INTERAÇÕES MELLERIL

Atualizado em 24/05/2016

Os fenotiazínicos podem acentuar os efeitos depressores de álcool, sedativos e anti-histamínicos, os efeitos antimuscarínicos de anticolinérgicos e os efeitos inibidores cardíacos da quinidina.
Os fenotiazínicos podem reduzir os efeitos antiparkinsonianos da levodopa.
  Os fenotiazínicos podem reduzir o limiar convulsivo em pacientes epilépticos. Pode ser necessário o ajuste da posologia de medicamentos anticonvulsivantes.
Devido a sua ação adrenolítica, os fenotiazínicos podem reduzir o efeito pressor de vasoconstritores adrenérgicos1.
O uso simultâneo de inibidores da MAO2 pode prolongar e intensificar os efeitos sedativos e antimuscarínicos dos fenotiazínicos.
O uso concomitante de lítio pode agravar os sintomas3 extrapiramidais e a neurotoxicidade causada por neurolépticos4. O efeito antiemético5 dos fenotiazínicos pode mascarar os primeiros sinais6 de toxicidade7 do lítio.
O uso simultâneo de betabloqueadores pode aumentar os níveis  plasmáticos de fenotiazínicos.
Medicamentos antiácidos8 e antidiarréicos podem inibir a absorção de fenotiazínicos.

Efeitos colaterais9
Sedação10, vertigem11, hipotensão12 ortostática; congestão nasal, xerostomia13, distúrbios de acomodação visual, retenção ou incontinência urinária14.
Galactorréia15, irregularidades menstruais, distúrbios de ereção16 (impotência17 ou priapismo18) e de ejaculação19.
Erupções cutâneas20 alérgicas, fotossensibilidade.
Náuseas21, constipação22, alteração ponderal23; hipertermia; icterícia24.
Há alguns relatos de síndrome25 maligna do neuroléptico26 (rigidez muscular, hipertermia, estado mental alterado, instabilidade autonômica), uma afecção27 que requer imediata descontinuação do medicamento e tratamento sintomático28 adequado.
Podem ocorrer sintomas3 extrapiramidais com doses elevadas de MELLERIL.
Muito raramente, foram relatados casos de discinesia tardia29, após tratamento prolongado; o médico deve verificar os sinais6 precoces, a intervalos regulares.
Como com outras fenotiazinas, têm sido relatadas alterações cardíacas benignas de repolarização, como aumento do intervalo Q.T., achatamento30 da onda T e aparecimento de ondas U. Essas alterações geralmente restringem o tratamento com doses elevadas e têm maior probabilidade de ocorrer com baixos níveis séricos de potássio. Como todas as fenotiazinas, MELLERIL pode induzir arritmias31, mas esses casos são muito raros.
Há relatos de  morte súbita inexplicada, aparentemente devida a arritmia32 ou parada cardíaca, em pacientes tratados com neurolépticos4 tricíclicos, inclusive MELLERIL.
Pode ocorrer retinopatia pigmentar após tratamento prolongado, principalmente com doses superiores à dose máxima recomendada de 800 mg por dia.

 

Posologia
A posologia e o horário de tomada do medicamento devem ser ajustados individualmente,  de acordo com a natureza e a gravidade dos sintomas3. Recomenda-se iniciar com doses baixas e aumentá-las gradativamente até que se atinja o nível plenamente eficaz. As quantidades diárias totais de MELLERIL drágeas33 são geralmente administradas em 2 a 4 doses. Recomenda-se administrar MELLERIL comprimidos retard em duas tomadas diárias.
MELLERIL comprimidos retard não devem ser mastigados.
MELLERIL solução oral concentrada 30mg/ml deve ser diluída em água ou suco cítrico; cada dose deve ser diluída no momento de usar. Acompanha dispositivo dosador graduado em miligramas com marcação nas doses de 25, 50 e 100mg. Recomenda-se utilizar 2 colheres de sopa de líquido diluente para cada dose de 25 mg. Para doses maiores, aumentar o volume de líquido.

