
SUPERDOSAGEM CORISTINA R
Em caso de superdose, o tratamento de emergência1 deverá ser iniciado imediatamente.
Os efeitos da superdose com anti-histamínicos podem variar de depressão do sistema nervoso central2 (sedação3, apnéia4, diminuição do estado de alerta mental, colapso5 cardiovascular), à estimulação (insônia, alucinações6, tremores ou convulsões), e até ao óbito7.
Os sinais8 de superdose incluem: zumbidos, ataxia9, visão10 turva e hipotensão11, tonturas12, cefaléia13, náuseas14, vômitos15, sudorese16, sede, taquicardia17, dor precordial18, palpitações19, dificuldade miccional, fraqueza muscular, tensão, ansiedade, agitação e insônia, psicose20 tóxica com alucinações6 e delírios. Alguns pacientes podem desenvolver arritmias21 cardíacas, colapso5 circulatório, convulsões, coma22 e falência respiratória.
A estimulação ocorre principalmente em crianças, assim como sinais8 e sintomas23 do tipo atropínico (boca24 seca, pupilas dilatadas e fixas, rubor, hipertermia e sintomas23 gastrintestinais).
Tratamento - Os pacientes deverão ser induzidos ao vômito25, mesmo que a êmese26 tenha ocorrido espontaneamente. A indução farmacológica dos vômitos15 pela administração de xarope de ipeca é o método preferido. Entretanto, os vômitos15 não deverão ser induzidos em pacientes com alteração da consciência. A ação da ipeca é facilitada pela atividade física e pela administração de 240 ml a 360 ml de água. Se a êmese26 não ocorrer dentro de 15 minutos, a dose de ipeca deverá ser repetida. Deverão ser tomadas precauções contra a aspiração, especialmente em crianças e lactentes27. Após a êmese26, a quantidade de fármaco28 remanescente no estômago29 poderá ser absorvida pela administração de pasta de carvão ativado diluída em água. Caso não ocorram os vômitos15, ou estes estejam contra-indicados, deverá ser realizada a lavagem gástrica30. Soluções salinas isotônicas ou meio isotônicas são as soluções de escolha. Catárticos salinos atraem água para o intestino por osmose31 e, portanto, podem ser úteis por sua ação de rápida diluição do conteúdo intestinal32. A diálise33 é de pouca ajuda na intoxicação por anti-histamínicos. Após o tratamento de emergência1, o paciente deverá continuar sendo monitorizado clinicamente.
O tratamento dos sinais8 e sintomas23 de superdose é sintomático34 e de apoio. Estimulantes (agentes analépticos) não deverão ser usados. Vasopressores poderão ser usados para tratar a hipotensão11. Barbitúricos de ação curta, benzodiazepínicos ou paraldeído poderão ser administrados para controlar as convulsões. Hipertermia, especialmente em crianças, poderá necessitar de tratamento com banhos de água morna ou um cobertor hipotérmico. A apnéia4 é tratada com medidas ventilatórias.
O tratamento adicional para intoxicação com salicilatos é de suporte: manter a hidratação, o equilíbrio hidro-eletrolítico e reduzir a hipertermia. A excitação grave ou as convulsões podem ser tratadas com barbitúricos. A diurese35 forçada, através da administração de soluções eletrolíticas apropriadas e da alcalinização da urina36 com bicarbonato, pode aumentar a excreção renal37 de salicilatos.
A diálise33 pode ser benéfica em casos de toxicidade38 extrema.