PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS VIXMICINA

Atualizado em 25/05/2016

Gerais: Cloranfenicol deve ser usado com cautela em pacientes com anemia1, sangramentos, insuficiência hepática2 ou renal3. Em insuficiência renal4 ou hepática5 as doses devem ser menores.                                Evitar o uso concomitante com fármacos depressores da medula óssea6, alfentanil, hidantoína, fenobarbital, antidiabéticos orais7, eritromicina, lincomicinas e com radioterapia8.
Evitar o uso durante imunizações ativas.
O uso de Cloranfenicol pode provocar aumento da incidência9 de infecções10 dentárias, cicatrização lenta e sangramento gengival. Pacientes com deficiência de G-6-PD podem ter crises hemolíticas com o uso do medicamento.
Pacientes com porfiria11 tem o risco de crises aumentado.
O Cloranfenicol pode provocar depressão da medula óssea6, nem sempre reversível. O risco da depressão medular é maior com tratamentos prolongados, por isso o uso deste medicamento não deve ultrapassar a dez dias. Se for necessário tratamentos mais longos, devem ser realizados rigorosamente exames periódicos de controle hematológico.
Pacientes diabéticos devem ser advertidos que o Cloranfenicol pode provocar falsas reações positivas de glicosúria12.
O principal efeito tóxico do Cloranfenicol ocorre na medula óssea6, provocando duas alterações: depressão da medula óssea6 e anemia1 aplástica. A primeira é provocada pela interferência do fármaco13 na síntese protéica das células14 medulares e a segunda tem causa desconhecida. A depressão medular é reversível com a suspensão do fármaco13 e é dose dependente (em adultos ocorre em pacientes que recebem 4g ou mais por dia ou com nível sérico acima de 30 mcg/ml). A aplasia é idiossincrática e geralmente fatal, embora bastante rara.
Pode ocorrer neurite15 óptica em tratamentos prolongados ou diminuição da acuidade visual16. Oftalmoplegia, náuseas17, vômitos18, diarréia19, glossite20, estomatite21 e hipersensibilidade são raros.
O Cloranfenicol pode provocar diminuição da síntese de vitamina22 K, o que poderia causar sangramento quando o seu uso é prolongado.
Gravidez23: Não é recomendável sua utilização no final da gravidez23 ou durante o parto, apesar de nunca terem sido relatados efeitos teratogênicos24 relacionados com o seu uso. Nas últimas semanas de gestação, a passagem do Cloranfenicol para o feto25 pode levar ao aparecimento da síndrome26 cinzenta do recém-nascido, queda de temperatura, respiração irregular e sonolência.
Amamentação27: O Cloranfenicol passa para o leite materno, podendo provocar depressão medular ou síndrome26 cinzenta do recém-nascido; só deve ser usado se os benefícios superarem os potenciais riscos.
Pediatria:  Em recém-nascidos o Cloranfenicol só deve ser utilizado se não houver outra alternativa de antibioticoterapia; quando usado, a dose deve ser de 25 mg/kg/dia e o nível sérico monitorizado.

- Interações Medicamentosas:
Antiepilépticos (fenobarbital e hidantoína): podem diminuir a concentração sérica de Cloranfenicol. Além disso, a inibição do sistema do citocromo P-450 pelo Cloranfenicol pode diminuir o metabolismo28 do fenobarbital e também da hidantoína, elevando os níveis séricos destes fármacos.
Varfarina: mesma interação que com fenobarbital.
Piridoxina: o Cloranfenicol aumenta a excreção renal3 da piridoxina.
Vitamina22 B12: o Cloranfenicol pode reduzir o efeito hematológico da vitamina22 B12.
Alfentanil: o Cloranfenicol diminui o clearance do Alfentanil, provocando acúmulo sérico.
Antidiabéticos orais7: o Cloranfenicol pode inibir o metabolismo28 hepático destes fármacos, aumentando seu efeito.
Eritromicinas e lincomicinas: o Cloranfenicol compete com ambos na ligação com a subunidade 50S dos ribossomos bacterianos, antagonizando seus efeitos; deve-se evitar o uso concomitante.
Ativadores de enzimas hepáticas29 (rifampicina, fenobarbital) aumentam a degradação de Cloranfenicol.
Penicilinas: pode haver diminuição da ação bactericida das penicilinas.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Anemia: Condição na qual o número de células vermelhas do sangue está abaixo do considerado normal para a idade, resultando em menor oxigenação para as células do organismo.
2 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
3 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
4 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
5 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
6 Medula Óssea: Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.
7 Antidiabéticos orais: Quaisquer medicamentos que, administrados por via oral, contribuem para manter a glicose sangüínea dentro dos limites normais. Eles podem ser um hipoglicemiante, se forem capazes de diminuir níveis de glicose previamente elevados, ou um anti-hiperglicemiante, se agirem impedindo a elevação da glicemia após uma refeição.
8 Radioterapia: Método que utiliza diversos tipos de radiação ionizante para tratamento de doenças oncológicas.
9 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
10 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
11 Porfiria: Constituem um grupo de pelo menos oito doenças genéticas distintas, além de formas adquiridas, decorrentes de deficiências enzimáticas específicas na via de biossíntese do heme, que levam à superprodução e acumulação de precursores metabólicos, para cada qual correspondendo um tipo particular de porfiria. Fatores ambientais, tais como: medicamentos, álcool, hormônios, dieta, estresse, exposição solar e outros desempenham um papel importante no desencadeamento e curso destas doenças.
12 Glicosúria: Presença de glicose na urina.
13 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
14 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
15 Neurite: Inflamação de um nervo. Pode manifestar-se por neuralgia, déficit sensitivo, formigamentos e/ou diminuição da força muscular, dependendo das características do nervo afetado (sensitivo ou motor). Esta inflamação pode ter causas infecciosas, traumáticas ou metabólicas.
16 Acuidade visual: Grau de aptidão do olho para discriminar os detalhes espaciais, ou seja, a capacidade de perceber a forma e o contorno dos objetos.
17 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
18 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
19 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
20 Glossite: Inflamação da mucosa que reveste a língua, produzida por infecção viral, radiação, carências nutricionais, etc.
21 Estomatite: Inflamação da mucosa oral produzida por infecção viral, bacteriana, micótica ou por doença auto-imune. É caracterizada por dor, ardor e vermelhidão da mucosa, podendo depositar-se sobre a mesma uma membrana brancacenta (leucoplasia), ou ser acompanhada de bolhas e vesículas.
22 Vitamina: Compostos presentes em pequenas quantidades nos diversos alimentos e nutrientes e que são indispensáveis para o desenvolvimento dos processos biológicos normais.
23 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
24 Teratogênicos: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
25 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
26 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
27 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
28 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
29 Enzimas hepáticas: São duas categorias principais de enzimas hepáticas. A primeira inclui as enzimas transaminasas alaninoaminotransferase (ALT ou TGP) e a aspartato aminotransferase (AST ou TOG). Estas são enzimas indicadoras do dano às células hepáticas. A segunda categoria inclui certas enzimas hepáticas como a fosfatase alcalina (FA) e a gamaglutamiltranspeptidase (GGT) as quais indicam obstrução do sistema biliar, quer seja no fígado ou nos canais maiores da bile que se encontram fora deste órgão.

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