REAÇÕES ADVERSAS ZOLADEX 3,6 MG E ZOLADEX LA 10,8 MG

Atualizado em 25/05/2016

As seguintes categorias de frequência de reações adversas medicamentosas foram calculadas com base em relatórios de ensaios clínicos1 e fontes pós-comercialização de ZOLADEX 3,6 mg e 10,8 mg.

Tabela 1 - Reações adversas medicamentosas por frequência e Classe de Sistema de órgãos (CSO)


a Estes são os efeitos farmacológicos que raramente exigem a interrupção do tratamento.

b A redução da tolerância à glicose2 foi observada em homens que receberam os agonistas LHRH. Isso pode se manifestar como diabetes3 ou a perda do controle da glicemia4 nos pacientes com diabetes mellitus5 pré-existente.

c Estes podem manifestar-se como hipotensão6 ou hipertensão7, foram ocasionalmente observadas em pacientes cujo ZOLADEX foi administrado. As alterações são geralmente transitórias, sendo sanadas durante a continuação do tratamento ou após o término da terapia com ZOLADEX. Raramente, tais alterações foram suficientes para exigir intervenção médica, incluindo a retirada do tratamento de ZOLADEX.

d Estes são geralmente leves, muitas vezes regredindo sem interrupção do tratamento.

e Inicialmente, pacientes com câncer8 de próstata9 podem enfrentar um aumento temporário de dor óssea, que podem ser tratados sintomaticamente.

f Observado em um estudo fármaco10-epidemiológico do uso de agonistas LHRH no tratamento do câncer8 de próstata9. O risco parece ser maior quando usado em combinação com anti-andrógenos11.



- POSOLOGIA E MODO DE USAR


Adultos: um depot de ZOLADEX de 3,6 mg, injetado por via subcutânea12 na parede abdominal13 inferior a cada 28 dias nos casos de:

  - Controle de câncer8 prostático passível de manipulação hormonal.

  - Controle de câncer8 de mama14 passível de manipulação hormonal, em mulheres em pré e perimenopausa.

       - Controle da endometriose15, aliviando os sintomas16, inclusive a dor, e reduzindo o tamanho e o número das lesões17 endometriais.

       - Controle de leiomioma18 uterino, reduzindo o seu volume na maioria dos casos, melhorando o estado hematológico da paciente e reduzindo os sintomas16, inclusive a dor. É utilizado previamente à cirurgia para facilitar as técnicas operatórias e reduzir a perda sangüínea intra-operatória.

 - Diminuição da espessura do endométrio19: para diminuição da espessura do endométrio19 antes da ablação20 endometrial devem ser administrados dois depots de ZOLADEX 3,6 mg, com uma diferença de quatro semanas entre um e outro, com cirurgia planejada entre zero e duas semanas após a administração do segundo depot.

 - Fertilização21 assistida: uma vez atingido o bloqueio hipofisário com ZOLADEX 3,6 mg, a superovulação e a captação de oócito22 devem ser realizadas de acordo com as práticas normais.


Adultos: um depot de ZOLADEX de 10,8 mg, injetado por via subcutânea12 na parede abdominal13 inferior a cada 12 semanas nos casos de:

       - Controle de câncer8 prostático passível de manipulação hormonal.

       - Controle da endometriose15, aliviando os sintomas16, inclusive a dor, e reduzindo o tamanho e o número das lesões17 endometriais.

       - Controle de leiomioma18 uterino, reduzindo o seu volume na maioria dos casos, melhorando o estado hematológico da paciente e reduzindo os sintomas16, inclusive a dor. É utilizado previamente à cirurgia para  facilitar as técnicas operatórias e reduzir a perda sangüínea intra-operatória.


Idosos: não é necessário o ajuste da dose para pacientes23 idosos.

Insuficiência renal24: não é necessário o ajuste da dose para pacientes23 com insuficiência renal24.


Insuficiência hepática25: não é necessário o ajuste da dose para pacientes23 com insuficiência hepática25.


Crianças: não é recomendado o uso de ZOLADEX em crianças.

