POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO CEFTRIAX IM

Atualizado em 28/05/2016
adultos e crianças acima de 12 anos: a dose usual é de 1-2 g de Ceftriax I.M. em dose única diária (cada 24 horas), injetados profundamente na região glútea1. Em casos graves ou em infecções2 causadas por patógenos moderadamente sensíveis, a dose pode ser elevada para 4 g, uma vez ao dia. Recém-nascidos (abaixo de 14 dias): dose única diária de 20-50 mg/kg: não ultrapassar 50 mg/kg devido à imaturidade dos sistemas enzimáticos destas crianças. Não é necessário diferenciar crianças prematuras de crianças nascidas a termo. Lactentes3 e crianças (15 dias até 12 anos): dose única diária de 20-80 mg/kg. Para crianças de 50 kg ou mais, deve ser utilizada a posologia de adultos. Pacientes idosos: as doses aconselhadas para adultos não precisam ser alteradas para pacientes4 geriátricos. Duração do tratamento: o tempo de tratamento varia de acordo com a evolução da doença. Como é recomendado na antibioticoterapia em geral, a administração de Ceftriax I.M. deve ser mantida durante um período mínimo de 48 horas após o desaparecimento da febre5 ou após obter-se evidências de erradicação da bactéria6. Terapêutica7 associada: tem sido demonstrado um sinergismo entre a ceftriaxona e aminoglicosídeos, para muitos bacilos Gram-negativos. Embora não possa ser sempre previsto um aumento de atividade com esta associação, este sinergismo deve ser considerado nas infecções2 graves com risco de vida causadas por Pseudomonas aeruginosa, por exemplo. Porém, devido à incompatibilidade químico-física, os medicamentos devem ser administrados separadamente, nas doses recomendadas. Instruções posológicas especiais: meningite8: na meningite8 bacteriana de lactentes3, deve-se iniciar o tratamento com 100 mg/kg em dose única diária. Logo que o germe9 responsável tenha sido identificado e sua sensibilidade determinada, pode-se reduzir a posologia. Os melhores resultados foram obtidos com os seguintes tempos de tratamento: Neisseria meningitidis 4 dias; Haemophilus influenzae: 6 dias; Streptococcus pneumoniae: 7 dias; Enterobacteriaceae: 10-14 dias. Profilaxia pré-operatória: para prevenir infecções2 pós-operatórias em cirurgia contaminada ou potencialmente contaminada, recomenda-se 1-2 g de Ceftriax I.M., 30 a 90 minutos antes da cirurgia. Em cirurgia colorretal, a administração concomitante, mas em separado, de Ceftriax I.M. e um derivado 5-nitroimidazólico (por exemplo, omidazol) mostrou-se eficaz. Insuficiência renal10 e hepática11: não é necessário diminuir a dose nos pacientes com insuficiência renal10, desde que a função hepática11 esteja normal. Somente nos casos em que o clearance de creatinina12 for menor que 10 ml por minuto, a dose de Ceftriax I.M. não deve ser superior a 2 g/dia. Não é necessário diminuir a dose de Ceftriax I.M. em pacientes com insuficiência hepática13, desde que a função renal14 esteja normal. No caso de insuficiência hepática13 e renal14 graves e concomitantes, deve-se determinar a concentração plasmática de Ceftriax I.M. a intervalos regulares. Em pacientes sob diálise15, não há necessidade de doses suplementares após a diálise15. Entretanto, as concentrações plasmáticas devem ser acompanhadas, a fim de avaliar a necessidade de ajustes na posologia, pois a taxa de eliminação pode estar reduzida nestes pacientes. Instruções de uso: reconstituir o pó contido nos frascos de 250 mg, 500 mg e 1 g com a ampola de solução de lidocaína a 1% (2 ml, 2 ml e 3,5 ml, respectivamente) contida na embalagem e injetar profundamente na região glútea1. Recomenda-se não injetar mais do que 1 g em cada glúteo. A solução de lidocaína nunca deve ser administrada por via intravenosa. Entretanto, o pó contido nos frascos de Ceftriax I.M. pode também ser empregado para uso intravenoso, quando diluído com uma solução compatível para infusão intravenosa.
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Complementos

1 Região Glútea:
2 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
3 Lactentes: Que ou aqueles que mamam, bebês. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
4 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
5 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
6 Bactéria: Organismo unicelular, capaz de auto-reproduzir-se. Existem diferentes tipos de bactérias, classificadas segundo suas características de crescimento (aeróbicas ou anaeróbicas, etc.), sua capacidade de absorver corantes especiais (Gram positivas, Gram negativas), segundo sua forma (bacilos, cocos, espiroquetas, etc.). Algumas produzem infecções no ser humano, que podem ser bastante graves.
7 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
8 Meningite: Inflamação das meninges, aguda ou crônica, quase sempre de origem infecciosa, com ou sem reação purulenta do líquido cefalorraquidiano. As meninges são três membranas superpostas (dura-máter, aracnoide e pia-máter) que envolvem o encéfalo e a medula espinhal.
9 Germe: Organismo microscópico (vírus, bactérias, parasitas unicelulares, fungos) capaz de produzir doenças no homem e outros animais.
10 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
11 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
12 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
13 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
14 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
15 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.

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