PRECAUÇÕES NUBAIN

Atualizado em 24/05/2016
deve ser utilizado como complemento de anestesia1 geral somente por profissionais habilitados no uso de anestésicos intravenosos e no controle dos efeitos respiratórios de opióides. Devem estar prontamente disponíveis: naloxona (antídoto2 específico), equipamentos para respiração artificial3 e ressuscitação. Abuso do medicamento: recomenda-se cautela na prescrição de Nubain para pacientes4 emocionalmente instáveis ou com história de abuso de narcóticos. Tais pacientes devem ser rigorosamente supervisionados em caso de terapia prolongada. Dependência ao medicamento: Nubain mostrou apresentar baixo potencial de abuso. Quando comparado com outras drogas que não são agonista5-antagonistas, seu potencial de abuso é menor que o da codeína e propoxifeno. Relatou-se raramente abuso deste medicamento. Podem ocorrer dependência física ou psíquica e tolerância por abuso ou uso indevido de nalbufina. Recomenda-se, portanto, cautela para evitar aumento da dose ou freqüência de administração de Nubain, que em indivíduos propensos pode resultar em dependência física. Interrupção do tratamento: após uso prolongado, a descontinuação de Nubain é seguida pelos sintomas6 que ocorrem na crise abstinência de narcóticos como cólica abdominal, náusea7 e vômito8, rinorréia9, lacrimejamento, ansiedade, agitação, hipertermia e piloereção10. Uso em pacientes ambulatoriais: Nubain pode prejudicar as habilidades físicas e mentais necessárias ao desempenho de atividades potencialmente perigosas que requerem atenção, como dirigir veículos e operar máquinas. Portanto, Nubain deve ser administrado com cautela em pacientes ambulatoriais, que devem ser advertidos para evitar tais riscos. Uso em procedimentos emergenciais: deve-se manter o paciente sob observação até a recuperação dos efeitos de Nubain que poderiam afetar atividades potencialmente perigosas como dirigir. Lesão11 cerebral e aumento da pressão intracraniana: os possíveis efeitos de depressão respiratória e a capacidade dos analgésicos12 potentes de elevar a pressão do fluido cerebrospinal (resultante da vasodilatação seguinte à retenção de CO2) podem ser exacerbados na presença de lesão11 cerebral, lesão11 intracraniana ou elevação preexistente da pressão intracraniana. Além disso, analgésicos12 potentes podem produzir efeitos que ocultem o curso clínico de pacientes com lesões13 cerebrais. Portanto, Nubain deve ser utilizado, nestas circunstâncias, apenas em caso de necessidade evidente e com extrema cautela. Interação com outros depressores do SNC14: embora apresente atividade antagonista15 narcótica, existem evidências que em pacientes não dependentes, Nubain não antagoniza um analgésico16 narcótico administrado antes, concomitantemente, ou logo após a sua administração. Portanto, pacientes em uso de analgésico16 narcótico, anestésicos em geral, fenotiazinas ou outros tranqüilizantes, sedativos, hipnóticos ou outros depressores do SNC14 (incluindo álcool), concomitantemente ao Nubain, podem apresentar efeitos aditivos, devendo-se reduzir a dose de um ou de ambos os medicamentos. Insuficiência respiratória17: na dose habitual de 10 mg/70 kg, Nubain provoca grau idêntico de depressão respiratória que a mesma dose de morfina. Entretanto, ao contrário da morfina, não ocorre aumento da depressão respiratória com altas doses de Nubain. A depressão respiratória induzida por Nubain pode ser revertida com naloxona. Nubain deve ser administrado com cautela e em baixas doses a pacientes com insuficiência respiratória17 (por exemplo de outros medicamentos, uremia18, asma19 brônquica, infecção20 grave, cianose21 ou obstrução respiratória). Insuficiência renal22 ou hepática23: visto que Nubain é metabolizado no fígado24 e excretado pelos rins25, deve ser prescrito com extrema cautela para pacientes4 com disfunção renal26 ou hepática23 e administrado em doses reduzidas. Infarto do miocárdio27: como outros analgésicos12 potentes, Nubain deve ser utilizado com cautela em pacientes com infarto do miocárdio27 que apresentem náusea7 ou vômito8. Cirurgia do trato biliar28: como outros analgésicos12 narcóticos, Nubain deve ser utilizado com cautela em pacientes submetidos à cirurgia do trato biliar28, pois pode