PRECAUÇÕES GERAIS FOSTIMON

Atualizado em 24/05/2016

Um tratamento com gonadotrofinas deve ser aplicado apenas por médicos com experiência no diagnóstico1 e tratamento de problemas de infertilidade2.A monitorização médica se faz necessária durante o tratamento, como também um cuidadoso controle clínico e biológico (determinação rápida de níveis plasmáticos de estradiol, ecografia3, etc...).
Fostimon deve ser administrado por via intramuscular ou subcutânea4.
A solução deste produto deve ser reconstituída com uma ampola de diluente (2mL) imediatamente antes de ser usada.
As pacientes devem ser cuidadosamente selecionadas a fim de eliminar todos os casos em que as patologias ou problemas individuais impeçam o sucesso da terapia (problemas mecânico, imunológico e andrológicos).
O potencial de fertilidade do parceiro deve ser avaliado antes do início do tratamento.
Fostimon e Gonadotrofina Coriônica (HCG) são fármacos altamente eficientes, devendo ser administrados com cautela e em dose adequada, a fim de evitar hiperestimulação ovariana e gravidez5 múltipla.
Uma vez que a existência de Hormônio6 Luteinizante (LH) no Fostimon é extremamente pequena, o risco de hiperestimulação compara-se ao possível risco , apesar de muito baixo, de um tratamento com Gonadotrofina Menopáusica (HMG).
Entretanto, a paciente deve ser submetida a exames clínico e endocrinológico, pelo menos, a cada dois dias, durante todo o curso de tratamento e, por 2 semanas, após seu término.
Uma reação estrogênica excessiva decorrente do Fostimon geralmente não causa nenhum sintoma7 de hiperestimulação.
A hiperestimulação só ocorre após a administração de HCG.
Se a dosagem de hormônio6 apresentar uma reação estrogênica excessiva ou se ocorrerem sinais8 clínicos ou ultrassonográficos de hiperestimulação ovariana, deve-se interromper imediatamente o tratamento com Fostimon e o HCG não deve ser administrado.
Os sinais8 clínicos de hiperestimulação ovariana, nos casos leves, são dor abdominal ou tensão abdominal com aumento do ovário9. Nos casos moderados a graves, estes sinais8 são hipertrofia10 ovariana repentina ou acentuada, ascite11, com ou sem efusão12 pleural e distúrbios hemodinâmicos, ruptura de cistos ovarianos seguida de peritonite13.
Os sintomas14 de hiperestimulação aparecem geralmente de 4 a 8 dias após a administração de HCG. Por esse motivo, a paciente deve ser monitorada durante pelo menos 2 semanas após a última injeção15.
Entretanto, se sintomas14 semelhantes aos sintomas14 de hiperestimulação só ocorrem 3 semanas ou mais após o final da terapia, sua origem deve ser atribuída a um aborto iminente ou gravidez5 extra-uterina.
No caso de hiperestimulação leve, um exame cuidadoso da paciente será suficiente.
Por outro lado, no caso de ascite11 ou complicações graves, a paciente deverá ser hospitalizada e submetida a testes eletrolíticos e hemodinâmicos.
Em casos raros, uma Síndrome16 de Hiperestimulação Ovariana, com hipertrofia10 aguda do ovário9, pode ser acompanhada de perda de fluidos no abdômen e tórax17 ou complicações tromboembólicas mais sérias.
Mulheres submetidas a tratamento de superovulação correm um maior risco de desenvolver a hiperestimulação em razão de sua resposta estrogênica excessiva ou desenvolvimento multi-folicular.
A punção de todos os folículos antes da ovulação18 pode reduzir o aparecimento da hiperestimulação.
O risco da hiperestimulação é insignificante se a posologia recomendada for seguida e tomadas as precauções necessárias.
Antes do tratamento com gonadotrofinas, a paciente deve ser informada de que essa terapia aumenta o risco para gravidez5 múltipla e aborto espontâneo.
É aconselhável que Fostimon não seja misturado a outros medicamentos na mesma seringa19.

