazídico, o efeito espoliador de potássio do diurético45 foi, em geral, atenuado pelo efeito do enalapril.
Se Renitec for administrado com um diurético45 espoliador de potássio, a hipocalemia29 induzida pelo diurético45 pode ser atenuada.
Os fatores de risco para o desenvolvimento de hipercalemia65 incluem insuficiência renal25, diabetes26 mellitus e uso concomitante de diuréticos14 poupadores de potássio (por exemplo, espironolactona, eplerenona, triantereno ou amilorida), suplementos de potássio, substitutos do sal que contenham potássio, ou outros medicamentos que possam aumentar o potássio sérico (por exemplo, produtos que contenham trimetoprima).
O uso de suplementos de potássio, diuréticos14 poupadores de potássio, substitutos do sal que contenham potássio, ou outros medicamentos que possam aumentar o potássio sérico particularmente em pacientes com comprometimento da função renal18, pode resultar em aumentos significativos do potássio sérico. Caso essa conduta seja considerada apropriada, Renitec e esses agentes deverão ser usados com cuidado e o potássio sérico, monitorizado com frequência.
Antidiabéticos: estudos epidemiológicos sugeriram que a administração concomitante de inibidores da ECA com medicamentos antidiabéticos (insulinas, agentes hipoglicemiantes orais87) pode causar aumento do efeito redutor da glicemia88 com risco de hipoglicemia67. Esse fenômeno pareceu ser mais provável durante as primeiras semanas de tratamento combinado e em pacientes com insuficiência renal25. Em pacientes diabéticos tratados com agentes antidiabéticos orais68 ou insulina69, o controle glicêmico deve ser monitorado com atenção quanto à hipoglicemia67, particularmente durante o primeiro mês de tratamento com um inibidor da ECA.
Lítio sérico: a exemplo de outros medicamentos que eliminam sódio, pode ocorrer redução da depuração do lítio, portanto os níveis séricos de lítio devem ser monitorados cuidadosamente se houver necessidade de administrar sais de lítio.
Agentes anti-inflamatórios não esteroides, incluindo inibidores seletivos da ciclooxigenase-2: agentes anti- inflamatórios não esteroides, incluindo os inibidores seletivos da ciclooxigenase-2 (inibidores da COX-2), podem reduzir o efeito de diuréticos14 e de outros agentes anti-hipertensivos. Portanto, os efeitos anti-hipertensivos dos antagonistas dos receptores da angiotensina II ou dos inibidores da ECA podem ser atenuados pelos anti-inflamatórios não esteroides, incluindo os inibidores seletivos da COX-2.
Em alguns pacientes com disfunção renal18 (por exemplo, pacientes idosos ou hipovolêmicos, incluindo aqueles em tratamento com diuréticos14) sob tratamento com anti-inflamatórios não esteroides, incluindo inibidores seletivos da ciclooxigenase-2, a coadministração de antagonistas dos receptores da angiotensina II ou de inibidores da ECA pode agravar a deterioração da função renal18, incluindo possível falência renal18 aguda. Esses efeitos em geral são reversíveis. Portanto, a combinação deve ser administrada com cautela em pacientes com a função renal18 comprometida.
Bloqueio duplo do sistema renina-angiotensina-aldosterona: em pacientes com doença aterosclerótica estabelecida, insuficiência cardíaca4 ou diabetes26 com dano final em órgãos-alvo, o bloqueio duplo do sistema renina-angiotensina-aldosterona com antagonista89 de receptor da angiotensina, inibidor da ECA ou diretamente com inibidores da renina (como o alisquireno) está associado com um maior risco de hipotensão21, síncope90, hipercalemia65 e alterações na função renal18 (incluindo insuficiência renal25 aguda) comparado a monoterapia. Deve- se monitorar atentamente a pressão sanguínea, a função renal18 e os eletrólitos91 em pacientes tratados com Renitec e outros agentes que afetem o sistema renina-angiotensina-aldosterona. Não coadministrar alisquireno com Renitec em pacientes com diabetes26. Evitar o uso de alisquireno com Renitec em pacientes com comprometimento renal18 (TFG < 60mL/min).
