INFORMAÇÃO TÉCNICA VERTIZINE D
VERTIZINE D possui em sua fórmula duas substâncias ativas: o dicloridrato de flunarizina que bloqueia de maneira seletiva o aumento do influxo de Ca++ transmembrana e a sobrecarga intracelular deste íon1, em diferentes tecidos. Esta sobrecarga ocorre, quando as membranas das células2 da musculatura lisa da parede vascular3 se despolarizam espontaneamente ou, quando substâncias endógenas vasoconstritoras são liberadas produzindo um aumento do influxo de Ca++ transmembrana e, consequentemente, vasoconstrição4. Em ambas as circunstâncias o acúmulo de cálcio intracelular é inibido pelo dicloridrato de flunarizina, que atua, por um lado, diretamente como um antivasoconstritor e, por outro, atua inibindo a reação a estímulos vasoconstritores evitando desta forma, vasoespasmos. Na presença de distúrbios circulatórios, com comprometimento da parede vascular3, tais substâncias tornam-se nocivas provocando vasoespasmos sustentados, que por sua vez, comprometem ainda mais o fluxo sanguíneo local e, consequentemente, a perfusão tecidual. O dicloridrato de flunarizina através do bloqueio seletivo da entrada de Ca++ para o interior da célula5, quando este é estimulado a entrar em excesso, inibe o vasoespasmo induzido pelo Ca++ e previne as consequências deletérias em nível celular desta sobrecarga. Desta forma, o dicloridrato de flunarizina influencia favoravelmente os sintomas6 relacionados aos distúrbios vasculares7 nos territórios cerebral e periférico, proporcionando um maior fluxo sanguíneo e uma melhor perfusão tecidual. Entretanto, este efeito somente ocorre em situação vascular3 normal. O dicloridrato de flunarizina revelou ainda, ser dotado de propriedade depressora vestibular8 e atividade antivertiginosa, cuja ação parece residir na redução do influxo de íons9 cálcio para o interior da célula5 neurossensorial vestibular8.
O mesilato de diidroergocristina age farmacologicamente como um antagonista10 parcial nos receptores alfa-adrenérgicos11, dopaminérgicos e serotoninérgicos. Influencia o metabolismo12 cerebral controlando o intercâmbio do AMP cíclico, interferindo seja no sistema adenilciclásico como no sistema fosfodiesterásico.
Esta associação oferece, assim, pelas suas ações sinérgicas e complementares, amplas possibilidades terapêuticas nos distúrbios vestibulares13.