POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO GEMZAR

Atualizado em 28/05/2016
gemcitabina é somente para uso intravenoso. Adultos: a dose recomendada de gemcitabina é de 1.000 mg/m2 administrada por infusão intravenosa de 30 minutos e deve ser repetida uma vez por semana durante três semanas, seguido por um período de descanso de uma semana. Este ciclo de quatro semanas é então repetido. A redução da dose é aplicada baseada na toxicidade1 experimentada pelo paciente. Os pacientes recebendo gemcitabina devem ser monitorados em semanas alternadas quanto à contagem de plaquetas2, leucócitos3 e granulócitos4 e, se necessário, a dose de gemcitabina pode ser reduzida ou suspensa na presença de toxicidade1 hematológica, de acordo com a seguinte escala: contagem absoluta de granulócitos4 (V 106/ l) x contagem de plaquetas2 (V 106/l) x % da dose total. > 1000 e > 100.000: 100%; 500-1.000 ou 50.000-100.000: 75%; <500 ou < 50.000: suspender. Também devem ser feitas verificações periódicas das funções hepática5 e renal6 incluindo transaminases e creatinina7 sérica em pacientes recebendo gemcitabina. A gemcitabina é bem tolerada durante a infusão com apenas uns poucos casos de reação no local da injeção8. Não houve relatos de necrose9 no local da injeção8. A gemcitabina pode ser facilmente administrada em base ambulatorial. Pacientes idosos: a gemcitabina tem sido bem tolerada em pacientes com mais de 65 anos de idade. Os dados farmacocinéticos sugerem que não há influência da idade sobre o metabolismo10 da droga. Insuficiência hepática11 e renal6: a gemcitabina deve ser usada com cuidado em pacientes com insuficiência hepática11 ou renal6, pois não há estudos em pacientes nessas condições. Crianças: a gemcitabina não foi estudada em crianças. Instruções de uso/manuseio: o único diluente aprovado para reconstituição do cloridrato de gemcitabina estéril é a solução fisiológica12 de cloreto de sódio a 0,9%, sem conservantes. Não foram identificadas incompatibilidades; contudo, não é recomendado misturar gemcitabina com outras drogas quando reconstituída. Devido às considerações de solubilidade, a concentração máxima de gemcitabina após a reconstituição é de 40 mg/ml. A reconstituição em concentrações maiores do que 40 mg/ml pode resultar em dissolução incompleta e deve ser evitada. Para reconstituir, adicionar no mínimo 5ml da solução fisiológica12 de cloreto de sódio a 0,9% ao frasco de 200mg ou no mínimo 25ml ao frasco de 1g. Agitar para dissolver. A quantidade adequada da droga pode ser administrada como preparada ou com subsequente diluição com cloreto de sódio a 0,9% para injeção8. As soluções reconstituídas de gemcitabina podem ser guardadas à temperatura ambiente (15 a 30ºC) e devem ser administradas dentro de 24 horas. Desprezar a porção não usada. As soluções reconstituídas de gemcitabina não devem ser refrigeradas, uma vez que pode ocorrer cristalização. As drogas parenterais devem ser inspecionadas visualmente quanto a partículas e descoloração, antes da administração, sempre que a solução e recipiente permitirem. Devem ser considerados os procedimentos adequados para manuseio e descarte de drogas anticâncer. Foram publicadas várias normas sobre este assunto. Não há concordância geral que todos os procedimentos recomendados são necessários ou apropriados. - Superdosagem: não há antídoto13 para overdose de gemcitabina. Doses únicas de 5,7 g/m2 foram administradas por infusão IV durante 30 minutos a cada 2 semanas com toxicidade1 clinicamente aceitável. No caso de suspeita de superdosagem, o paciente deve ser monitorado com contagens adequadas de células14 sangüíneas e deve receber terapia de suporte, se necessário.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
2 Plaquetas: Elemento do sangue (não é uma célula porque não apresenta núcleo) produzido na medula óssea, cuja principal função é participar da coagulação do sangue através da formação de conglomerados que tamponam o escape do sangue por uma lesão em um vaso sangüíneo.
3 Leucócitos: Células sangüíneas brancas. Compreendem tanto os leucócitos granulócitos (BASÓFILOS, EOSINÓFILOS e NEUTRÓFILOS) como os não granulócitos (LINFÓCITOS e MONÓCITOS). Sinônimos: Células Brancas do Sangue; Corpúsculos Sanguíneos Brancos; Corpúsculos Brancos Sanguíneos; Corpúsculos Brancos do Sangue; Células Sanguíneas Brancas
4 Granulócitos: Leucócitos que apresentam muitos grânulos no citoplasma. São divididos em três grupos, conforme as características (neutrofílicas, eosinofílicas e basofílicas) de coloração destes grânulos. São granulócitos maduros os NEUTRÓFILOS, EOSINÓFILOS e BASÓFILOS.
5 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
6 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
7 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
8 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
9 Necrose: Conjunto de processos irreversíveis através dos quais se produz a degeneração celular seguida de morte da célula.
10 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
11 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
12 Fisiológica: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
13 Antídoto: Substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno. Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele.
14 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.

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