POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO ONCOVIN

Atualizado em 24/05/2016
este produto é para uso exclusivamente intravenoso. A neurotoxicidade parece estar relacionada com a dose. Deve-se tomar cuidado extremo no cálculo1 da dose e administração de sulfato de vincristina, uma vez que a superdosagem poderá ocasionar acidentes muito graves ou mesmo fatais. Informação especial: quando dispensar Oncovin em outro recipiente que não o original, é imperativo que o mesmo seja embrulhado e que o embrulho seja rotulado com os seguintes dizeres: não remova o embrulho até o momento da injeção2. A administração intratecal é fatal. Somente para uso intravenoso (ver Advertências). Uma seringa3 contendo uma dose específica deve ser rotulada com um rótulo adesivo, com a seguinte frase: A administração intratecal é fatal. Somente para uso intravenoso. - Atenção: é extremamente importante que a agulha ou o cateter estejam corretamente posicionados na veia, antes que qualquer quantidade de vincristina seja injetada. A ocorrência de extravasamento nos tecidos adjacentes, durante a administração intravenosa de sulfato de vincristina, poderá causar considerável irritação local. Se ocorrer extravasamento, a injeção2 deverá ser imediatamente suspensa, e qualquer porção restante da dose deverá ser então injetada em outra veia. A injeção2 local de hialuronidase e a aplicação de calor moderado na área de extravasamento ajudam a dispersar a droga no tecido subcutâneo4, diminuindo o desconforto e a possibilidade de celulite5. O sulfato de vincristina deve ser administrado através de venóclise ou cateter intacto, e deve-se tomar cuidado para que não haja vazamentos ou edema6 local durante a administração da mesma. A solução pode ser injetada diretamente na veia ou no conector de borracha do tubo de infusão intravenosa em curso. A injeção2 da solução de sulfato de vincristina deve ser completada dentro de 1 minuto. A droga é administrada por via intravenosa e em intervalos semanais. O sulfato de vincristina deve ser reconstituído com o diluente fornecido (cloreto de sódio em solução bacteriostática), exceto quando for usado em recém-nascidos. A solução resultante pode ser armazenada em geladeira por 14 dias, sem perda significante de potência. O sulfato de vincristina também pode ser diluído em água estéril ou soro7 fisiológico8. Qualquer que seja o diluente usado, a concentração final recomendada é de 0,01 a 1,0 mg/ml. Para administração a recém-nascidos, o sulfato de vincristina deve ser diluído com água estéril ou soro7 fisiológico8. A dose usual de sulfato de vincristina para crianças é de 2 mg/m2. Para crianças pesando 10 kg ou menos, a dose inicial deve ser de 0,05 mg/kg, administrada uma vez por semana. A dose usual de sulfato de vincristina para adultos é de 1,4 mg/m2. Uma redução de 50% na dose de sulfato de vincristina é recomendada para pacientes9 com bilirrubina10 sérica direta acima de 3 mg/100 ml. O sulfato de vincristina não deve ser administrado a pacientes enquanto estejam recebendo radioterapia11, com janela hepática12. Quando usado em combinação com L-asparaginase, o sulfato de vincristina deve ser administrado 12 a 24 horas antes dessa enzima13 para diminuir a toxicidade14. A administração de L-asparaginase antes do sulfato de vincristina pode reduzir o clearance hepático do sulfato de vincristina. - Superdosagem: as reações adversas após o uso de sulfato de vincristina são doses-dependente. Em crianças menores de 13 anos ocorreu morte, após doses de sulfato de vincristina 10 vezes a dose recomendada. Podem ocorrer sintomas15 graves nesse grupo de pacientes após doses de 3 a 4 mg/m2. Pacientes adultos podem apresentar sintomas15 graves após doses únicas de 3 mg/m2 ou mais. Portanto, após a administração de doses mais altas do que as recomendadas, os pacientes podem sofrer reações adversas de maneira exagerada. O tratamento de apoio deve incluir: prevenção das reações adversas resultantes da síndrome16 de secreção inadequada de hormônio17 antidiurético (tratamento preventivo18, incluindo restrição da ingestão de líquidos e talvez o uso de um diurético19 agindo sobre a função da alça de Henle20 e do túbulo distal21); administração de anticonvulsivantes; uso de enemas22 ou catárticos para prevenir íleo paralítico23 (em alguns casos, a descompressão24 do trato gastrintestinal poderá ser necessária); monitoração do sistema cardiovascular25, e hemogramas diários para orientação na possível necessidade de transfusão26. Relatos de casos isolados sugerem que o ácido folínico pode ser útil no tratamento em humanos que tenham recebido uma superdosagem de sulfato de vincristina. Um esquema sugerido é administrar 100 mg de ácido folínico, por via intravenosa, a cada 3 horas por 24 horas e depois a cada 6 horas por no mínimo 48 horas. Teoricamente (com base nos dados farmacocinéticos), os níveis teciduais de sulfato de vincristina são previstos de permanecerem significativamente elevados por no mínimo 72 horas. O tratamento com ácido folínico não elimina a necessidade das medidas de apoio acima mencionadas. A maior parte de uma dose intravenosa de sulfato de vincristina é excretada na bile27 após uma rápida ligação tecidual. Uma vez que somente uma quantidade muito pequena do produto aparece no líquido dialisado, a hemodiálise28 parece não ser de utilidade em casos de superdosagem. Um aumento na gravidade das reações adversas pode ocorrer em pacientes com doença hepática12 capaz de diminuir a excreção biliar do produto. Não há dados clínicos publicados sobre o uso da colestiramina como um antídoto29 em humanos. Não há dados clínicos publicados sobre as conseqüências da ingestão oral da vincristina. Se ocorrer ingestão oral, o estômago30 deve ser esvaziado, seguido da administração oral de carvão ativado e de um catártico.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Cálculo: Formação sólida, produto da precipitação de diferentes substâncias dissolvidas nos líquidos corporais, podendo variar em sua composição segundo diferentes condições biológicas. Podem ser produzidos no sistema biliar (cálculos biliares) e nos rins (cálculos renais) e serem formados de colesterol, ácido úrico, oxalato de cálcio, pigmentos biliares, etc.
