INFORMAÇÕES TÉCNICAS DEXAMETASONA ELIXIR

Atualizado em 28/05/2016
A Dexametasona,  sendo um corticosteróide, atravessa a membrana celular1 e complexa com os receptores citoplasmáticos específicos. Estes complexos chegam ao núcleo celular e ligam-se ao DNA, estimulando a transição do RNAm e subsequentemente a síntese protéica de várias enzimas, sendo responsáveis por duas categorias de efeitos de corticosteróides sistêmicos2. Entretanto, estes agentes podem impedir a transcrição do RNAm em algumas células3.  
A Dexametasona elixir é um glicocorticóide sintético usado principalmente por seus potentes efeitos antiinflamatórios. Embora sua atividade antiinflamatória seja acentuada, mesmo com doses baixas, seu efeito no metabolismo4 eletrolítico é leve. Em doses antiinflamatórias eqüipotentes, a dexametasona é completamente isenta da propriedade retentora de sódio da hidrocortisona e dos derivados intimamente relacionados a ela. Os glicocorticóides provocam profundos e variados efeitos metabólicos. Eles também modificam a resposta imunológica do organismo a diversos estímulos.
A Dexametasona é rapidamente e quase que completamente absorvida no trato gastrintestinal.
A meia vida plasmática é de aproximadamente 190 minutos. A ligação  da dexametasona com as proteínas5 plasmáticas é menor que a maioria dos outros corticosteróides. A dexametasona atravessa a placenta e é rapidamente distribuída por todos os tecidos corpóreos.
É principalmente biotrasformada rapidamente pelo fígado6, também pelos rins7 e tecidos, na maioria das vezes em metabólitos8 inativos. Os corticosteróides fluoratados são metabolizados vagarosamente  em comparação a outros membros do grupo. Os metabólitos8 são excretados principalmente pelos rins7. Mais que 65% da dose são excretados na urina9 em 24 horas.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Membrana Celular: Membrana seletivamente permeável (contendo lipídeos e proteínas) que envolve o citoplasma em células procarióticas e eucarióticas.
2 Sistêmicos: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
3 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
4 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
5 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
6 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
7 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
8 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
9 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.

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