

UNISTIN
MEIZLER
UNISTIN
Cisplatina
Solução Injetável
Forma Farmacêutica e Apresentações de Unistin
Unistin apresenta-se sob a forma de solução injetável, límpida, incolor ou de coloração amarelo-pálida, para administração intravenosa, intra-arterial e intraperitoneal, acondicionado em frasco(s)-ampola(s) de 20mL, contendo 10mg de Cisplatina (0,5mg/mL). Caixas contendo 1, 5, 10, 50 ou 100 frasco(s)-ampola(s).USO ADULTO E PEDIÁTRICO
- COMPOSIÇÃO:
Cada mL da solução contém:Cisplatina....................0,5mg
Cloreto de Sódio....................4,5mg
D-Manitol....................0,5mg
Ácido Clorídrico1....................q.s.
Hidróxido de Sódio....................q.s.
Água para Injeções....................q.s.
- INFORMAÇÕES AO PACIENTE:
O medicamento deve ser conservado em sua embalagem original, sob temperatura entre 15 ºC e 25 ºC, ao abrigo da luz, calor e umidade excessiva. Não refrigerar.
O prazo de validade de Unistin é de 36 meses, a contar da sua data de fabricação, nas condições acima citadas (vide rótulo e cartucho).
" NÃO USE O MEDICAMENTO SE O PRAZO DE VALIDADE ESTIVER VENCIDO"
Informe seu médico a ocorrência de gravidez2 na vigência do tratamento ou após seu término. Informe seu médico se está amamentando.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis.
" TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS"
Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento.
" NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DE SEU MÉDICO, PODE SER PERIGOSO PARA A SUA SAÚDE3"
Unistin é para uso exclusivamente injetável, via intravenosa, podendo ser também administrado por via intra-arterial e por via intraperitoneal.
- INFORMAÇÕES TÉCNICAS:
Modo de Ação:
O exato mecanismo de ação de Cisplatina não está exatamente determinado, mas a droga tem propriedades bioquímicas similares às dos agentes alquilantes. Cisplatina parece ser ciclo-fásico não-específico. Neutralidade de carga e a configuração cis são necessárias para complexo de Cisplatina exercer atividade antineoplásica.
Com a alta concentração de cloreto no plasma4, o complexo de Cisplatina parece ser não-ionizado, permitindo a passagem do medicamento através da membrana celular5. Intracelularmente, na presença de baixa concentração de cloreto, as ligações de cloreto do complexo são deslocadas pela água, resultando na formação de complexos de platina positivamente carregados (que são tóxicos) e, provavelmente, agem como a forma ativa do medicamento.
Cisplatina liga-se ao DNA, inibindo sua síntese. Sínteses de proteínas6 e de RNA também são inibidas, mas em menor extensão.
Cisplatina produz " crosslinks" intra e extracadeias de DNA, possivelmente por ligações em áreas de seqüências de base específica; " crosslinks" DNA-proteína também são formados.
A importância referente aos " crosslinks" permanece sem definição precisa, contudo parece estar correlacionada com a citotoxicidade do medicamento.
Apesar de o principal mecanismo de ação de Cisplatina parecer ser a sua inibição da síntese de DNA, outros mecanismos, incluindo o desenvolvimento de imunogenicidade de tumores, podem estar envolvidos na sua atividade antineoplásica.
Cisplatina também possui propriedades imunossupressivas, radiossensíveis e antimicrobianas.
- Farmacocinética:
A farmacocinética de Cisplatina é complexa e tem sido estudada, principalmente, usando ensaios do elemento Platina ou preparações de medicamentos contendo platina radioativa; apenas alguns estudos usaram métodos analíticos capazes de medir a Cisplatina intacta.
Após administração rápida de Cisplatina, tanto por injeção7 (1 a 5 minutos) ou por infusão (15 minutos a 1 hora), o pico de concentração do medicamento no plasma4 e de concentrações de platina ocorrem imediatamente.
Quando Cisplatina é administrada por infusão intravenosa, por 6 a 24 horas, as concentrações plasmáticas totais de platina aumentam gradualmente durante a infusão, atingindo pico imediatamente após o fim da infusão.
Após administração intravenosa, Cisplatina é largamente distribuída nos tecidos e fluidos corpóreos, com as mais altas concentrações encontradas nos rins8, fígado9 e próstata10. Baixas concentrações são encontradas nos músculos11, pâncreas12, intestinos13, coração14, pulmões15, etc.
