
PRECAUÇÕES HEMOGENIN
1.Hepatotoxicidade1.
Os efeitos hepatotóxicos, incluíndo icterícia2, são comuns nas dosagens prescritas.
A icterícia2 clínica pode ser indolor, com ou sem prurido3. Ela pode também ser associada com aumento hepático agudo4 e dor no quadrante superior direito, o que pode levar à suposição enganosa de obstrução aguda (requerendo cirurgia) do ducto biliar.
A icterícia2 induzida por droga é usualmente reversível quando a medicação é descontinuada. A terapia continuada tem sido associada a coma5 hepático e morte. Devido à hepatotoxicidade1 associada à administração de oximetolona, são recomendados testes periódicos da função hepática6.
Carcinoma7 hepatocelular e "peliosis hepatis" (uma rara condição de etiologia8 mal definida, consistindo de cistos contendo sangue9, no fígado10), têm sido observados em pacientes com anemia11 aplástica congênita12 e adquirida, tratados com oximetolona e outros andrógenos13 por períodos prolongados. Em alguns casos, a retirada da droga tem sido associada à regressão das lesões14 hepáticas15.
2.Virilização.
Pode ocorrer virilização na mulher. A amenorréia16 usualmente aparece na mulher adulta, mesmo na presença de trombocitopenia17. Não é recomendada a administração concomitante de grandes doses de agentes progestacionais para controle da menorragia18.
3.Deficiência de ferro.
O desenvolvimento da anemia ferropriva19, manifestada por baixo teor de ferro sérico, e o percentual diminuído de saturação da transferrina têm sido observados em pacientes tratados com oximetolona.
É recomendável a periódica determinação do ferro sérico e da capacidade de conjugação férrica. Se for constatada deficiência de ferro, a mesma deve ser tratada adequadamente com ferro suplementar.
4.Tem sido observada leucemia20 em pacientes com anemia11 aplástica tratados com oximetolona. A responsabilidade da oximetolona, se houver, não está clara, porque a transformação maligna tem sido observada em discrasias sangüíneas21 e leucemias têm sido relatadas em pacientes com anemia11 aplástica não tratadas com oximetolona.
5.É necessário cautela ao administrar esses agentes a pacientes com moléstias cardíaca, renal22 ou hepática6. Edema23, com ou sem insuficiência cardíaca congestiva24, pode ocorrer ocasionalmente. A administração concomitante com corticosteróides ou ACTH pode contribuir para o edema23, isto é geralmente controlável, com terapias diurética e/ou digitálica apropriadas.
6.Pode desenvolver-se hipercalcemia, tanto espontaneamente como por resultado de terapia hormonal, em mulheres com carcinoma7 disseminado da mama25. Se isto ocorrer durante o tratamento com esse medicamento, ele deve ser suspenso.
7.Esteróides anabólicos podem aumentar a sensibilidade aos anticoagulantes26.
Pode tornar-se necessário diminuir a dose de anticoagulantes26 a fim de manter o tempo de protrombina27 em nível terapêutico desejável.
8.Tem-se observado que os esteróides anabolizantes alteram os testes de tolerância à glicose28. Os diabéticos devem ser cuidadosamente observados e a insulina29 ou a dosagem de hipoglicemiantes orais30 devem ser ajustados de acordo.
9.Os esteróides anabolizantes devem ser usados com cautela em pacientes com hipertrofia31 prostática benigna. Pacientes geriátricos do sexo masculino tratados com esteróides anabolizantes androgênicos32 podem ter um risco aumentado no desenvolvimento de hipertrofia31 da próstata33 e carcinoma7 prostático.
10.Alterações dos lipídios sangüíneos que, como se sabe, estão associadas ao risco de aumento de arteriosclerose34, têm sido observadas em pacientes tratados com andrógenos13 esteróides anabolizantes.
Estas alterações incluem decréscimo da lipoproteína de alta densidade e algumas vezes aumento da lipoproteína de baixa densidade. As alterações podem ser muito acentuadas e podem ter um sério impacto no risco de arteriosclerose34 e doença arterial coronariana.
11.Os esteróides anabólicos/androgênicos32 devem ser usados com muita cautela em crianças. Os agentes anabólicos podem acelerar a maturação epifiseal mais rapidamente do que o crescimento linear em crianças, e o efeito pode persistir por 6 meses após a descontinuação da droga. Portanto, a terapia deve ser monitorada por estudos radiográficos a intervalos de 6 meses, a fim de evitar o risco de comprometer a altura do adulto.
12.Não se sabe se os esteróides anabólicos são excretados pelo leite materno. Devido ao risco potencial de reações adversas em crianças amamentadas com leite materno possivelmente contendo esteróides anabólicos, mulheres que tomam Oximetolona não devem amamentar.