PRECAUÇÕES ONCOVIN

Atualizado em 24/05/2016
gerais: a nefropatia1 úrica aguda, que pode ocorrer após administração de drogas oncolíticas, foi também relatada com o uso de sulfato de vincristina. Na presença de leucopenia2 ou de uma infecção3 complicada, a administração de uma dose subseqüente de sulfato de vincristina requer cuidadosa consideração. Se for diagnosticada leucemia4 no sistema nervoso central5, outras drogas poderão ser necessárias, visto que o sulfato de vincristina parece não atravessar a barreira hemato-encefálica6 em quantidades adequadas. Especial atenção deverá ser dada à posologia e às reações adversas neurológicas, se o sulfato de vincristina for administrado a pacientes com doença neuromuscular preexistente, e também quando estiverem sendo usadas outras drogas com potencial neurotóxico. Foi relatado o aparecimento de dispnéia7 aguda e broncospasmo grave após administração dos alcalóides da vinca. Essas reações apareceram com mais freqüência quando os alcalóides da vinca foram usados em combinação com a mitomicina-c e podem requerer tratamento agressivo, particularmente quando houver patologia8 pulmonar preexistente. O início pode ocorrer dentro de minutos, ou várias horas após a injeção9 dos alcalóides da vinca, e até 2 semanas após a dose de mitomicina-C. Pode ocorrer dispnéia7 progressiva, requerendo terapia crônica. O sulfato de vincristina não deve ser readministrado nestes casos. Deve-se ter cuidado para evitar a contaminação dos olhos10 com a solução de sulfato de vincristina usada clinicamente. Se houver uma contaminação acidental, poderá ocorrer irritação grave (ou até mesmo ulceração11 da córnea12, se a droga for liberada sob pressão). O olho13 atingido deverá ser imediata e vigorosamente lavado com água. Testes de laboratório: devido à toxicidade14 clínica dose-limitante ser manifestada como neurotoxicidade, é necessária a avaliação clínica (história e exames físicos) para detectar a necessidade de modificação da dose. Após a administração de sulfato de vincristina, alguns pacientes podem ter uma queda na contagem de leucócitos15 ou de plaquetas16, particularmente quando a terapia anterior ou a própria doença reduziu a função da medula óssea17. Portanto, um hemograma completo deve ser feito antes da administração de cada dose. Também pode ocorrer uma elevação aguda do ácido úrico sérico durante a indução de remissão na leucemia4 aguda; assim sendo, tais níveis devem ser determinados freqüentemente durante as primeiras 3 a 4 semanas de tratamento ou devem ser tomadas medidas adequadas para prevenir a nefropatia1 úrica. O laboratório que estiver fazendo os testes deve ser consultado quanto à variação de valores normais para esses metabólitos18. Carcinogênese, mutagênese e danos à fertilidade: os testes de laboratório tanto in vivo quanto in vitro não demonstraram conclusivamente se esta droga é mutagênica. A fertilidade após o tratamento isolado com sulfato de vincristina não foi estudada em humanos. Relatórios clínicos em pacientes de ambos os sexos que receberam a poliquimioterapia, incluindo o sulfato de vincristina, indicam que pode ocorrer azoospermia19 e amenorréia20 em pacientes pós-púberes. A recuperação ocorreu muitos meses após o término da quimioterapia21, em alguns pacientes, mas não em todos. Quando o mesmo tratamento é administrado a pacientes pré-púberes, a possibilidade de ocorrer azoospermia19 e amenorréia20 permanentes é mais remota. Pacientes que receberam quimioterapia21 com sulfato de vincristina combinado com drogas anticâncer conhecidamente carcinogênicas, desenvolveram doenças malignas secundárias. A contribuição do sulfato de vincristina nessa associação não foi determinada. Mães lactantes22: não se sabe se esta droga é excretada no leite humano. Devido a muitas drogas serem excretadas no leite humano e ao potencial do sulfato de vincristina em causar reações adversas graves nos lactentes23, deve-se tomar a decisão de descontinuar a amamentação24 ou o tratamento com sulfato de vincristina, levando-se em consideração a importância da droga para a mãe. - Interações medicamentosas: o sulfato de vincristina não deve ser diluído em soluções que aumentem ou diminuam o pH além da faixa de 3,5 a 5,5. Não deve ser misturado com qualquer outra solução intravenosa que não seja soro25 fisiológico26 ou glicosado. Quando a solução e o frasco permitirem, os produtos parenterais devem ser inspecionados visualmente quanto a partículas e descoloração da solução, antes da administração. Foi relatado que, durante a administração simultânea, oral ou intravenosa, de fenitoína e combinações quimioterápicas de antineoplásicos, incluindo o sulfato de vincristina, houve redução nos níveis sangüíneos do anticonvulsivante e aumento na freqüência e intensidade de convulsões. O ajuste de dose deve ser feito baseado na monitoração dos níveis sangüíneos da fenitoína. A contribuição do sulfato de vincristina nesta interação não é certa. A interação pode resultar da absorção reduzida de fenitoína e de um aumento do seu metabolismo27 e eliminação. Deve-se tomar cuidado com pacientes que estejam tomando medicamentos que inibem o metabolismo27 de drogas pelas isoenzimas hepáticas28 citocromo P450 na subfamília cyp3a, e pacientes com disfunção hepática29. Foi relatado que a administração concomitante de sulfato de vincristina com itraconazol (um conhecido inibidor do metabolismo27) causou início prematuro e/ou aumento da gravidade dos efeitos colaterais30 neuromusculares. Presume-se que esta interação esteja relacionada com a inibição do metabolismo27 da vincristina. Quando os alcalóides da vinca foram usados em combinação com a mitomicina-C, as reações de dispnéia7 aguda e broncospasmo grave foram mais freqüentes.
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Complementos

