PRECAUÇÕES CLORPROPAMIDA

Atualizado em 24/05/2016
GERAIS: HIPOGLICEMIA1: TODAS AS SULFONILUREIAS2 SAO CAPAZES DE PRODUZIR HIPOGLICEMIA1 SEVERA. SELECAO DE PACIENTES, POSOLOGIA E ADMINISTRACAO ADEQUADAS SAO IMPORTANTES PARA EVITAR CASOS DE HIPOGLICEMIA1. INSUFICIENCIA RENAL3 OU HEPATICA4 PODE CAUSAR NIVEIS SANGUINEOS ELEVADOS DE CLORPROPAMIDA5, O QUE PODE LEVAR A UMA DIMINUICAO DA CAPACIDADE DE GLICONEOGENESE6, PODENDO AUMENTAR TAMBEM O RISCO DE SERIAS REACOES HIPOGLICEMICAS. PACIENTES IDOSOS, DEBILITADOS OU DESNUTRIDOS, E AQUELES COM INSUFICIENCIA7 SUPRA-RENAL8 OU PITUITARIA, SAO PARTICULARMENTE SUSCETIVEIS A ACAO HIPOGLICEMICA DAS DROGAS REDUTORAS DE GLICOSE9. A HIPOGLICEMIA1 PODE SER DIFICIL DE SER RECONHECIDA EM IDOSOS E EM PESSOAS SOB DROGAS BLOQUEADORAS BETA-ADRENERGICAS. A HIPOGLICEMIA1 COMUMENTE OCORRE QUANDO DA DEFICIENCIA DE INGESTAO CALORICA, APOS EXERCICIOS INTENSOS E PROLONGADOS, DURANTE INGESTAO ALCOOLICA OU QUANDO FOR ADMINISTRADA MAIS DE UMA DROGA REDUTORA DE GLICOSE9. DEVIDO A LONGA MEIA-VIDA DA CLORPROPAMIDA5, PACIENTES QUE SE TORNAM HIPOGLICEMICOS DURANTE O TRATAMENTO COM CLORPROPAMIDA5 PRECISAM DE UMA CUIDADOSA SUPERVISAO DA POSOLOGIA EM INTERVALOS CURTOS DE ALIMENTACAO NO MINIMO POR 3 A 5 DIAS. HOSPITALIZACAO E GLICOSE9 INTRAVENOSA PODEM SER NECESSARIAS. PERDA DO CONTROLE DA GLICEMIA10: QUANDO UM PACIENTE DIABETICO ESTABILIZADO SOB QUALQUER TRATAMENTO EXPUSER-SE A CONDICOES, TAIS COMO: FEBRE11, TRAUMA, INFECCAO12 OU CIRURGIA, PODERA HAVER PERDA DO CONTROLE DA GLICEMIA10. EM TAIS CASOS SERA NECESSARIO INTERROMPER O USO DE CLORPROPAMIDA5 E ADMINISTRAR INSULINA13. COM O PASSAR DO TEMPO A EFICACIA DE QUALQUER HIPOGLICEMIANTE14 ORAL DIMINUI, INCLUSIVE DE CLORPROPAMIDA5, O QUE PODE SER DEVIDO A PROGRESSAO DA DOENCA OU DIMINUICAO DE RESPOSTA A DROGA. ESSE FENOMENO E CONSIDERADO COMO FALHA SECUNDARIA PARA DISTINGUI-LO DA FALHA PRIMARIA NA QUAL A DROGA E INEFICAZ NUM PACIENTE INDIVIDUAL QUANDO A MESMA E ADMINISTRADA PELA PRIMEIRA VEZ. O PACIENTE DEVE SER INFORMADO DOS POTENCIAIS RISCOS E VANTAGENS DE CLORPROPAMIDA5 E TRATAMENTOS ALTERNATIVOS. DEVE SER TAMBEM ORIENTADO SOBRE A IMPORTANCIA DA DIETA, DOS EXERCICIOS REGULARES E DOS EXAMES DE DOSAGEM DE ACUCAR15 NO SANGUE16 E URINA17. O RISCO DE HIPOGLICEMIA1, SEUS SINTOMAS18 E TRATAMENTO, E CONDICOES QUE PREDISPOEM AO SEU DESENVOLVIMENTO, DEVEM SER EXPLICADOS AO PACIENTE E RESPONSAVEIS FAMILIARES. AS FALHAS PRIMARIA E SECUNDARIA DEVEM TAMBEM SER INFORMADAS. O PACIENTE DEVE SER INSTRUIDO A PROCURAR IMEDIATAMENTE SEU MEDICO SE HOUVER QUAISQUER SINTOMAS18 DE HIPOGLICEMIA1 OU OUTRAS REACOES ADVERSAS. EXAMES DE ACUCAR15 NO SANGUE16 E URINA17 DEVEM SER FEITOS PERIODICAMENTE. A DOSAGEM DE HEMOGLOBINA GLICOSILADA19 PODE SER UTIL. CARCINOGENESE, MUTAGENESE, DISTURBIOS DE FERTILIDADE: ESTUDOS DE TOXICIDADE20 CRONICA FORAM REALIZADOS EM CAES E RATOS. OS CAES FORAM TRATADOS POR SEIS, TREZE E VINTE MESES COM DOSES DE CLORPROPAMIDA5 VINTE VEZES MAIORES DO QUE PARA HUMANOS, NAO TENDO APRESENTADO GRANDES ALTERACOES HISTOLOGICAS21 OU PATOLOGICAS. APOS O TRATAMENTO COM 100 MG/KG