SUPERDOSAGEM CLARITIN-D 24 HORAS
Não há relatos de superdose com CLARITIN-D 24 Horas. Caso ocorra, deve-se começar imediatamente um tratamento sintomático1 geral e coadjuvante2 que deve ser mantido durante o tempo necessário.
A sintomatologia da superdose pode variar desde depressão do sistema nervoso central3 (sedação4, apnéia5, diminuição da capacidade mental, cianose6, coma7, colapso8 cardiovascular), estímulo (insônia, alucinação9, tremores e convulsão10), e até morte. Outros sinais11 e sintomas12 podem incluir euforia, excitação, taquicardia13, palpitação14, sede, sudorese15, náuseas16, tonturas17, tinnitus18, ataxia19, visão20 turva e hiper ou hipotensão21. O risco de estímulo é mais provável em crianças, como também são os sinais11 e sintomas12 similares aos produzidos pela atropina (boca22 seca, pupilas fixas e dilatadas, rubor, hipertermia e sintomas12 gastrintestinais).
Em doses elevadas, os agentes simpaticomiméticos podem provocar: tonturas17, dor de cabeça23, náuseas16, vômitos24, sudorese15, sede, taquicardia13, dor precordial25, palpitação14, dificuldade de micção26, debilidade e tensão muscular, ansiedade, nervosismo e insônia. Muitos pacientes podem apresentar uma psicose27 tóxica com delírios e alucinações28. Alguns podem desenvolver arritmias29 cardíacas, colapso8 circulatório, convulsões, coma7 e insuficiência respiratória30.
Os valores de DL50 oral, para este produto de associação, foram de aproximadamente 600 mg/kg em camundongos e 200 mg/kg em ratos. Macacos Cinomolgus toleraram doses únicas de até 240 mg/kg.
Tratamento
Deve-se induzir o vômito31 caso não tenha ocorrido êmese32 espontânea. O vômito31 induzido farmacologicamente, por administração do xarope de ipecacuanha, é o método preferido. No entanto, não se deve induzir o vômito31 em pacientes inconscientes. A ação da ipecacuanha é facilitada pela atividade física e pela administração de 240 a 360 ml de água. Se a êmese32 não ocorrer dentro de 15 minutos, a dose do xarope deverá ser repetida. Devem ser tomadas precauções para evitar a aspiração, especialmente em crianças. Após a êmese32, qualquer resíduo do fármaco33 no estômago34 deve ser adsorvido, administrando-se carvão ativado sob a forma de suspensão em água.
Se a indução ao vômito31 não tiver êxito ou estiver contra-indicada, deve-se realizar uma lavagem gástrica35. A solução fisiológica36 salina é o método de eleição para a lavagem gástrica35, especialmente em crianças. Em adultos, pode-se usar água corrente; no entanto, antes da instilação seguinte, deve-se extrair o maior volume possível do líquido administrado previamente. Os catárticos salinos atraem água para o intestino por osmose37 e, portanto, podem ser valiosos por sua rápida ação diluente do conteúdo intestinal38. A loratadina não é removida por hemodiálise39 e não se sabe se a mesma é removida por diálise peritoneal40. Após o tratamento de urgência41, o paciente deve permanecer sob vigilância médica.
O tratamento dos sinais11 e sintomas12 de superdose é sintomático1 e coadjuvante2. Não devem ser usados agentes estimulantes (analépticos). Podem-se usar vasoconstritores para o tratamento da hipotensão21. Os barbitúricos de ação curta, diazepam ou paraldeído, podem ser administrados para controlar as convulsões. A hiperpirexia, especialmente em crianças, pode necessitar de tratamento com banhos com água morna ou com manta hipotérmica. A apnéia5 é tratada com auxílio ventilatório.