Uso na gravidez5 e lactação20:
Existe evidência de risco fetal com base na experiência com humanos e animais. Assim, a administração deste fármaco21 à gestantes apresenta um alto risco, se comparado aos possíveis benefícios.
Até o presente momento, não se sabe se Fostimon é secretado no leite e quais os possíveis efeitos do mesmo sobre o lactante22.
Este medicamento, portanto, é contra-indicado para gestantes e lactantes23.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
2 Infertilidade: Capacidade diminuída ou ausente de gerar uma prole. O termo não implica a completa inabilidade para ter filhos e não deve ser confundido com esterilidade. Os clínicos introduziram elementos físicos e temporais na definição. Infertilidade é, portanto, freqüentemente diagnosticada quando, após um ano de relações sexuais não protegidas, não ocorre a concepção.
3 Ecografia: Ecografia ou ultrassonografia é um exame complementar que usa o eco produzido pelo som para observar em tempo real as reflexões produzidas pelas estruturas internas do organismo (órgãos internos). Os aparelhos de ultrassonografia utilizam uma frequência variada, indo de 2 até 14 MHz, emitindo através de uma fonte de cristal que fica em contato com a pele e recebendo os ecos gerados, os quais são interpretados através de computação gráfica.
4 Subcutânea: Feita ou situada sob a pele; hipodérmica.
5 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
6 Hormônio: Substância química produzida por uma parte do corpo e liberada no sangue para desencadear ou regular funções particulares do organismo. Por exemplo, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que diz a outras células quando usar a glicose para energia. Hormônios sintéticos, usados como medicamentos, podem ser semelhantes ou diferentes daqueles produzidos pelo organismo.
7 Sintoma: Qualquer alteração da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. O sintoma é a queixa relatada pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
8 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
9 Ovário: Órgão reprodutor (GÔNADAS) feminino. Nos vertebrados, o ovário contém duas partes funcionais Sinônimos: Ovários
10 Hipertrofia: 1. Desenvolvimento ou crescimento excessivo de um órgão ou de parte dele devido a um aumento do tamanho de suas células constituintes. 2. Desenvolvimento ou crescimento excessivo, em tamanho ou em complexidade (de alguma coisa). 3. Em medicina, é aumento do tamanho (mas não da quantidade) de células que compõem um tecido. Pode ser acompanhada pelo aumento do tamanho do órgão do qual faz parte.
11 Ascite: Acúmulo anormal de líquido na cavidade peritoneal. Pode estar associada a diferentes doenças como cirrose, insuficiência cardíaca, câncer de ovário, esquistossomose, etc.
12 Efusão: 1. Saída de algum líquido ou gás; derramamento, espalhamento. 2. No sentido figurado, manifestação expansiva de sentimentos amistosos, de afeto, de alegria. 3. Escoamento de um gás através de uma pequena abertura, causado pela agitação térmica das moléculas do gás. 4. Derramamento de lava relativamente fluida sobre a superfície terrestre.
13 Peritonite: Inflamação do peritônio. Pode ser produzida pela entrada de bactérias através da perfuração de uma víscera (apendicite, colecistite), como complicação de uma cirurgia abdominal, por ferida penetrante no abdome ou, em algumas ocasiões, sem causa aparente. É uma doença grave que pode levar pacientes à morte.
14 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
15 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
16 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
17 Tórax: Parte superior do tronco entre o PESCOÇO e o ABDOME; contém os principais órgãos dos sistemas circulatório e respiratório. (Tradução livre do original Sinônimos: Peito; Caixa Torácica
18 Ovulação: Ovocitação, oocitação ou ovulação nos seres humanos, bem como na maioria dos mamíferos, é o processo que libera o ovócito II em metáfase II do ovário. (Em outras espécies em vez desta célula é liberado o óvulo.) Nos dias anteriores à ovocitação, o folículo secundário cresce rapidamente, sob a influência do FSH e do LH. Ao mesmo tempo que há o desenvolvimento final do folículo, há um aumento abrupto de LH, fazendo com que o ovócito I no seu interior complete a meiose I, e o folículo passe ao estágio de pré-ovocitação. A meiose II também é iniciada, mas é interrompida em metáfase II aproximadamente 3 horas antes da ovocitação, caracterizando a formação do ovócito II. A elevada concentração de LH provoca a digestão das fibras colágenas em torno do folículo, e os níveis mais altos de prostaglandinas causam contrações na parede ovariana, que provocam a extrusão do ovócito II.
19 Seringa: Dispositivo usado para injetar medicações ou outros líquidos nos tecidos do corpo. A seringa de insulina é formada por um tubo plástico com um êmbolo e uma agulha pequena na ponta.
20 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
21 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
22 Lactante: Que produz leite; que aleita.
23 Lactantes: Que produzem leite; que aleitam.

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