POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO BUSONID 50, 200 MCG AEROSSOL ORAL

Atualizado em 28/05/2016
a dosificação para o tratamento e manutenção da asma1 brônquica deve ser individualizada, devendo procurar manter o paciente em doses mais baixas que o deixem livre de sintomas2. Como orientação geral, recomendam-se as seguintes doses: crianças de 6 a 12 anos: aerossol oral infantil: de 1 aplicação (50 mcg) a 4 aplicações (200 mcg) divididas em 2 ou 4 administrações ao dia. Dose mínima: 2 aplicações diárias (100 mcg), pela manhã e pela noite. Dose máxima: 8 aplicações diárias (400 mcg), divididas em 4 doses idênticas a cada 6 horas, ao longo do dia (segundo se obtém a resposta adequada, vão se diminuindo as doses até chegar aos níveis de dose terapêutica3 usual). Adultos e crianças com 12 anos ou mais: aerossol oral adulto: a dose usual de budesonide aerossol oral adulto é de 2 aplicações (400 mcg) a 4 aplicações (800 mcg) divididas em 2 ou 4 administrações diárias. Dose mínima: à medida que se obtêm resultados com o tratamento ou no momento em que os sintomas2 regridam, em um grau apreciável, a dose pode ser reduzida até 1 aplicação (200 mcg) ao dia, pela manhã ou pela noite, antes de dormir. Dose máxima: no começo do tratamento, ou quando os casos são severos a dose pode chegar até 8 aplicações (1.600 mcg), divididos em 4 doses idênticas (2 aplicações) a cada 6 horas, ao longo do dia (à medida em que se obtém resposta adequada, as doses vão diminuindo, até chegar a níveis de dose terapêutica3 usual). Naqueles casos em que a asma1 está mal controlada, existe evidência de que um regime de dosificação de 2 vezes ao dia pode ser menos efetivo que a administração 4 vezes ao dia. Como ocorre com todos os corticosteróides administrados em forma de aerossol, é importante que o paciente empregue corretamente o inalador, posto que as falhas na resposta têm sido relacionadas com uma técnica de aplicação errada. A inalação do aerossol oral mediante o emprego de um auxiliar inalatório (espaçador) demonstrou ser útil, clinicamente, em uma grande proporção de pacientes, aumentando a resposta das vias aéreas e reduzindo a severidade das candidíases, para qualquer dose do aerossol oral. Deve-se observar um cuidado especial nos pacientes com tuberculose4 pulmonar, infecções5 fúngicas6 e virais e das vias aéreas, nos pacientes procedentes de um regime de dosificação anterior de esteróides sistêmicos7 e durante a gestação. Em todos estes casos a vigilância médica deve ser rigorosa e, inclusive, poderia chegar à suspensão do tratamento, durante algum período de tempo ou, inclusive, definitivamente. Em pacientes não corticóide dependentes: um tratamento com a dosagem recomendada, normalmente manifesta os resultados em 7 dias. Em certos pacientes com excessiva secreção mucosa8, recomenda-se administrar simultaneamente durante 1 ou 2 semanas um corticosteróide oral cuja dose se reduzirá gradualmente até continuar somente com a terapia a base de budesonide. As exacerbações asmáticas produzidas por infecções5 bacterianas devem ser controladas com uma terapia antibiótica e, possivelmente, aumentando a dose de budesonide ou, se necessário, administrando corticóides sistêmicos7. Em pacientes corticóide dependentes: o tratamento com budesonide deve se iniciar em combinação com uma dose de corticóide oral. Essa terapia combinada9 prolongar-se-á durante 10 dias, ao final dos quais se reduzirá a dose do corticóide oral até um nível mínimo que, em combinação com budesonide, mantém uma capacidade respiratória estável. Em muitos casos, pode-se retirar o corticóide oral por completo e deixar o paciente em tratamento exclusivo com budesonide. Caso o paciente experimente desassossego e, em situações de estresse físico, tais como infecções5 agudas, traumatismo10 ou intervenções cirúrgicas, deverá reinstaurar-se o tratamento corticóide oral adicional. As exacerbações agudas, acompanhadas de um aumento da viscosidade11 mucosa8 requerem tratamento complementar durante um curto período de tempo com corticóides orais. O sucesso da terapia depende muito do emprego correto do aerossol. Superdosagem: a interrupção do tratamento seria suficiente para fazer desaparecer os sintomas2 de intoxicação. Se, em alguma circunstância muito especial, aparecerem sintomas2 de hipercorticismo (edema12, cara de lua cheia), corrigir o desequilíbrio eletrolítico com diuréticos13 que não afetem o potássio, tais como, espironolactona e triantereno.
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Complementos

1 Asma: Doença das vias aéreas inferiores (brônquios), caracterizada por uma diminuição aguda do calibre bronquial em resposta a um estímulo ambiental. Isto produz obstrução e dificuldade respiratória que pode ser revertida de forma espontânea ou com tratamento médico.
2 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
3 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
4 Tuberculose: Doença infecciosa crônica produzida pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis). Produz doença pulmonar, podendo disseminar-se para qualquer outro órgão. Os sintomas de tuberculose pulmonar consistem em febre, tosse, expectoração, hemoptise, acompanhada de perda de peso e queda do estado geral. Em países em desenvolvimento (como o Brasil) aconselha-se a vacinação com uma cepa atenuada desta bactéria (vacina BCG).
5 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
6 Fúngicas: Relativas à ou produzidas por fungo.
7 Sistêmicos: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
8 Mucosa: Tipo de membrana, umidificada por secreções glandulares, que recobre cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
9 Terapia combinada: Uso de medicações diferentes ao mesmo tempo (agentes hipoglicemiantes orais ou um agente hipoglicemiante oral e insulina, por exemplo) para administrar os níveis de glicose sangüínea em pessoas com diabetes tipo 2.
10 Traumatismo: Lesão produzida pela ação de um agente vulnerante físico, químico ou biológico e etc. sobre uma ou várias partes do organismo.
11 Viscosidade: 1. Atributo ou condição do que é viscoso; viscidez. 2. Resistência que um fluido oferece ao escoamento e que se deve ao movimento relativo entre suas partes; atrito interno de um fluido.
12 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
13 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.

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