POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO ATENOLOL

Atualizado em 28/05/2016
hipertensão1: a maioria dos pacientes responde a uma dose oral de 100 mg. O efeito pleno será alcançado após uma ou duas semanas. Pode-se conseguir uma redução adicional na pressão arterial2, combinando o Atenolol com outros agentes anti-hipertensivos, como por exemplo a clortalidona. Angina3: a maioria dos pacientes com angina3 pectoris responde a uma dose diária de 100 mg, administrada como dose única ou fracionada. É improvável que se obtenha benefício adicional através do aumento da dose. Arritmias4: certas arritmias4 podem ser controladas com uma dose oral adequada de 50-100 mg diários, administrada em dose única. Infarto do miocárdio5 (intervenção tardia após infarto6 agudo7 do miocárdio8): para pacientes9 que se apresentarem alguns dias após sofrerem um infarto do miocárdio5, recomenda-se uma dose de 100 mg diários para profilaxia a longo prazo de infarto do miocárdio5. Pacientes com insuficiência renal10: clearance de cretinina superior a 35 mg/min: não ocorre acúmulo significativo de Atenolol. Clearance de creatinina11 entre 15 a 35 ml/min: a dose deve ser de 50 mg ou 100 mg em dias alternados. Clearance de creatinina11 inferior a 15 ml/min: 50 mg em dias alternados ou 100 mg a cada 4 dias. Pacientes que se submetam à hemodiálise12 devem receber 50 mg por via oral, após cada diálise13; isto deve ser feito sob supervisão hospitalar, uma vez que podem ocorrer acentuadas quedas na pressão arterial2. Pacientes idosos: os requisitos de dose podem ser reduzidos. Superdosagem: bradicardia14 excessiva pode ser controlada com 1-2 mg de atropina por via intravenosa. Se necessário, em seguida pode-se administrar uma dose de bolus15 de 10 mg de glucagon16 por via intravenosa. Caso haja necessidade esse procedimento pode ser repetido ou seguido uma infusão intravenosa de 1-10 mg/h de glucagon16, dependendo da resposta obtida. Se não houver resposta do glucagon16, ou se ele não estiver disponível, pode-se administrar um estimulante beta-adrenérgico17, tal como a dobutamina (2,5 a 10 mcg/kg/min IV) ou isoprenalina (10 a 25 mcg, velocidade de infusão não superior a 5 mcg/min). Dependendo da quantidade da dose ingerida, para atingir a resposta podem ser necessárias doses maiores de dobutamina ou isoprenalina, de acordo com as condições clínicas do paciente.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
2 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
3 Angina: Inflamação dos elementos linfáticos da garganta (amígdalas, úvula). Também é um termo utilizado para se referir à sensação opressiva que decorre da isquemia (falta de oxigênio) do músculo cardíaco (angina do peito).
4 Arritmias: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
5 Infarto do miocárdio: Interrupção do suprimento sangüíneo para o coração por estreitamento dos vasos ou bloqueio do fluxo. Também conhecido por ataque cardíaco.
6 Infarto: Morte de um tecido por irrigação sangüínea insuficiente. O exemplo mais conhecido é o infarto do miocárdio, no qual se produz a obstrução das artérias coronárias com conseqüente lesão irreversível do músculo cardíaco.
7 Agudo: Descreve algo que acontece repentinamente e por curto período de tempo. O oposto de crônico.
8 Miocárdio: Tecido muscular do CORAÇÃO. Composto de células musculares estriadas e involuntárias (MIÓCITOS CARDÍACOS) conectadas, que formam a bomba contrátil geradora do fluxo sangüíneo. Sinônimos: Músculo Cardíaco; Músculo do Coração
9 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
10 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
11 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
12 Hemodiálise: Tipo de diálise que vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. A hemodiálise, em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. Para que o sangue passe pela máquina, é necessária a colocação de um catéter ou a confecção de uma fístula, que é um procedimento realizado mais comumente nas veias do braço, para permitir que estas fiquem mais calibrosas e, desta forma, forneçam o fluxo de sangue adequado para ser filtrado.
13 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
14 Bradicardia: Diminuição da freqüência cardíaca a menos de 60 batimentos por minuto. Pode estar associada a distúrbios da condução cardíaca, ao efeito de alguns medicamentos ou a causas fisiológicas (bradicardia do desportista).
15 Bolus: Uma quantidade extra de insulina usada para reduzir um aumento inesperado da glicemia, freqüentemente relacionada a uma refeição rápida.
16 Glucagon: Hormônio produzido pelas células-alfa do pâncreas. Ele aumenta a glicose sangüínea. Uma forma injetável de glucagon, disponível por prescrição médica, pode ser usada no tratamento da hipoglicemia severa.
17 Adrenérgico: Que age sobre certos receptores específicos do sistema simpático, como o faz a adrenalina.

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