Sobre biotransformação não-enzimática rápida, resultando em produtos inativos. Seus metabólitos16 ligam-se significativamente (mais de 90) às proteínas6, durante a fase beta, de maneira irreversível.
A meia-vida de eliminação é bifásica: a fase alfa, de 25 a 49 minutos; a fase beta, de 58 a 73 horas, nos pacientes normais, e até 240 horas, nos anúricos.
Só uma pequena fração de Cisplatina penetra o líquor17. Porém, a inibição do DNA persiste por vários dias após a sua administração.
Pode-se detectar platina nos tecidos por quatro meses ou mais, após administração intravenosa.
Cisplatina e seus metabólitos16 (platina) são excretados, principalmente, pela urina18, via filtração glomerular. Desta excreção, 30 ocorrem durante as primeiras 24 horas; só 25 a 45 são excretados após 5 dias. Cisplatina pode ser removida por diálise19, mas apenas dentro de 3 horas após a administração.
Acredita-se que também ocorra eliminação de uma fração muito pequena pelas fezes.
- INDICAÇÕES:
Unistin é indicado como uma terapia paliativa a ser empregado em tratamento de tumores testiculares, tumores ovarianos metastáticos, carcinoma20 avançado de bexiga21 e uma ampla variedade de outras neoplasias22.
A droga é usada freqüentemente como um componente de combinação de regimes terapêuticos, em conjunto a quimioterápicos, previamente aprovados, após procedimentos cirúrgicos e/ou radioterápicos, devido a sua relativa ausência de toxicidade23 hematológica.
- CONTRA-INDICAÇÕES:
Unistin é contra-indicado a pacientes com deficiência renal24, deficiência hepática25, função deprimida da medula óssea26 ou perturbação auditiva, e a pacientes com histórico de hipersensibilidade à Cisplatina ou a outros compostos de platina.
- PRECAUÇÕES GERAIS:
Unistin deve ser administrado por profissional especializado no uso de agentes quimioterápicos.
Durante a administração, devem estar disponíveis recursos ressuscitatórios de emergência27. A monitoração do paciente deve ser constante.
Pacientes devem ser adequadamente hidratados antes e por 24 horas depois da administração de Unistin, para assegurar bom fluxo urinário e minimizar possível nefrotoxicidade28.
Pacientes devem ser monitorados constantemente em relação aos distúrbios de eletrólitos29 e de fluidos.
Testes audiométricos, de contagem sangüínea, funções hepáticas30 e neurológicas devem ser realizados antes e durante toda a duração do tratamento com Unistin, visto que existe um alto índice de toxicidade23, que pode ser cumulativa, por parte deste medicamento (ototoxicidade31, neurotoxicidade, toxicidade23 renal24, etc.).
Podem ocorrer reações adversas severas que, em algumas vezes, podem ser suficientemente graves para exigir a interrupção da terapia com Unistin.
Unistin deve ser adicionado a um líquido de infusão intravenosa antes da administração. Os mais adequados são: Solução de Cloreto de Sódio a 0,9 ou Solução de Cloreto de Sódio 0,9 e Glicose32 5.
Agulhas ou conjuntos intravenosos, contendo partes de alumínio, que podem entrar em contato com Unistin, não devem ser usados para o preparo ou a administração. O alumínio reage com Unistin, causando a formação de precipitados negros e perda de potência.
Unistin não deve ser refrigerado, pois ocorre formação de precipitado. Soluções turvas ou com depósitos não devem ser utilizadas.
Unistin deve ser protegido da luz.
O aparecimento de hemorragia33 deve ser considerado como infecção34.
Os níveis de creatinina35 sérica, BUN, clearence de creatinina35, magnésio, sódio, potássio e cálcio devem ser medidos antes de cada curso de tratamento.
Uso na Gravidez2 e Lactação36 de Unistin
A influência de Unistin na reprodução37 humana e seu uso seguro durante a gravidez2 e lactação36 ainda não foram determinados.Portanto, como precaução segura, Unistin não deve ser usado durante a gravidez2 e lactação36.