Doses diárias médias

Adultos
    Dose diária
- pacientes psicóticos hospitalizados    100 a 600 mg
- pacientes psicóticos ambulatoriais    50 a 300 mg
- pacientes com quadros de agitação e pacientes geriátricos    25 a 200 mg
- pacientes em supressão de álcool    100 a 200 mg
- distúrbios mentais não-psicóticos graves    25 a 150 mg
 
Dose diária máxima

Adultos: 800 mg
Crianças (a partir de 1 ano de idade): 1 a 4 mg/kg de peso
Em pacientes com peso abaixo do normal, com doença renal34 ou hepática35, ou em pacientes geriátricos, recomenda-se iniciar o tratamento com doses mais baixas e aumentá-las mais lentamente.

Superdosagem

Sintomas3: xerostomia13, náusea36, vômito37, sonolência, desorientação, hipercinesia38, hipertermia, convulsões, coma39, taquicardia40, arritmia32, hipotensão12, colapso41, depressão respiratória.

Tratamento: lavagem gástrica42* seguida de administração de carvão ativado. Cuidados gerais e monitorização de possíveis efeitos sobre os sistemas cardiovascular, respiratório e nervoso central.
Para a hipotensão12: expansores do plasma43; em casos resistentes podem-se usar vasopressores (por exemplo, dopamina44).
Para convulsões: benzodiazepínicos.

*Nota: em caso de superdosagem aguda com MELLERIL 200 mg comprimidos retard, use uma sonda gástrica com o maior diâmetro possível.  
 
