PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS ZOLADEX 3,6 MG E ZOLADEX LA 10,8 MG
O tratamento deve ser realizado sob a supervisão de médico experiente em quimioterapia1 antineoplásica.
Inicialmente o acetato de gosserrelina, como outros agonistas do LHRH acarreta aumento temporário dos níveis séricos de testosterona. Podem ocorrer piora temporária dos sintomas2 ou ocorrência adicional de sinais3 e sintomas2 de câncer4 prostático durante as primeiras semanas de tratamento.
Como outros agonistas do LHRH, casos isolados de obstrução ureteral e compressão da medula espinhal5 têm sido observados. Caso isto ocorra, o tratamento padrão deve ser instituído e, em casos extremos, deve-se considerar uma orquiectomia6.
Após tratamento repetido a longo prazo com ZOLADEX, observou-se um aumento na incidência7 de tumores benignos da pituitária em ratos machos. Embora esta descoberta seja semelhante ao que se observou anteriormente nesta espécie após castração8 cirúrgica, não se estabeleceu qualquer relevância da mesma em relação ao homem.
Em camundongos, a administração a longo prazo de múltiplos das doses para seres humanos produziu alterações histológicas9 em algumas regiões do sistema digestivo10. Estas se manifestaram por hiperplasia11 celular das ilhotas pancreáticas12 e uma proliferação celular benigna na região pilórica do estômago13, também relatadas como lesões14 espontâneas nessa espécie. A relevância clínica desses achados não está esclarecida.
O uso de ZOLADEX em homens com risco específico de desenvolver obstrução ureteral ou compressão da medula espinhal5 deve ser cuidadosamente avaliado, e os pacientes devem ser acompanhados de perto durante o primeiro mês de tratamento. Se a compressão de medula espinhal5 ou comprometimento renal15 devido à obstrução ureteral estiverem presentes, ou existir a possibilidade de sua ocorrência, deve-se instituir tratamento específico para essas complicações.
Deve-se levar em consideração a relação risco/benefício quando existem os seguintes problemas médicos: metástases16 vertebrais, sensibilidade ao fármaco17 e uropatia obstrutiva.
Pacientes do sexo feminino que estejam fazendo uso de ZOLADEX devem adotar métodos anticoncepcionais não-hormonais durante o tratamento.
O uso de agonistas do LHRH em mulheres pode causar uma diminuição da densidade mineral óssea. Dados preliminares sugerem que o uso de ZOLADEX 3,6 mg em combinação com tamoxifeno para pacientes18 com câncer4 de mama19, pode reduzir perda mineral óssea. Embora não existam dados específicos com o uso de ZOLADEX LA 10,8 mg, os dados de estudos com ZOLADEX 3,6 mg sugerem que pode haver alguma recuperação da mineralização óssea após a interrupção da terapia. Em pacientes recebendo ZOLADEX 3,6 mg para o tratamento de endometriose20, a adição de terapia de reposição hormonal (um agente estrogênico diariamente e um agente progestagênico) reduziu a perda da densidade mineral óssea e os sintomas2 vasomotores. Não há experiência sobre o uso de terapia de reposição hormonal em mulheres recebendo ZOLADEX LA 10,8 mg.
Uma redução na tolerância à glicose21 foi observada em homens recebendo agonistas do LHRH. Isso pode manifestar diabetes22 ou perda do controle glicêmico em casos de diabetes mellitus23 pré-existente. Portanto, deve-se monitorar a glicose sanguinea24.
Dados preliminares sugerem que o uso de bifosfonados em combinação com agonistas do LHRH podem reduzir a perda mineral óssea em homens.
Após a interrupção da terapia com ZOLADEX LA 10,8 mg, o tempo para o retorno da menstruação25 pode ser prolongado em algumas pacientes.
O uso de ZOLADEX pode causar aumento da resistência cervical e cautela deve ser tomada ao dilatar a cérvix.
Até o momento não há dados clínicos sobre a eficácia do tratamento de afecções26 ginecológicas benignas com ZOLADEX por períodos superiores a seis meses.
Uso pediátrico
ZOLADEX não é indicado para crianças, pois a segurança e a eficácia da gosserrelina não foram estabelecidas neste grupo de pacientes.
Reprodução27 assistida
ZOLADEX 3,6 mg deve ser apenas administrado como parte de um regime para a reprodução27 assistida, sob supervisão de um especialista experiente da área. Assim como para outros agonistas do LHRH, existem alguns relatos de síndrome28 de hiperestimulação ovariana (SHO) associada ao uso de ZOLADEX 3,6 mg em combinação com gonadotrofinas. O ciclo de estimulação deve ser cuidadosamente monitorado para identificar pacientes com risco de desenvolver essa síndrome28. A gonadotrofina humana (hCG) deve ser bloqueada, se apropriado.
Recomenda-se cautela ao usar ZOLADEX 3,6 mg em regimes de reprodução27 assistida em pacientes com síndrome28 do ovário29 policístico, pois pode haver aumento do recrutamento de folículos.
Uso durante a gravidez30 e lactação31
ZOLADEX não deve ser utilizado durante a gravidez30, pois há um risco teórico de aborto ou anormalidade fetal se forem utilizados agonistas do LHRH na gravidez30. Mulheres potencialmente férteis devem ser cuidadosamente examinadas antes do início do tratamento para excluir uma possível gravidez30. Devem ser utilizados métodos anticoncepcionais não hormonais durante o tratamento. Somente após o retorno da menstruação25 poderão ser utilizados métodos contraceptivos hormonais.
A gravidez30 deve ser excluída antes que ZOLADEX 3,6 mg seja utilizado para fertilização32 assistida. Quando empregado com esse fim, não há evidência clínica que sugira uma associação causal entre ZOLADEX 3,6 mg e qualquer anormalidade subseqüente de desenvolvimento de oócito33 ou gravidez30 e parto.
O uso de ZOLADEX durante o período de amamentação34 é contra-indicado.
Testes Laboratoriais
A administração de ZOLADEX em doses terapêuticas resulta na supressão do sistema pituitário-gonadal. Os testes diagnósticos das funções pituitárias gonadotrópica e gonadal realizados durante o tratamento com ZOLADEX e até que o fluxo menstrual seja retomado podem apresentar resultados alterados devido a seu efeito supressor35. Geralmente a função normal é restaurada dentro de 12 semanas após a interrupção do tratamento.
- INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Não são conhecidas até o momento.
