CONTRA-INDICAÇÕES CLOMID
Hipersensibilidade: CLOMID é contra-indicado em casos de alergia1 ao citrato de clomifeno.Gravidez2 e lactação3: Não há estudos controlados com o clomifeno em humanos, têm sido relatadas malformações4 congênitas5 e morte fetal associadas à sua administração, embora uma relação causal direta não tenha sido estabelecida.
Foram relatadas anomalias feitas em roedores (coelhas e ratas) quando CLOMID foi administrado em altas doses durante o período gestacional. Para evitar a administração inadvertida de CLOMID durante o início da gravidez2, deve-se determinar a temperatura corpórea basal em todos os ciclos de tratamento e a paciente deve ser cuidadosamente observada para determinar se há ou não sinais6 de ovulação7. Se a temperatura basal é bifásica e não é seguida por menstruação8, a paciente deve ser reexaminada para verificar se há gravidez2 (utilizando um teste seletivo quantitativo) e/ou presença de cisto ovariano.
Em algumas pacientes, o citrato de clomifeno pode reduzir o engurgitamento mamário pós-parto e a lactação3.
Insuficiência hepática9: CLOMID não deve ser administrado a pacientes com doença hepática10 ou história de disfunção hepática10.
Metrorragia11: CLOMID é contra-indicado em pacientes com metrorragia11 de origem indeterminada.
Cisto ovariano: Vide Precauções.
- PRECAUÇÕES
É necessário realizar um exame pélvico12 antes de iniciar cada ciclo de tratamento.
A incidência13 de carcinoma14 endometrial e disfunções ovulatórias aumentam com a idade, portanto, a biópsia15 endometrial deve sempre excluir a presença de carcinoma14 nessas pacientes.
Cisto ovariano: A exceção de pacientes com síndrome16 de ovário17 policístico, CLOMID não deve ser administrado na presença de cistos ovarianos (incluindo endometriose18 ovárica), pois pode produzir aumento adicional do tamanho dos mesmos.
Durante o tratamento com CLOMID, ou inclusive vários dias depois de completado, pode ocorrer aumento ovariano, que geralmente desaparece espontaneamente poucos dias ou semanas após a suspensão do tratamento.
É recomendável utilizar-se a menor dose consistente com a previsão de bons resultados, para se minimizar a possibilidade de um aumento ovariano anormal associado à terapêutica19 com CLOMID. A paciente que referir dor abdominal ou pélvica20, aumento de peso, desconforto e/ou aumento de volume abdominal durante ou após tratamento com CLOMID, deve ser examinada pela possibilidade de cisto ovariano ou outra anomalia.
Na ocorrência de aumento anormal do tamanho do ovário17, CLOMID deve ser descontinuado até a regressão total ao tamanho pré-tratamento. A posologia e duração do tratamento subsequente devem ser reduzidas.
Gravidez2 múltipla: Há um aumento na probabilidade de ocorrência de gravidez2 múltipla, relacionada ao tratamento com CLOMID. Potenciais complicações e riscos decorrentes de gestação múltipla devem ser discutidos com a paciente antes do tratamento com CLOMID.
De 2369 pacientes que engravidaram durante os estudos clínicos, 7,9% foram múltiplos (7,0% duplos; 0,5% triplos; 0,3% quádruplos e 0,1% quíntuplos).
Alterações na gravidez2 e anomalias congênitas5: Têm sido relatadas na gravidez2 em 21,4% das pacientes tratadas durante os estudos com citrato de clomifeno (aborto 19%; gravidez ectópica21 1,18%; parto prematuro 1,0%; mola hidatiforme22 0,17% e "fetus papyraceus" 0,04%).
De 158 pacientes que foram administradas, citrato de clomifeno depois da concepção23, nasceram 8 crianças (de 7 partos) com malformações4 congênitas5. Essa incidência13 está dentro do limite observado na população em geral e foi a mesma quando se administrou antes do 19º dia ou entre o 20º e 35º depois da concepção23.
A incidência13 de anomalias congênitas5 em gestações induzidas por tratamento com CLOMID, durante a realização de estudos clínicos, esteve dentro dos limites estatísticos referidos para a população em geral.
Entre as anomalias espontaneamente relatadas em literatura, através da publicação de casos individuais, a proporção de defeitos do tubo neural24 tem sido elevada em gestações associadas a ovulação7 induzida por CLOMID. Este dado entretanto, não é confirmado por estudos estatísticos populacionais.
Têm sido publicados relatos, baseados em estudos populacionais, de uma possível elevação no risco de ocorrência de síndrome de Down25, em casos de ovulação7 induzida, e de aumento de defeitos de trissomia, entre fetos abortados espontaneamente de mulheres sub-férteis, que receberam drogas indutoras de ovulação7 (nenhum caso com CLOMID exclusivamente, sem outra droga indutora). Entretanto, os relatos são ainda em número muito reduzidos para confirmar estatisticamente um risco que justifique a amniocentese26, além das indicações usuais devido a idade ou história familiar.
Sintomas27 visuais: Devido à possibilidade de ocorrência de turvação visual ou outros sintomas27 visuais durante o tratamento com CLOMID, atividades como dirigir veículos ou operar máquinas podem se tornar arriscados, particularmente em condições de má iluminação. Desconhece-se a origem de tais sintomas27. Na ocorrência de anormalidades visuais, deve-se interromper o tratamento e proceder a um exame oftalmológico detalhado.