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DE RECEITA


Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Adrenérgicos: Que agem sobre certos receptores específicos do sistema simpático, como o faz a adrenalina.
2 Mão: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
3 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
4 Neurolépticos: Medicamento que exerce ação calmante sobre o sistema nervoso, tranquilizante, psicoléptico.
5 Antiemético: Substância que evita o vômito.
6 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
7 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
8 Antiácidos: É uma substância que neutraliza o excesso de ácido, contrariando o seu efeito. É uma base que aumenta os valores de pH de uma solução ácida.
9 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
10 Sedação: 1. Ato ou efeito de sedar. 2. Aplicação de sedativo visando aliviar sensação física, por exemplo, de dor. 3. Diminuição de irritabilidade, de nervosismo, como efeito de sedativo. 4. Moderação de hiperatividade orgânica.
11 Vertigem: Alucinação de movimento. Pode ser devido à doença do sistema de equilíbrio, reação a drogas, etc.
12 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
13 Xerostomia: Ressecamento da boca provocado em geral pela secreção insuficiente de saliva pelas glândulas salivares. É ocasionado como efeito colateral de algumas drogas (anticolinérgicos) ou por diversos transtornos locais ou gerais.
14 Incontinência urinária: Perda do controle da bexiga que provoca a passagem involuntária de urina através da uretra. Existem diversas causas e tipos de incontinência e muitas opções terapêuticas. Estas vão desde simples exercícios de fisioterapia até complicadas cirurgias. As mulheres são mais freqüentemente acometidas por este problema.
15 Galactorréia: Secreção mamária anormal de leite fora do período de amamentação. Pode ser produzida por distúrbios hormonais ou pela ação de medicamentos.
16 Ereção: 1. Ato ou efeito de erigir ou erguer. 2. Inauguração, criação. 3. Levantamento ou endurecimento do pênis.
17 Impotência: Incapacidade para ter ou manter a ereção para atividades sexuais. Também chamada de disfunção erétil.
18 Priapismo: Condição, associada ou não a um estímulo sexual, na qual o pênis ereto não retorna ao seu estado flácido habitual. Essa ereção é involuntária, duradora (cerca de 4 horas), geralmente dolorosa e potencialmente danosa, podendo levar à impotência sexual irreversível, constituindo-se numa emergência médica.
19 Ejaculação: 1. Ato de ejacular. Expulsão vigorosa; forte derramamento (de líquido); jato. 2. Em fisiologia, emissão de esperma pela uretra no momento do orgasmo. 3. Por extensão de sentido, qualquer emissão. 4. No sentido figurado, fartura de palavras; arrazoado.
20 Cutâneas: Que dizem respeito à pele, à cútis.
21 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
22 Constipação: Retardo ou dificuldade nas defecações, suficiente para causar desconforto significativo para a pessoa. Pode significar que as fezes são duras, difíceis de serem expelidas ou infreqüentes (evacuações inferiores a três vezes por semana), ou ainda a sensação de esvaziamento retal incompleto, após as defecações.
23 Ponderal: Relativo a peso, equilíbrio. Exemplos: Perda ponderal = perda de peso, emagrecimento. Ganho ponderal = ganho de peso.
24 Icterícia: Coloração amarelada da pele e mucosas devido a uma acumulação de bilirrubina no organismo. Existem dois tipos de icterícia que têm etiologias e sintomas distintos: icterícia por acumulação de bilirrubina conjugada ou direta e icterícia por acumulação de bilirrubina não conjugada ou indireta.
25 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
26 Neuroléptico: Medicamento que exerce ação calmante sobre o sistema nervoso, tranquilizante, psicoléptico.
27 Afecção: Qualquer alteração patológica do corpo. Em psicologia, estado de morbidez, de anormalidade psíquica.
28 Sintomático: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.
29 Discinesia tardia: Síndrome potencialmente irreversível, caracterizada por movimentos repetitivos, involuntários e não intencionais dos músculos da língua, boca, face, pescoço e (mais raramente) das extremidades. Ela se caracteriza por movimentos discinéticos involuntários e irreversíveis e pode se desenvolver com o uso de medicamentos tais como antipsicóticos e neurolépticos.
30 Achatamento: 1. Ato ou efeito de achatar (-se); achatadura, depressão, rebaixamento. 2. Na astronomia, trata-se de um parâmetro geralmente muito pequeno, que caracteriza a não esfericidade de um astro em rotação, igual à variação relativa de uma grandeza quando se passa do equador ao polo. 3. Que tem ou tomou forma chata, plana.
31 Arritmias: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
32 Arritmia: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
33 Drágeas: Comprimidos ou pílulas contendo preparado farmacêutico.
34 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
35 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
36 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
37 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
38 Hipercinesia: Motilidade patologicamente excessiva, com aumento da amplitude e da rapidez dos movimentos.
39 Coma: 1. Alteração do estado normal de consciência caracterizado pela falta de abertura ocular e diminuição ou ausência de resposta a estímulos externos. Pode ser reversível ou evoluir para a morte. 2. Presente do subjuntivo ou imperativo do verbo “comer.“
40 Taquicardia: Aumento da frequência cardíaca. Pode ser devido a causas fisiológicas (durante o exercício físico ou gravidez) ou por diversas doenças como sepse, hipertireoidismo e anemia. Pode ser assintomática ou provocar palpitações.
41 Colapso: 1. Em patologia, é um estado semelhante ao choque, caracterizado por prostração extrema, grande perda de líquido, acompanhado geralmente de insuficiência cardíaca. 2. Em medicina, é o achatamento conjunto das paredes de uma estrutura. 3. No sentido figurado, é uma diminuição súbita de eficiência, de poder. Derrocada, desmoronamento, ruína. 4. Em botânica, é a perda da turgescência de tecido vegetal.
42 Lavagem gástrica: É a introdução, através de sonda nasogástrica, de líquido na cavidade gástrica, seguida de sua remoção.
43 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
44 Dopamina: É um mediador químico presente nas glândulas suprarrenais, indispensável para a atividade normal do cérebro.

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.