- TÉCNICAS DE ADMINISTRAÇÃO


O método adequado para a administração de ZOLADEX está descrito nas instruções abaixo:


- Verifique se não há danos na embalagem antes de sua abertura. Se a embalagem estiver danificada, a seringa26 não deverá ser utilizada. Não remova a seringa26 estéril da embalagem até imediatamente antes de seu uso. Verifique se não há danos na seringa26 e constate se o depot de ZOLADEX está dentro da seringa26.


- Coloque o paciente em uma posição confortável, com a parte inferior do corpo discretamente levantada.


- Limpe com algodão uma área na parede abdominal13 inferior abaixo do umbigo27.


- Examine o invólucro aluminizado do produto e a seringa26 para verificar se existem danos.


- Remova a seringa26 e verifique que pelo menos parte do depósito de ZOLADEX esteja visível. Como ZOLADEX não é uma injeção28 líquida, não tente remover bolhas de ar, uma vez que isto pode deslocar o depósito do medicamento.


- Retire a aba de proteção plástica da seringa26 e descarte-a. Remova a cobertura da agulha.


- Segure a seringa26 em volta do tubo. Pince com os dedos a pele29 do abdômen e insira a agulha formando um ângulo de 30 a 45 graus em relação à pele29, com a abertura da agulha voltada para cima.


- Continue a inserir no tecido subcutâneo30 até que a capa protetora toque a pele29 do paciente.


- Para administrar o depot de ZOLADEX, pressione o êmbolo31 até um ponto em que não mais consiga fazê-lo. Isso vai ativar a capa protetora. Você pode ouvir um “clique” e sentirá que a capa protetora, automaticamente, começará a deslizar para cobrir a agulha.


- Se o êmbolo31 não for TOTALMENTE pressionado, a capa protetora NÃO será ativada.


- Retire a agulha e deixe que a capa protetora deslize e recubra a agulha.


- Descarte a seringa26 em um coletor de agulhas apropriado.


- Faça um curativo leve apenas para proteção.


Nota: A seringa26 de ZOLADEX não pode ser usada para aspiração. Se a agulha hipodérmica penetrar em um vaso sangüíneo de grande calibre, o sangue32 será visto instantaneamente no centro da seringa26. Se um vaso for penetrado, remova a agulha do local de aplicação e inutilize a agulha e a seringa26. Injete um novo produto em um outro local ainda na região abdominal.

Na improvável necessidade de remoção cirúrgica de ZOLADEX , este poderá ser localizado por ultrassom.


Atenção: no interior do invólucro há um disco contendo sílica gel para absorver a umidade. PERIGO. NÃO COMER.