Ouro: reações nitritoides (os sintomas12 incluem rubor facial, náuseas92, vômitos43 e hipotensão21) foram relatadas raramente em pacientes recebendo terapia com ouro injetável (aurotiomalato de sódio) e terapia concomitante com inibidores da ECA, incluindo enalapril.
Álcool: o álcool aumenta o efeito hipotensor dos inibidores da ECA.
Inibidores da proteína-alvo da rapamicina em mamíferos (mTOR): os pacientes em terapia concomitante com inibidores da mTOR (por exemplo, tensirolimo, sirolimo, everolimo) podem apresentar maior risco de angioedema38 (veja o item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Inibidores de neprilisina: os pacientes que utilizam concomitantemente um inibidor da neprilisina (por exemplo, sacubitril) podem apresentar maior risco de angioedema38 (Veja os itens 4. CONTRAINDICAÇÕES e 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Vildagliptina: os pacientes que utilizam concomitantemente vildagliptina podem apresentar maior risco de angioedema38 (Veja os itens 4. CONTRAINDICAÇÕES e 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade. Prazo de validade: 24 meses após a data de fabricação impressa na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
- Renitec 5 mg: comprimido branco, em formato de barril, em um lado gravado 712/712 e sulcado e o outro lado liso.
- Renitec 10 mg: comprimido vermelho, em formato de barril, em um lado gravado 713 e o outro lado liso.
- Renitec 20 mg: comprimido pêssego, em formato de barril, em um lado gravado 714 e o outro lado sulcado. Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Uma vez que a absorção dos comprimidos de Renitec não é afetada pela ingestão de alimentos, os comprimidos podem ser administrados antes, durante ou após as refeições.
A dose de 2,5 mg é citada apenas para informação. Embora os comprimidos de 2,5 mg de enalapril estejam disponíveis no mercado, Renitec não é mais comercializado na concentração de 2,5 mg.
Hipertensão3 essencial: a dose inicial é de 10 mg a 20 mg uma vez ao dia, dependendo do grau de hipertensão3. A dose inicial recomendada para a hipertensão3 leve é de 10 mg ao dia. Para outros graus de hipertensão3, a dose inicial é de 20 mg ao dia. A dose usual de manutenção é de um comprimido de 20 mg ao dia. A posologia deve ser ajustada de acordo com a necessidade do paciente até o máximo de 40 mg ao dia.
Hipertensão3 renovascular: uma vez que a pressão arterial16 e a função renal18 nesses pacientes podem ser particularmente sensíveis à inibição da ECA, o tratamento deve ser iniciado com uma dose menor (por exemplo, 5 mg ou menos). A posologia, então, deve ser ajustada de acordo com a necessidade do paciente; espera-se que a maioria dos pacientes responda a um comprimido de 20 mg ao dia. Para os pacientes hipertensos que receberam diuréticos14 recentemente, recomenda-se cautela (veja a seguir).
Terapia diurética concomitante na hipertensão3: pode ocorrer hipotensão21 sintomática5 após a dose inicial de Renitec, principalmente em pacientes tratados concomitantemente com diuréticos14, portanto recomenda-se cuidado nesses casos, pois esses pacientes podem apresentar depleção40 de volume ou de sal. A terapia diurética deve ser descontinuada por 2 a 3 dias antes do início da terapia com Renitec. Se isso não for possível, a dose inicial de Renitec deve ser baixa (5 mg ou menos) para determinar o efeito inicial na pressão arterial16. A posologia, então, deve ser ajustada de acordo com as necessidades do paciente.
Posologia na insuficiência renal25: geralmente, o intervalo entre as doses de enalapril deve ser prolongado e/ou a posologia diminuída.
