Nos casos de ingestão excessiva de paracetamol, a partir de 7,5 g ou 150 mg/kg, o paciente
deve ser monitorado até que o médico esteja certo de não haver hepatotoxicidade¹.
Os sinais² iniciais de superdose incluem: vômitos³, náuseas⁴, dor no quadrante superior do
abdome⁵, palidez cutânea⁶. As evidências clínicas e laboratoriais da hepatotoxicidade¹ podem
não ser aparentes até 24 a 48 horas após a ingestão, portanto recomenda-se que o
paciente fique em observação durante esse período.
O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível: o estômago⁷ deve ser esvaziado até
1 hora após a ingestão através de aspiração gástrica e lavagem. Recomenda-se também a
administração de carvão ativado, pois o paracetamol é bem adsorvido .
A estimativa da quantidade ingerida, principalmente se fornecida pelo paciente, não é um
dado confiável. Portanto, a determinação da concentração sérica de paracetamol deve ser
obtida o mais rápido possível, mas não antes de 4 horas após a ingestão.
A determinação da função hepática⁸ deve ser obtida inicialmente e, a seguir, a cada 24
horas, durante 3 dias. O antídoto⁹, N-acetilcisteína¹⁰, deve ser administrado com urgência¹¹ e
dentro das 16 primeiras horas após a ingestão para se obter em bons resultados. O
seguinte esquema pode ser utilizado, com N-acetilcisteína¹⁰ injetável: dose inicial de 150
mg/kg de peso, intravenosa, por 15 minutos, seguida de infusão de 50 mg/kg de peso em
500 mL de dextrose¹² (a 5%), por 4 horas. Depois, 100 mg/kg de peso em 1 litro de dextrose¹²
a 5% nas próximas 16 horas (total: 300 mg/kg de peso em 20 horas). Os principais sinais²
de superdosagem relacionados à fenilefrina são aumento da pressão arterial¹³, taquicardia¹⁴,
tremores e arritmias¹⁵ cardíacas. O paciente deve receber suporte cardiovascular e
tratamento sintomático¹⁶.