POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO CAVERJECT

Atualizado em 28/05/2016
Caverject deve ser administrado por injeção1 intracavernosa direta. Recomenda-se geralmente uma agulha de 3/8 a meia polegada, calibre entre 27 e 30. A dose de Caverject deve ser individualizada para cada paciente através de uma titulação cuidadosa, supervisionada pelo médico. Nos estudos clínicos realizados, os pacientes foram tratados com Caverject em doses que variaram de 0,2 a 140 microgramas; contudo, como 99% dos pacientes receberam doses de 60 microgramas ou menos, não são recomendadas doses superiores a 60 microgramas. Em geral, deve-se optar pela dose mais baixa e possivelmente eficaz. Nos estudos clínicos, mais de 80% dos pacientes tiveram uma ereção2 adequada para o ato sexual após a injeção1 intracavernosa de Caveject. Titulação inicial no consultório médico: disfunção erétil de etiologia3 vasculogênica, psicogênica4 ou mista: a titulação de dose deve ser iniciada com 2,5 mcg de alprostadil. Se houver resposta parcial, a dose seguinte pode ser aumentada para 5,0 mcg e, a seguir, aumentada em incrementos de 5 a 10 mcg, dependendo da resposta erétil, até que se alcance a dose que produza uma ereção2 adequada para o ato sexual e que não ultrapasse a duração de 60 minutos. Se não houver resposta à dose inicial de 2,5 mcg, a próxima dose administrada pode ser de 7,5 mcg, seguida por incrementos de 5 a 10 mcg. Se não houver resposta, a próxima dose mais alta deve ser administrada dentro de 1 hora. Se houver resposta, deve-se aguardar pelo menos 1 dia antes da próxima dose. O paciente deve permanecer no consultório médico até que ocorra completa detumescência5. Disfunção erétil de etiologia3 neurogênica pura (traumatismo6 medular): a titulação de dose deve ser iniciada com 1,25 mcg de alprostadil. A dose seguinte pode ser aumentada para 2,5 mcg e, a seguir, aumentada em 2,5 mcg (para uma dose de 5 mcg), seguindo-se incrementos adicionais de 5 mcg, dependendo da resposta erétil, até que se alcance a dose que produza uma ereção2 adequada para o ato sexual e que não ultrapasse a duração de 60 minutos. Se não houver resposta, a próxima dose mais alta deve ser administrada dentro de 1 hora. Se houver resposta, deve-se aguardar pelo menos 1 dia antes da próxima dose. O paciente deve permanecer no consultório médico até que ocorra completa detumescência5. Manutenção: as primeiras injeções de Caverject devem ser administradas no consultório, por pessoal médico treinado. O tratamento por auto-aplicação pode ser iniciado apenas depois que o paciente estiver adequadamente instruído e bem treinado nessa técnica. O médico deve avaliar cuidadosamente a habilidade e competência do paciente para este procedimento. A injeção1 intracavernosa deve ser aplicada sob condições estéreis. O local da injeção1 situa-se geralmente ao longo do aspecto dorso7-lateral do terço proximal8 do pênis9. As veias10 visíveis devem ser evitadas. O lado do pênis9 a injetar e o local da injeção1 devem ser alternados; o local da injeção1 deve sempre ser limpo com algodão e álcool. A dose de Caverject selecionada para a terapia por auto-aplicação deve proporcionar ao paciente uma ereção2 satisfatória para o ato sexual e mantida por um tempo que não ultrapasse 60 minutos. Se a duração da ereção2 for superior a 60 minutos, a dose deve ser reduzida. A terapia por auto-aplicação deve ser iniciada com a dose determinada no consultório médico; o ajuste da dose, se necessário, deve ser feito apenas após nova consulta médica e deve ser realizado de acordo com as normas de titulação descritas acima. Deve-se acompanhar cuidadosa e continuamente o paciente sob auto-aplicação. Isto é especialmente importante nas auto-aplicações iniciais, quando podem ser necessários ajustes na dose de Caverject. Durante o tratamento por auto-aplicação, recomenda-se que o paciente retorne ao consultório médico a cada 3 meses. Nessa ocasião, deve-se determinar a eficácia e segurança da terapia e, se necessário, ajustar a dose de Caverject. A eficácia de Caverject no uso em longo prazo (até 6 meses) foi documentada em um estudo não-controlado de auto-aplicação. A dose média de Caverject ao final dos 6 meses foi de 20,7 mcg. Na maioria dos pacientes, a dose de manutenção se manteve entre 5 mcg e 10 mcg. Não se recomendam doses de manutenção superiores a 60 mcg. Deve-se utilizar a dose eficaz mais baixa. A freqüência recomendada da injeção1 é de apenas uma vez a cada 24 horas e no máximo 3 vezes por semana. Caverject