PRECAUÇÕES RIFALDIN

Atualizado em 24/05/2016
PACIENTES COM DISFUNCAO HEPATICA1 SO DEVEM RECEBER RIFAMPICINA EM CASOS DE REAL NECESSIDADE, COM PRECAUCAO E SOB ESTRITO CONTROLE MEDICO, DEVENDO-SE CONTROLAR A FUNCAO HEPATICA1, ESPECIALMENTE AS TRANSAMINASES GLUTAMICO-PIRUVICA (TGP) E GLUTAMICO-OXALACETICA (TGO), ANTES DO INICIO DO TRATAMENTO E A CADA 2 A 4 SEMANAS DURANTE O MESMO. SE DETECTADOS SINAIS2 DE DANO HEPATOCELULAR, A RIFAMPICINA DEVE SER SUSPENSA. A DESCOBERTA ISOLADA DE UMA ELEVACAO MODERADA DE BILIRRUBINA3 E/OU DAS TRANSAMINASES NAO CONSTITUEM, POR SI SO, UMA INDICACAO PARA INTERROMPER O TRATAMENTO COM RIFALDIN; ESTA DECISAO DEVE SER TOMADA APOS REPETICAO DOS EXAMES LABORATORIAIS E LEVANDO EM CONSIDERACAO A CONDICAO CLINICA DO PACIENTE E A TENDENCIA DOS NIVEIS ENZIMATICOS. A RIFAMPICINA PODE CAUSAR UMA COLORACAO AVERMELHADA DA URINA4, DO ESCARRO E DAS LAGRIMAS, DEVENDO-SE ALERTAR O PACIENTE SOBRE ESTE FATO. AS LENTES DE CONTATO GELATINOSAS PODEM FICAR PERMANENTEMENTE MANCHADAS. NO TRATAMENTO DE INFECCOES5 NAO TUBERCULOSAS, SE HOUVER SUSPEITA DE FORMA TUBERCULOSA ASSOCIADA, A RIFAMPICINA NAO DEVE SER ADMINISTRADA ANTES QUE SEJA ESCLARECIDO O DIAGNOSTICO6, PARA NAO MASCARAR O PROCESSO ESPECIFICO E NAO PROVOCAR A EMERGENCIA7 DE RESISTENCIA MICROBACTERIANA. QUANDO A RIFAMPICINA E ADMINISTRADA DE FORMA INTERMITENTE8 (MENOS DE 2-3 DOSES POR SEMANA), PODE HAVER REACOES IMUNOLOGICAS (VER REACOES ADVERSAS); DEVIDO A ISTO, OS PACIENTES DEVEM SER ALERTADOS PARA QUE NAO INTERROMPAM O TRATAMENTO E DEVE-SE CONTROLA-LOS CUIDADOSAMENTE. A RIFAMPICINA POSSUI PROPRIEDADES INDUTORAS ENZIMATICAS, INCLUINDO A DELTA-AMINO-LEVULINICA-ACIDO-SINTETASE. RELATOS ISOLADOS TEM ASSOCIADO UMA EXACERBACAO DA PORFIRIA9 COM A ADMINISTRACAO DE RIFAMPICINA. TEM-SE OBSERVADO ELEVACOES TRANSITORIAS DE BROMOSSULFALEINA (BSP) E DE BILIRRUBINA3 SERICAS, PELO QUE SE ACONSELHA REALIZAR ESTAS DOSIFICACOES ANTES DA DOSE MATINAL DE RIFALDIN. RIFAMPICINA SOLUCAO: PELO FATO DE CONTER METABISSULFITO DE SODIO, PODE DESENCADEAR REACOES ALERGICAS, INCLUINDO SINTOMATOLOGIA DE CHOQUE ANAFILATICO10, COM RISCO DE VIDA, OU CRISES DE ASMA11 MENOS SEVERAS EM ALGUMAS PESSOAS SUSCEPTIVEIS. A PREVALENCIA12 GERAL DE SENSIBILIDADE NA POPULACAO AO SULFITO NAO E CONHECIDA E PROVAVELMENTE SEJA BAIXA. A SENSIBILIDADE AO SULFITO SE OBSERVA MAIS FREQUENTEMENTE EM PESSOAS ASMATICAS DO QUE NAQUELAS NAO-ASMATICAS. - GRAVIDEZ13 E LACTACAO14: NAO HA ESTUDOS BEM CONTROLADOS COM RIFAMPICINA NA MULHER GRAVIDA. EM ALTAS DOSES A RIFAMPICINA MOSTROU ACAO TERATOGENICA15 EM ROEDORES. A RIFAMPICINA E EXCRETADA PELO LEITE MATERNO. EMBORA TENHA-SE RELATADO QUE A RIFAMPICINA ATRAVESSA A BARREIRA PLACENTARIA E APARECE NO CORDAO UMBILICAL16, O EFEITO DA RIFAMPICINA ISOLADA OU EM COMBINACAO COM OUTRO ANTIBIOTICO NO