PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS FENAREN

Atualizado em 24/05/2016

Pacientes que sentirem tontura1 ou outros distúrbios do sistema nervoso central2 devem abster-se de dirigir veículos ou operar máquinas.
Gravidez3 e amamentação4: O Diclofenaco não é recomendado nesses casos, e só deve ser empregado durante a gravidez3 quando houver indicação formal, usando-se a menor dose eficaz (sob orientação médica). Como outros inibidores da prostaglandina5 - sintetase essa orientação é particularmente importante nos 3 últimos meses de gravidez3 (pela possibilidade de ocorrer inércia uterina e/ou fechamento precoce do canal arterial6). Após dose oral de 50 mg a cada 8 horas a substância ativa passa para o leite materno em baixas concentrações, porém sem provocar efeitos indesejáveis sobre o lactente7. Quanto à forma injetável não existem dados disponíveis sobre seu uso durante a gravidez3 e lactação8 e portanto, seu uso não é recomendado nessas situações.
Pediatria: O Diclofenaco está indicado em crianças acima de 1 ano de idade, nas doses de 0,5 a 3,0 mg/ kg  de peso  corporal por  dia, fracionada em 2 a 3 tomadas.
É  fundamental  uma observação rigorosa e exatidão de diagnóstico9 nos pacientes com sintomas10 indicativos de distúrbios gastrointestinais;  história que sugira ulceração11 gastrointestinal, com colite12 ulcerativa ou doença de Crohn13, bem como pacientes com insuficiência hepática14 grave. Devido à importância das prostaglandinas15 na manutenção do fluxo sangüíneo renal16, deve ser dada atenção especial  ao se administrar o Diclofenaco em caso de comprometimento da função cardíaca  ou renal16,  em pacientes tratados com diuréticos17 e naqueles em estado de recuperação de grandes cirurgias. A medicação deve ser descontinuada nas raras situações em que ocorrer ulceração11 péptica ou sangramento gastrointestinal. O metabissulfito de sódio também pode levar a reações isoladas de hipersensibilidade.
    
- INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
O Diclofenaco pode causar elevação das concentrações plasmáticas do lítio e da digoxina quando administrado simultaneamente com essas drogas, mas ainda não foi encontrado nenhum sinal18 clínico de superdosagem  nestes casos.
Vários agentes antiinflamatórios não-esteróides  são responsáveis pela inibição da atividade de diuréticos17.
O tratamento concomitante  com diuréticos17 poupadores de potássio  pode estar associado à elevação dos níveis séricos de potássio, o que torna necessário o controle desse íon19. A administração  concomitante de agentes antiinflamatórios não-esteróides sistêmicos20 pode aumentar a ocorrência de reações adversas.
Os estudos clínicos não evidenciaram  influência do Diclofenaco sobre o efeito dos anticoagulantes21. Como precaução, entretanto, recomenda-se  que a administração  concomitante  com anticoagulantes21 seja acompanhada de  testes laboratoriais para  verificar se a resposta ao anticoagulante22 está sendo mantida.
Como ocorre com outros antiinflamatórios não-esteróides, doses altas de Diclofenaco (200mg) podem inibir temporariamente a agregação plaquetária. Estudos clínicos mostraram que o Diclofenaco pode ser administrado juntamente com antidiabéticos orais23 sem influenciar seus efeitos clínicos. Deve ser tomado cuidado com o uso de antiinflamatórios não-esteróides com menos de 24 horas antes ou depois do tratamento com metotrexato, pois a concentração sérica deste pode se elevar com conseqüente aumento de sua toxicidade24.
Como regra o conteúdo das ampolas de Diclofenaco não deve ser misturado a outras soluções.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Tontura: O indivíduo tem a sensação de desequilíbrio, de instabilidade, de pisar no vazio, de que vai cair.
2 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
3 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
4 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
5 Prostaglandina: É qualquer uma das várias moléculas estruturalmente relacionadas, lipossolúveis, derivadas do ácido araquidônico. Ela tem função reguladora de diversas vias metabólicas.
6 Canal Arterial: Vaso sangüíneo fetal que conecta a artéria pulmonar à aorta descendente.
7 Lactente: Que ou aquele que mama, bebê. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
8 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
9 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
10 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
11 Ulceração: 1. Processo patológico de formação de uma úlcera. 2. A úlcera ou um grupo de úlceras.
12 Colite: Inflamação da porção terminal do cólon (intestino grosso). Pode ser devido a infecções intestinais (a causa mais freqüente), ou a processos inflamatórios diversos (colite ulcerativa, colite isquêmica, colite por radiação, etc.).
13 Doença de Crohn: Doença inflamatória crônica do intestino que acomete geralmente o íleo e o cólon, embora possa afetar qualquer outra parte do intestino. A doença cursa com períodos de remissão sintomática e outros de agravamento. Na maioria dos casos, a doença de Crohn é de intensidade moderada e se torna bem controlada pela medicação, tornando possível uma vida razoavelmente normal para seu portador. A causa da doença de Crohn ainda não é totalmente conhecida. Os sintomas mais comuns são: dor abdominal, diarreia, perda de peso, febre moderada, sensação de distensão abdominal, perda de apetite e de peso.
14 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
15 Prostaglandinas: É qualquer uma das várias moléculas estruturalmente relacionadas, lipossolúveis, derivadas do ácido araquidônico. Ela tem função reguladora de diversas vias metabólicas.
16 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
17 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
18 Sinal: 1. É uma alteração percebida ou medida por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida. 2. Som ou gesto que indica algo, indício. 3. Dinheiro que se dá para garantir um contrato.
19 Íon: Átomo ou grupo atômico eletricamente carregado.
20 Sistêmicos: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
21 Anticoagulantes: Substâncias ou medicamentos que evitam a coagulação, especialmente do sangue.
22 Anticoagulante: Substância ou medicamento que evita a coagulação, especialmente do sangue.
23 Antidiabéticos orais: Quaisquer medicamentos que, administrados por via oral, contribuem para manter a glicose sangüínea dentro dos limites normais. Eles podem ser um hipoglicemiante, se forem capazes de diminuir níveis de glicose previamente elevados, ou um anti-hiperglicemiante, se agirem impedindo a elevação da glicemia após uma refeição.
24 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.

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