
PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS VIXMICINA
Gerais: Cloranfenicol deve ser usado com cautela em pacientes com anemia1, sangramentos, insuficiência hepática2 ou renal3. Em insuficiência renal4 ou hepática5 as doses devem ser menores. Evitar o uso concomitante com fármacos depressores da medula óssea6, alfentanil, hidantoína, fenobarbital, antidiabéticos orais7, eritromicina, lincomicinas e com radioterapia8.
Evitar o uso durante imunizações ativas.
O uso de Cloranfenicol pode provocar aumento da incidência9 de infecções10 dentárias, cicatrização lenta e sangramento gengival. Pacientes com deficiência de G-6-PD podem ter crises hemolíticas com o uso do medicamento.
Pacientes com porfiria11 tem o risco de crises aumentado.
O Cloranfenicol pode provocar depressão da medula óssea6, nem sempre reversível. O risco da depressão medular é maior com tratamentos prolongados, por isso o uso deste medicamento não deve ultrapassar a dez dias. Se for necessário tratamentos mais longos, devem ser realizados rigorosamente exames periódicos de controle hematológico.
Pacientes diabéticos devem ser advertidos que o Cloranfenicol pode provocar falsas reações positivas de glicosúria12.
O principal efeito tóxico do Cloranfenicol ocorre na medula óssea6, provocando duas alterações: depressão da medula óssea6 e anemia1 aplástica. A primeira é provocada pela interferência do fármaco13 na síntese protéica das células14 medulares e a segunda tem causa desconhecida. A depressão medular é reversível com a suspensão do fármaco13 e é dose dependente (em adultos ocorre em pacientes que recebem 4g ou mais por dia ou com nível sérico acima de 30 mcg/ml). A aplasia é idiossincrática e geralmente fatal, embora bastante rara.
Pode ocorrer neurite15 óptica em tratamentos prolongados ou diminuição da acuidade visual16. Oftalmoplegia, náuseas17, vômitos18, diarréia19, glossite20, estomatite21 e hipersensibilidade são raros.
O Cloranfenicol pode provocar diminuição da síntese de vitamina22 K, o que poderia causar sangramento quando o seu uso é prolongado.
Gravidez23: Não é recomendável sua utilização no final da gravidez23 ou durante o parto, apesar de nunca terem sido relatados efeitos teratogênicos24 relacionados com o seu uso. Nas últimas semanas de gestação, a passagem do Cloranfenicol para o feto25 pode levar ao aparecimento da síndrome26 cinzenta do recém-nascido, queda de temperatura, respiração irregular e sonolência.
Amamentação27: O Cloranfenicol passa para o leite materno, podendo provocar depressão medular ou síndrome26 cinzenta do recém-nascido; só deve ser usado se os benefícios superarem os potenciais riscos.
Pediatria: Em recém-nascidos o Cloranfenicol só deve ser utilizado se não houver outra alternativa de antibioticoterapia; quando usado, a dose deve ser de 25 mg/kg/dia e o nível sérico monitorizado.
- Interações Medicamentosas:
Antiepilépticos (fenobarbital e hidantoína): podem diminuir a concentração sérica de Cloranfenicol. Além disso, a inibição do sistema do citocromo P-450 pelo Cloranfenicol pode diminuir o metabolismo28 do fenobarbital e também da hidantoína, elevando os níveis séricos destes fármacos.
Varfarina: mesma interação que com fenobarbital.
Piridoxina: o Cloranfenicol aumenta a excreção renal3 da piridoxina.
Vitamina22 B12: o Cloranfenicol pode reduzir o efeito hematológico da vitamina22 B12.
Alfentanil: o Cloranfenicol diminui o clearance do Alfentanil, provocando acúmulo sérico.
Antidiabéticos orais7: o Cloranfenicol pode inibir o metabolismo28 hepático destes fármacos, aumentando seu efeito.
Eritromicinas e lincomicinas: o Cloranfenicol compete com ambos na ligação com a subunidade 50S dos ribossomos bacterianos, antagonizando seus efeitos; deve-se evitar o uso concomitante.
Ativadores de enzimas hepáticas29 (rifampicina, fenobarbital) aumentam a degradação de Cloranfenicol.
Penicilinas: pode haver diminuição da ação bactericida das penicilinas.