DE CLORPROPAMIDA5, POR VINTE MESES, UM CAO APRESENTOU ALTERACOES HISTOPATOLOGICAS HEPATICAS22. OS RATOS, TRATADOS CONTINUAMENTE POR SEIS MESES A DOZE MESES, APRESENTARAM VARIOS GRAUS DE INIBICAO DE ESPERMATOGENESE, EM ALTAS DOSES (ATE 125 MG/KG). O GRAU DE INIBICAO PARECEU OCORRER LOGO APOS O RETARDO NO CRESCIMENTO EM RATOS, QUANDO SE ADMINISTRARAM DOSES ALTAS DE CLORPROPAMIDA5 EM RATOS POR TEMPO PROLONGADO. USO NA GRAVIDEZ23: EFEITOS TERATOGENICOS24: CLORPROPAMIDA5 NAO FOI UTILIZADO EM ESTUDOS DE REPRODUCAO25 ANIMAL. TAMBEM NAO SE SABE SE PODE CAUSAR DISTURBIO FETAL QUANDO ADMINISTRADO NA GRAVIDEZ23, OU SE PODE AFETAR A CAPACIDADE DE REPRODUCAO25. CLORPROPAMIDA5 SO DEVE SER ADMINISTRADO DURANTE A GESTACAO SE FOR REALMENTE NECESSARIO. UMA VEZ QUE INFORMACOES RECENTES SUGEREM QUE OS NIVEIS DE ALTERACAO DE ACUCAR15 NO SANGUE16 DURANTE A GRAVIDEZ23 ESTAO ASSOCIADOS COM UMA MAIOR INCIDENCIA26 DE IRREGULARIDADES CONGENITAS27, MUITOS ESPECIALISTAS RECOMENDAM O USO DA INSULINA13 DURANTE A GRAVIDEZ23 PARA MANTER OS NIVEIS GLICEMICOS TAO PROXIMOS DO NORMAL QUANTO POSSIVEL. EFEITOS NAO TERATOGENICOS24: HIPOGLICEMIA1 SEVERA PROLONGADA (4 A 10 DIAS) TEM SIDO RELATADA EM RECEM-NASCIDOS DE MAES QUE RECEBERAM SULFONILUREIAS2 NA EPOCA DO PARTO. ISTO TEM SIDO MAIS FREQUENTEMENTE RELATADO COM O USO DE AGENTES COM MEIAS-VIDAS PROLONGADAS. SE CLORPROPAMIDA5 FOR USADO NA GRAVIDEZ23, O MESMO DEVERA SER DESCONTINUADO PELO MENOS UM MES ANTES DA DATA ESPERADA DO PARTO. USO EM LACTANTES28: UMA ANALISE DA COMPOSICAO DE DUAS AMOSTRAS DE LEITE MATERNO, TIRADAS CINCO HORAS APOS A INGESTAO DE 500 MG DE CLORPROPAMIDA5 POR UMA PACIENTE, REVELOU UMA CONCENTRACAO DE 5 MCG/ML. PARA REFERENCIA, O PICO SANGUINEO APOS A INGESTAO DE UMA UNICA DOSE DE 250 MG DE CLORPROPAMIDA5 E DE 30 MCG/ML. PORTANTO, NAO SE RECOMENDA QUE A MULHER AMAMENTE ENQUANTO ESTIVER TOMANDO A MEDICACAO. - INTERACOES MEDICAMENTOSAS: A ACAO HIPOGLICEMICA DA SULFONILUREIA PODE SER POTENCIALIZADA POR CERTAS DROGAS, INCLUINDO OS AGENTES ANTIINFLAMATORIOS NAO ESTEROIDES E OUTRAS SUBSTANCIAS COM ALTA ACAO PROTEICA, SALICILATOS, SULFONAMIDAS, CLORANFENICOL, PROBENECIDA, CUMARINICOS INIBIDORES DA MONOAMINA OXIDASE, AGENTES BLOQUEADORES BETA-ADRENERGICOS29. QUANDO TAIS DROGAS SAO ADMINISTRADAS A UM PACIENTE SOB CLORPROPAMIDA5, O MESMO DEVERA SER CUIDADOSAMENTE OBSERVADO QUANTO A HIPOGLICEMIA1. QUANDO TAIS DROGAS FOREM SUSPENSAS, O PACIENTE DEVE SER TAMBEM CUIDADOSAMENTE OBSERVADO QUANTO A PERDA DE CONTROLE. ALGUNS MEDICAMENTOS TENDEM A PRODUZIR HIPERGLICEMIA30 LEVANDO A PERDA DE CONTROLE. ESSAS DROGAS INCLUEM AS TIAZIDAS E OUTROS DIURETICOS31, CORTICOSTEROIDES, FENOTIAZIDAS E AGENTES DERIVADOS DA TIROIDE, ESTROGENIOS, CONTRACEPTIVOS ORAIS, FENITOINA, ACIDO NICOTINICO, SIMPATOMIMETICOS, ANTAGONISTAS DO CALCIO E ISONIAZIDA. QUANDO TAIS SUBSTANCIAS SAO ADMINISTRADAS A PACIENTE RECEBENDO CLORPROPAMIDA5, O MESMO DEVERA SER CUIDADOSAMENTE OBSERVADO QUANTO A PERDA DE CONTROLE. QUANDO ESSAS SUBSTANCIAS FOREM DESCONTINUADAS, O PACIENTE DEVERA SER TAMBEM CUIDADOSAMENTE OBSERVADO QUANTO A HIPOGLICEMIA1.