causar espasmo29 do esfíncter de Oddi30. Sistema cardiovascular31: durante avaliação de Nubain em anestesia1, observou-se maior incidência32 de bradicardia33 em pacientes que não receberam atropina no pré-operatório. Uso na gravidez34: a segurança do uso de Nubain durante a gravidez34 ainda não foi estabelecida. A nalbufina deve ser administrada em mulheres grávidas somente quando claramente necessário. Uso durante o trabalho de parto: a transferência placentária da nalbufina é alta, rápida e variável, com uma razão de 1:0,37 a 2:1,16. Os efeitos adversos no feto35 e no neonato36, relatados após a administração de nalbufina na mãe durante o trabalho de parto incluem bradicardia33 fetal, depressão respiratória no momento do nascimento, apnéia37, cianose21 e hipotonia38. Em alguns casos, a administração de naloxona na mãe durante o trabalho de parto reverteu estes efeitos. Foram relatados casos severos e prolongados de bradicardia33 fetal, com danos neurológicos permanentes. Relatou-se um padrão cardíaco sinusal no ritmo cardíaco fetal, associado ao uso da nalbufina. Nubain deve ser utilizado com cautela durante o trabalho de parto e os recém-nascidos devem ser monitorados devido ao risco de depressão respiratória, apnéia37, bradicardia33 e arritmias39. Amamentação40: dados limitados sugerem que Nubain é excretado no leite materno em pequena quantidade (menos que 1% da dose administrada) e com efeito clinicamente insignificante. Deve-se ter cautela em caso de administração de Nubain em mulheres que amamentam. Uso pediátrico: a segurança e eficácia de uso de Nubain em pacientes menores de 18 anos ainda não foram estabelecidas. Interações medicamentosas: pacientes em uso de analgésico16 narcótico, anestésicos em geral, fenotiazinas ou outros tranqüilizantes, sedativos, hipnóticos ou outros depressores do SNC14 (incluindo álcool), concomitantemente ao Nubain, podem apresentar efeitos aditivos, devendo-se portanto, reduzir a dose de um ou de ambos medicamentos.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Anestesia: Diminuição parcial ou total da sensibilidade dolorosa. Pode ser induzida por diferentes medicamentos ou ser parte de uma doença neurológica.
2 Antídoto: Substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno. Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele.
3 Respiração artificial: Tipo de apoio à função respiratória que utiliza um instrumento eletromecânico (respirador artificial), capaz de insuflar de forma cíclica volumes pré-determinados de ar com alta concentração de oxigênio através dos brônquios.
4 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
5 Agonista: 1. Em farmacologia, agonista refere-se às ações ou aos estímulos provocados por uma resposta, referente ao aumento (ativação) ou diminuição (inibição) da atividade celular. Sendo uma droga receptiva. 2. Lutador. Na Grécia antiga, pessoa que se dedicava à ginástica para fortalecer o físico ou como preparação para o serviço militar.
6 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
7 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
8 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
9 Rinorreia: Escoamento abundante de fluido pelo nariz, com ausência de fenômeno inflamatório.
10 Piloereção: Ereção dos pelos ou cabelos.
11 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
12 Analgésicos: Grupo de medicamentos usados para aliviar a dor. As drogas analgésicas incluem os antiinflamatórios não-esteróides (AINE), tais como os salicilatos, drogas narcóticas como a morfina e drogas sintéticas com propriedades narcóticas, como o tramadol.
13 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
14 SNC: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
15 Antagonista: 1. Opositor. 2. Adversário. 3. Em anatomia geral, que ou o que, numa mesma região anatômica ou função fisiológica, trabalha em sentido contrário (diz-se de músculo). 4. Em medicina, que realiza movimento contrário ou oposto a outro (diz-se de músculo). 5. Em farmácia, que ou o que tende a anular a ação de outro agente (diz-se de agente, medicamento etc.). Agem como bloqueadores de receptores. 6. Em odontologia, que se articula em oposição (diz-se de ou qualquer dente em relação ao da maxila oposta).