FETO17 HUMANO NAO E AINDA CONHECIDO. QUANDO SE ADMINISTRA NAS ULTIMAS SEMANAS DA GRAVIDEZ13, A RIFAMPICINA PODE CAUSAR HEMORRAGIAS18 POS-NATAIS TANTO NO RECEM-NASCIDO COMO NA MAE, PARA O QUE SE INDICA TRATAMENTO COM VITAMINA19 K. CONSEQUENTEMENTE, RIFALDIN NAO DEVE SER ADMINISTRADO A MULHERES GRAVIDAS OU QUE ESTEJAM AMAMENTANDO, A MENOS QUE, A JUIZO DO MEDICO, OS BENEFICIOS POTENCIAIS PARA A PACIENTE SUPEREM OS RISCOS PARA O FETO17. - INTERACOES MEDICAMENTOSAS: CONSIDERANDO-SE QUE A RIFAMPICINA POSSUI PROPRIEDADES INDUTORAS DAS ENZIMAS HEPATICAS20, PODE REDUZIR A ATIVIDADE DE ALGUMAS DROGAS COMO ANTICOAGULANTES21, CICLOSPORINA, QUINIDINA, ANALGESICOS22, NARCOTICOS, DAPSONA, CORTICOSTEROIDES, DIGITALICOS, ANTICONCEPCIONAIS ORAIS, E AGENTES HIPOGLICEMIANTES ORAIS23. TEM-SE RELATADO TAMBEM DIMINUICAO DA ATIVIDADE DAS SEGUINTES DROGAS QUANDO ADMINISTRADAS SIMULTANEAMENTE COM RIFAMPICINA: METADONA, BARBITURICOS, DIAZEPAM, VERAPAMIL, BETABLOQUEADORES ADRENERGICOS24, CLOFIBRATO, PROGESTAGENOS, DISOPIRAMIDA, MEXILETINA, TEOFILINA, CLORANFENICOL E ANTICONVULSIVANTES. PODE SER NECESSARIO O AJUSTE DAS DOSES DESTES MEDICAMENTOS SE FOREM ADMINISTRADOS CONCOMITANTEMENTE COM RIFAMPICINA. DURANTE O TRATAMENTO COM RIFAMCIPINA, AS MULHERES EM USO DE ANTICONCEPCIONAIS ORAIS DEVEM SER ADVERTIDAS PARA O USO DE OUTROS METODOS NAO-HORMONAIS DE CONTROLE DE NATALIDADE. A DIABETE PODE FICAR MAIS DIFICIL DE SER CONTROLADA. TEM-SE EVIDENCIADO QUE OS ANTIACIDOS25 INTERFEREM COM A ABSORCAO DA RIFAMPICINA. QUANDO SE ADMINISTRA HALOTANO CONCOMITANTEMENTE COM RIFAMPICINA, TEM-SE RELATADO CASOS DE ELEVACAO DE HEPATOTOXICIDADE26 DE AMBAS AS DROGAS. NO CASO DE KETOCONAZOL, DIMINUI A CONCENTRACAO SERICA DE AMBAS AS DROGAS E AS DOSAGENS DEVERIAM SER AJUSTADAS SE A CONDICAO CLINICA DO PACIENTE REQUERER. OS NIVEIS SERICOS TERAPEUTICOS DA RIFAMPICINA PODEM INIBIR OS METODOS MICROBIOLOGICOS27 DE DOSAGEM DE FOLATOS E DE VITAMINA19 B12 NO SORO28 E, PORTANTO, DEVE-SE CONSIDERAR METODOS ALTERNATIVOS. QUANDO A RIFAMPICINA E ADMINISTRADA JUNTO COM O ACIDO PARAMINOSALICILICO (PAS), OS NIVEIS SERICOS DE RIFAMPICINA PODEM DIMINUIR, CONSEQUENTEMENTE ESTES MEDICAMENTOS DEVEM SER TOMADOS COM INTERVALO DE PELO MENOS 4 HORAS.
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Complementos

1 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
2 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
3 Bilirrubina: Pigmento amarelo que é produto da degradação da hemoglobina. Quando aumenta no sangue, acima de seus valores normais, pode produzir uma coloração amarelada da pele e mucosas, denominada icterícia. Pode estar aumentado no sangue devido a aumento da produção do mesmo (excesso de degradação de hemoglobina) ou por dificuldade de escoamento normal (por exemplo, cálculos biliares, hepatite).