Uso em Crianças de Unistin
Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia de Unistin em crianças. A droga tem sido usada com resultados encorajadores no tratamento de sarcoma38 osteogênico, neuroblastoma e tumores cerebrais recorrentes em crianças, mas é necessária uma avaliação adicional. Algumas reações adversas (por exemplo, ototoxicidade31) parecem ser mais graves em crianças.A administração de Unistin em crianças deve ser feita de maneira cuidadosa, com monitoração constante.Interações Medicamentosas de Unistin
O uso simultâneo de Unistin com outros agentes antitumorais e com exposição à radiação pode aumentar a depressão da função da medula óssea26.A administração concomitante de Unistin com antibióticos aminoglicosídeos pode resultar em um aumento da ototoxicidade31 ou da nefrotoxicidade28.
Pode ocorrer aumento da concentração de ácido úrico sangüíneo se Unistin for administrado concomitantemente com alopurinol, colchicina ou probenecida.
O tratamento concomitante com Unistin e fenitoína pode ocasionar redução dos níveis séricos de fenitoína, devido à redução de absorção e/ou aumento no metabolismo39. A dose de fenitoína deve ser ajustada.
Anti-histamínicos, buclizina, fenotiazínicos ou tioxantênicos podem mascarar os sintomas40 de ototoxicidade31.
A diminuição da função renal24 induzida por Unistin pode aumentar a toxicidade23 da bleomicina e do metotrexato.
Unistin pode interagir com vacinas de vírus41 vivos porque, estando suprimidos os mecanismos de defesa normal, pode haver potencialização da replicação do vírus41 da vacina42 e diminuição na formação de anticorpos43.
O uso concomitante de Unistin com drogas com potencial nefrotóxico deve ser feito com cautela.
A administração concomitante de Unistin com diuréticos44 da alça (por exemplo, furosemida) deve ser cuidadosamente monitorada em relação aos sinais45 de ototoxicidade31.
Estudos em animais e triagens clínicas em seres humanos indicam que a atividade antineoplásica de Unistin e etopósido podem ser sinérgicas contra alguns tumores, como carcinoma20 testicular, carcinoma20 pulmonar de células46 pequenas ou não.
Reações Adversas de Unistin
*Gastrintestinais: quase todos os pacientes tratados com Unistin experimentam náuseas47 e vômitos48, ocasionalmente, tão severos que necessitam da interrupção da administração da droga. Náuseas47 e vômitos48 geralmente começam em 1 a 4 horas, às vezes em 24 horas, após a administração, podendo persistir, em graus variados, por até 1 semana após o tratamento. Náuseas47 e vômitos48 tardios, começando ou persistindo 24 horas após a quimioterapia49, ocorreram em pacientes realizando controle emético completo no dia da terapia com cisplatina. Também podem ocorrer diarréia50 e anorexia51 e, ocasionalmente, estomatite52 e constipação53.*Nefrotoxicidade28: a nefrotoxicidade28 está relacionada à dose e pode ser grave, podendo ocorrer em pacientes que recebem Unistin. A toxicidade23 renal24 é manifestada por um aumento do clearance de creatinina35 no soro54 e no índice de filtração glomerular55. A toxicidade23 renal24 torna-se mais prolongada e grave com cursos repetidos da droga. A função renal24 deve retornar ao normal antes de outra dose de Unistin ser administrada.
*Hematológicas: pode ocorrer mielossupressão em pacientes tratados com Unistin. O nadir dos leucócitos56 e plaquetas57 circulantes ocorre geralmente entre 18 a 23 dias depois da administração de Unistin, com a recuperação ocorrendo em 39 dias. Leucopenia58 e trombocitopenia59 são mais pronunciadas em doses mais elevadas (maiores que 50mg/m2). Anemia60 ocorre, aproximadamente, na mesma freqüência e em padrão semelhante à leucopenia58 e à trombocitopenia59. Em adição à anemia60 secundária com mielossupressão, anemia hemolítica61 Coombs positiva foi relatada. O desenvolvimento de leucemia62 aguda com o uso de Unistin foi raramente relatado.
*Ototoxicidade31: a ototoxicidade31, manifestada como zumbido no ouvido63, com ou sem perda auditiva clínica (surdez ocasional), pode ocorrer em pacientes que estão recebendo Unistin e pode ser mais grave em crianças do que em adultos. A ototoxicidade31 pode aumentar com irradiação craniana prévia ou concomitante. Não se sabe se a ototoxicidade31 é reversível. Também ocorre, raramente, otalgia64 unilateral persistente e temporária. Toxicidade23 vestibular65 também foi relatada. Ototoxicidade31 pode ser mais severa em pacientes previamente tratados com outras drogas com potencial ototóxico. Antes do início da terapia e antes das doses subseqüentes de Unistin, deve ser realizada monitoração cuidadosa através de audiometria66.
