CONDUTA NA SUPERDOSAGEM SARIDON

Atualizado em 24/05/2016

Nos casos de dose excessiva de paracetamol, os sintomas1 incluem: vômito2, hemorragia3 gastrintestinal, disfunção hepática4, disfunção renal5, edema6 cerebral e necrose7 tubular renal5. O órgão mais atingido é o fígado8, ocorrendo necrose7 hepática4 que pode ser fatal vários dias após a superdosagem. As evidências clínicas e laboratoriais da toxicidade9 podem ser aparentes até 40 a 72 horas após a ingestão.

A superdosagem de cafeína ocasiona distúrbios ligados ao SNC10 e ao sistema circulatório11: inquietação, excitação, tremor muscular, tinitus, escotomas12 cintilantes, taquicardia13 e extrassístoles.
Aumento da secreção gástrica e ulcerações14 podem ocorrer.

Devido à propifenazona podem ocorrer: náuseas15, sonolência, convulsões e coma16.

O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível: o estômago17 deve ser esvaziado imediatamente através de aspiração gástrica e lavagem ou por indução de emese18 com xarope Ipeca. A estimativa da quantidade ingerida, principalmente se fornecida pelo paciente, não é um
dado confiável. Portanto, a determinação da concentração sérica de paracetamol deve ser obtida o mais rápido possível, mas não antes de 4 horas após a ingestão. A determinação da função hepática4 deve ser obtida inicialmente e a seguir a cada 24 horas. O antídoto19 N-acetilcisteína20 (fluimicil a 20%) deve ser administrado com urgência21 e dentro das 16 primeiras horas após a ingestão para obter bons resultados.

O seguinte esquema pode ser utilizado, usando N-acetilcisteína20 injetável: dose inicial de 150 mg/Kg de peso, intravenosa por 15 minutos, seguida de infusão de 50 mg/Kg de peso em 500 ml de dextrose22 a 5% por 4 horas e a   seguir 100 mg/Kg de peso em 1 litro de dextrose22 a 5% nas
próximas 16 horas (totalizando 300 mg/Kg de peso em 20 horas).

Os sintomas1 centrais devidos à cafeína podem ser prontamente controlados com barbitúrico de ação curta.


Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
2 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
3 Hemorragia: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
4 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
5 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
6 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
7 Necrose: Conjunto de processos irreversíveis através dos quais se produz a degeneração celular seguida de morte da célula.
8 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
9 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
10 SNC: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
11 Sistema circulatório: O sistema circulatório ou cardiovascular é formado por um circuito fechado de tubos (artérias, veias e capilares) dentro dos quais circula o sangue e por um órgão central, o coração, que atua como bomba. Ele move o sangue através dos vasos sanguíneos e distribui substâncias por todo o organismo.
12 Escotomas: Regiões da retina em que há perda ou ausência da acuidade visual devido a patologias oculares.
13 Taquicardia: Aumento da frequência cardíaca. Pode ser devido a causas fisiológicas (durante o exercício físico ou gravidez) ou por diversas doenças como sepse, hipertireoidismo e anemia. Pode ser assintomática ou provocar palpitações.
14 Ulcerações: 1. Processo patológico de formação de uma úlcera. 2. A úlcera ou um grupo de úlceras.
15 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
16 Coma: 1. Alteração do estado normal de consciência caracterizado pela falta de abertura ocular e diminuição ou ausência de resposta a estímulos externos. Pode ser reversível ou evoluir para a morte. 2. Presente do subjuntivo ou imperativo do verbo “comer.“
17 Estômago: Órgão da digestão, localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, entre o final do ESÔFAGO e o início do DUODENO.
18 Êmese: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Sinônimo de vômito. Pode ser classificada como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
19 Antídoto: Substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno. Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele.
20 Acetilcisteína: Derivado N-acetil da cisteína. É usado como um agente mucolítico para reduzir a viscosidade das secreções mucosas.
21 Urgência: 1. Necessidade que requer solução imediata; pressa. 2. Situação crítica ou muito grave que tem prioridade sobre outras; emergência.
22 Dextrose: Também chamada de glicose. Açúcar encontrado no sangue que serve como principal fonte de energia do organismo.

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