POSOLOGIA DOBTAN
Devido a sua meia-vida curta, o Cloridrato de Dobutamina deve ser administrado em infusão intravenosa contínua. Após o início de uma infusão com velocidade constante ou após a mudança de velocidade, uma concentração plasmática estável de dobutamina é atingida após aproximadamente, 10 minutos. Assim, não são necessárias e recomendadas doses de ataque ou dose única elevada.
Doses recomendadas: A velocidade de infusão necessária para manter o débito cardíaco1 variou de 2,5 a 10mcg/Kg/min, na maioria dos pacientes. Frequentemente, doses de 10 a 20mcg/Kg/min são necessárias para uma melhora hemodinâmica2 adequada. Em raras ocasiões, velocidades de infusão de até 40mcg/Kg/min foi relatada. A velocidade de administração e a duração da terapia devem ser ajustadas de acordo com a resposta do paciente como determinada pelos seguintes sinais3 clínicos: parâmetros hemodinâmicos tais como frequência cardíaca e ritmo, pressão arterial4 e, quando possível, débito cardíaco1 e medida da pressão de enchimento ventricular (venosa central, capilar5 pulmonar e atrial esquerdo) e sinais3 de congestão pulmonar e perfusão (fluxo urinário, temperatura externa e estado mental). Concentrações de até 5.000mcg/ml foram administradas a pacientes humanos (250mg/50ml). O volume final administrado deverá ser determinado pela necessidade de líquidos requerida pelo paciente. Ao invés de interromper a terapia com Cloridrato de Dobutamina de maneira abrupta, é aconselhável diminuir a dose gradualmente.
Unidade de dose
A maioria dos relatórios sobre o Cloridrato de Dobutamina expressa a dose em relação a massa corporal (por ex. mcg/Kg/min), essa prática é útil para relacionar as doses para lactentes6, crianças e adultos. Entre os adultos, a massa corporal tem mínima influência no efeito do Cloridrato de Dobutamina uma vez que a dose deve ser facilmente calculada em mcg/min. A dose de Cloridrato de Dobutamina pode ser iniciada com 100 a 200mcg/min. e aumentada gradualmente até 1.000 a 2.000mcg/min ou mais, dependendo da resposta clínica hemodinâmica2 de cada paciente.
Reconstituição e soluções compatíveis
O Cloridrato de Dobutamina deve ser diluído no momento da administração a pelo menos 50ml em frasco contendo uma das seguintes soluções:
glicose7 5%; glicose7 5% e cloreto de sódio 0,45%; glicose7 5% e cloreto de sódio 0,9%; glicose7 10%; Ringer lactato8; glicose7 10% e lactato8 de Ringer; glicose7 5% e lactato8 de Ringer; Cloreto de sódio 0,9%; lactato8 de sódio.
Essas soluções devem ser utilizadas dentro de 24 horas. Não adicionar o Cloridrato de Dobutamina à solução de bicarbonato de sódio a 5% ou a qualquer outra solução fortemente alcalina. Devido ao potencial de incompatibilidade física é recomendado que o Cloridrato de Dobutamina não seja misturado com outras drogas na mesma solução. O Cloridrato de Dobutamina não deve ser usado em conjunto com outros agentes ou diluentes contendo bissulfito de sódio e etanol.
As velocidades de infusão dependem da concentração de Cloridrato de Dobutamina na solução a ser infundida. A seguinte tabela dá uma orientação de velocidade de infusão (ml/Kg/min), requerida por 3 diferentes concentrações de Cloridrato de Dobutamina frequentemente usadas (250, 500 e 1.000mcg/ml), a fim de se administrar as doses (mcg/Kg/min) são indicadas na primeira coluna da tabela:
Dose necessária Velocidades de administração (ml/kg/min)
(mcg/kg/min) de várias concentrações de dobutamina.
250mcg/ml(*) 500mcg/ml(**) 1000mcg/ml(***)
0,5 0,002 0,001 0,005
1,0 0,004 0,002 0,0010
2,0 0,008 0,004 0,0020
2,5 0,010 0,005 0,0025
5,0 0,020 0,010 0,0050
7,5 0,030 0,015 0,0075
10,0 0,040 0,020 0,0100
12,5 0,050 0,025 0,0125
15,0 0,060 0,030 0,0150
Uma ampola (250mg) acrescentada a um litro de diluente.
** Duas ampolas (500mg) acrescentadas a um litro de diluente ou uma ampola (250mg) acrescentada em 500ml de diluente.
***Quatro ampolas (1000mg) acrescentadas em um litro de diluente ou uma ampola (250mg) acrescentadas em 250ml de diluente.
- SUPERDOSAGEM:
Sinais3 e sintomas9: A toxicidade10 com Cloridrato de Dobutamina é usualmente devida à excessiva estimulação dos beta-receptores cardíacos. A duração de ação do Cloridrato de Dobutamina é geralmente curta (T1/2 = 2min), devido ser rapidamente metabolizado pela catecol-0-metiltransferase. Os sintomas9 de toxicidade10 incluem: anorexia11, náusea12, vômito13, tremor, ansiedade, palpitações14, dor de cabeça15, falta de ar e dor no peito16, anginosa e não específica. Os efeitos inotrópicos e cronotrópicos positivos da dobutamina sobre o miocárdio17 podem causar hipertensão18, taquiarritmias19, isquemia20 miocárdia e fibrilação ventricular. Pode ocorrer hipotensão21 resultante da vasodilatação.
Se o produto for ingerido pode ocorrer absorção imprevisível desde a boca22 até o trato gastrintestinal.
Tratamento: Para tratar uma superdosagem considerar a possibilidade de superdosagem de múltiplas drogas, interação entre drogas e cinética23 inusitada da droga no paciente.
As ações iniciais a serem tomadas em caso de superdosagem com Cloridrato de Dobutamina são: interromper a administração, estabelecer a passagem de ar e assegurar oxigenação e ventilação24. Medidas de ressucitação devem ser iniciadas imediatamente.
Taquiarritimia ventricular grave pode ser tratada com sucesso com propranolol ou lidocaína. A hipertensão18 usualmente responde à redução na dose ou interrupção do tratamento.
Proteger a passagem de ar e manter ventilação24 e perfusão; se necessário, monitorar e manter meticulosamente dentro dos limites aceitáveis, os sinais vitais25, gases do sangue26, eletrólitos27 séricos, etc. no paciente. A absorção de drogas no trato gastrintestinal pode ser diminuída administrando carvão ativado ao invés de esvaziamento gástrico. Repetir as doses de carvão ativado para possibilitar a eliminação de algumas drogas que tenham sido absorvidas. Assegurar a passagem de ar quando empregar esvaziamento gástrico ou carvão ativado.
Diurese28 forçada, diálise peritoneal29, hemodiálise30 ou hemoperfusão com carvão ativado não foram estabelecidas como benéficas para caso de superdosagem com Cloridrato de Dobutamina.