*Hipersensilidade: podem ocorrer reações anafiláticas67 e erupções cutâneas68.
*Neurotoxicidade: alguns pacientes apresentaram neurotoxicidade, caracterizada, em geral, por neuropatias periféricas. Também foram relatadas perda do paladar69 e convulsões. Neuropatias resultantes do tratamento com Unistin podem ocorrer após terapia prolongada. No entanto, houve relatos de ocorrência de sintomas40 neurológicos após dose única.
Foram relatadas neuropatias severas, como parestesia70, arreflexia, perda de sensação vibratória, em pacientes que estavam em regimes de doses mais altas que as recomendadas. As neuropatias podem ser irreversíveis. Perda da função motora também foi relatada.
A terapia com Unistin deve ser interrompida assim que os sintomas40 forem observados. Evidências preliminares sugerem que a neuropatia periférica71 pode ser irreversível em alguns pacientes.
*Hepáticas30: elevações leves e transitórias das concentrações de TGO (SGOT), TGP (SGPT) e bilirrubina72 no soro54 podem ocorrer em pacientes que estão em tratamento com Unistin.
*Cardiovasculares: podem ocorrer, ocasionalmente, insuficiência cardíaca congestiva73, taquicardia74, fibrilação atrial e cardiopatia pulmonar.
*Eletrolíticas: Unistin pode causar sérias perturbações eletrolíticas: sódio, potássio, cromo, cálcio, fósforo, magnésio.
*Outros: demais efeitos adversos associados com Unistin incluem calvície75 leve ou afinamento do cabelo76, soluços, mialgia77, pirexia78 e linha de platina na gengiva. Há relatos da ocorrência freqüente de anormalidades cardíacas (inclusive distúrbios de condução e doença cardíaca congestiva), SIADH e hipercalcemia.
Em estudos in vitro, Unistin tem se mostrado mutagênico em bactérias.
Unistin tem se mostrado carcinogênico em camundongos e ratos.
Tem sido relatado que a administração concomitante de Unistin com outros agentes antitumorais pode provocar infarto79 cardíaco e infarto79 cerebral.
- POSOLOGIA:
Unistin é administrado por infusão intravenosa. Unistin também pode ser administrado via intra-arterial e intraperitoneal.
Neoplasmas80 testiculares, câncer81 de bexiga21 e câncer81 de próstata10:
A dosagem habitual de Unistin é de 15 a 20mg/m2, via intravenosa, uma vez por dia, durante 5 dias consecutivos, a cada 3 semanas, ou uma dose de 25 a 35mg/m2, administrada uma vez por semana, segundo a condição do paciente.
Neoplasmas80 ovarianos:
A dosagem habitual de Unistin é de 50 a 70mg/m2, a cada 4 semanas, ou administrada seguindo-se um método de acordo com a condição da paciente.
Câncer81 de cabeça82 e pescoço83:
A dosagem habitual de Unistin é de 10 a 20mg/m2, uma vez por dia, durante 5 dias consecutivos a cada 3 semanas, ou uma dose de 50 a 70mg/m2, a cada 4 semanas, segundo a condição do paciente.
Carcinoma20 de pulmão84:
A dosagem habitual de Unistin é de 70 a 90mg/m2, a cada 4 semanas, ou 20mg/m2, uma vez por dia, durante 5 dias consecutivos, segundo a condição do paciente.
Carcinoma20 de pulmão84 de células46 não-pequenas:
Quando Unistin é usado isoladamente, doses de 75 a 120mg/m2, via intravenosa, em intervalos de 6 a 8 semanas, costumam ser administradas. Doses de 50mg/m2, via intravenosa, no primeiro e oitavo dias, em intervalos de 4 semanas, também têm sido usadas. Quando em quimioterapia49 combinada, as doses podem ser de 40 a 120mg/m2, via intravenosa, a cada 3 a 6 semanas, dependendo do regime adotado.
