PRECAUÇÕES ARAVA

Atualizado em 28/05/2016
insuficiência renal1: estudos com dose única em pacientes sob diálise2 mostram uma duplicação da fração livre do M1 no plasma3. Não existe experiência clínica sobre o uso de Arava em pacientes com insuficiência renal1. Deve-se ter cuidado quando se administra esta droga nesta população. - Potencial de imunossupressão4: ainda que não exista evidência clínica nesta população de pacientes, não se recomenda o uso de Arava em pacientes com imunodeficiência5 grave, displasia6 medular óssea ou infecções7 graves não controladas devido ao teórico potencial de imunossupressão4. Não se dispõe de dados clínicos sobre a eficácia e segurança de vacinas durante tratamento com Arava. A utilização de vacinas ativas não é recomendada. A meia-vida prolongada de Arava deve ser considerada quando se contempla a administração de uma vacina8 ativa após interrupção de Arava. - Uso em homens: a informação disponível não sugere que Arava possa associar-se com aumento de risco de toxicidade9 fetal mediada pelo homem. Entretanto, não houve estudos em animais para avaliar este risco específico. Para minimizar qualquer possível risco, homens que desejam ter filhos devem interromper o uso de Arava, administrando-se colestiramina na dose de 8 g, 3 vezes ao dia, durante 11 dias. - Hepatotoxicidade10: Arava foi associado com elevação das enzimas hepáticas11; a maior parte de elevações de transaminases foram leves e geralmente se resolveram apesar da continuidade do tratamento. Elevações marcantes (acima de 3 vezes o normal) ocorreram pouco freqüentemente e reverteram ao se reduzir a dose ou suspender o tratamento. Deve-se avaliar TGP e TGO basais e monitorar mensalmente no início, e depois de estabilizado, a intervalos determinados pela situação clínica individual. Em caso de elevação da TGP de até 2 vezes o valor normal, a redução da dose geralmente possibilita a manutenção do tratamento. Elevações > 2 e < 3 do valor limite normal, apesar da redução da dose, recomenda-se biópsia12 hepática13 quando se deseja manter o tratamento. Se elevações > 3 vezes o valor normal persistirem, mesmo com a administração de colestiramina (ver Superdosagem) e redução da dose, Arava deve ser descontinuado e a colestiramina deve ser administrada novamente, com monitoração de perto. Foram observadas raras elevações de fosfatase alcalina14 e bilirrubina15. Tumores malignos: não foi relatado aumento na incidência16 de neoplasias17 nos ensaios clínicos18 com Arava; porém são necessários estudos mais amplos em longo prazo para avaliar este risco. Uso em mulheres com possibilidade de engravidar: leflunomide pode aumentar o risco de morte fetal ou de efeitos teratogênicos19. As mulheres com potencial para engravidar devem ser informadas sobre o potencial sério de risco para o feto20 e não devem iniciar tratamento com Arava até que se tenha excluída gravidez21 e se confirme que estão usando um método contraconceptivo efetivo. A paciente deve ser informada que caso ocorra um atraso menstrual ou qualquer outra razão para se suspeitar de gravidez21, deve notificar imediatamente o médico para que seja feito um teste de gravidez21. É possível que a redução rápida do nível sangüíneo do metabólito22 ativo, instituindo-se o procedimento de eliminação da droga, descrito abaixo, possa reduzir o risco de Arava para o feto20. Após a suspensão do tratamento, recomenda-se que todas as mulheres com possibilidade de engravidar sejam submetidas ao processo de eliminação da droga. As mulheres que estejam em tratamento com Arava e que desejem engravidar, devem suspender o tratamento e ser submetida ao processo de eliminação da droga. - Uso na lactação23: não é recomendado o uso de Arava em lactantes24. Não se sabe se Arava é excretado no leite materno. - Interações medicamentosas: há deficiência significativa de interação entre leflunomide e os contraceptivos orais trifásicos e a cimetidina; a varfarina não apresenta efeito na ligação protéica de M1; rifampicina: a administração de dose única de Arava em pacientes que recebendo rifampicina, aumentou o nível de M1(~40%) em relação aos observados quando Arava foi administrado isoladamente. Devido ao risco de aumento dos níveis de Arava continuarem com doses repetidas, deve-se ter cautela em pacientes que fizerem uso concomitante de Arava e rifampicina. Colestiramina e carvão ativado: a administração de colestiramina ou carvão ativado em pacientes e voluntários resultou em uma rápida e significativa redução na concentração plasmática de M1. Drogas hepatotóxicas: pode ocorrer aumento na incidência16 de efeitos colaterais25 quando leflunomide é administrado concomitantemente com substâncias hepatotóxicas. Isto também deve ser considerado quando o tratamento com leflunomide é seguido por tais drogas sem um processo de eliminação da droga. Antiinflamatórios não esteroidais: em estudos in vitro, demonstrou-se que M1 causa aumento que variam de 13% a 50% na fração livre de diclofenaco e ibuprofeno. O significado clínico destes achados é desconhecido, uma vez que houve uso concomitante de antiinflamatórios não esteroidais nos estudos clínicos e nenhum efeito diferencial foi observado. Tolbutamida: M1 causa aumento na fração livre de tolbutamida em concentrações clínicas habituais. O significado clínico destes achados é desconhecido.
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Complementos

