PRECAUÇÕES CETOCONAZOL COMPRIMIDO

Atualizado em 28/05/2016
é importante alertar o paciente sob tratamento prolongado com Cetoconazol para observar eventuais queixas de patologia1 hepática2, tais como, astenia3 pronunciada com febre4, urina5 escura, fezes esbranquiçadas ou icterícia6. Estar atento para os fatores que podem aumentar o risco de hepatite7: mulheres acima de 50 anos, tratamento anterior com griseofulvina, história pregressa de doença hepática2, intolerância conhecida à droga, tratamento prolongado e uso concomitante de medicação que pode comprometer a função do fígado8. Os testes de avaliação da função hepática2 devem acompanhar os tratamentos com Cetoconazol, com duração superior a duas semanas (antes do tratamento, duas semanas após o início e depois a cada mês). Quando houver confirmação de doença hepática2, a terapia deve ser interrompida. Deve-se notar, entretanto, que em pacientes com infecções9 micóticas tratados com Cetoconazol ou não, um aumento assintomático leve e transitório das transaminases ou da fosfatase alcalina10 pode ocorrer. Algumas vezes esta reação assintomática é inofensiva e não requer a descontinuação da terapia. Após um tratamento com griseofulvina, é aconselhável esperar um mês antes de iniciar uma terapia com Cetoconazol. A administração concomitante de terfenadina e astemizol com Cetoconazol é contra-indicada. Em voluntários tratados com doses diárias iguais ou superiores a 400 mg, Cetoconazol foi capaz de reduzir a resposta de cortisol à estimulação por ACTH, sendo assim, dever-se-á monitorizar a função supra-renal11 em pacientes no limite da normalidade, além dos pacientes em períodos prolongados de estresse (grande cirurgia, tratamento intensivo). Emprego na gravidez12 e lactação13: não se dispõe de dados clínicos seguros que recomendem a utilização em mulheres grávidas; portanto, Cetoconazol está contra-indicado na gravidez12, a menos que os benefícios no tratamento justifiquem os riscos para o feto14. Como Cetoconazol é, provavelmente, excretado no leite, mulheres que estão sob tratamento não deverão amamentar. - Interações medicamentosas: Cetoconazol deve ser administrado durante uma das refeições diárias para absorção máxima. Cetoconazol necessita de meio ácido no estômago15 para que se obtenha um grau de absorção satisfatório. Deve-se, portanto, evitar a administração concomitante de drogas que diminuem a secreção gástrica (antiácidos16, anticolinérgicos e bloqueadores de receptores H2). Quando estas drogas forem absolutamente necessárias, deverão ser administradas, pelo menos, duas horas depois da tomada de Cetoconazol. A administração concomitante de rifampicina ou isoniazida com Cetoconazol reduz os níveis sangüíneos deste último, ambas as drogas não deverão ser administradas concomitantemente. O Cetoconazol inibe certas enzimas hepáticas17, podendo reduzir a eliminação de medicamentos administrados simultaneamente e cujo metabolismo18 dependa destas enzimas. Exemplos conhecidos de tais interações graves incluem: terfenadina, astemizol, cisaprida, midazolan orais e triazolan. Estes medicamentos não devem ser usados por pacientes tratados com Cetoconazol se midazolan for administrado por via I.V. É necessário que se tomem precauções especiais já que o efeito sedativo pode se prolongar. Ciclosporina, anticoagulantes19, metilpredinisolona e, possivelmente, bussulfano e tracolimus: suas doses devem ser reduzidas se necessário. Reações tipo dissulfiram, caracterizadas por rubor, rash20, edema21 periférico, náusea22, cefaléia23, foram descritas após uso de álcool, de forma excepcional. Todos os sintomas24 se resolveram completamente dentro de poucas horas.
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Complementos

1 Patologia: 1. Especialidade médica que estuda as doenças e as alterações que estas provocam no organismo. 2. Qualquer desvio anatômico e/ou fisiológico, em relação à normalidade, que constitua uma doença ou caracterize determinada doença. 3. Por extensão de sentido, é o desvio em relação ao que é próprio ou adequado ou em relação ao que é considerado como o estado normal de uma coisa inanimada ou imaterial.
2 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
3 Astenia: Sensação de fraqueza, sem perda real da capacidade muscular.
4 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
5 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
6 Icterícia: Coloração amarelada da pele e mucosas devido a uma acumulação de bilirrubina no organismo. Existem dois tipos de icterícia que têm etiologias e sintomas distintos: icterícia por acumulação de bilirrubina conjugada ou direta e icterícia por acumulação de bilirrubina não conjugada ou indireta.
7 Hepatite: Inflamação do fígado, caracterizada por coloração amarela da pele e mucosas (icterícia), dor na região superior direita do abdome, cansaço generalizado, aumento do tamanho do fígado, etc. Pode ser produzida por múltiplas causas como infecções virais, toxicidade por drogas, doenças imunológicas, etc.
8 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
9 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
10 Fosfatase alcalina: É uma hidrolase, ou seja, uma enzima que possui capacidade de retirar grupos de fosfato de uma distinta gama de moléculas, tais como nucleotídeos, proteínas e alcaloides. Ela é sintetizada por diferentes órgãos e tecidos, como, por exemplo, os ossos, fígado e placenta.
11 Supra-renal:
12 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
13 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
14 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
15 Estômago: Órgão da digestão, localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, entre o final do ESÔFAGO e o início do DUODENO.
16 Antiácidos: É uma substância que neutraliza o excesso de ácido, contrariando o seu efeito. É uma base que aumenta os valores de pH de uma solução ácida.
17 Enzimas hepáticas: São duas categorias principais de enzimas hepáticas. A primeira inclui as enzimas transaminasas alaninoaminotransferase (ALT ou TGP) e a aspartato aminotransferase (AST ou TOG). Estas são enzimas indicadoras do dano às células hepáticas. A segunda categoria inclui certas enzimas hepáticas como a fosfatase alcalina (FA) e a gamaglutamiltranspeptidase (GGT) as quais indicam obstrução do sistema biliar, quer seja no fígado ou nos canais maiores da bile que se encontram fora deste órgão.
18 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
19 Anticoagulantes: Substâncias ou medicamentos que evitam a coagulação, especialmente do sangue.
20 Rash: Coloração avermelhada da pele como conseqüência de uma reação alérgica ou infecção.
21 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
22 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
23 Cefaleia: Sinônimo de dor de cabeça. Este termo engloba todas as dores de cabeça existentes, ou seja, enxaqueca ou migrânea, cefaleia ou dor de cabeça tensional, cefaleia cervicogênica, cefaleia em pontada, cefaleia secundária a sinusite, etc... são tipos dentro do grupo das cefaleias ou dores de cabeça. A cefaleia tipo tensional é a mais comum (acomete 78% da população), seguida da enxaqueca ou migrânea (16% da população).
24 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.

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