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Complementos

1 Hipoglicemia: Condição que ocorre quando há uma queda excessiva nos níveis de glicose, freqüentemente abaixo de 70 mg/dL, com aparecimento rápido de sintomas. Os sinais de hipoglicemia são: fome, fadiga, tremores, tontura, taquicardia, sudorese, palidez, pele fria e úmida, visão turva e confusão mental. Se não for tratada, pode levar ao coma. É tratada com o consumo de alimentos ricos em carboidratos como pastilhas ou sucos com glicose. Pode também ser tratada com uma injeção de glucagon caso a pessoa esteja inconsciente ou incapaz de engolir. Também chamada de reação à insulina.
2 Sulfoniluréias: Classe de medicamentos orais para tratar o diabetes tipo 2 que reduz a glicemia por ajudar o pâncreas a fabricar mais insulina e o organismo a usar melhor a insulina produzida.
3 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
4 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
5 Clorpropamida: Medicação de uso oral para tratamento do diabetes tipo 2. Reduz a glicemia ajudando o pâncreas a produzir mais insulina e o corpo a usar melhor a insulina produzida. Pertence à classe dos medicamentos chamada sulfoniluréias.
6 Gliconeogênese: Formação de novo açúcar. É o caminho pelo qual é produzida a glicose a partir de compostos aglicanos (não-açúcares ou não-carboidratos), sendo a maior parte deste processo realizado no fígado (principalmente em jejum) e uma menor parte realizada no córtex renal.
7 Insuficiência: Incapacidade de um órgão ou sistema para realizar adequadamente suas funções.Manifesta-se de diferentes formas segundo o órgão comprometido. Exemplos: insuficiência renal, hepática, cardíaca, respiratória.
8 Supra-renal:
9 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
10 Glicemia: Valor de concentração da glicose do sangue. Seus valores normais oscilam entre 70 e 110 miligramas por decilitro de sangue (mg/dl).
11 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
12 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
13 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
14 Hipoglicemiante: Medicamento que contribui para manter a glicose sangüínea dentro dos limites normais, sendo capaz de diminuir níveis de glicose previamente elevados.
15 Açúcar: 1. Classe de carboidratos com sabor adocicado, incluindo glicose, frutose e sacarose. 2. Termo usado para se referir à glicemia sangüínea.
16 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
17 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
18 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
19 Hemoglobina glicosilada: Hemoglobina glicada, hemoglobina glicosilada, glico-hemoglobina ou HbA1C e, mais recentemente, apenas como A1C é uma ferramenta de diagnóstico na avaliação do controle glicêmico em pacientes diabéticos. Atualmente, a manutenção do nível de A1C abaixo de 7% é considerada um dos principais objetivos do controle glicêmico de pacientes diabéticos. Algumas sociedades médicas adotam metas terapêuticas mais rígidas de 6,5% para os valores de A1C.
20 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
21 Histológicas: Relativo à histologia, ou seja, relativo à disciplina biomédica que estuda a estrutura microscópica, composição e função dos tecidos vivos.
22 Hepáticas: Relativas a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
23 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
24 Teratogênicos: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
25 Reprodução: 1. Função pela qual se perpetua a espécie dos seres vivos. 2. Ato ou efeito de reproduzir (-se). 3. Imitação de quadro, fotografia, gravura, etc.
26 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
27 Congênitas: 1. Em biologia, o que é característico do indivíduo desde o nascimento ou antes do nascimento; conato. 2. Que se manifesta espontaneamente; inato, natural, infuso. 3. Que combina bem com; apropriado, adequado. 4. Em termos jurídicos, é o que foi adquirido durante a vida fetal ou embrionária; nascido com o indivíduo. Por exemplo, um defeito congênito.
28 Lactantes: Que produzem leite; que aleitam.
29 Adrenérgicos: Que agem sobre certos receptores específicos do sistema simpático, como o faz a adrenalina.
30 Hiperglicemia: Excesso de glicose no sangue. Hiperglicemia de jejum é o nível de glicose acima dos níveis considerados normais após jejum de 8 horas. Hiperglicemia pós-prandial acima de níveis considerados normais após 1 ou 2 horas após alimentação.
31 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.

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