Disfunção renal18 |
Depuração plasmática de creatinina52 (mL/min) |
Dose inicial (mg/dia) |
Leve |
Menor que 80 e maior que 30 mL/min |
5 mg – 10 mg |
Moderada |
Menor ou igual a 30 e maior que 10 mL/min |
2,5 mg – 5 mg |
Grave (normalmente esses pacientes estão sob diálise41†) |
Menor ou igual a 10 mL/min |
2,5 mg nos dias de diálise41†† |
† Veja o item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Pacientes sob hemodiálise62.
†† O enalaprilato é dialisável. Nos dias em que o paciente não for submetido à diálise41, a posologia deverá ser ajustada à resposta da pressão arterial16.
Insuficiência cardíaca4/disfunção ventricular esquerda assintomática: a dose inicial para pacientes24 com insuficiência cardíaca4 sintomática5 ou disfunção ventricular esquerda assintomática é de 2,5 mg e deve ser administrada sob rígida supervisão médica para se determinar o efeito inicial na pressão arterial16. Renitec pode ser utilizado para o controle da insuficiência cardíaca4 sintomática5, geralmente com diuréticos14 e, quando apropriado, com digitálicos. Na ausência de hipotensão21 sintomática5, após o início da terapia de insuficiência cardíaca4 com Renitec ou após o controle efetivo da hipotensão21, a dose deve ser aumentada gradualmente até a dose de manutenção usual de 20 mg, administrada em dose única diária ou dividida em duas doses, conforme tolerado pelo paciente. Essa titulação da dose pode ser realizada em um período de 2 a 4 semanas ou menos, quando a presença de sinais93 ou sintomas12 residuais de insuficiência cardíaca4 indicar. Em pacientes com insuficiência cardíaca4 sintomática5, esse esquema posológico foi eficaz para reduzir a mortalidade11.
A pressão arterial16 e a função renal18 devem ser rigorosamente monitorizadas antes e depois de iniciado o tratamento com Renitec (veja o item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES), pois foram relatadas hipotensão21 e, mais raramente, consequente insuficiência renal25. Em pacientes que utilizam diuréticos14, a dose deverá ser reduzida, se possível, antes do início do tratamento com Renitec. O aparecimento de hipotensão21 após a dose inicial de Renitec não implica que ela voltará a ocorrer durante a terapia crônica e não impede o uso continuado de Renitec. O potássio sérico também deverá ser monitorizado (veja o item 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
REAÇÕES ADVERSAS
Em geral, Renitec é bem tolerado. Em estudos clínicos, a incidência7 global de reações adversas não foi maior com Renitec do que com placebo10. Na maioria dos casos, as reações adversas foram leves e transitórias e não requereram a interrupção do tratamento.
As seguintes reações adversas foram associadas ao uso de Renitec: tontura86 e cefaleia94 foram as reações mais comumente relatadas; fadiga95 e astenia96 foram relatadas por 2% a 3% dos pacientes. Outras reações adversas ocorreram em menos de 2% dos pacientes e incluíram hipotensão21, hipotensão21 ortostática, síncope90, náuseas92, diarreia42, cãibras musculares, erupções cutâneas97 e tosse; menos frequentemente, houve relatos de disfunção renal18, insuficiência renal25 e oligúria81.
Hipersensibilidade/edema angioneurótico37: edema angioneurótico37 de face54, lábios, língua55, glote56 e/ou laringe57 e extremidades foi relatado raramente (veja o item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). Em casos muito raros, foi relatado angioedema38 intestinal com inibidores da enzima13 conversora de angiotensina, inclusive com o enalapril.
Reações adversas que ocorreram muito raramente em estudos clínicos controlados ou após a comercialização incluem:
Cardiovasculares: infarto do miocárdio8 ou acidente vascular cerebral47 (possivelmente decorrentes de hipotensão21 excessiva em pacientes de alto risco (veja o item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES), dor torácica, distúrbios do ritmo cardíaco, palpitações98, angina9 pectoris e fenômeno de Raynaud99.