1 Nefropatia: Lesão ou doença do rim.
2 Leucopenia: Redução no número de leucócitos no sangue. Os leucócitos são responsáveis pelas defesas do organismo, são os glóbulos brancos. Quando a quantidade de leucócitos no sangue é inferior a 6000 leucócitos por milímetro cúbico, diz-se que o indivíduo apresenta leucopenia.
3 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
4 Leucemia: Doença maligna caracterizada pela proliferação anormal de elementos celulares que originam os glóbulos brancos (leucócitos). Como resultado, produz-se a substituição do tecido normal por células cancerosas, com conseqüente diminuição da capacidade imunológica, anemia, distúrbios da função plaquetária, etc.
5 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
6 Encefálica: Referente a encéfalo.
7 Dispnéia: Falta de ar ou dificuldade para respirar caracterizada por respiração rápida e curta, geralmente está associada a alguma doença cardíaca ou pulmonar.
8 Patologia: 1. Especialidade médica que estuda as doenças e as alterações que estas provocam no organismo. 2. Qualquer desvio anatômico e/ou fisiológico, em relação à normalidade, que constitua uma doença ou caracterize determinada doença. 3. Por extensão de sentido, é o desvio em relação ao que é próprio ou adequado ou em relação ao que é considerado como o estado normal de uma coisa inanimada ou imaterial.
9 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
10 Olhos:
11 Ulceração: 1. Processo patológico de formação de uma úlcera. 2. A úlcera ou um grupo de úlceras.
12 Córnea: Membrana fibrosa e transparente presa à esclera, constituindo a parte anterior do olho.
13 Olho: s. m. (fr. oeil; ing. eye). Órgão da visão, constituído pelo globo ocular (V. este termo) e pelos diversos meios que este encerra. Está situado na órbita e ligado ao cérebro pelo nervo óptico. V. ocular, oftalm-. Sinônimos: Olhos
14 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
15 Leucócitos: Células sangüíneas brancas. Compreendem tanto os leucócitos granulócitos (BASÓFILOS, EOSINÓFILOS e NEUTRÓFILOS) como os não granulócitos (LINFÓCITOS e MONÓCITOS). Sinônimos: Células Brancas do Sangue; Corpúsculos Sanguíneos Brancos; Corpúsculos Brancos Sanguíneos; Corpúsculos Brancos do Sangue; Células Sanguíneas Brancas
16 Plaquetas: Elemento do sangue (não é uma célula porque não apresenta núcleo) produzido na medula óssea, cuja principal função é participar da coagulação do sangue através da formação de conglomerados que tamponam o escape do sangue por uma lesão em um vaso sangüíneo.
17 Medula Óssea: Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.
18 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
19 Azoospermia: Ausência de espermatozódes no líquido seminal.
20 Amenorréia: É a ausência de menstruação pelo período equivalente a 3 ciclos menstruais ou 6 meses (o que ocorrer primeiro). Para períodos inferiores, utiliza-se o termo atraso menstrual.
21 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
22 Lactantes: Que produzem leite; que aleitam.
23 Lactentes: Que ou aqueles que mamam, bebês. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
24 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
25 Soro: Chama-se assim qualquer líquido de características cristalinas e incolor.
26 Fisiológico: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
27 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
28 Hepáticas: Relativas a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
29 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
30 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.

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