2 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
3 Seringa: Dispositivo usado para injetar medicações ou outros líquidos nos tecidos do corpo. A seringa de insulina é formada por um tubo plástico com um êmbolo e uma agulha pequena na ponta.
4 Tecido Subcutâneo: Tecido conectivo frouxo (localizado sob a DERME), que liga a PELE fracamente aos tecidos subjacentes. Pode conter uma camada (pad) de ADIPÓCITOS, que varia em número e tamanho, conforme a área do corpo e o estado nutricional, respectivamente.
5 Celulite: Inflamação aguda das estruturas cutâneas, incluindo o tecido adiposo subjacente, geralmente produzida por um agente infeccioso e manifestada por dor, rubor, aumento da temperatura local, febre e mal estar geral.
6 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
7 Soro: Chama-se assim qualquer líquido de características cristalinas e incolor.
8 Fisiológico: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
9 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
10 Bilirrubina: Pigmento amarelo que é produto da degradação da hemoglobina. Quando aumenta no sangue, acima de seus valores normais, pode produzir uma coloração amarelada da pele e mucosas, denominada icterícia. Pode estar aumentado no sangue devido a aumento da produção do mesmo (excesso de degradação de hemoglobina) ou por dificuldade de escoamento normal (por exemplo, cálculos biliares, hepatite).
11 Radioterapia: Método que utiliza diversos tipos de radiação ionizante para tratamento de doenças oncológicas.
12 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
13 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
14 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
15 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
16 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
17 Hormônio: Substância química produzida por uma parte do corpo e liberada no sangue para desencadear ou regular funções particulares do organismo. Por exemplo, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que diz a outras células quando usar a glicose para energia. Hormônios sintéticos, usados como medicamentos, podem ser semelhantes ou diferentes daqueles produzidos pelo organismo.
18 Preventivo: 1. Aquilo que previne ou que é executado por medida de segurança; profilático. 2. Na medicina, é qualquer exame ou grupo de exames que têm por objetivo descobrir precocemente lesão suscetível de evolução ameaçadora da vida, como as lesões malignas. 3. Em ginecologia, é o exame ou conjunto de exames que visa surpreender a presença de lesão potencialmente maligna, ou maligna em estágio inicial, especialmente do colo do útero.
19 Diurético: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
20 Alça de Henle: Porção do tubo renal (em forma de U), na MEDULA RENAL, constituída por uma alça descendente e uma ascendente. Situada entre o TÚBULO RENAL PROXIMAL e o TÚBULOS RENAL DISTAL.
21 Distal: 1. Que se localiza longe do centro, do ponto de origem ou do ponto de união. 2. Espacialmente distante; remoto. 3. Em anatomia geral, é o mais afastado do tronco (diz-se de membro) ou do ponto de origem (diz-se de vasos ou nervos). Ou também o que é voltado para a direção oposta à cabeça. 4. Em odontologia, é o mais distante do ponto médio do arco dental.
22 Enemas: Introdução de substâncias líquidas ou semilíquidas através do esfíncter anal, com o objetivo de induzir a defecação ou administrar medicamentos.
23 Íleo paralítico: O íleo adinâmico, também denominado íleo paralítico, reflexo, por inibição ou pós-operatório, é definido como uma atonia reflexa gastrintestinal, onde o conteúdo não é propelido através do lúmen, devido à parada da atividade peristáltica, sem uma causa mecânica. É distúrbio comum do pós-operatório podendo-se afirmar que ocorre após toda cirurgia abdominal, como resposta “fisiológica“ à intervenção, variando somente sua intensidade, afetando todo o aparelho digestivo ou parte dele.
24 Descompressão: Ato ou efeito de descomprimir, de aliviar o que está sob efeito de pressão ou de compressão.
25 Sistema cardiovascular: O sistema cardiovascular ou sistema circulatório sanguíneo é formado por um circuito fechado de tubos (artérias, veias e capilares) dentro dos quais circula o sangue e por um órgão central, o coração, que atua como bomba. Ele move o sangue através dos vasos sanguíneos e distribui substâncias por todo o organismo.
26 Transfusão: Introdução na corrente sangüínea de sangue ou algum de seus componentes. Podem ser transfundidos separadamente glóbulos vermelhos, plaquetas, plasma, fatores de coagulação, etc.
27 Bile: Agente emulsificador produzido no FÍGADO e secretado para dentro do DUODENO. Sua composição é formada por s ÁCIDOS E SAIS BILIARES, COLESTEROL e ELETRÓLITOS. A bile auxilia a DIGESTÃO das gorduras no duodeno.
28 Hemodiálise: Tipo de diálise que vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. A hemodiálise, em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. Para que o sangue passe pela máquina, é necessária a colocação de um catéter ou a confecção de uma fístula, que é um procedimento realizado mais comumente nas veias do braço, para permitir que estas fiquem mais calibrosas e, desta forma, forneçam o fluxo de sangue adequado para ser filtrado.
29 Antídoto: Substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno. Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele.
30 Estômago: Órgão da digestão, localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, entre o final do ESÔFAGO e o início do DUODENO.

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