Câncer81 de esôfago85:
A dosagem habitual de Unistin é de 50 a 70mg/m2, a cada 4 semanas, ou 15 a 20mg/m2, uma vez por dia, durante 5 dias consecutivos, a cada 3 semanas, segundo a condição do paciente.
Câncer81 uterino e de colo uterino86:
A dosagem habitual de Unistin é de 15 a 20mg/m2, uma vez por dia, durante 5 dias consecutivos, a cada 3 semanas, ou uma dose de 70 a 90mg/m2, a cada 4 semanas, segundo a condição da paciente.
Câncer81 gástrico:
A dosagem habitual de Unistin é de 70 a 90mg/m2, a cada 4 semanas.
Carcinoma20 cervical:
Para o tratamento de carcinoma20 cervical avançado recorrente, a dose ideal de Unistin ainda necessita ser claramente estabelecida. Doses de 50 ou 100mg/m2, via intravenosa, a cada 3 semanas, têm sido usadas; a dose de 50 mg/m2 aparentemente tem o mesmo efeito de doses mais altas, porém com menor toxicidade23.
Dose intra-arterial:
Doses de 75 a 150mg/m2, via intra-arterial, cada 2 a 5 semanas, têm sido usadas para tratamento de doenças malignas confinadas a uma região do organismo, incluindo câncer81 de bexiga21, melanoma87 maligno e sarcoma38 osteogênico.
Dose intraperitoneal:
Para o tratamento de tumores intraperitoneais (por exemplo, carcinoma20 ovariano avançado, mesotelioma) que estão confinados à cavidade peritoneal88 e/ou associados à ascite89 maligna, são recomendadas doses de 60 ou 90mg/m2, via intraperitoneal. Quando administrado associado a tiossulfato de sódio intravenoso (por exemplo, dose inicial de 7,5g/m2 seguida por 2,13g/m2 por hora, durante 12 horas), as doses de Unistin podem ser de até 270mg/m2. Doses de Unistin via intraperitoneal, com ou sem tiossulfato de sódio, devem ser repetidas a cada 3 semanas.
Para o tratamento de carcinoma20 ovariano refratário pequeno, via intraperitoneal, doses iniciais de 120mg, com acréscimos de 30mg, até a ocorrência de toxicidade23, uma vez por semana, durante 12 semanas.
Dose em crianças:
Doses pediátricas de Unistin ainda não estão completamente estabelecidas. Para o tratamento de sarcoma38 osteogênico ou neuroblastoma, Unistin tem sido administrado em doses de 90mg/m2, via intravenosa, uma vez a cada 3 semanas, ou 30mg/m2, via intravenosa, uma vez por semana. Para o tratamento de tumores cerebrais recorrentes, 60mg/m2, via intravenosa, uma vez por dia durante 2 dias consecutivos, em intervalos de 3 a 4 semanas.
Dose em insuficiência renal90:
Apesar de não estar bem elucidado se a eliminação de Unistin seria prejudicada em caso de insuficiência renal90, alguns clínicos recomendam a administração de 75 da dose usual em pacientes com clearence de creatinina35 entre 10 e 50mL/minuto, e para os pacientes com clearence de creatinina35 menor que 10mL/minuto, 50 da dose usual. Contudo, há clínicos que acreditam que a redução das doses pode não ser necessária.
- ADMINISTRAÇÃO:
Agulhas ou conjuntos intravenosos, contendo partes de alumínio, que podem entrar em contato com Unistin, não devem ser usados para o preparo ou a administração. O alumínio reage causando formação de precipitados negros e perda de potência.
Devem-se usar luvas protetoras nas mãos91 durante a manipulação do medicamento. Caso a solução de Unistin entre em contato com a pele92 e mucosas93, lavar exaustivamente a área afetada com água e sabão.
Os cuidados de assepsia94 devem ser observados, durante a manipulação do fármaco95 e do equipamento específico a ser utilizado, até o término da infusão.
Unistin deve ser adicionado a um líquido de infusão intravenosa antes da administração. Os mais adequados são: Solução de Cloreto de Sódio a 0,9 ou Solução de Cloreto de Sódio 0,9 e Glicose32 5.