Endócrino100: síndrome101 da secreção inapropriada do hormônio102 antidiurético (SIADH).
Gastrintestinais: íleo paralítico103, pancreatite104, insuficiência hepática105, hepatite106 (hepatocelular ou colestática), icterícia107, vômitos43, constipação108, estomatite109, dor abdominal, dispepsia110, anorexia111.
Sistemas nervoso/psiquiátrico: depressão, confusão mental, sonolência, insônia, nervosismo, parestesia112, vertigem113, anormalidades no padrão de sonhos.
Metabolismo19: foram relatados casos de hipoglicemia67 em pacientes diabéticos recebendo agentes antidiabéticos orais68 ou insulina69 (veja o item 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Respiratórios: infiltrados pulmonares, broncoespasmo114/asma115, dispneia116, rinorreia117, dor de garganta118 e rouquidão. Pele119: diaforese120, eritema121 polimorfo, dermatite122 esfoliativa, síndrome de Stevens-Johnson123, necrólise epidérmica tóxica124, pênfigo, prurido125, urticária126, alopecia127.
Outros: impotência128, rubor (vermelhidão repentina da pele119, principalmente no rosto, pescoço129 e parte superior do tórax130), alteração do paladar131, visão132 embaçada, glossite133 e zumbido.
Foi relatado um complexo sintomático134 que pode incluir alguns, ou todos, dos seguintes sintomas12: febre135, serosite136, vasculite137, mialgia138/miosite, artralgia139/artrite140, fator antinúcleo positivo, VHS141 elevada, eosinofilia142 e leucocitose143. Podem ocorrer erupções cutâneas97, fotossensibilidade ou outras manifestações dermatológicas.
Achados de testes laboratoriais: alterações clinicamente importantes dos parâmetros laboratoriais padrão raramente foram associadas com a administração de Renitec. Foram observados aumentos de ureia51 sanguínea e creatinina52 sérica e elevações das enzimas hepáticas144 e/ou da bilirrubina145 sérica, geralmente reversíveis com a descontinuação de Renitec. Ocorreram hipercalemia65 e hiponatremia44.
Foram relatadas reduções de hemoglobina146 e hematócrito147.
Após a comercialização, foram relatados alguns casos de neutropenia148, trombocitopenia149, depressão de medula óssea150 e agranulocitose151 nos quais não se pôde excluir relação causal com o uso de Renitec.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
SUPERDOSE
Há poucos dados disponíveis sobre a superdose em seres humanos. As principais características de superdose relatadas até o momento consistem em hipotensão21 acentuada que começa cerca de 6 horas após a ingestão dos comprimidos, simultaneamente com bloqueio do sistema renina-angiotensina, e estupor. Após ingestão de 300 mg e 440 mg de enalapril, foram relatados níveis séricos de enalaprilato 100 e 200 vezes mais altos, respectivamente, do que os observados usualmente depois de doses terapêuticas.
O tratamento recomendado para a superdose é a infusão intravenosa de solução salina normal. Se disponível, a infusão de angiotensina II pode ser benéfica. Se a ingestão for recente, deve-se induzir o vômito152. O enalaprilato pode ser removido da circulação82 sistêmica por hemodiálise62 (veja o item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Pacientes sob hemodiálise62).
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
MS 1.0029.0031
Farm. Resp.: Marcos C. Borgheti - CRF-SP nº 15.615
Registrado por:
Organon Farmacêutica Ltda.
Rua 13 de Maio, 815 – Sousas, Campinas/SP
CNPJ: 45.987.013/0001-34
Indústria Brasileira
Fabricado por:
Organon Farmacêutica Ltda.
Rua 13 de Maio, 1.161 – Sousas, Campinas/SP
SAC 0800 00 00 149