como coadjuvante11 no diagnóstico12 da disfunção erétil: no teste mais simples para o diagnóstico12 da disfunção erétil (teste farmacológico), os pacientes são monitorados quanto à ocorrência de ereção2 após uma injeção1 intracavernosa de Caverject. Extensões desse teste são o uso de Caverject como adjuvante em investigações laboratoriais, tais como imagens duplex ou Doppler, testes de retirada com xenônio133, penograma com radioisótopos13 e arteriografia peniana, para permitir visualização e determinação da vasculatura peniana. Para qualquer destes testes, deve ser utilizada uma dose única de Caverject que induza uma ereção2 com rigidez firme. Preparação do medicamento: deve-se utilizar o diluente que acompanha a embalagem (1 ml de água bacteriostática para injeção1) para reconstituir a solução de Caverject. Como regra geral, medicamentos para uso parenteral devem ser inspecionados visualmente quanto a partículas ou alteração da cor antes da administração, desde que a solução e o recipiente assim o permitam. A solução reconstituída de Caverject destina-se apenas para uso único, devendo o restante da solução ser descartado após o uso. O usuário deve ser orientado quanto à forma adequada de descarte da seringa14, agulha e frasco-ampola. - Superdosagem: pode ocorrer ereção2 prolongada e/ou priapismo15 após administração intracavernosa de substâncias vasoativas, inclusive alprostadil. O tratamento do priapismo15 pode incluir diferentes técnicas, tais como, aspiração, injeção1 intracavernosa de aminas simpatomiméticas ou cirurgia. Os pacientes devem ser orientados para relatar ao médico qualquer ereção2 que persista por um período prolongado, de 6 horas ou mais.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
2 Ereção: 1. Ato ou efeito de erigir ou erguer. 2. Inauguração, criação. 3. Levantamento ou endurecimento do pênis.
3 Etiologia: 1. Ramo do conhecimento cujo objeto é a pesquisa e a determinação das causas e origens de um determinado fenômeno. 2. Estudo das causas das doenças.
4 Psicogênica: 1. Relativo à psicogenia ou psicogênese, ou seja, relativo à origem e desenvolvimento do psiquismo. 2. Relativo a ou próprio de fenômenos somáticos com origem psíquica.
5 Detumescência: 1. Ato ou efeito de detumescer. 2. Retorno do pênis ao estado flácido, após a ereção. 3. Ato de ou conduta para desinchar o tumor.
6 Traumatismo: Lesão produzida pela ação de um agente vulnerante físico, químico ou biológico e etc. sobre uma ou várias partes do organismo.
7 Dorso: Face superior ou posterior de qualquer parte do corpo. Na anatomia geral, é a região posterior do tronco correspondente às vértebras; costas.
8 Proximal: 1. Que se localiza próximo do centro, do ponto de origem ou do ponto de união. 2. Em anatomia geral, significa o mais próximo do tronco (no caso dos membros) ou do ponto de origem (no caso de vasos e nervos). Ou também o que fica voltado para a cabeça (diz-se de qualquer formação). 3. Em botânica, o que fica próximo ao ponto de origem ou à base. 4. Em odontologia, é o mais próximo do ponto médio do arco dental.
9 Pênis: Órgão reprodutor externo masculino. É composto por uma massa de tecido erétil encerrada em três compartimentos cilíndricos fibrosos. Dois destes compartimentos, os corpos cavernosos, ficam lado a lado ao longo da parte superior do órgão. O terceiro compartimento (na parte inferior), o corpo esponjoso, abriga a uretra.
10 Veias: Vasos sangüíneos que levam o sangue ao coração.
11 Coadjuvante: Que ou o que coadjuva, auxilia ou concorre para um objetivo comum.
12 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
13 Radioisótopos: Os radioisótopos são formados por isótopos, que são átomos com o mesmo número atômico e diferente número de massa. A Medicina Nuclear é a área da medicina onde mais são utilizados os radioisótopos, tanto em diagnósticos como em terapias. Os fármacos que conduzem os radioisótopos até os órgãos e sistemas do corpo são chamados radiofármacos.
14 Seringa: Dispositivo usado para injetar medicações ou outros líquidos nos tecidos do corpo. A seringa de insulina é formada por um tubo plástico com um êmbolo e uma agulha pequena na ponta.
15 Priapismo: Condição, associada ou não a um estímulo sexual, na qual o pênis ereto não retorna ao seu estado flácido habitual. Essa ereção é involuntária, duradora (cerca de 4 horas), geralmente dolorosa e potencialmente danosa, podendo levar à impotência sexual irreversível, constituindo-se numa emergência médica.

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.