1 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
2 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
3 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
4 Imunossupressão: Supressão das reações imunitárias do organismo, induzida por medicamentos (corticosteroides, ciclosporina A, etc.) ou agentes imunoterápicos (anticorpos monoclonais, por exemplo); que é utilizada em alergias, doenças autoimunes, etc. A imunossupressão é impropriamente tomada por alguns como sinônimo de imunodepressão.
5 Imunodeficiência: Distúrbio do sistema imunológico que se caracteriza por um defeito congênito ou adquirido em um ou vários mecanismos que interferem na defesa normal de um indivíduo perante infecções ou doenças tumorais.
6 Displasia: Desenvolvimento ou crescimento anormal de um tecido ou órgão.
7 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
8 Vacina: Tratamento à base de bactérias, vírus vivos atenuados ou seus produtos celulares, que têm o objetivo de produzir uma imunização ativa no organismo para uma determinada infecção.
9 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
10 Hepatotoxicidade: É um dano no fígado causado por substâncias químicas chamadas hepatotoxinas.
11 Enzimas hepáticas: São duas categorias principais de enzimas hepáticas. A primeira inclui as enzimas transaminasas alaninoaminotransferase (ALT ou TGP) e a aspartato aminotransferase (AST ou TOG). Estas são enzimas indicadoras do dano às células hepáticas. A segunda categoria inclui certas enzimas hepáticas como a fosfatase alcalina (FA) e a gamaglutamiltranspeptidase (GGT) as quais indicam obstrução do sistema biliar, quer seja no fígado ou nos canais maiores da bile que se encontram fora deste órgão.
12 Biópsia: 1. Retirada de material celular ou de um fragmento de tecido de um ser vivo para determinação de um diagnóstico. 2. Exame histológico e histoquímico. 3. Por metonímia, é o próprio material retirado para exame.
13 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
14 Fosfatase alcalina: É uma hidrolase, ou seja, uma enzima que possui capacidade de retirar grupos de fosfato de uma distinta gama de moléculas, tais como nucleotídeos, proteínas e alcaloides. Ela é sintetizada por diferentes órgãos e tecidos, como, por exemplo, os ossos, fígado e placenta.
15 Bilirrubina: Pigmento amarelo que é produto da degradação da hemoglobina. Quando aumenta no sangue, acima de seus valores normais, pode produzir uma coloração amarelada da pele e mucosas, denominada icterícia. Pode estar aumentado no sangue devido a aumento da produção do mesmo (excesso de degradação de hemoglobina) ou por dificuldade de escoamento normal (por exemplo, cálculos biliares, hepatite).
16 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
17 Neoplasias: Termo que denomina um conjunto de doenças caracterizadas pelo crescimento anormal e em certas situações pela invasão de órgãos à distância (metástases). As neoplasias mais frequentes são as de mama, cólon, pele e pulmões.
18 Ensaios clínicos: Há três fases diferentes em um ensaio clínico. A Fase 1 é o primeiro teste de um tratamento em seres humanos para determinar se ele é seguro. A Fase 2 concentra-se em saber se um tratamento é eficaz. E a Fase 3 é o teste final antes da aprovação para determinar se o tratamento tem vantagens sobre os tratamentos padrões disponíveis.
19 Teratogênicos: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
20 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
21 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
22 Metabólito: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
23 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
24 Lactantes: Que produzem leite; que aleitam.
25 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.

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