16 Analgésico: Medicamento usado para aliviar a dor. As drogas analgésicas incluem os antiinflamatórios não-esteróides (AINE), tais como os salicilatos, drogas narcóticas como a morfina e drogas sintéticas com propriedades narcóticas, como o tramadol.
17 Insuficiência respiratória: Condição clínica na qual o sistema respiratório não consegue manter os valores da pressão arterial de oxigênio (PaO2) e/ou da pressão arterial de gás carbônico (PaCO2) dentro dos limites da normalidade, para determinada demanda metabólica. Como a definição está relacionada à incapacidade do sistema respiratório em manter níveis adequados de oxigenação e gás carbônico, foram estabelecidos, para sua caracterização, pontos de corte na gasometria arterial: PaO2 50 mmHg.
18 Uremia: Doença causada pelo armazenamento de uréia no organismo devido ao mal funcionamento renal. Os sintomas incluem náuseas, vômitos, perda de apetite, fraqueza e confusão mental.
19 Asma: Doença das vias aéreas inferiores (brônquios), caracterizada por uma diminuição aguda do calibre bronquial em resposta a um estímulo ambiental. Isto produz obstrução e dificuldade respiratória que pode ser revertida de forma espontânea ou com tratamento médico.
20 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
21 Cianose: Coloração azulada da pele e mucosas. Pode significar uma falta de oxigenação nos tecidos.
22 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
23 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
24 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
25 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
26 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
27 Infarto do miocárdio: Interrupção do suprimento sangüíneo para o coração por estreitamento dos vasos ou bloqueio do fluxo. Também conhecido por ataque cardíaco.
28 Trato Biliar: Os DUCTOS BILIARES e a VESÍCULA BILIAR.
29 Espasmo: 1. Contração involuntária, não ritmada, de um ou vários músculos, podendo ocorrer isolada ou continuamente, sendo dolorosa ou não. 2. Qualquer contração muscular anormal. 3. Sentido figurado: arrebatamento, exaltação, espanto.
30 Esfíncter de Oddi: Esfíncter da ampola hepatopancreática dentro da papila duodenal. O DUCTO COLÉDOCO e o ducto pancreático principal passam através deste esfíncter.
31 Sistema cardiovascular: O sistema cardiovascular ou sistema circulatório sanguíneo é formado por um circuito fechado de tubos (artérias, veias e capilares) dentro dos quais circula o sangue e por um órgão central, o coração, que atua como bomba. Ele move o sangue através dos vasos sanguíneos e distribui substâncias por todo o organismo.
32 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
33 Bradicardia: Diminuição da freqüência cardíaca a menos de 60 batimentos por minuto. Pode estar associada a distúrbios da condução cardíaca, ao efeito de alguns medicamentos ou a causas fisiológicas (bradicardia do desportista).
34 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
35 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
36 Neonato: Refere-se a bebês nos seus primeiros 28 dias (mês) de vida. O termo “recentemente-nascido“ refere-se especificamente aos primeiros minutos ou horas que se seguem ao nascimento. Esse termo é utilizado para enfocar os conhecimentos e treinamento da ressuscitação imediatamente após o nascimento e durante as primeiras horas de vida.
37 Apnéia: É uma parada respiratória provocada pelo colabamento total das paredes da faringe que ocorre principalmente enquanto a pessoa está dormindo e roncando. No adulto, considera-se apnéia após 10 segundos de parada respiratória. Como a criança tem uma reserva menor, às vezes, depois de dois ou três segundos, o sangue já se empobrece de oxigênio.
38 Hipotonia: 1. Em biologia, é a condição da solução que apresenta menor concentração de solutos do que outra. 2. Em fisiologia, é a redução ou perda do tono muscular ou a redução da tensão em qualquer parte do corpo (por exemplo, no globo ocular, nas artérias, etc.)
39 Arritmias: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
40 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.

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