4 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
5 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
6 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
7 Emergência: 1. Ato ou efeito de emergir. 2. Situação grave, perigosa, momento crítico ou fortuito. 3. Setor de uma instituição hospitalar onde são atendidos pacientes que requerem tratamento imediato; pronto-socorro. 4. Eclosão. 5. Qualquer excrescência especializada ou parcial em um ramo ou outro órgão, formada por tecido epidérmico (ou da camada cortical) e um ou mais estratos de tecido subepidérmico, e que pode originar nectários, acúleos, etc. ou não se desenvolver em um órgão definido.
8 Intermitente: Nos quais ou em que ocorrem interrupções; que cessa e recomeça por intervalos; intervalado, descontínuo. Em medicina, diz-se de episódios de febre alta que se alternam com intervalos de temperatura normal ou cujas pulsações têm intervalos desiguais entre si.
9 Porfiria: Constituem um grupo de pelo menos oito doenças genéticas distintas, além de formas adquiridas, decorrentes de deficiências enzimáticas específicas na via de biossíntese do heme, que levam à superprodução e acumulação de precursores metabólicos, para cada qual correspondendo um tipo particular de porfiria. Fatores ambientais, tais como: medicamentos, álcool, hormônios, dieta, estresse, exposição solar e outros desempenham um papel importante no desencadeamento e curso destas doenças.
10 Choque anafilático: Reação alérgica grave, caracterizada pela diminuição da pressão arterial, taquicardia e distúrbios gerais da circulação, acompanhado ou não de edema de glote. Necessita de tratamento urgente. Pode surgir por exposição aos mais diversos alérgenos.
11 Asma: Doença das vias aéreas inferiores (brônquios), caracterizada por uma diminuição aguda do calibre bronquial em resposta a um estímulo ambiental. Isto produz obstrução e dificuldade respiratória que pode ser revertida de forma espontânea ou com tratamento médico.
12 Prevalência: Número de pessoas em determinado grupo ou população que são portadores de uma doença. Número de casos novos e antigos desta doença.
13 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
14 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
15 Teratogênica: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
16 Cordão Umbilical: Estrutura flexível semelhante a corda, que conecta um FETO em desenvolvimento à PLACENTA, em mamíferos. O cordão contém vasos sanguíneos que transportam oxigênio e nutrientes da mãe ao feto e resíduos para longe do feto.
17 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
18 Hemorragias: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
19 Vitamina: Compostos presentes em pequenas quantidades nos diversos alimentos e nutrientes e que são indispensáveis para o desenvolvimento dos processos biológicos normais.
20 Enzimas hepáticas: São duas categorias principais de enzimas hepáticas. A primeira inclui as enzimas transaminasas alaninoaminotransferase (ALT ou TGP) e a aspartato aminotransferase (AST ou TOG). Estas são enzimas indicadoras do dano às células hepáticas. A segunda categoria inclui certas enzimas hepáticas como a fosfatase alcalina (FA) e a gamaglutamiltranspeptidase (GGT) as quais indicam obstrução do sistema biliar, quer seja no fígado ou nos canais maiores da bile que se encontram fora deste órgão.
21 Anticoagulantes: Substâncias ou medicamentos que evitam a coagulação, especialmente do sangue.
22 Analgésicos: Grupo de medicamentos usados para aliviar a dor. As drogas analgésicas incluem os antiinflamatórios não-esteróides (AINE), tais como os salicilatos, drogas narcóticas como a morfina e drogas sintéticas com propriedades narcóticas, como o tramadol.
23 Hipoglicemiantes orais: Medicamentos usados por via oral em pessoas com diabetes tipo 2 para manter os níves de glicose próximos ao normal. As classes de hipoglicemiantes são: inibidores da alfaglicosidase, biguanidas, derivados da fenilalanina, meglitinides, sulfoniluréias e thiazolidinediones.
24 Adrenérgicos: Que agem sobre certos receptores específicos do sistema simpático, como o faz a adrenalina.
25 Antiácidos: É uma substância que neutraliza o excesso de ácido, contrariando o seu efeito. É uma base que aumenta os valores de pH de uma solução ácida.
26 Hepatotoxicidade: É um dano no fígado causado por substâncias químicas chamadas hepatotoxinas.
27 Microbiológicos: Referente à microbiologia, ou seja, à especialidade biomédica que estuda os microrganismos patogênicos, responsáveis pelas doenças infecciosas, englobando a bacteriologia (bactérias), virologia (vírus) e micologia (fungos).
28 Soro: Chama-se assim qualquer líquido de características cristalinas e incolor.

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