A estabilidade de Unistin em algumas soluções intravenosas está descrita na tabela abaixo:
Solução Intravenosa Concentração de Cisplatina (mg/mL) Estabilidade
5 de Dextrose96 e 0,45 ou 0,9 de Cloreto de Sódio 0,05; 0,5 24 horas a 25 ºC
5 de Dextrose96 e 0,33 de Cloreto de Sódio com 1,875 de Manitol (com ou sem 0,15 de Cloreto de Potássio) 0,05; 0,1; 0,2 72 horas a 25 ºC
5 de Dextrose96 e 0,45 de Cloreto de Sódio com 1,875 de Manitol 0,05; 0,1; 0,2 72 horas a 25 ºC
0,2 de Cloreto de Sódio 0,2 24 horas a 25 ºC
0,225 de Cloreto de Sódio 0,05; 0,1; 0,2 72 horas a 25 ºC
0,3 de Cloreto de Sódio 0,05; 0,1; 0,2 72 horas a 25 ºC
0,45 de Cloreto de Sódio 0,05; 0,2; 0,5 24 horas a 25 ºC
0,9 de Cloreto de Sódio 0,05; 0,2; 0,5 24 horas a 25 ºC
Soluções de Cisplatina não devem ser diluídas em solução de bicarbonato ou outras soluções alcalinas, porque acelera a decomposição da Cisplatina, podendo inclusive ocorrer formação de precipitado.
Unistin deve ser administrado preferencialmente for infusão intravenosa lenta. Há relatos que em administração por injeção7 intravenosa rápida (1 a 5 minutos), a nefrotoxicidade28 e a ototoxicidade31 foram maiores quando comparadas com a administração por infusão intravenosa lenta da droga.
Unistin não deve ser administrado com outros agentes antitumorais na mesma seringa97.
Unistin deve ser protegido da luz.
Uso preferencialmente intravenoso, podendo também ser administrado por via intra-arterial e intraperitoneal.
Todo conteúdo remanescente nos frascos-ampolas deve ser descartado.
Administração por infusão:
Para administração por infusão intravenosa, é recomendado que a dose necessária de Unistin seja diluída em 2 litros de Dextrose96 a 5 e 0,33 ou 0,45 de Cloreto de Sódio Injetável contendo 18,75g de manitol por litro (ex.: 37,5g por 2 litros), e feita a infusão intravenosa por 6 a 8 horas.
Porém, há outros regimes de diluição e taxas de administração que podem ser considerados.
Administração intra-arterial:
Utilizar cateter comum e administrar a infusão controlada com equipo apropriado.
A dose necessária de Unistin deve ser diluída em Solução de Cloreto de Sódio a 0,9 Injetável, contendo pequenas quantidades de heparina sódica, e feita a infusão intra-arterial por 2 a 4 horas.
Administração peritoneal (por instilação):
Utilizar cateter comum ou cateter de diálise peritoneal98 seguido de drenagem99, parcial ou completa, da cavidade peritoneal88.
A dose necessária de Unistin deve ser diluída em solução morna de Cloreto de Sódio a 0,9 e administrada por fluxo gravitacional por 10 minutos. Após 4 horas, fazer drenagem99 da cavidade peritoneal88 o mais completamente possível.
Há outros regimes de diluição e taxas de administração que podem ser considerados.
- SUPERDOSAGEM:
Uma superdosagem pode ser esperada como causa dos efeitos tóxicos descritos, mas não em grau exagerado. Hidratação adequada e diurese100 osmótica101 podem ajudar a reduzir a toxicidade23 de Unistin, se administrada rapidamente após a superdosagem.
Convulsões podem ser tratadas com anticonvulsivantes apropriados. Função renal24, cardiovascular e contagem sangüínea devem ser monitoradas diariamente, de acordo com o aparecimento de toxicidade23.
Níveis séricos de magnésio e cálcio devem ser cuidadosamente monitorados em relação à irritabilidade da musculatura voluntária. Se o paciente desenvolver tétano102 sintomático103, suplementos eletrolíticos devem ser administrados. Enzimas séricas do fígado9 e ácido úrico devem ser também monitorados diariamente após uma superdosagem.
Se desenvolver febre104 durante a mielossupressão, um antibiótico apropriado deve ser administrado após obtenção de culturas.
USO RESTRITO A HOSPITAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
UNISTIN - Laboratório
MEIZLER
Alameda Juruá, 149 - Alphaville
Barueri/SP
- CEP: 06455-010
Tel: 11-4195-6613
Fax: 11-4195-6621
Email: diretoria@meizler.com.br
Site: http://www.meizler.com.br/
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