- SUPERDOSAGEM


Há experiência limitada com superdosagem em humanos. Nos casos em que ZOLADEX foi administrado em intervalo menor que o indicado ou administrado em altas doses, nenhum efeito adverso clinicamente relevante tem sido observado. Os testes em animais sugerem que nenhum outro efeito, senão os terapêuticos pretendidos sobre as concentrações de hormônios sexuais e o sistema reprodutor, serão evidentes com doses mais altas de ZOLADEX . Se ocorrer uma superdose, deve ser feito o controle dos sintomas16.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Ensaios clínicos: Há três fases diferentes em um ensaio clínico. A Fase 1 é o primeiro teste de um tratamento em seres humanos para determinar se ele é seguro. A Fase 2 concentra-se em saber se um tratamento é eficaz. E a Fase 3 é o teste final antes da aprovação para determinar se o tratamento tem vantagens sobre os tratamentos padrões disponíveis.
2 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
3 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
4 Glicemia: Valor de concentração da glicose do sangue. Seus valores normais oscilam entre 70 e 110 miligramas por decilitro de sangue (mg/dl).
5 Diabetes mellitus: Distúrbio metabólico originado da incapacidade das células de incorporar glicose. De forma secundária, podem estar afetados o metabolismo de gorduras e proteínas.Este distúrbio é produzido por um déficit absoluto ou relativo de insulina. Suas principais características são aumento da glicose sangüínea (glicemia), poliúria, polidipsia (aumento da ingestão de líquidos) e polifagia (aumento da fome).
6 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
7 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
8 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
9 Próstata: Glândula que (nos machos) circunda o colo da BEXIGA e da URETRA. Secreta uma substância que liquefaz o sêmem coagulado. Está situada na cavidade pélvica (atrás da parte inferior da SÍNFISE PÚBICA, acima da camada profunda do ligamento triangular) e está assentada sobre o RETO.
10 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
11 Andrógenos: Termo genérico para qualquer composto natural ou sintético, geralmente um hormônio esteróide, que estimula ou controla o desenvolvimento e manutenção das características masculinas em vertebrados ao ligar-se a receptores andrógenos. Isso inclui a atividade dos órgãos sexuais masculinos acessórios e o desenvolvimento de características sexuais secundárias masculinas. Também são os esteróides anabólicos originais. São precursores de todos os estrógenos, os hormônios sexuais femininos. São exemplos de andrógenos: testosterona, dehidroepiandrosterona (DHEA), androstenediona (Andro), androstenediol, androsterona e dihidrotestosterona (DHT).
12 Subcutânea: Feita ou situada sob a pele; hipodérmica.
13 Parede Abdominal: Margem externa do ABDOME que se estende da cavidade torácica osteocartilaginosa até a PELVE. Embora sua maior parte seja muscular, a parede abdominal consiste em pelo menos sete camadas Músculos Abdominais;
14 Mama: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
15 Endometriose: Doença que acomete as mulheres em idade reprodutiva e consiste na presença de endométrio em locais fora do útero. Endométrio é a camada interna do útero que é renovada mensalmente pela menstruação. Os locais mais comuns da endometriose são: Fundo de Saco de Douglas (atrás do útero), septo reto-vaginal (tecido entre a vagina e o reto ), trompas, ovários, superfície do reto, ligamentos do útero, bexiga e parede da pélvis.
16 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
17 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
18 Leiomioma: Tumor benigno do músculo liso que pode localizar-se em qualquer órgão que seja formado pelo dito tecido.
19 Endométrio: Membrana mucosa que reveste a cavidade uterina (responsável hormonalmente) durante o CICLO MENSTRUAL e GRAVIDEZ. O endométrio sofre transformações cíclicas que caracterizam a MENSTRUAÇÃO. Após FERTILIZAÇÃO bem sucedida, serve para sustentar o desenvolvimento do embrião.
20 Ablação: Extirpação de qualquer órgão do corpo.
21 Fertilização: Contato entre espermatozóide e ovo, determinando sua união.
22 Oócito: Oócito ou ovócito, é cada uma das células que, por meio de divisões meióticas, dão origem ao óvulo.
23 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
24 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
25 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
26 Seringa: Dispositivo usado para injetar medicações ou outros líquidos nos tecidos do corpo. A seringa de insulina é formada por um tubo plástico com um êmbolo e uma agulha pequena na ponta.
27 Umbigo: Depressão no centro da PAREDE ABDOMINAL, marcando o ponto onde o CORDÃO UMBILICAL entrava no feto. OMPHALO- (navel)
28 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
29 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
30 Tecido Subcutâneo: Tecido conectivo frouxo (localizado sob a DERME), que liga a PELE fracamente aos tecidos subjacentes. Pode conter uma camada (pad) de ADIPÓCITOS, que varia em número e tamanho, conforme a área do corpo e o estado nutricional, respectivamente.
31 Êmbolo: 1. Cilindro ou disco que se move em vaivém no interior de seringas, bombas, etc. 2. Na engenharia mecânica, é um cilindro metálico deslizante que recebe um movimento de vaivém no interior de um cilindro de motor de combustão interna. 3. Em artes gráficas, é uma haste de ferro com um cilindro, articulada para comprimir e lançar o chumbo ao molde. 4. Em patologia, é um coágulo ou outro tampão trazido pela corrente sanguínea a partir de um vaso distante, que obstrui a circulação ao ser forçado contra um vaso menor. 5. Na anatomia zoológica, nas aranhas, é um prolongamento delgado no ápice do aparelho copulador masculino.
32 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.